Estudantes participam de palestra sobre o legado de JK
A Escola Classe (EC) Juscelino Kubitschek, no Sol Nascente, recebeu, na terça-feira (22), a professora e pioneira de Brasília, Cosete Ramos, para uma palestra especial dirigida a 206 estudantes do 4º e 5º anos. O encontro celebrou o legado histórico de Juscelino Kubitschek, nome que batiza a escola, e abordou também o papel das emoções no processo educativo, conectando passado e presente em uma proposta pedagógica integrada. O evento faz parte de um projeto da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) que busca promover o desenvolvimento integral dos alunos, aliando história, identidade local e educação socioemocional. A palestra ganhou ainda mais relevância por ocorrer na semana de comemoração dos 65 anos de Brasília. Professora e pioneira de Brasília Cosete Ramos apresenta a história de Juscelino Kubitschek para alunos da EC JK do Sol Nascente | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, participou da atividade e reforçou o valor da iniciativa. “É essencial manter viva a memória de Brasília e de quem a idealizou. Uma escola com o nome de JK precisa ser também um espaço de construção dessa identidade”, declarou. A palestrante Cosete Ramos apresentou o legado educacional de Juscelino Kubitschek, explicando o projeto original das escolas de Brasília, que previa unidades integradas com acesso à arte, música, teatro e outras atividades culturais. A palestrante presentou a escola com o livro De casaca e chuteiras, de Silvestre Gorgulho, que conta a história de JK. “JK era apaixonado pela educação. O projeto previa quatro escolas classe, formando um grupo, complementadas por uma escola parque. As crianças iriam estudar a parte formal em um período e, no outro, teriam acesso a teatro, arte, dança, música e pintura. Era uma concepção educacional completa para desenvolver todo o potencial dos estudantes, não só de conteúdo, mas também artístico e cultural”, explicou a professora. A estudante Sophia de Souza, 10 anos, achou a palestra inspiradora Legado educacional O diretor da escola, Lincoln Sabóia, ressaltou o impacto da ação. “É uma oportunidade única para que os estudantes entendam de onde vem o nome da escola e o significado disso tudo. Aqueles que estão no quarto ano, que já fazem um trabalho em sala de aula sobre Brasília, terão um aprendizado muito mais significativo com essa referência.” A aluna Sophia Silva de Souza, de 10 anos, resumiu o sentimento das crianças. “A palestra foi inspiradora. Aprendi muito sobre a nossa escola e sobre Juscelino. Eu me sinto privilegiada por estudar aqui.” Além da contextualização histórica, a professora Cosete também destacou a importância da educação emocional nas escolas. “É o tema mais importante hoje. A maneira como você administra suas emoções determina seu sucesso e felicidade na vida. O desafio das escolas no mundo inteiro é ensinar os alunos a lidar com suas emoções para que sejam felizes”, destacou. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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#TBT: Brasília, há 36 anos Patrimônio Mundial pela Unesco
Tesouro urbanístico e símbolo de um dos mais importantes fatos históricos do país, Brasília é, há 36 anos, Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A honraria foi concedida à capital federal em 7 dezembro de 1987, apenas 27 anos após a sua inauguração. Desde então, Brasília compõe o seleto grupo de monumentos agraciados com o título, a exemplo da Muralha da China e das pirâmides do Egito. O título de patrimônio mundial da humanidade se refere ao conjunto urbanístico-arquitetônico de Brasília — o Plano Piloto —, assinado pelo urbanista Lucio Costa. A concepção, projeção e construção do sonho de Juscelino Kubitschek transcorreram entre 1957 e 21 de abril de 1960, quando a cidade foi inaugurada. A Agência Brasília revisita a história da capital e dos títulos que a preservam em mais uma matéria da série especial #TBTdoDF, que aproveita a sigla em inglês de Throwback Thursday para reviver fatos marcantes para o Quadradinho. [Olho texto=”“Esse título também é uma forma de preservar e proteger essa herança para as gerações futuras e torna nossa cidade uma fonte de inspiração para o mundo”” assinatura=”Cristiano Araújo, secretário de Turismo” esquerda_direita_centro=”direita”] A área tombada