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Programa de Desenvolvimento do IgesDF forma líderes com visão mais estratégica e com foco no bem-estar dos pacientes

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) concluiu, nesta quarta-feira (6), a terceira edição do Programa de Desenvolvimento de Lideranças (PDL). A iniciativa formou líderes preparados para conduzir equipes com eficiência, propósito e foco no bem-estar das pessoas. Ao longo de dez encontros, o programa abordou temas essenciais para a formação de gestores contemporâneos, como gestão de crises, governança clínica, feedback, comunicação não violenta, inteligência emocional, gestão da mudança, inovação digital e administração do tempo. O Programa de Desenvolvimento de Lideranças do IgesDF promoveu debates sobre temas como gestão de crises, comunicação não violenta e inteligência emocional | Fotos: Divulgação/IgesDF O encerramento foi realizado no Espaço Jardins, no Gama, e reuniu gestores do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), do Hospital Cidade do Sol (HSol) e da sede do instituto. O tema da última atividade, “Equipes de Alta Performance e Florescimento Humano”, foi conduzido por Geralda Paulista, referência nacional em liderança e desenvolvimento humano, e professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A superintendente do HRSM, Eliane Abreu, abriu a cerimônia e destacou a importância da qualificação contínua. “Precisamos buscar constantemente o aprimoramento das nossas competências para melhorar nossas práticas, alinhadas aos valores da instituição que representamos. Cada momento como este é uma oportunidade valiosa para o nosso desenvolvimento.” Durante a palestra, Geralda apresentou dados do estudo Bem-Estar no Trabalho – Brasil, que revela um cenário desafiador: 71% dos trabalhadores avaliam seu bem-estar como médio ou baixo. Além disso, 66,6% considerariam mudar de emprego, mesmo com salário inferior, e mais de 90% dão preferência a empresas que cuidam da saúde emocional de seus colaboradores. O objetivo da capacitação é fortalecer habilidades de gestão, promover uma liderança mais consciente e preparar equipes para alcançar alta performance, sempre com foco no bem-estar e na qualidade do atendimento à população Para a especialista, o caminho para mudar esse cenário está na forma como os líderes se conectam com suas equipes. “A performance sofre quando a equipe está desconectada. A chave é usar as emoções para fortalecer laços e potencializar talentos, o que se reflete diretamente na experiência do paciente. Uma equipe emocionalmente saudável entrega resultados mais significativos”, destaca. No último encontro, a palestrante também conduziu dinâmicas voltadas para estimular empatia, escuta ativa, conexão e interação entre os participantes. O analista de TI do HRSM, Geraldo da Silva, participou da maioria das atividades e avaliou de forma positiva. [LEIA_TAMBEM]“O PDL trouxe muitos insights que poderiam passar despercebidos na correria do dia a dia. Foram momentos para repensar práticas e aprender técnicas que já estão contribuindo para o nosso desempenho”, afirma.   Fortalecendo a liderança no IgesDF O Programa de Desenvolvimento de Lideranças é uma iniciativa do Núcleo de Cultura, Desenvolvimento e Comunicação Interna (NUCDC), da Gerência de Desenvolvimento Humano (Gedeh) e da Superintendência de Pessoas (Supes). O objetivo é fortalecer habilidades de gestão, promover uma liderança mais consciente e preparar equipes para alcançar alta performance, sempre com foco no bem-estar e na qualidade do atendimento à população. Para a chefe do NUCDC e coordenadora do programa, Tatiane Marra, a experiência foi enriquecedora e desafiadora ao mesmo tempo. “Cada encontro foi planejado com muito cuidado para atender às competências essenciais de uma gestão eficaz. Os temas foram escolhidos estrategicamente, pensando nas necessidades da instituição e no fortalecimento do papel dos líderes.” Na avaliação da gerente de Desenvolvimento Humano, Nildete Dias, o impacto do programa vai além do ambiente de trabalho. “Queremos acender essa chama para que cada um busque mais conhecimento e o aplique não apenas na vida profissional, mas também no cuidado com o paciente. Liderar e desenvolver equipes exige dedicação e disposição para sair da zona de conforto”, conclui. *Com informações do IgesDF  

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Hospital de Base terá novo centro cirúrgico com 16 salas e tecnologia de alta performance

