AgroBrasília 2025 terá, entre os destaques, dez circuitos tecnológicos
De terça-feira (20) a sábado (24), durante a AgroBrasília — uma das maiores feiras do agronegócio do país —, a Emater-DF marca presença com dez circuitos tecnológicos repletos de soluções práticas e sustentáveis voltadas ao fortalecimento da produção rural. O tema desta edição é “Agro, oportunidade para todos” . Circuito da Aquicultura vai mostrar o uso de bioinsumos, o sistema de bioflocos para produção de juvenis de tilápia e reservatórios de irrigação para criação de peixes | Foto: Divulgação/Emater-DF Promovida pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), a Feira AgroBrasília 2025 tem entrada gratuita, das 8h30 às 18h, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci (BR-251, Km 5 - PAD-DF). Neste ano, os visitantes terão acesso a uma série de tecnologias que podem ser aplicadas especialmente em pequenas e médias propriedades, com o suporte de técnicos capacitados para explicar cada solução apresentada. "O evento é uma oportunidade para uma imersão em tecnologias acessíveis, sustentáveis e de impacto na produção, mostrando que o agro é um campo de oportunidades para todos os tamanhos de propriedade, seja para agricultores familiares, seja para patronais”, explica o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. “No espaço da Emater-DF mostraremos tecnologias que podem ser adotadas por todos, de forma a produzir melhor, com mais economia, inovação e sustentabilidade.” O presidente da AgroBrasília, José Guilherme Brenner, pontua que a participação da Emater-DF é fundamental para a proposta da feira: “A Emater-DF foi a primeira a aderir à ideia da AgroBrasília e teve um papel essencial no início. Até hoje, continua sendo um pilar importante, trazendo tecnologias voltadas a todos os produtores e em especial aos pequenos, que também são o foco da feira. Em toda a feira, o produtor encontra soluções práticas, pensadas para sua realidade; e, para o pequeno produtor, a tecnologia é ainda mais necessária, porque ela ajuda a aliviar a rotina e melhorar os resultados no campo”. [LEIA_TAMBEM] Veja abaixo os circuitos da empresa. Floricultura → Foco: a produção de orquídeas e bromélias com alternativas para redução de custos e melhoria dos processos. No Circuito da Fruticultura, os destaques são o consórcio de açaí com banana, o cultivo de pitaia e o mirtilo semi-hidropônico. Olericultura → Oportunidades de negócio ganham destaque: batata-doce, morango (cultivar Fênix) e tomate em meia estaca sob cultivo protegido. Bovinocultura → Técnicas de ensilagem e uso de cerca elétrica. Avicultura → Tecnologias que viabilizam a produção de ovos, reduzindo custos e melhorando a produtividade, gerando renda para o produtor rural. Aquicultura → Uso de bioinsumos na aquicultura, o sistema de bioflocos para produção de juvenis de tilápia, utilização de reservatórios de irrigação para criação de peixes. Tecnologias sociais → Informações relacionadas à saúde e bem-estar do trabalhador rural, com orientações sobre uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), alojamento, moradia e condições de trabalho, acesso à saúde, jornada e direitos trabalhistas. Agroindústria → Portaria de Registro Provisório e as estruturas necessárias para a regularização de queijarias. Gestão ambiental → Gases de efeito estufa, crédito de carbono e o mercado de carbono e ações do programa Emater-DF no Clima, que objetiva elevar o DF como referência na adaptação dos produtores rurais às mudanças climáticas. Certificação orgânica e bioinsumos → Multiplicação de microrganismos benéficos para agricultura (on farm) em biofábricas simples, permitindo a redução de custos em até 85% com agrotóxicos, além de ter muitas outras funções. Os interessados também poderão obter informações sobre o processo de certificação orgânicas, políticas públicas e mercados diferenciados para estes alimentos. Estande institucional Na área destinada à Emater-DF, haverá também o estande institucional, onde os visitantes poderão adquirir produtos de agroindústrias, mel, artesanato, entre outros itens de pequenos produtores e cooperativas rurais. Na sexta-feira (23), a Emater-DF oferecerá uma visita guiada a quem quiser