da cidade tem 112,25 km², sendo o maior perímetro urbano sob proteção histórica do mundo, e coleciona atributos dignos de tombamento. Quem ousa passear pela cidade tem a oportunidade de prestigiar as quatro escalas de Lucio Costa — monumental (a do poder), residencial (das superquadras), gregária (dos setores de serviços e diversão) e bucólica (das áreas verdes entremeadas nas demais) — e conversar com os traços de Oscar Niemeyer. Em diversos pontos da capital, é possível ainda prestigiar as obras de Athos Bulcão e vislumbrar o paisagismo de Burle Marx. O título permite que o conceito inovador e vanguardista da cidade seja mantido, além de incentivar o movimento turístico na região. “Nossa capital é um lugar especial, não apenas para os brasileiros, mas para toda a humanidade. Temos aqui sítios naturais e culturais, com uma arquitetura modernista, planejamento urbano inovador e funcional”, avalia o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. “Esse título também é uma forma de preservar e proteger essa herança para as gerações futuras e torna nossa cidade uma fonte de inspiração para o mundo”. O título de Patrimônio Mundial da Humanidade se refere ao conjunto urbanístico-arquitetônico de Brasília — o Plano Piloto —, assinado pelo urbanista Lúcio Costa | Foto: Divulgação/Adriano Teixeira O subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Felipe Ramón, afirma que “o tombamento é o reconhecimento mundial da importância do Plano Piloto para a civilização”. Segundo ele, a preservação de Brasília exige a avaliação do plano urbano e a adoção de uma visão voltada para o futuro, em que as próximas gerações também entenderão a importância da capital, processo que ocorre com a educação patrimonial. “Nós temos atribuição direta sobre tombamentos e registros, sendo que o primeiro diz respeito aos bens materiais, e o segundo, aos imateriais. Nós zelamos pela preservação desses espaços, além de fomentarmos a educação patrimonial, que é o que faz com que os jovens adultos e crianças conheçam a importância do patrimônio cultural e do tombamento e assim passem a preservá-los”, explica o subsecretário. Preservação A capital federal também é tombada pelo GDF e pelo Iphan | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A capital também é reconhecida como patrimônio cultural em outras duas instâncias diferentes: é tombada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O primeiro ato de preservação da cidade ocorreu em 14 de outubro de 1987, com a publicação do decreto n° 10.829/1987, que regulamenta a lei n° 3.751/1960. A medida, que propõe a preservação da concepção urbanística de Brasília, permitiu que a cidade fosse tombada mundialmente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Já em 14 de março de 1990, a cidade foi inscrita no Livro de Tombo Histórico pelo Iphan. O feito é referente à mudança da capital do país do Rio de Janeiro para o Planalto Central, considerado um dos mais importantes acontecimentos históricos do país no século 20. “Representa uma radical mudança na geografia do país, promovendo a ocupação das áreas centrais do território nacional que, majoritariamente, concentra as maiores cidades no litoral”, pontua o instituto em nota enviada à Agência Brasília. “Brasília representa um marco muito significativo para o debate internacional referente ao reconhecimento de sítios enquanto patrimônio da humanidade”, continua o órgão. “Foi o primeiro conjunto urbanístico moderno a ser declarado. Esse reconhecimento confirma não apenas a genialidade do urbanismo de Lucio Costa e a arquitetura de Oscar Niemeyer, mas a capacidade de realização brasileira de criar uma capital em um território pouquíssimo ocupado, em tempo exíguo. Coroa também o esforço de milhares de trabalhadores que empreenderam a epopeia da construção, os candangos”, finaliza o Iphan. Visite A Catedral Metropolitana é um dos 12 pontos turísticos da rota arquitetônica | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O GDF criou rotas turísticas para que o Quadradinho seja desbravado por completo. Destaque para a Rota Arquitetônica, que leva o visitante a um tour nas obras e monumentos que fazem de Brasília um marco da arquitetura mundial. Há também a Rota Cívica, composta por monumentos e espaços importantes para a democracia do país, entre outros miniguias. Veja todas aqui.
