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Sífilis

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Mais de 95% das UBSs do Distrito Federal oferecem testes rápidos para sífilis

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) tem intensificado esforços para fortalecer a Atenção Primária à Saúde (APS). Os dados de 2025 do Censo Nacional das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), publicado pelo Ministério da Saúde, apontam que 95,9% das UBSs do DF realizam teste rápido para sífilis. Com estratégias voltadas para o diagnóstico precoce, prevenção de doenças e acompanhamento contínuo, o Distrito Federal tem alcançado avanços significativos em indicadores essenciais de saúde.   Mais de 95% das unidades básicas de saúde do Distrito Federal já fazem o teste rápido para sífilis | Fotos: Breno Esaki/Arquivo Agência de Saúde-DF Para o médico de família e comunidade, Fernando Erick Moreira, coordenador da Atenção Primária à Saúde no DF, o modelo adotado tem demonstrado que a prevenção e o cuidado integrado são fundamentais para a sustentabilidade do sistema e para a melhoria da qualidade de vida da população. [LEIA_TAMBEM]“A sífilis é uma doença que ainda representa um desafio mundial, especialmente por sua relação direta com a saúde materno-infantil. Por isso, as UBSs do DF ampliaram a cobertura de testes rápidos para sífilis nas gestantes durante o pré-natal. A Vigilância Epidemiológica realiza um monitoramento constante, que cruza informações das notificações com a realização dos testes e tratamentos”, explica. O DF observa um aumento no número de casos diagnosticados e tratados, reflexo direto da expansão da testagem rápida e da melhoria das ações preventivas. “O trabalho contínuo permite também identificar áreas que demandam maior atenção, possibilitando ajustes nas estratégias de saúde para ampliar o impacto positivo. A testagem rápida é um exemplo claro de como o investimento na prevenção reduz complicações e promove uma gestação saudável”, aponta. Outro dado importante do Censo mostra como a capital sai na frente na investigação de óbitos maternos, um dado essencial para entender as causas e evitar que novas perdas ocorram. Hoje, 89,5% das UBSS no DF realizam esse trabalho. “Estamos fortalecendo a vigilância e transformando dados em ações concretas para proteger a vida das gestantes”, afirma Moreira. A Vigilância Epidemiológica realiza monitoramento constante, que cruza informações das notificações com a realização dos testes e tratamentos Busca ativa A SES-DF ainda investe na capacitação das equipes e na informatização das unidades para tornar a busca ativa uma rotina eficiente e constante, garantindo que nenhuma mulher fique sem acompanhamento. “A busca ativa por exames de mamografia e de câncer de colo de útero é fortalecida por meio da capacitação das equipes multiprofissionais e do uso do prontuário eletrônico para monitoramento dos pacientes”, conclui Moreira. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Lacen-DF adquire insumos para maior precisão nos diagnósticos de Chagas e sífilis

O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) iniciou processo de aquisição de insumos que vão aprimorar o diagnóstico de casos suspeitos da doença de Chagas e sífilis. A obtenção será realizada mediante o processo de comodato, que funciona como um empréstimo e é considerada uma forma mais eficiente e vantajosa do ponto de vista econômico. “A disponibilização da tecnologia de quimioluminescência por meio do processo de comodato permitirá que o Lacen-DF atenda integralmente à demanda das unidades públicas de saúde, assegurando qualidade e confiabilidade dos resultados emitidos”, ressalta diretora do Lacen-DF, Grasiela Araújo. Com o fornecimento contínuo dos reagentes, o Lacen-DF poderá agir com mais precisão e confiabilidade no diagnóstico de Chagas e Sífilis | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde Neste contrato, o fornecimento contínuo dos reagentes para os diagnósticos das doenças será garantido. Os insumos vão viabilizar a implantação de uma metodologia denominada “imunoensaio quimioluminescente”, que oferece mais precisão e confiabilidade nos resultados laboratoriais dos casos suspeitos. Atendendo recomendações do Ministério da Saúde para que os testes sejam realizados com alta sensibilidade e especificidade, a técnica reduz a interferência por reações cruzadas com outras patologias – como leishmaniose visceral, hanseníase e doenças autoimunes. Isso minimiza a ocorrência de resultados falsamente positivos ou negativos. “A implementação não apenas viabiliza a modernização do diagnóstico, mas também promove maior eficiência na gestão dos recursos públicos” Grasiella Araújo, diretora do Lacen-DF Para a diretora do Lacen-DF, essa forma de empréstimo resulta também em economia aos cofres públicos, uma vez que não requer grande investimento inicial na aquisição do equipamento. “A implementação não apenas viabiliza a modernização do diagnóstico, mas também promove maior eficiência na gestão dos recursos públicos, garantindo acesso à tecnologia de ponta sem comprometer o orçamento destinado à saúde pública”, explica. Doença de Chagas e sífilis A doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida pelo inseto barbeiro. Durante o seu curso no organismo da pessoa, a doença apresenta duas fases, uma aguda – podendo ser sintomática ou não – e uma crônica, podendo ser cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva. Já a sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Muitas vezes, apresenta sintomas discretos e a procura tardia pode causar complicações. No Distrito Federal, de 2019 a 2023, foram registrados 12 mil casos de sífilis adquirida, quase 5 mil de sífilis em gestantes e 1,6 mil casos em menores de um ano, incluindo abortos e natimortos. Ambas as doenças possuem cura e tratamento oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). *Com informações da Secretaria de Saúde