conhecer as principais características de uma propriedade leiteira ambientalmente sustentável. O encontro começa às 9h, no Circuito da Bovinocultura, e não exige inscrição prévia: basta chegar no horário. Já no sábado, haverá o I Encontro da Cafeicultura do DF e Ride na AgroBrasília. As inscrições para participar podem ser feitas até quarta-feira (21), por meio deste link. O evento, promovido pela Emater-DF em parceria com a Associação de Empreendedores de Café do Lago Oeste (Elo Rural) e com o apoio da organização da AgroBrasília, será realizado no auditório anexo do Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD-DF. O objetivo do encontro é valorizar os produtores já estabelecidos, apresentar oportunidades de mercado, difundir boas práticas e atrair novos agricultores para essa cadeia produtiva em expansão. A programação conta com a participação de representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Emater-DF e de empreendedores locais como Krilltech, Café Grão Nativo e Café Minelis. Agrograsília 2025 → Data: de terça (20) a sábado (24), das 8h30 às 18h → Local: BR-251, Km 5 - PAD-DF, com entrada gratuita. Acesse a programação. *Com informações da Emater-DF
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Relatório de Informações Agropecuárias do Distrito Federal 2024 destaca produção regional diversificada
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) divulgou o Relatório de Informações Agropecuárias (RIA) 2024, um documento essencial para entender a produção rural e o desenvolvimento sustentável no DF. O relatório apresenta dados detalhados sobre culturas agrícolas, pecuária, aquicultura, apicultura, destacando a diversidade e a força do setor agropecuário local. Soja lidera em área plantada no DF, seguida pelo milho | Foto: Divulgação/Emater-DF "O relatório é uma ferramenta estratégica para planejamento de políticas públicas, para basear investimentos dos produtores e ações de sustentabilidade. Ele evidencia o papel do DF no abastecimento regional e na promoção da segurança alimentar, além de destacar a importância e necessidade de apoio contínuo aos produtores rurais”, afirma o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. Destaques da produção agrícola O Distrito Federal demonstra uma produção agrícola diversificada que tem como destaque as seguintes culturas: [LEIA_TAMBEM] * Grãos: a soja lidera em área plantada (87.924,82 hectares) e produção (380.726,82 toneladas), representando 14,41% da área total e 15,75% da produção do DF. Já o milho fica em segundo lugar, com 39.790,96 hectares plantados e produção de 272.837,82 toneladas. * Olericultura: alface (1.278,61 hectares), mandioca (1.018,29 hectares) e tomate (422,42 hectares) são as principais culturas. * Fruticultura: abacate (457,30 hectares), goiaba (433,88 hectares) e banana (343,88 hectares) se destacam. Pecuária * Bovinos: o plantel de 79.105 cabeças produziu 5,5 milhões kg de carne e 33,9 milhões de litros de leite, com Sobradinho e Ceilândia como principais produtores. * Avicultura: com 66,2 milhões de cabeças, a produção de carne atingiu 134,8 milhões kg, e a de ovos chegou a 49,6 milhões de dúzias, sendo Planaltina e Taquara as localidades com maior participação. * Suínos: o DF possui 239.442 cabeças, com destaque para o PAD-DF, responsável por 58,57% do plantel. Aquicultura e apicultura * A produção de pescado alcançou 2,1 milhões kg, com Gama e Ceilândia liderando em área inundada e produção. * Na apicultura, foram produzidos 22.598 kg de mel, com Alexandre Gusmão e Brazlândia como principais contribuintes. *Com informações da Emater-DF
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Encontro de Piscicultores do DF e Entorno debate desenvolvimento da cadeia produtiva