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Cine Brasília tem sessão exclusiva para série sobre Juscelino Kubitschek
Nesta terça (28), o Cine Brasília exibe, com exclusividade, o terceiro capítulo da minissérie documental JK, o Reinventor do Brasil. Produzida pela TV Cultura, a obra narra, de forma acessível e em ritmo de podcast, a história do ex-presidente Juscelino Kubitschek, desde o dia do nascimento até o momento da morte trágica e jamais esclarecida. A série documental mostra momentos importantes da vida e da carreira política de Juscelino Kubitschek, uma referência histórica de Brasília e do Brasil | Fotos: Divulgação [Olho texto=”“Queremos que as novas gerações conheçam a figura do ex-presidente e seu legado para o país” ” assinatura=”Fábio Chateaubriand Borba, autor da minissérie e diretor-executivo da TV Cultura ” esquerda_direita_centro=”direita”] Com linguagem diferenciada e didática, a série conta, no total, com quatro episódios de 50 minutos cada. O primeiro retrata a infância de Juscelino em Diamantina (MG) e vai até a eleição ao Governo de Minas Gerais. O segundo episódio, por sua vez, narra a eleição de JK para a Presidência da República e os desafios que ele precisou enfrentar até tomar posse – inclusive o de aprovar a transferência da capital federal, que era o Rio de Janeiro (RJ), para Brasília. Já o terceiro episódio, exibido com exclusividade no Cine Brasília, relata essencialmente a construção da nova capital. “A série tem como objetivo mostrar a história de um personagem brasileiro da importância de Juscelino; queremos que as novas gerações conheçam a figura do ex-presidente e seu legado para o país”, explica o autor da minissérie e diretor-executivo da TV Cultura, Fábio Chateaubriand Borba. Nova abordagem O quarto e último capítulo aborda desde a cassação de JK até a morte em um acidente automobilístico, na Rodovia Presidente Dutra. “Juscelino foi o brasileiro médio, que vem do interior com dificuldades financeiras, perde o pai cedo e é criado pela mãe, uma professora que lutou bastante pelos filhos”, pontua Fábio Borba. “É essa epopeia que queremos levar para os jovens, com abordagens modernas, muita tecnologia e música”. JK (de terno) entre os célebres compositores mineiros Lô Borges, Fernando Brant, Márcio Borges e Milton Nascimento: trilha sonora do documentário também é diferenciada O diretor classifica como única a oportunidade de poder exibir a obra no Cine Brasília: “É uma felicidade muito grande poder trazer essa série para Brasília. A forma como abordamos essa jovem cidade quebra paradigmas e estereótipos que muita gente tem da nossa capital. Poder lançar nossa série nessa obra arquitetônica de Oscar Niemeyer dá importância ao nosso trabalho”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] JK, o Reinventor do Brasil é uma produção voltada para todas as faixas etárias. A série documental configura o maior trabalho iconográfico já feito sobre a vida do ex-presidente, tendo sido produzida a várias mãos, com o apoio de dezenas de instituições de arquivo público nacionais e até internacionais. A obra completa conta com mais de 50 mil fotografias, 80 horas de vídeos captados e mais de mil horas de edição. Outro diferencial é a trilha sonora, com canções que marcaram as várias fases da vida de Juscelino. Serviço JK, o Reinventor do Brasil ? Terça-feira (28), às 20h, no Cine Brasília – Entrequadra Sul 106/107, Asa Sul ? Classificação indicativa livre. Entrada: presença deve ser confirmada por meio deste link.
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Museu do Catetinho recebe evento especial de Dia dos Pais
Neste sábado (5), o Museu do Catetinho vai ser palco de uma edição inédita do PicniK, tradicional encontro candango. O especial de Dia dos Pais, que também vai homenagear o fundador de Brasília, Juscelino Kubitschek, conta com fomento de aproximadamente R$ 120 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). O evento ocorre das 13h às 22h, sendo que o acervo do museu ficará aberto à visitação até 20h. A entrada é gratuita até as 16h — após este horário, é necessária a colaboração com 1 kg de alimento não perecível. [Olho texto=”“Temos uma cobrança do público pela descentralização. Então, a gente tem buscado lugares especiais da cidade para levar o evento. O objetivo é fazer em espaços que colaboraram com a história da cidade, mas que não necessariamente fazem parte da rotina das pessoas”” assinatura=”Miguel Galvão, coordenador geral do evento” esquerda_direita_centro=”direita”] A edição especial de Dia dos Pais vai reunir moda, arte, design, gastronomia, atividades gratuitas e DJs com programação para todas as idades. O objetivo é aproximar pais e filhos com atividades lúdicas e educativas sobre a história do DF. De acordo com o idealizador e coordenador geral do evento, Miguel Galvão, o objetivo é levar o PicniK às regiões administrativas fora da área central. “Temos uma cobrança do público pela descentralização. Então, a gente tem buscado lugares especiais da cidade para levar o evento. O objetivo é fazer em espaços que colaboraram com a história da cidade, mas que não necessariamente fazem parte da rotina das pessoas”, afirmou. O PicniK especial de Dia dos Pais, neste sábado, vai reunir moda, arte, design, gastronomia, atividades gratuitas e DJs com programação para todas as idades. O evento ocorre das 13h às 22h | Foto: Luara Baggi/ Divulgação PicniK “É um evento histórico na cidade, uma das experiências mais interessantes que pode ter aqui. Para o Catetinho, representa encontrar uma parte da história da cidade, utilizar não apenas a estrutura, que é um prédio histórico e tombado, mas os arredores também, que é muito bonito”, defendeu o subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Ramón Rodríguez. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para conferir a programação completa, acesse o site do evento. Transporte Para quem for por meios próprios, o espaço conta com estacionamento amplo e gratuito. A organização do evento também vai disponibilizar uma van gratuita, partindo da Rodoviária do Plano Piloto, o que permite amplo e fácil acesso ao evento.