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Hospital Regional de Santa Maria realiza simpósio sobre sífilis

Na segunda-feira (21), foi realizado, no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o simpósio “Vamos falar sobre Sífilis?”. O objetivo do evento foi aumentar a conscientização sobre sífilis e sífilis congênita, sobre testagem rápida, sinais, sintomas, transmissão e prevenção, com ênfase na importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado para a doença. “A conscientização sobre o tratamento e diagnóstico precoce da sífilis, especialmente em gestantes, é essencial para prevenir a sífilis congênita, uma doença 100% curável e prevenível. Como nosso hospital conta com uma maternidade e recebe muitos casos de mães infectadas e bebês com sífilis congênita devido à falta de tratamento adequado durante o pré-natal, é urgente destacar a importância da conscientização e do acompanhamento contínuo dessas gestantes. Assim, podemos proteger a saúde dos bebês e das mães, garantindo que a sífilis congênita seja evitada por meio de medidas eficazes e acessíveis”, explica a chefe do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (NUCIH) do HRSM, Aldyennes Carvalho. O objetivo do evento foi aumentar a conscientização sobre sífilis e sífilis congênita | Foto: Divulgação/IgesDF Durante o simpósio foram apresentados dados epidemiológicos sobre a doença no Distrito Federal, de 2019 a 2023, foram registrados no Sinan 12.639 casos de sífilis adquirida, 4.966 casos de sífilis em gestantes e 1.604 casos de sífilis congênita, incluindo abortos e natimortos. Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), atualizado em 22 de agosto de 2024, a taxa de sífilis adquirida teve aumento de 77,5%, para 123,5% em 2023 . A média de casos da doença em gestantes também teve aumento discreto, a taxa era de 31,4 %, foi para 31,9% em 2023. Já a sífilis congênita variou de 6,% em 2019, depois foi para 10,7% em 2022 e em 2023 registrou 8,5%. A maior prevalência da doença ocorre em pessoas entre 20 e 29 anos do sexo masculino. A segunda maior faixa etária afetada é entre 30 e 39 anos, mas o número de sífilis em idosos também tem registrado aumento nos últimos anos. O número da doença em gestantes preocupa, pois o não tratamento durante o pré-natal ocasiona em altos índices de taxa de transmissão da sífilis congênita, contribuindo para o maior risco de abortos e natimortos. No HRSM, foram notificados em 2023 105 casos de sífilis em gestantes, 40 de sífilis adquirida e 73 de sífilis congênita, já em 2024, até o início de outubro foram 81 casos da doença em gestantes, 68 de sífilis adquirida e 61 de sífilis congênita. A maior prevalência da doença ocorre em pessoas entre 20 e 29 anos do sexo masculino. A segunda maior faixa etária afetada é entre 30 e 39 anos, mas o número de sífilis em idosos também tem registrado aumento nos últimos anos Segundo o infectopediatra do HRSM, Pedro Bianchini, praticamente toda semana, nas visitas realizadas no hospital, são identificados ao menos dois ou três casos para discussão de mães que foram para a unidade hospitalar com algum teste de sífilis positivo. “É uma realidade bastante aguda e que a gente tem enfrentado diariamente. Habitualmente, a gente precisa classificar a exposição do bebê à sífilis. Essa criança é classificada como uma criança que vai receber o tratamento. Pelo fluxograma a gente encaminha essa criança para um acompanhamento no Ambulatório de Infecções Congênitas, que atualmente é feito no Hospital Materno Infantil (HMIB)”, destaca Bianchini. Durante o simpósio houve a participação do gerente de áreas Programáticas de Atenção Primária à Saúde, Paulo Henrique Dias, que falou da importância das unidades básicas de saúde no combate e prevenção à sífilis. “Na atenção primária realizamos o pré-natal de gestantes infectadas com sífilis, trabalhamos a prevenção por meio de educação em saúde, aconselhamento sexual, distribuição de preservativos e promoção de testes rápidos, além de fazer o diagnóstico precoce, o tratamento e acompanhamento desses casos nas unidades básicas de saúde”, informa. O infectologista Marcos Davi fez a discussão de alguns casos com os participantes e explicou a conduta aplicada e em cada um deles. Já o infectologista Daniel Pompetti, explicou os diferentes testes para a realização do diagnóstico e que o tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde é a utilização da Penicilina Benzatina (benzetacil) em adultos. *Com informações do IgesDF