O 18º Encontro de Piscicultores do Distrito Federal e Entorno, promovido pela Emater-DF nesta quarta-feira (27), contou com produtores, técnicos e representantes de órgãos governamentais para discutir as potencialidades, desafios e avanços necessários para o fortalecimento da aquicultura na região. O evento foi realizado na Piscicultura Olimpo, localizada no Núcleo Rural Ponte Alta, no Gama. Em 2023, a produção de pescados no DF foi de mais de 2 mil toneladas. Na abertura, o coordenador do programa de Aquicultura da Emater-DF, Adalmyr Borges, ressaltou a relevância do encontro para a integração da cadeia produtiva. “Brasília tem um dos maiores consumos per capita de pescado do país, mas ainda enfrentamos desafios como a informalidade e os altos custos de produção. Este evento é um espaço para troca de experiências e para discutirmos soluções conjuntas, como o cooperativismo e a busca por novos canais de comercialização, incluindo compras governamentais voltadas para alimentação escolar”, pontuou. O evento foi realizado na Piscicultura Olimpo, localizada no Núcleo Rural Ponte Alta, no Gama | Fotos: Divulgação/Emater-DF O encontro também incluiu relatos de casos de sucesso, como o da família de piscicultores do Paranoá, que demonstrou como a organização familiar e o uso de tecnologias podem aumentar a eficiência produtiva. Aécio Borges, gerente da Emater-DF em Ceilândia, contou a história também de sucesso dos produtores Ademir e Sônia Gomes, que trocaram hortaliças pela produção de peixes e hoje são referência. Cleison Duval, presidente da Emater-DF, reforçou a importância da união para superar obstáculos e aproveitar as oportunidades que o setor oferece. “As oportunidades estão batendo à nossa porta, mas precisamos estar preparados para abraçá-las. É essencial que todos os atores da cadeia produtiva trabalhem juntos, desde o licenciamento ambiental até o apoio técnico e a comercialização. Nossa missão é fazer da piscicultura uma atividade cada vez mais sustentável e rentável no DF”, afirmou. Guilherme Gonçalves, presidente da Câmara Setorial de Aquicultura e anfitrião do evento, destacou o papel da piscicultura como fonte de renda e desenvolvimento sustentável. “Este encontro é para nós, piscicultores. É um momento de aprendizado e troca, onde fortalecemos nossa rede e planejamos o futuro da aquicultura na região. É uma honra receber todos aqui em nossa piscicultura, que é a realização de um sonho construído com muito trabalho”, declarou. Durante a visita técnica às instalações da Piscicultura Olimpo, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer práticas inovadoras e sustentáveis na produção de pescado Durante a visita técnica às instalações da Piscicultura Olimpo, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer práticas inovadoras e sustentáveis na produção de pescado. A programação da tarde incluiu a reunião da Câmara Setorial de Aquicultura do DF, que debateu a inclusão de pescado nas compras institucionais e outros temas estratégicos para o setor. O presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, destacou a parceria entre o órgão e a Emater-DF para superar desafios relacionados ao licenciamento ambiental. “Estamos aqui para colaborar e encontrar soluções que permitam a sustentabilidade da atividade, sem burocracias excessivas. A piscicultura é essencial para o desenvolvimento rural e merece nosso total apoio”, afirmou. O subsecretário de Pesca da Secretaria de Meio Ambiente (Sema-DF), Edson Pereira, ressaltou a importância de um programa integrado para impulsionar a aquicultura no DF. “O setor precisa de um plano de governo robusto, com parceiros unidos em prol de um projeto que vá além das dificuldades atuais. O potencial da aquicultura no Distrito Federal é imenso, e estamos aqui para transformá-lo em realidade”, disse. “Sempre acreditei que podemos transformar o Brasil e muito na produção de pescado. A gente precisa colocar a aquicultura no Brasil como propriedade, por isso aceitei esse desafio”, afirmou o diretor nacional de Aquicultura em exercício, Paulo Faria. *Com informações da Emater-DF
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Produção intensiva de pescado será apresentada na AgroBrasília