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Primeira escola construída em Brasília, Caseb celebra 63 anos
A primeira escola de Brasília celebrou 63 anos de existência nesta sexta-feira (19). Inaugurado menos de um mês depois da nova capital, o Centro de Ensino Fundamental (CEF) Caseb, que abriu as portas em 19 de maio de 1960 com a missão de atender os filhos dos pioneiros, hoje é uma referência no ensino público do Distrito Federal, com a oferta de ensino integral. [Olho texto=”“É um orgulho ver a primeira escola de Brasília atendendo tantos alunos em tempo integral. Essa ampliação de escolas que atendem estudantes o dia todo é um objetivo da Secretaria de Educação do DF. Ver que temos o Caseb como exemplo me dá muita satisfação”” assinatura=”Hélvia Paranaguá, secretária de Educação” esquerda_direita_centro=”direita”] Por lá passaram os netos de Juscelino Kubitschek e filhos de importantes políticos da época da construção de Brasília. Atualmente, o Caseb funciona com ensino integral das 7h30 às 17h30. A escola tem cerca de 800 alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental matriculados, com professores pela manhã e à tarde e oferta de aulas de inglês e espanhol, oficinas de teatro, dança e outras atividades extracurriculares. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, destaca a importância da escola no cenário do DF. “É um orgulho ver a primeira escola de Brasília atendendo tantos alunos em tempo integral. Essa ampliação de escolas que atendem estudantes o dia todo é um objetivo da Secretaria de Educação do DF. Ver que temos o Caseb como exemplo me dá muita satisfação”, ressaltou. O Caseb oferta ensino integral em uma estrutura que conta com 20 salas de aula | Fotos: Jotta Casttro/Ascom SEEDF Erguido em uma área de 55 mil metros quadrados na 909 Sul, o CEF Caseb tem dez blocos, com 20 salas de aula, laboratório de informática, um auditório, ginásio poliesportivo, sala de leitura, refeitório, quatro quadras poliesportivas, laboratórios e um pátio multiuso coberto. A escola foi parcialmente consumida por um incêndio em agosto de 2019, porém foi recuperada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) por meio do projeto Adote uma Escola – uma parceria do poder público com a iniciativa privada. Aniversário foi comemorado com a presença de uma das primeiras alunas da unidade, a normalista Cosete Ramos, 81 anos O aniversário foi comemorado com a presença de uma das primeiras alunas da unidade, a normalista Cosete Ramos, 81 anos. Sentada em uma cadeira de madeira criada durante a construção da escola, a ex-aluna reuniu os estudantes no canteiro central, embaixo de uma árvore, para falar sobre a visita do então presidente da República no dia da grande festa de inauguração da escola. Juscelino Kubitschek ministrou a aula inaugural que marcaria o primeiro dia da educação de Brasília. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Mais de 300 alunos se reuniram para receber o ex-presidente. Lembro-me do carro dele entrando na escola e os alunos emocionados. Eu mesma não consegui guardar a emoção. O levaram até o ‘palquinho’ principal, onde ele foi ovacionado por todos que estavam ali presentes, professores e convidados”, recorda Cosete. “O presidente ficou emocionado e, em seu discurso, reforçou que ali se tratava do encontro para comemorar não só a existência da escola, mas o primeiro dia da educação de Brasília”. “É muito importante poder celebrar esta data com essa convidada tão especial, a nossa Cosete. Hoje a escola completa mais um ano de existência em meio a muitos altos e baixos e poder comemorar mais um ano é gratificante para todos nós, corpo docente”, afirma a vice-diretora do Caseb, Thainar Lima. *Com informações da Secretaria de Educação
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Catetinho reabre as portas para o público