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Fórum debate transmissão vertical da doença de Chagas e da sífilis

Começou, nesta terça-feira (24), o 2º Fórum Ampliado de Transmissão Vertical, realizado junto ao 3º Ciclo de Monitoramento do Plano Integrado de Prevenção, Vigilância e Controle da Sífilis 2021 – 2024. Organizado pela Secretaria de Saúde do DF (SES), o encontro tem como objetivo discutir os desafios para erradicar a transmissão vertical (da gestante para o bebê) da doença de Chagas e da sífilis. Também faz parte da proposta monitorar as ações de prevenção, vigilância e controle em todas as regiões da saúde do DF. “São doenças que temos a possibilidade de eliminar”, explicou a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Beatriz Maciel | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Realizado no Hotel Brasília Imperial, o evento contou com a colaboração da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), parceria da Jica (sigla em inglês para Agência de Cooperação Internacional do Japão/Representação no Brasil) e participação do Ministério da Saúde, das superintendências das regiões de saúde do DF e de profissionais da área. Indicadores e metas “Estamos aqui para discutir o planejamento em saúde, o cuidado materno infantil e olhar com atenção os indicadores”, afirmou a diretora de Atenção Secundária da Secretaria de Saúde (SES), Juliana Queiroz de Araújo. “Planejamos o futuro a partir das ações do passado. Sem monitoramento não há crescimento.”  Já o coordenador de Vigilância, Preparação e Respostas à Emergência e Desastres da Opas, Miguel Aragón, destacou o compromisso da SES diante dos objetivos estabelecidos na primeira edição do fórum, em 2022: “Não foi um compromisso só de palavras, mas de ação. E é trabalhando dessa forma que vamos juntos conseguir alcançar as metas”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A continuidade do fórum e do ciclo de monitoramento visa ampliar o olhar sobre a temática e desenvolver novas ações de erradicação. “São doenças que temos a possibilidade de eliminar; temos insumos para diagnósticos, tratamentos e formas de prevenir a transmissão vertical”, reforçou a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Beatriz Maciel. O intuito, segundo ela, é que cada participante do evento consiga difundir o que foi aprendido, e, a partir dessa discussão, as equipes elaborem estratégias de acordo com as peculiaridades de cada território. Premiação Nesta quarta-feira (25), as regiões de saúde vão apresentar os resultados dos indicadores, a fim de serem certificados com o selo de Boas Práticas, conforme determinado no fórum do ano anterior. “Trata-se de um reconhecimento pelo esforço das equipes de saúde na busca pela redução da sífilis congênita”, explicou Beatriz. A certificação é dividida em três categorias: ouro, prata e bronze. O selo é conquistado com o cumprimento de determinados indicadores. Testagem A SES oferece testagem rápida para sífilis em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento, localizado no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), na Asa Sul. No que diz respeito à doença de Chagas, desde 2014, a pasta faz a triagem de gestantes infectadas no primeiro trimestre do pré-natal. Entre 2014 e 2023, foram identificadas 400 gestantes com a doença de Chagas crônica no DF. Já os casos de sífilis congênita registrados entre janeiro e julho deste ano somam 238. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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GDF disponibiliza testes rápidos para identificar ISTs