Na AgroBrasília 2024, a Emater-DF vai apresentar três opções de sistemas para produção intensiva de peixes no Circuito de Aquicultura. As inovações tecnológicas representam alternativas à criação tradicional de peixes, que é feita em viveiros escavados. Entre as opções disponíveis estão o tanque de ferrocimento com sistema de aeração e sedimentação, a técnica de produção em bioflocos, o reservatório de irrigação em geomembrana para produção de peixes. Esses sistemas possibilitam uma maior produtividade de peixes, utilizando menos água e ocupando uma área reduzida. Essas vantagens podem ser úteis para a produção no Distrito Federal, onde há muitas propriedades rurais com áreas menores e locais com pouca disponibilidade hídrica. “A produção intensiva vem para responder algumas limitações, como a pouca disponibilidade de água, além de dar um uso múltiplo para a água, como usar o reservatório de irrigação para a produção de peixes” Adalmyr Borges, coordenador do Circuito de Aquicultura Segundo o coordenador do Circuito de Aquicultura, Adalmyr Borges, o sistema de criação mais comum no DF é o viveiro escavado, que também pode ser visto como um modelo na AgroBrasília 2024. No entanto, a maioria das propriedades rurais que praticam agricultura irrigada tem um reservatório de irrigação. “Então, por que não utilizar um reservatório desse para a produção de peixes? E esse reservatório entra na produção intensiva, porque a gente aproveita essa água que está sendo renovada diariamente, associa um sistema de aeração e garante uma produção de peixe com a mesma água que vai ser utilizada para a produção de vegetais”, explica o coordenador. Além de apresentar alternativas à criação tradicional de peixes, o circuito da Emater-DF demonstrará como integrar a produção de peixes com a agricultura irrigada, oferecendo soluções para as limitações enfrentadas pelos produtores. “A produção intensiva vem para responder algumas limitações, como a pouca disponibilidade de água, além de dar um uso múltiplo para a água, como usar o reservatório de irrigação para a produção de peixes”, afirma Borges. O tanque de ferrocimento com sistema de aeração e sedimentação está entre as opções disponíveis para produção intensiva de peixes que serão apresentadas pela Emater-DF na AgroBrasília 2024 | Foto: Divulgação/Emater-DF Em relação aos custos da produção intensiva, o coordenador explica que a principal desvantagem é o maior uso de energia elétrica. “A Emater aconselha que os sistemas intensivos sejam associados a um sistema de produção de energia fotovoltaica, para não ter esse impacto tão grande no aumento da energia elétrica”, afirma. Por isso, a importância de fazer seu projeto técnico, com o dimensionamento correto da produção e alinhamento das expectativas, antes de iniciar os investimentos na produção de peixes. “O custo na produção intensiva de peixes pode aumentar de R$ 4 a R$ 5 no quilo do peixe produzido. Isso impacta a hora da venda também. Então, o ideal é que o produtor não leve para o mercado tradicional, porque para ter lucro ele vai precisa comercializar em um local que pague mais por aquele peixe, como nichos de mercado ou um pesque-pague, por exemplo”, lembra o coordenador. Outro destaque será um modelo de agroindústria para o processamento de peixe em pequena escala, atendendo a legislação local. “Hoje, o grande desafio para a comercialização do pescado é o processamento, que é indispensável no caso de peixes, então o circuito vai mostrar um modelo de unidade de processamento que atende até uma produção de seis toneladas por mês”, destaca. O Circuito da Aquicultura terá ainda um aquário mostrando as principais espécies de peixes criadas no Distrito Federal. AgroBrasília A AgroBrasília é uma das maiores feiras do agronegócio do Planalto Central. Realizada pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), serve como vitrine de novas tecnologias e tem um cenário de referência em debates, palestras e cursos sobre diversos temas relacionados ao setor produtivo. Em 2023, a feira recebeu 175 mil visitantes e movimentou R$ 4,8 bilhões em negócios. O evento será realizado entre os dias 21 e 25 deste mês, das 8h30 às 18h, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci. A entrada é franca. *Com informações da Emater-DF
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Inaugurado complexo que produz 30 vezes mais peixes com 90% menos de água