O Museu do Catetinho voltou a receber visitantes nesta terça-feira (14). O Palácio de Tábuas e o Anexo foram reabertos para o público, enquanto a área de piquenique e o acesso à nascente seguem interditados. Fundado em 1956, o equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) esteve fechado por 72 dias após a queda de uma árvore na Casa do Zelador, edificação histórica que não era tombada. O local funcionava como sede administrativa do museu. Reabertura da parte histórica do Catetinho permite aos visitantes conhecerem os detalhes da primeira residência oficial de Juscelino Kubitschek em Brasília | Fotos: Joel Rodrigues / Agência Brasília Com a reabertura da parte histórica do museu, é possível conhecer os detalhes da primeira residência oficial de Juscelino Kubitschek em Brasília. Quartos, salas, banheiros, bar e cozinha – localizada no anexo – reúnem artefatos que levam os visitantes a uma viagem no tempo, anterior à inauguração da capital federal. Diante de tamanha preservação histórica, o Catetinho é palco de atividades voltadas para a educação patrimonial. Os trabalhos são realizados pelo Projeto Territórios Culturais – parceria entre a pasta de Educação e a de Cultura -, em que são agendadas visitas de escolas públicas e particulares. Além disso, outros grupos podem ir ao local, bem como visitantes comuns, sem necessidade de aviso prévio do passeio. “Levamos crianças de várias regiões administrativas do DF para conhecer esse monumento histórico, o primeiro prédio construído por Oscar Niemeyer e que já dá ideia de Brasília com seus pilotis”, explica o subsecretário de Patrimônio Cultural, Aquiles Alencar Brayner. Até o momento, 35 escolas definiram datas para a visita ao longo de 2023. “Reabrir o museu é mostrar que o espaço é de todos, queremos a circulação das pessoas aqui e que aproveitem o patrimônio coletivo”, afirma a diretora do Catetinho, Artani Grangeiro. “Para nós, é gratificante retornar às atividades de educação patrimonial, porque os estudantes representam 30% do público que recebemos anualmente. É uma oportunidade de trabalhar com eles a questão do pertencimento histórico”, frisa Grangeiro. A advogada Marília Russo, 62 anos, aproveitou a reabertura do Palácio de Tábuas e do Anexo para conhecer os espaços: “Achei muito bonito, muito bem ambientado. Os móveis resgatam a história do Brasil e de Brasília” Assim que soube que o museu seria reaberto, a advogada Marília Russo, 62 anos, decidiu tirar um desejo do papel. Ela e o marido costumam dedicar os momentos livres na rotina para conhecer os espaços turísticos e históricos do DF. No entanto, a lista estava incompleta: faltava visitar o Catetinho. “Já tinha muita vontade de conhecer o museu, porque meu pai era um apaixonado por Juscelino Kubitschek, então aproveitei a oportunidade”, conta Marília. “Achei muito bonito, muito bem ambientado. Os móveis resgatam a história do Brasil e de Brasília”. A aposentada Maria da Fé Paiva, 72 anos, conheceu a primeira residência oficial de JK há cerca de dez anos e, desde então, voltou ao local pelo menos três vezes: “Amo esse lugar, sou apaixonada” Por sua vez, a aposentada Maria da Fé Paiva, 72, conheceu os aposentos de JK há cerca de dez anos. Desde então, a moradora de Barbacena, Minas Gerais, esteve no local pelo menos três vezes. A passagem mais recente foi nesta terça (14). “Amo esse lugar, sou apaixonada. Toda vez que tenho uma oportunidade, venho para cá”, diz. Participe Além do Museu do Catetinho, o Projeto Territórios Culturais faz visitações ao Museu Vivo da Memória Candanga, ao Museu dos Povos Indígenas, entre outros equipamentos públicos. Mais informações estão disponíveis aqui.
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Catetinho reabre nos 62 anos de Brasília
O Catetinho completa 66 anos no dia 10 de novembro e já está de roupa nova para a ocasião. Primeira residência oficial de Juscelino Kubitschek na construção da capital, o museu reabre para comemorar os 62 anos de Brasília, depois de dois anos fechado. A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) investiu R$ 396,6 mil da manutenção do telhado ao piso de cimento da estrutura arquitetônica com pilotis, desenhada por Oscar Niemeyer, em 1956. Depois da limpeza de forros e da troca de peças de ipê comprometidas, o Catetinho recebeu novas pinturas internas e externas | Fotos: Divulgação/Secec-DF “O Catetinho é espaço símbolo de toda a jornada de criação de Brasília. É uma preciosidade para o mundo”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. Localizado na região administrativa do Park Way, com acesso novo e sinalizado via Brasília Country Club, o Museu do Catetinho passou por pinturas externa e interna do Palácio de Tábuas, Anexo e Sede Administrativa. Essa ação se deu depois da limpeza de forros e da troca das peças de ipê comprometidas. Orifícios na estrutura receberam tela e espuma para evitar entrada de insetos e outros animais. O piso de cimento do pilotis foi recomposto. Banheiros históricos receberam limpeza dos revestimentos. Cera