O Governo do Distrito Federal (GDF) disponibiliza para a população, de forma gratuita, testes rápidos para diagnóstico de HIV, sífilis e hepatites B e C. A testagem é oferecida em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Distrito Federal, que também promovem ações de prevenção e tratamento para as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Com resultados que ficam prontos em 30 minutos, os testes ficam disponíveis por livre demanda. Basta que o interessado se dirija a sua unidade de referência e solicite o exame rápido. Em 2022, a Secretaria de Saúde (SES-DF) realizou 203.177 testes nas unidades de saúde. Quando o resultado vem positivo para a sífilis, o tratamento começa de forma imediata na própria Unidade Básica de Saúde (UBS). Quando o paciente está infectado com HIV ou com hepatite B ou C, ele é encaminhado ao serviço de atenção secundária, como as policlínicas de Ceilândia, Taguatinga, Planaltina e Gama. A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Para preveni-la, é necessário o uso de preservativos durante as relações sexuais, o rastreamento e tratamento adequado de infecções, além de exames regulares para detecção precoce da doença | Fotos: Breno Esaki/ Agência Saúde Além de disponibilizar os testes rápidos nas UBSs, os pacientes podem procurar por esses exames também no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), localizado na 508 Sul, e nas maternidades da rede pública de saúde. A testagem deve ser feita sempre que houver uma situação de risco, como não usar preservativo durante uma relação sexual. “Os testes de HIV e sífilis também são realizados em todas as mulheres na sala de parto. Aquelas que não fizeram o pré-natal, precisam testar para as hepatites B e C também antes de dar à luz”, pontuou a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF, Beatriz Maciel. Transmissão vertical [Olho texto=”Uma das ações preventivas contra as infecções sexualmente transmissíveis é a oferta de preservativos em todas as unidades de saúde” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Também chamada de transmissão congênita, a sífilis tem despertado um alerta entre os agentes de saúde após uma alta na transmissão da doença de mãe para filho durante o período gestacional. Em 2022, o DF registrou 2.445 casos de sífilis adquirida e 836 registros da doença em gestantes. Deste último número, 388 casos tiveram como desfecho a sífilis congênita, que poderia ter sido evitada caso a gestante recebesse o diagnóstico oportuno e o tratamento adequado no pré-natal. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Temos que dar muito foco para a transmissão da doença de mãe para filho, que é algo que pode ser evitável com o tratamento precoce. Quando a gestante descobre e se trata corretamente, é muito provável que o filho não nasça com a doença. A gente vem trabalhando em estratégias para evitar essa transmissão vertical”, defendeu a gerente. Uma das ações preventivas contra as infecções sexualmente transmissíveis é a oferta de preservativos em todas as unidades de saúde. “Além disso, temos a fase de diagnóstico, com os testes rápidos, e o tratamento em si. Nós damos várias chances para que o paciente evite transmitir a doença, tanto em homens quanto em mulheres”, concluiu.

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Aumento nos diagnósticos de sífilis em 2023 reforça conscientização