Com investimentos de cerca de R$ 380 mil, o Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou, nesta terça-feira (26), a Unidade de Experimentação de Produção Intensiva de Peixes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Trata-se de um sistema de inovações tecnológicas, localizado na sede da empresa, que promete transformar a rotina de quem trabalha na aquicultura. O complexo permite uma produção de 30 vezes mais peixes com 90% menos de água em relação aos sistemas convencionais de tanques escavados. O complexo é composto por tanques de criação em sistemas diferentes, produção de hortaliças em aquaponia – que promove reaproveitamento integral do efluente, evitando a descarga de resíduos no meio ambiente – e um equipamento de captação de energia solar. Com a unidade de experimentação, o objetivo é que os produtores de peixes do DF sejam capacitados sobre os benefícios de implementar o sistema tecnológico e se sintam interessados em investir nos próprios equipamentos. Secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo: “A unidade de experimentação é uma grande revolução e nós somos exemplo disso no Brasil” | Fotos: Ana Nascimento/Emater-DF “Hoje é um dia muito especial para a Emater. Estamos trabalhando na montagem dessa unidade há quase três anos. Não fizemos contratação de empresa para construir. A mão de obra foi toda dos nossos técnicos da empresa. O nosso objetivo é incentivar e promover o desenvolvimento da área rural do DF e, com essa estrutura, somada à Granja Modelo do Ipê, mostramos que estamos, de fato, preparados para alcançar o nosso objetivo de desenvolver essa cadeia produtiva”, afirmou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. Também presente na solenidade de inauguração, o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, comemorou mais uma tecnologia que promete beneficiar os produtores do Distrito Federal. “Fiquei animado quando vi tudo isso aqui. A unidade de experimentação é uma grande revolução e nós somos exemplo disso no Brasil. Para nós, hoje é um dia de muita alegria”, pontuou. Ao lado do secretário de Governo, José Humberto, o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, disse: “O nosso objetivo é incentivar e promover o desenvolvimento da área rural do DF e, com essa estrutura, somada à Granja Modelo do Ipê, mostramos que estamos, de fato, preparados para alcançar o nosso objetivo de desenvolver essa cadeia produtiva” A unidade de experimentação, erguida graças ao investimento do deputado distrital Roosevelt Vilela, integra a estrutura do Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional (Cefor) da Emater e vai ser útil na oferta de cursos e oficinas para aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas dos produtores locais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Todo o complexo está no âmbito do projeto Pró-Acqua, cujo objetivo é aproveitar o potencial de comercialização, já que Brasília é o terceiro maior consumidor de pescados no país, e buscar alternativas de viabilizar a pequena propriedade com geração de renda e emprego no campo, fixação do jovem na área rural, melhoria da qualidade de vida das famílias rurais e aquecimento da economia local. Sistema modular O complexo é composto de cinco unidades demonstrativas: energia solar e o uso de backup com baterias de lítio; um sistema de criação de peixes com recirculação de água; um de criação de peixes integrada com plantio de vegetais, com o aproveitamento dos efluentes da piscicultura, ricos em nutrientes que alimenta as hortaliças; um sistema de bioflocos, com tanques de ferrocimento; e o uso de sensores inteligentes no controle da produção, monitorando a temperatura da água, alimentação dos peixes e outros detalhes que auxiliam o empreendedor a reduzir os custos. Produção de destaque no DF [Numeralha titulo_grande=”1,8 milhão” texto=”Quantidade de toneladas de pescado produzidas em 76 hectares de área inundada somente em 2022 no DF, sendo 90% tilápias” esquerda_direita_centro=”direita”] O complexo visa aproveitar o potencial de comercialização e buscar alternativas de viabilizar a pequena propriedade com geração de renda e emprego no campo, fixação do jovem na área rural, melhoria da qualidade de vida das famílias rurais e aquecimento da economia local. Brasília é o terceiro maior consumidor de pescados no país. Somente em 2022, o DF produziu 1,8 milhão de toneladas de pescado em 76 hectares de área inundada. Desta produção, cerca de 90% é de tilápias.