acumulada nos pisos foi removida. Vigas e pilastras ganharam verniz novo. Durante a manutenção, o acervo de 466 itens foi embalado, entre peças de mobiliário, utensílios, livros, discos e outros objetos, que Juscelino Kubitschek utilizou até 1959 – quando ficou pronto o Palácio da Alvorada –, e armazenado no Centro de Dança, espaço cultural da Secec. [Olho texto=”“A sua elaboração rústica de madeira, origem do termo ‘Palácio de Tábuas’, referência à sua função de residência presidencial, representa um marco arquitetônico na identidade moderna dos prédios de Brasília, os famosos pilotis, nos oferecendo a sensação de leveza e suspensão no ar”” assinatura=”Aquiles Brayner, subsecretário do Patrimônio Cultural da Secec” esquerda_direita_centro=”direita”] “Foram priorizadas práticas visando a estabilização tanto do prédio histórico que abriga a coleção, quanto das peças que compõem o acervo, uma vez que, dispostas em um ambiente adequado, essas obras estarão mais bem acondicionadas”, conta a gerente de Conservação e Restauro da Secec, Mariah Boelsums. A manutenção também ocorre na área externa, com recapeamento total do estacionamento de visitantes feito pela Novacap, que também fez a roçagem de gramados e poda em árvores. Também foi construída a rampa de acesso destinada a pessoas com deficiência e instaladas as sinalizações horizontal e vertical (projeto do Detran/DER). O sistema elétrico e de comunicação foram revisados. Os cuidados com a estrutura do “Palácio de Tábuas” incluíram o piso de cimento do pilotis, que foi recomposto. As vigas e pilastras ganharam verniz novo A gerente do Catetinho, Artani Grangeiro, que acompanhou o movimento de trabalhadores em turnos de 9h às 17h, não esconde a ansiedade de ver o museu repleto de turistas, moradores do DF e estudantes. Em 2019, o espaço havia recebido quase 45 mil visitantes – 40% de estudantes, 23% do DF, 36% de outros estados e 1% do exterior. “Não vejo a hora de ter os ônibus escolares aqui de novo”, aponta. O Catetinho está plantado numa espécie de santuário ecológico, na Área de Proteção Ambiental das Bacias do Gama e Cabeça de Veado e na Área de Proteção de Mananciais Catetinho. A beleza que cerca o local e inspirou Tom Jobim e Vinícius de Morais a compor Água de beber (1960) – quando deram com um olho d’água local durante estada a convite de JK para que compusessem Sinfonia da Alvorada (mesmo ano) – também guarda ameaças ao patrimônio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1959. Cupins, brocas e outros insetos xilófagos (que se alimentam de madeira) encontram no Palácio de Tábuas um convidativo repasto. Esse ambiente obrigou a Gerência de Conservação e Restauro a recorrer a tintas com alta resistência às ações climáticas e que contêm fórmula fungicida moderna e de efeito prolongado, além de resinas que repelem água e evitam o empenamento da madeira. Marco da construção [Olho texto=”“O Pala?cio de Ta?buas serviu como base para o ‘modernismo candango’, sendo modelo para edificações tempora?rias e definitivas erguidas na capital com caracteri?sticas semelhantes, a exemplo do Brasília Palace Hotel e dos prédios residenciais nas superquadras”” assinatura=”Maritza Dantas, arquiteta e urbanista” esquerda_direita_centro=”direita”] Subsecretário do Patrimônio Cultural da Secec, Aquiles Brayner destaca que o Catetinho é marco fundamental na construção de Brasília. “A sua elaboração rústica de madeira, origem do termo ‘Palácio de Tábuas’, referência à sua função de residência presidencial, representa um marco arquitetônico na identidade moderna dos prédios de Brasília, os famosos pilotis, nos oferecendo a sensação de leveza e suspensão no ar.” “O Pala?cio de Ta?buas serviu como base para o ‘modernismo candango’, sendo modelo para edificações tempora?rias e definitivas erguidas na capital com caracteri?sticas semelhantes, a exemplo do Brasília Palace Hotel e dos prédios residenciais nas superquadras”, reforça a arquiteta e urbanista Maritza Dantas na tese Brasília, Patrimônio Moderno em Madeira. “O Catetinho incorpora, justamente, essa particularidade do movimento modernista brasileiro, o que está evidenciado no seu volume alongado, elevado sobre pilotis, mas elaborado em madeira, como os vernaculares (habitações que usavam materiais locais) uma vez foram erigidos”, ensina a arquiteta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segurança sanitária Durante os períodos de liberação de espaços públicos ao