Os casos de sífilis na população do Distrito Federal aumentaram 55,9% entre janeiro e julho deste ano, em comparação ao mesmo período de 2022. Segundo a Secretaria de Saúde (SES-DF), 3.138 diagnósticos foram notificados nos primeiros sete meses deste ano – sendo, em média, 14 infecções por dia – contra 2.013 no ano passado. A maior parte dos casos está presente entre homens e na faixa etária de 15 a 29 anos. Os números consideram casos descobertos nas redes pública e privada de saúde. Em 2020, foram notificados 2.154 casos e em 2021, 2.199, conforme o Boletim Epidemiológico da Sífilis da SES. Os dados consolidados do ano de 2022 serão divulgados em outubro, quando é celebrado o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita (19/10). Daniela Mendes Magalhães, da Secretaria de Saúde, ressalta: “Se mais pessoas fossem testadas, mais casos poderiam ser detectados e tratados” A responsável técnica pela vigilância epidemiológica da sífilis da SES, Daniela Mendes Magalhães, atribui o aumento a mudanças no comportamento sexual da população, em que há redução no uso regular e correto de preservativo. Além disso, segundo ela, o salto na quantidade de casos também pode ser relacionado à falta de informação adequada sobre saúde reprodutiva. “O problema não é a atividade sexual, mas a falta de informação. Inclusive, se mais pessoas fossem testadas, mais casos poderiam ser detectados e tratados, evitando o risco de sífilis congênita. É muito melhor que a mulher descubra antes da gravidez, para que a gestação seja tranquila e evitar a transmissão para o bebê”, diz ela, que é integrante da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis. “O diagnóstico evita o desenvolvimento de sintomas graves e corta a cadeia de transmissão”, completa. [Olho texto=”“O diagnóstico evita o desenvolvimento de sintomas graves e corta a cadeia de transmissão”” assinatura=”Daniela Mendes Magalhães, técnica da vigilância epidemiológica da sífilis da SES” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Magalhães também aponta que a presença maior da sífilis na faixa etária de 15 e 29 anos decorre da falta de conhecimento sobre saúde reprodutiva. “Trata-se de jovens que iniciam a vida sexual sem a devida orientação”, pontua. “Precisamos investir em campanhas educativas que causem impacto à população. Devemos falar de infecções sexualmente transmissíveis nas escolas e em espaços ocupados por eles, ensinando a usar o preservativo da forma correta e consistente”, aponta. Teste e tratamento Arte: Agência Brasília A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) curável dividida em estágios. O diagnóstico é obtido por testes rápidos, disponíveis em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) do DF e no Centro de Testagem e Aconselhamento, localizado na 508 Sul. O resultado é revelado em 30 minutos. “É supersimples: o profissional faz um furo no dedo da pessoa, colhe uma amostra de sangue e o dispositivo começa a avaliação. Esperamos 30 minutos para evitar resultados errados e, em no máximo uma hora, a pessoa já saberá a condição sorológica e receberá o devido tratamento”, explica a responsável técnica. [Olho texto=”O tratamento consiste na aplicação intramuscular do antibiótico penicilina benzatina. Dependendo do nível de infecção, a ser avaliado pelo profissional de saúde, são indicadas de uma ou três doses” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O tratamento consiste na aplicação intramuscular do antibiótico penicilina benzatina. Dependendo do nível de infecção, a ser avaliado pelo profissional de saúde, são indicadas de uma ou três doses, sendo que a primeira ocorre no mesmo dia do diagnóstico e as demais nas semanas subsequentes. Além disso, o paciente também passa a receber acompanhamento sorológico a cada três meses e, em um ano, recebe alta. A principal forma de evitar a sífilis é o uso correto e regular da camisinha. Mas, a testagem sorológica também é importante, conforme explica Magalhães: “Quando eu conheço minha condição sorológica, consigo me tratar, se necessário, e prevenir que outras pessoas se infectem. Levou o filho para vacinar e nunca se testou? Aproveita e pede o teste rápido, cuide da sua saúde.” A infecção [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A transmissão da sífilis se dá principalmente por contato sexual ou contato com as lesões. De início, a infecção é caracterizada pelo aparecimento de uma ferida na área em que a pessoa foi infectada, comumente sendo a área genital ou oral. A lesão cicatriza sozinha, sem que seja aplicado nenhum tipo de tratamento, entre duas e seis semanas. Em seguida, surgem lesões e manchas pelo corpo, principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés, além de febre, mal-estar e dor de cabeça. Os sintomas duram entre quatro e 12 semanas. As lesões podem ser confundidas com alergias, mas não coçam e não doem. Ao se deparar com os sintomas, a pessoa deve imediatamente procurar atendimento médico e interromper qualquer tipo de relação sexual sem o uso de camisinha. Depois, ocorre o período de latência, em que não é observado nenhum sinal da infecção. Já o último estágio pode demorar de 2 a 40 anos para iniciar. Nesta fase, a inflamação causada pela sífilis provoca destruição tecidual e são comuns o acometimento do sistema nervoso e do sistema cardiovascular, com risco de desfiguração, incapacidade e até morte. Por isso, qualquer suspeita deve servir de estímulo à testagem. “A sífilis tem sintomas que se assemelham a várias doenças, até costumamos dizer que é uma condição enganadora. Tendo uma lesão na pele, como uma úlcera, na parte genital ou oral, que não dói, não coça, parece com uma afta mas não é, busque a testagem”, alerta Magalhães. Mais informações sobre a sífilis podem ser encontradas aqui.