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GDF aprova Política Distrital de Desenvolvimento da Aquicultura
A governadora em exercício Celina Leão assinou, nesta sexta-feira (10), decreto que aprova a Política Distrital de Desenvolvimento da Aquicultura e cria o Programa Alevinar. O objetivo é fomentar, desenvolver e profissionalizar a cadeia produtiva de pescado no Distrito Federal, além de promover geração de renda e desenvolvimento econômico e social da área rural. De acordo com dados do IBGE, Brasília tem uma produção de aproximadamente duas mil toneladas de pescado por ano, enquanto o consumo é acima de 45 mil toneladas | Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília Atividade de cultivo de organismos cujo ciclo de vida se dá totalmente ou parcialmente em meio aquático, a aquicultura é um dos ramos de maior produtividade no meio agropecuário, sendo ideal para pequenas e médias propriedades rurais, característica que proporciona a viabilidade econômica no DF. Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), a capital federal tem uma produção local de aproximadamente duas mil toneladas de pescado por ano, enquanto o consumo é acima de 45 mil toneladas, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O decreto exemplifica os conceitos que envolvem a política, os instrumentos para a sua aplicação e as legislações ambientais, sanitárias e tributárias a serem seguidas. O documento também determina linhas de crédito diferenciadas para o fomento do cultivo, industrialização e processamento do pescado e o incentivo tributário. São considerados beneficiários da política pequenos e médios produtores rurais; agricultores familiares e empreendimentos familiares rurais; público contemplado pela reforma agrária; povos e comunidades tradicionais; e organizações de produtores rurais com atividade aquícola e agroindústria de pescado de pequeno porte. Estabelecimentos rurais localizados na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride) também podem ter a concessão de benefícios previstos na Política Distrital de Desenvolvimento da Aquicultura. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O documento ainda destaca que podem ser firmados convênios, acordos de cooperação e instrumentos específicos com a União, estados, municípios e demais órgãos e entidades do setor público e iniciativa privada, para fins de desenvolvimento da política. Desenvolvimento da piscicultura Também prevista no decreto, a criação do Programa Alevinar visa fomentar e desenvolver a piscicultura entre produtores rurais, promover soluções aos entraves no desenvolvimento da aquicultura regional e contribuir para o repovoamento de espécies nativas de peixes nas bacias hidrográficas do cerrado. A coordenação e a gestão do programa são da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri). A execução ocorrerá de forma conjunta com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e a Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa). A competência de cada um dos órgãos está elencada no decreto.