longo da pandemia da covid-19, o Museu Catetinho não pôde ser reaberto porque não atendia às regras dos decretos, como o distanciamento e a sanitização. Dois anos depois do início da emergência sanitária, o cenário de vacinação e novas orientações de segurança facilitaram a reabertura. “Hoje, temos a orientação da Fundação Oswaldo Cruz/Fiocruz de que a limpeza com água e sabão é muito eficaz, diferentemente do que se sabia antes, quando apenas álcool ou cloro ativo eram recomendados”, observa Artani Grangeiro. Os espaços de exposição, por exemplo, estão sinalizados para que os visitantes não toquem nas superfícies, o que é praxe nos museus históricos. Há ainda dispositivos para desinfecção das mãos com álcool. *Com informações da Secec-DF
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Fonte de inspiração musical desde a inauguração
[Olho texto=”“JK sempre esteve sintonizado com a música. Além de bom dançarino, cercava-se de músicos e tinha aulas de violão” ” assinatura=” Fátima Bueno, autora do livro Do Peixe Vivo à Geração Coca-Cola – Música em Brasília (1960-1980″ esquerda_direita_centro=”direita”] Brasília, cidade síntese do modernismo, capital da nação e da esperança. Enfim, eterna musa de poetas, trovadores, bardos da imagem e cantores que imortalizaram seus mistérios e curvas sinuosas de esquinas imaginárias em sucessos que moram no inconsciente de milhares de pessoas. São muitas canções, para todos os gostos. Diga-se de passagem, uma sina que remonta aos primórdios do lugar, com mais de seis décadas de história, quando um pacto foi selado no quintal da primeira construção oficial aqui erguida, o Catetinho, também conhecido como Palácio de Tábuas. Ali, poucos meses após a inauguração de Brasília, em setembro de 1960, Tom Jobim e Vinicius de Moraes passaram temporada de dez dias para escrever aquele que talvez seja um dos primeiros registros musicais oficiais sobre a capital. Ideia visionária, claro, do presidente Juscelino Kubitschek, ao saber, por meio do arquiteto Oscar Niemeyer e do músico Bené Nunes, sobre a ideia da dupla em registrar a epopeia da construção da cidade em versos e melodia. Nascia, assim, Brasília, Sinfonia da Alvorada. Seria a projeção de um olhar lírico sobre a Brasília ancestral e a Brasília moderna. “JK sempre esteve sintonizado com a música. Além de bom dançarino, cercava-se de músicos e tinha aulas de violão”, conta a pesquisadora Fátima Bueno, autora do livro Do Peixe Vivo à Geração Coca-Cola – Música em Brasília (1960-1980), importante documento sobre a história da música no DF. “Bené Nunes assessorou o presidente nas questões musicais. Regeu, inclusive, a orquestra do baile do dia 21 de abril, no Palácio do Planalto, e teria formulado o convite a Tom e Vinicius para escrever a Sinfonia da Alvorada.” Autor do livro Da Poeira à Eletricidade, outro atestado sobre a história da música no DF, o jornalista, escritor e pesquisador Severino Francisco também destaca que a afinidade de ideias, identificação e amizade entres todos os personagens envolvidos – Tom, Vinicius, Niemeyer e JK – contribuiu para que essa aventura musical no cerrado ganhasse asas. [Olho texto=”“Eles (Tom e Vinicius) beberam da água de Brasília e se revelaram para o Brasil moderno, criando um dos melhores trabalhos da dupla (Água de Beber), que nem estava no projeto” ” assinatura=” – Severino Francisco, autor do livro Da Poeira à Eletricidade ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “JK adorou a ideia e os trouxe para cá. Eles ficaram fascinados porque tinham essa sintonia com Brasília, a sensibilidade para o Brasil, para a brasilidade que representava essa cidade que surgia no coração do país”, observa Severino Francisco. “Não colocaria a Sinfonia de Brasília entre as melhores obras da dupla, grandes artistas do modernismo, mas a vinda deles foi importantíssima porque eles interagiram intensamente com o ambiente, com a utopia de Brasília. Tanto é que deixaram dois textos maravilhosos, entre os melhores sobre Brasília”, diz ele, referindo-se às impressões que cada um escreveu na contracapa do disco. É verdade. Compartilhando do senso comum nacional de que Brasília estava sendo construída no meio da selva, algo como uma aventura amazônica no coração do Brasil, Tom Jobim escreveria: “O Planalto é o lugar mais antigo da terra”. O poeta Vinicius de Moraes não deixaria barato no seu vislumbre do lugar ao dizer ter sentido em Brasília uma “proximidade com