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DF ganha comissão permanente para eliminar transmissão vertical de sífilis

O Distrito Federal passa a contar com uma comissão distrital permanente (CDP) para a certificação da eliminação da transmissão vertical da sífilis com o selo DF. A portaria de criação foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF). ?O objetivo é que a CDP certifique as regiões de saúde que atendam aos critérios e aos indicadores previamente estabelecidos pelo Ministério da Saúde e que estão contemplados no Plano Integrado para Prevenção, Vigilância e Controle da Sífilis 2021/2024. A comissão será composta por representantes da Coordenação de Atenção Primária à Saúde (Coaps), da Rede Cegonha, da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) e do Comitê Central de Investigação da Transmissão Vertical. Entre as atribuições do colegiado estão a análise e divulgação das experiências bem-sucedidas e o aperfeiçoamento das ações de controle da doença. A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Para preveni-la, é necessário o uso de preservativos durante as relações sexuais, o rastreamento e tratamento adequado de infecções | Fotos: Breno Esaki/ Agência Saúde Segundo a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel, a certificação é uma maneira de impulsionar o trabalho da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) para evitar a transmissão vertical da doença. “A sífilis congênita ainda é um grande problema de saúde no DF. A certificação é uma possibilidade de estimular a organização de processos de trabalho que visam garantir a melhoria da assistência no pré-natal, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da doença, a fim de se evitar a transmissão vertical”, explica Beatriz. No DF, houve aumento do coeficiente de detecção de sífilis adquirida. Em 2018, foram registrados 61,9 mil casos por 100 mil habitantes. Em 2022, esse número saltou para 78,1 mil. Entre as gestantes, o crescimento foi significativo, passando de 415 casos em 2018 para 836 no ano passado. [Olho texto=”“A população precisa ser orientada e compreender que as UBSs são importantes centros de testagem e que podem buscar as unidades para este tipo de atendimento”” assinatura=”Beatriz Maciel, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Em relação ao coeficiente de incidência de sífilis congênita, a análise também mostrou um aumento: em 2018 eram 8 casos por mil nascidos vivos, já em 2022 esse número aumentou para 10,8. O aumento expressivo dos casos reflete a necessidade de ações que envolvam a ampliação de testagem na população geral, de acordo com a gerente da Gevist. “A população precisa ser orientada e compreender que as UBSs [Unidades Básicas de Saúde] também são importantes centros de testagem e que podem buscar as unidades para este tipo de atendimento”, ressaltou Beatriz Maciel. Como funciona a certificação? A certificação por meio de selos de boas práticas é uma estratégia do Ministério da Saúde para estados e municípios que ainda não atingiram as metas de eliminação da transmissão vertical de HIV e de sífilis A certificação por meio de selos de boas práticas é uma estratégia do Ministério da Saúde para estados e municípios que ainda não atingiram as metas de eliminação da transmissão vertical de HIV e de sífilis, mas apresentam indicadores com metas gradativas, que variam de acordo com diferentes categorias, como bronze, prata e ouro. Quanto maior o nível do selo alcançado, mais próximo da certificação de eliminação da transmissão vertical o município estará. Em 2022, o Ministério da Saúde certificou 43 municípios que demonstraram aumento no coeficiente de detecção de sífilis adquirida e em gestantes, que causou a redução da incidência da sífilis congênita. Como o Distrito Federal possui uma organização diferente das outras unidades federadas, criou-se a possibilidade da certificação local, por região de saúde. Assim, cada região poderá ser avaliada individualmente, levando-se em consideração as suas especificidades. [Olho texto=”Embora seja transmitida principalmente por contato sexual desprotegido com uma pessoa infectada, a sífilis também pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidez” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com o intuito de estimular as regiões de saúde e reconhecer os esforços na redução da sífilis congênita, a SES-DF criou o selo DF de boas práticas rumo à eliminação da sífilis congênita, estratégia que reconhece as singularidades de cada região analisada. Para conquistar o selo, as regiões devem cumprir a lista de requisitos para a certificação, que será checada pelos membros da comissão permanente. Sífilis A doença é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela pode afetar várias partes do corpo e se desenvolver em diferentes estágios, com sintomas variados em cada fase. Em muitos casos, apresenta-se de forma assintomática ou com sintomas imperceptíveis. Por isso, é tão importante prevenir e realizar testagens periódicas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Para prevenir a sífilis, é necessário o uso de preservativos durante as relações sexuais, o rastreamento e tratamento adequado de infecções em gestantes e parceiros sexuais, além de exames regulares para detecção precoce da doença. Embora seja transmitida principalmente por contato sexual desprotegido com uma pessoa infectada, a sífilis também pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidez – conhecida como transmissão vertical, ocasionando a sífilis congênita, que pode levar a uma série de complicações para o bebê. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Fórum debate estratégias para proteger bebês de sífilis e doença de Chagas