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Fiscalização de aquicultura garante saúde de animais e sucesso do setor
O Distrito Federal reúne, atualmente, 788 explorações de animais aquáticos cadastradas no sistema de defesa agropecuária da Secretaria de Agricultura (Seagri). Entre as espécies desenvolvidas, destaque para a tilápia: 540 das explorações, equivalente a 68,5% do total, produzem o peixe de água doce, popular na capital federal. O restante dos aquicultores cria tambaqui, pintado e outros peixes redondos, como pacu, tambacu e pirapitinga, bem como matrinchã, carpas, piau, tucunaré, lambari, camarão-marinho, camarão-gigante-da-malásia e rã-touro. A Seagri acompanha a situação dos criadores para evitar a proliferação de doenças de notificação obrigatória, ou seja, que podem causar prejuízos à cadeia produtiva e ao ser humano. A pasta realiza visitas recorrentes para fiscalizar a produção, atualizar cadastros e acompanhar variações sanitárias. De 2019 até 2021 foram realizadas 84 visitas, sendo 22 em 2019, 19 em 2020 e 43 em 2021. Entre janeiro deste ano e a última segunda-feira (6), foram 24. Atualmente, o sistema de defesa agropecuária da Seagri tem cadastradas 788 explorações de animais aquáticos | Fotos: Renato Araújo/Agência Brasília “Olhamos para a saúde dos animais para garantir o estado sanitário adequado. Se é encontrada alguma suspeita de doença ou problema no manejo, já fazemos os procedimentos dentro da propriedade mesmo. O objetivo é manter a qualidade dos animais, porque no futuro serão consumidos por alguém”, explica o coordenador de Sanidade de Animais Aquáticos da Seagri, Ricardo Raposo. Do total de produções aquicultoras do DF, 663 são para consumo próprio e 125 são comerciais. Monitoramento Em caso de suspeita de variações sanitárias e em fiscalizações de rotina, são coletadas amostras do cérebro, rim, baço e fígado de animais mortos, recolhidos nos tanques, para averiguar a presença de vírus e bactérias por análise laboratorial. Também são observados sinais clínicos de doenças, como manchas no corpo, olhos saltados, escurecimento da pele e nado errático. O coordenador de Sanidade de Animais Aquáticos da Seagri, Ricardo Raposo, diz: “O objetivo é manter a qualidade dos animais, porque no futuro serão consumidos por alguém” Nos peixes, são controladas com rigor as doenças virais Tilapia Lake virus (TiLV) e a necrose infecciosa esplênica e renal (ISKNV, sigla em inglês) e as bacterianas Estreptococose e a Franciselose. Todas causam alta mortalidade e complicações físicas e neurais nos bichos, como manchas e letargia. Nos camarões, são controladas a doença das manchas brancas e a Mionecrose Infecciosa. E nas rãs, a Ranavirose e a Quitridiomicose. Em 2021, houve um registro de Franciselose no DF, em que o produtor precisou fazer o despovoamento do tanque de produção, para evitar a propagação da doença. No mesmo ano, um aquicultor perdeu um cardume para a Estreptococose, em que todos os animais morreram naturalmente. Já as outras duas doenças, causadas por vírus, não têm registros na capital federal. Segundo Ricardo Raposo, as manifestações das doenças são escassas devido à participação ativa da Seagri nas explorações e pelo modelo de cultivo do DF, que dificulta o surgimento de patógenos. “É uma parceria entre o governo e os produtores. Muitas vezes, quando uma doença é detectada no estágio inicial, conseguimos evitar que ela se espalhe, reduzindo a perda dos animais e evitando que passe para vizinhos ou contamine rios e córregos”, completa. Vigilância Ainda durante as visitas, são analisadas as condições da água dos criadouros, que devem estar com nível adequado de oxigênio e amônia (excremento do peixe), bem como se há itens exigidos pela fiscalização na propriedade. Exemplo disso são as composteiras, que servem para a decomposição de animais mortos e a produção de adubo. O caseiro Anastácio Gomes, que trabalha diariamente com a produção de tilápias, conta que o apoio do GDF é essencial para os resultados da produção Sem o artifício, os cadáveres podem ser descartados de forma incorreta e causar desequilíbrios ambientais e até infecções em outras espécies, como em cachorros que desenterram os peixes mortos e pássaros que se alimentam das carniças. Se for verificado algum problema, o produtor recebe orientações e um prazo para cumprir a demanda. Posteriormente, sem atendimento ao ponto requisitado, pode haver a aplicação de multas. Apoio Em Planaltina, o caseiro Anastácio Gomes, 56 anos, trabalha diariamente com a produção de tilápias. São mais de 15 mil peixes, divididos em três tanques, que recebem café da manhã, almoço e jantar. Em todas as refeições, o cardápio é o mesmo: ração. Também há o cuidado com o nível de oxigênio da água, com medição diária. Há quatro anos na fazenda, ele conta que o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) é essencial para os resultados da produção. “Essa assistência que eles nos dão ajuda bastante, antecipa o nosso lado. Com o peixe ruim, não tem como vender, né”, diz o caseiro, que tem mais de duas décadas de experiência no setor rural. Por semana, a fazenda comercializa cerca de 100 kg de tilápia para feirantes e outros distribuidores locais.