o infinito”. O projeto seria finalizado no Rio de Janeiro. Dividida em cinco momentos – O Planalto Deserto, O Homem, A Chegada dos Candangos, O Trabalho e a Construção e Coral – e com quase 35 minutos de duração, a ode erudita à “construção da cidade e da bravura dos que ergueram”, de Vinícius e Tom, seria apresentada no primeiro aniversário da capital, em 1961. O que nunca aconteceu. O público conheceria o trabalho da dupla, de fato, em 1966, durante audição na TV Excelsior, de São Paulo; em Brasília, só 20 anos depois, em 1986, executada na Praça dos Três Poderes, sob a regência do maestro Alceu Bocchino e com Radamés Gnatalli ao piano. Tom Jobim e a filha de Vinicius, Suzane Moraes, declamariam poemas. Contudo, impregnados pela beleza selvagem do local, com hordas de jaós, perdizes e outras aves tantas bailando ao redor, pés descalços em contato com o cerrado, a dupla bebeu, literalmente, na fonte, criando um dos maiores clássicos da bossa nova, Água de beber. A ideia nasceu de uma curiosidade de Tom, quando perguntou se um olho d’água nas proximidades do Catetinho era potável. “É água de beber, sim, senhor!”, teria dito um trabalhador. “Eles beberam da água de Brasília e se revelaram para o Brasil moderno, criando um dos melhores trabalhos da dupla, que nem estava no projeto”, sintetiza Severino Francisco. “Em ritmo de bossa nova, a canção ganhou asas e vozes famosas, tornando-se sucesso internacional”, atesta a pesquisadora Fátima Bueno. Hino de uma geração Brasília é cantada em diferentes ritmos: reggae (Te Amo Brasília, Alceu Valença), baladas (Brasília, Guilherme Arantes), viagens experimentais (Céu de Brasília, Toninho Horta e Orquestra Fantasma), sertanejo (Pagode em Brasília, Tião Carreiro e Pardinho), blues (Brasília, Sérgio Sampaio), progressivo (Faroeste Caboclo, Legião Urbana), românticas (Coisas de Brasília, Oswaldo Montenegro), rap (Brasília Periferia, GOC), protesto (Brasília, Plebe Rude), instrumentais (Suíte Brasília, Renato Vasconcelos) e até coco (Rojão de Brasília, Jackson do Pandeiro). O grupo mambembe Liga Tripa no gramado do Eixão: canção Travessia do Eixão foi criada no fim dos anos 1970 e imortalizada pela Legião Urbana | Fotos: Noélia Ribeiro/Divulgação Muitas são as músicas escritas para exaltar a cidade “criada” por JK, amada e admirada por muitos. Para o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, Brasília assombra e inspira. “Brasília é a cidade do imaginário de qualquer artista”, pondera. “Se já é um arrebatamento ver o céu da cidade contrastando com a terra vermelha aqui embaixo, à noite você tem a impressão que a arquitetura flutua num palco escuro.” Umas são mais famosas, outras de projeção modesta, mas todas com um significado especial para cada pessoa e histórias que captaram um estado de espírito, uma sensação indelével, impressões do cotidiano, experiências de vida. Dois exemplos são sintomáticos. É o caso de Travessia do Eixão, versos de Nicolas Behr musicados por Nonato Veras – integrante do mítico grupo mambembe Liga Tripa -, criada no fim dos anos 1970 e imortalizada pela Legião Urbana no disco póstumo Uma Outra Estação (1997). A ideia para o poema de 1979 nasceu das vivências urbanas de Behr pela capital, quando flanava pelas asas não do Plano Piloto, mas do amor, entre a 415 Sul e 109 Sul, rumo à casa da namorada Noélia. Bastante tocada na cidade, era uma das prediletas de Renato Russo e, para muitos, o hino de uma geração. “Ele fazia passagens de som dos shows na época do trovador solitário com essa música; era o tema da rapaziada, da galera, dos botecos e que canta Brasília, fala de uma travessia erótica e menos tensa pelo Eixão, que é a espinha dorsal da cidade”, diz a musa inspiradora de Nicolas Behr, Noélia Ribeiro, também poeta. “Hoje tenho noção de que essa música marcou época, foi um marco em nossas vidas e na história cultural da cidade.” Nonato Veras transformou em música os versos de Travessia do Eixão Responsável por musicar o poema do vate mato-grossense que, desde 1974, vive na capital, o integrante do icônico grupo musical mambembe Liga Tripa Nonato Veras jamais imaginou que a melodia que criou fosse grudar no inconsciente coletivo de uma geração. “Nunca pensei na projeção da música, fiz por curtir, agora todo mundo se encanta com a cidade”, diz. “Muita gente credita a música ao Renato Russo, me sinto muito honrado”, comenta Nicolas Behr.
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