Profissionais de saúde do Distrito Federal discutem até esta quarta-feira (19) estratégias para zerar casos de transmissão vertical de sífilis e de Chagas. Isso é, quando a contaminação ocorre na gestação ou no parto. O objetivo do encontro é monitorar ações de prevenção, vigilância e controle em todas as Regiões de Saúde do DF. Organizado pela Secretaria de Saúde (SES), em colaboração com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), o 1º Fórum Ampliado de Transmissão Vertical da Chagas e da Sífilis reuniu dados, planos e práticas bem-sucedidas. O evento, que começou nesta terça-feira (18) e vai até quarta (19), também abrange o 2º Ciclo de Monitoramento do Plano Integrado de Prevenção, Vigilância e Controle da Sífilis 2021-2024 do DF. O primeiro dia foi dedicado a discussões e soluções para sífilis. “Precisamos entender a realidade, em que aspecto há vulnerabilidade de transmissão das mães para os filhos e que ações podemos discutir e executar para eliminar os casos”, afirmou o secretário de Vigilância Sanitária, Divino Valero Martins, representante da SES na abertura do fórum. O 1º Fórum Ampliado de Transmissão Vertical da Chagas e da Sífilis teve início nesta terça-feira (18) e vai até esta quarta (19) | Foto: Tony Winston/Agência Saúde Incidência De 2017 a 2021, foram notificados na capital federal 1.645 casos de sífilis congênita (passada na gestação ou no parto) em bebês de até um ano de idade, segundo dados do boletim epidemiológico da SES. Desse total, a Região Sudoeste de Saúde registrou 474 ocorrências (28,8%), seguida pela Região Oeste, com 384 (23,3%), e a Região Norte, que notificou 317 (19,2%). Entre os desafios no tratamento da doença estão a vulnerabilidade de algumas populações e a dificuldade de abordar os parceiros da pessoa infectada. “Há problemas de registros também. Precisamos ajustar notificações e registrar com o código correto”, exemplificou a responsável técnica pela vigilância da sífilis adquirida em gestante e congênita da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Daniela Magalhães. A notificação da sífilis – seja adquirida, em gestantes ou congênita – é obrigatória para médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos serviços públicos e privados da área. [Olho texto=”“Precisamos entender a realidade, em que aspecto há vulnerabilidade de transmissão das mães para os filhos e que ações podemos discutir e executar para eliminar os casos”” assinatura=”Divino Valero Martins, secretário de Vigilância Sanitária” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O representante da Opas, Miguel Aragón, enfatizou a importância do monitoramento da doença. “Aquilo que não se controla, não se faz. E isso precisa ser feito com a integração de todos e dos serviços, não em escritório, mas com quem atende [na ponta].” Durante o fórum, o Ministério da Saúde (MS)  apresentou o Guia para Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e Sífilis. Além dos critérios e indicadores necessários para conseguir a certificação, a pasta federal explicou como funciona o Selo de Boas Práticas rumo à Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e Sífilis, que reconhece metas gradativas em três categorias – bronze, prata e ouro. O objetivo é uma dupla eliminação, como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS). A gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Beatriz Maciel, compartilhou que o monitoramento e a coleta de dados em busca da certificação para o DF serão realizados por um grupo de trabalho que, após a consolidação do relatório, enviará o documento ao Ministério da Saúde. Doença de Chagas O fórum recebe nesta quarta-feira (19) representantes do Ministério da Saúde para tratar do Pacto Nacional para a Eliminação da Transmissão Vertical da doença de Chagas. Além disso, serão apresentados os resultados parciais da investigação epidemiológica dos filhos de mães portadoras da enfermidade no DF. Na ocasião, a SES expõe proposta para o estabelecimento de fluxos de assistência e vigilância para a doença de Chagas. *Com informações da Secretaria de Saúde

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