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Semana do Pescado: governo incentiva aumento da produção de peixes
A piscicultura é uma das atividades econômicas mais promissoras da área rural, sendo apresentada como uma alternativa aos tradicionais sistemas de produção de proteína animal. Com tecnologias de produção e manejo, é possível produzir mais e, ao mesmo tempo, fazendo o uso racional da água. Criadores de peixes encontram na Emater-DF apoio que vai desde a elaboração do projeto de criação até opções de crédito, acompanhamento da produção e capacitações | Foto: Emater-DF De acordo com o coordenador do Programa de Aquicultura da Emater-DF, Adalmyr Borges, existem, no Distrito Federal, 574 piscicultores, com uma produção de 1.800 toneladas anuais. As cidades do Entorno produzem outras 8 mil toneladas. [Olho texto=”Para a Semana Nacional do Pescado a Emater realizará, em 14/9, um dia voltado a palestras técnicas sobre piscicultura na Expoabra (Granja do Torto)” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Entretanto, 85% do que é consumido em Brasília vem de outros estados e até de outros países. Em 2020, o valor bruto da produção de peixe gerou mais de R$ 14 milhões aos produtores, o que mostra uma recuperação do setor, afetado pela crise hídrica no DF. A Emater-DF, de olho nesse mercado, tem realizado ações que incentivam a criação de peixes e trabalhado para aperfeiçoar o escoamento da produção e estimular o consumo dessa proteína pelo consumidor brasiliense. Segundo Adalmyr, “a Emater-DF atua para que a atividade seja desenvolvida com responsabilidade técnica e ambiental, considerando o potencial da região e as vocações locais”. Os produtores que desejam iniciar a atividade ou que já criam peixes e necessitam de assistência técnica devem procurar a unidade da Emater mais próxima de sua propriedade. Assim, será agendada uma visita técnica para avaliar as necessidades do produtor. A empresa atua desde a elaboração do projeto de criação, orientação sobre licenciamento ambiental e outorga de água, até opções de crédito rural, além de oferecer acompanhamento da produção e capacitações ao longo do ano. [Numeralha titulo_grande=”574 ” texto=”piscicultores atuam no DF, produzindo 1.800 toneladas anuais de peixe” esquerda_direita_centro=”direita”] Para a Semana Nacional do Pescado a Emater realizará, no dia 14 de setembro, um dia voltado a palestras técnicas sobre piscicultura na Expoabra, na Granja do Torto. Aquamais Dentro do Programa de Aquicultura há o projeto Aquamais, que tem como meta estabelecer sistemas de produção com o uso racional da água. “Não temos água em abundância no DF, portanto, temos que fazer o uso eficiente, racional, utilizando inovações tecnológicas de forma a aumentar a produtividade com menos água”, explica Adalmyr. O projeto trabalha principalmente com boas práticas na aquicultura, com visitas técnicas individualizadas, atendimentos nos escritórios, reuniões técnicas, excursão de produtores a propriedades que servem de unidades de referência. No DF, há criação de unidades de referência com uso de sistema de recirculação de água, na utilização de tanques de ferrocimento, na criação bifásica de tilápias, de aquaponia e de criação de camarões e tilápias em sistema de bioflocos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] ProAqua Outro projeto, o ProAqua, oferece assistência técnica gerencial continuada a produtores com visitas mensais. Atualmente, são 25 produtores atendidos pelo projeto, que contempla boas práticas e uso de inovações na aquicultura, como o controle da qualidade da água pelo celular, sensores, aeradores e sistemas automatizados. Há algumas publicações gratuitas sobre o tema disponíveis na Biblioteca Digital da Emater e vídeos no canal da Emater no YouTube. *Com informações da Emater-DF
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