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) inicia, neste mês, as obras do novo centro cirúrgico do Hospital de Base (HBDF). A nova estrutura será implantada no antigo bloco de ligação, atualmente desativado e anteriormente utilizado como área de depósito. Serão 16 salas operatórias ー  sendo duas com tecnologia de alta performance. Além disso, haverá uma sala de recuperação pós-anestésica (RPA) com 18 leitos e áreas de apoio para equipes de saúde e logística hospitalar. Com investimento de R$ 13,5 milhões e prazo de execução de até nove meses, o novo centro cirúrgico é uma aposta estratégica para ampliar a capacidade de atendimento e a resolutividade da unidade. “Faremos uma renovação completa da infraestrutura predial, visando a proporcionar ambientes cirúrgicos mais atualizados. Tudo para atender às exigências técnicas e tecnológicas de um centro cirúrgico de alta complexidade”, explica o vice-presidente do IgesDF, Rubens de Oliveira Pimentel Jr.. A nova estrutura  do Hospital de Base será implantada no antigo bloco de ligação, atualmente desativado e anteriormente utilizado como área de depósito | Fotos: Divulgação/IgesDF Durante a execução da obra, o centro cirúrgico atual seguirá funcionando normalmente, garantindo a continuidade dos atendimentos. Em julho de 2025, o Hospital de Base bateu o recorde de cirurgias, com 1.326 procedimentos. As cirurgias abrangem várias especialidades, como oncologia, ortopedia, neurologia, cardiovascular e transplantes, entre outras. Em 2024, foram contabilizados 17.337 procedimentos, e de janeiro a junho deste ano, já são 10.574 cirurgias realizadas. Mais segurança e conforto As novas salas cirúrgicas serão equipadas com sistemas integrados, capazes de conectar equipamentos e imagens em tempo real, o que aumenta a precisão dos procedimentos e facilita a tomada de decisão das equipes médicas. Outro diferencial é a ambiência moderna, com climatização adequada, melhor circulação e espaços ampliados para mais conforto e segurança de pacientes e colaboradores. Além disso, todo o centro será construído de acordo com as normas sanitárias e exigências técnicas de controle de infecção hospitalar, assegurando ambientes mais seguros e adequados às boas práticas cirúrgicas. "Estamos criando uma estrutura que favorece o desempenho das equipes e contribui para um local de trabalho mais funcional e eficiente" Rubens de Oliveira Pimentel Jr., vice-presidente do IgesDF “Além dos benefícios diretos para os pacientes, o novo local representa um avanço importante para os nossos colaboradores. Estamos criando uma estrutura que favorece o desempenho das equipes e contribui para um local de trabalho mais funcional e eficiente”, ressalta o vice-presidente, que participou da concepção do projeto do novo centro cirúrgico quando atuava como superintendente de Arquitetura e Engenharia do IgesDF. Referência no SUS Com mais de seis décadas de história, o Hospital de Base é um dos maiores hospitais públicos do país e a principal referência em procedimentos de alta complexidade do Sistema Único de Saúde (SUS) no Distrito Federal, além de ser reconhecido nacionalmente como modelo de atendimento especializado, ensino e pesquisa. A construção do novo centro cirúrgico é considerada estratégica para a modernização da unidade. “Esse projeto reforça o compromisso do IgesDF com a modernização da saúde pública e com o cuidado integral às pessoas. O Hospital de Base ganhará uma estrutura cirúrgica à altura da sua importância para o SUS”, destaca o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro. Com a nova estrutura, será possível reduzir filas, otimizar fluxos assistenciais e qualificar ainda mais os atendimentos oferecidos aos usuários da rede pública de saúde [LEIA_TAMBEM]Com a nova estrutura, será possível reduzir filas, otimizar fluxos assistenciais e qualificar ainda mais os atendimentos oferecidos aos usuários da rede pública de saúde. A entrega do centro cirúrgico faz parte de um conjunto de ações voltadas à ampliação da capacidade instalada do HBDF, aliando inovação e responsabilidade pública. “O Hospital de Base é patrimônio da população do DF. Estamos trabalhando para que ele continue sendo referência em excelência e acolhimento, com uma estrutura compatível com as necessidades de quem precisa de um sistema público resolutivo”, reforça o superintendente da unidade, Edson Gonçalves. *Com informações do IgesDF  

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UBS, UPA ou hospital: Saiba quando procurar cada uma dessas unidades

No Distrito Federal, a rede pública de saúde é organizada para garantir que cada pessoa receba o atendimento certo, no lugar certo e na hora certa. Por isso, é muito importante que a população saiba a diferença entre as unidades básicas de saúde (UBSs), as unidades de pronto atendimento (UPAs) e os hospitais. Para celebrar o Dia Nacional da Saúde, em 5 de agosto, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) e a Secretaria de Saúde (SES-DF) se juntaram para esclarecer esse caminho e ajudar as pessoas a usarem melhor os serviços disponíveis. As 176 UBSs do DF são a porta de entrada do cidadão no sistema público de saúde, com prevenção e atendimentos sem urgência | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Atualmente, na rede de saúde pública do DF, existem 16 hospitais no âmbito do SUS: são 11 hospitais regionais e cinco unidades de referência distrital. Há 176 UBSs e o número de UPAs subiu para 13 unidades, atendendo 24 horas, com infraestrutura para urgências e emergências — outras sete estão em construção. Segundo o coordenador da Atenção Primária da SES-DF, Fernando Erick, as UBSs são a porta de entrada do sistema. É nelas que o cuidado começa, com ações de prevenção, promoção da saúde, controle de doenças crônicas e atendimento a casos que não são urgentes. Esse é o nível que organiza toda a rede de atendimento. As UBSs funcionam com equipes da Estratégia Saúde da Família, que atuam em áreas específicas. Pelo portal InfoSaúde DF, dá para saber qual UBS atende sua região e acessar serviços como pré-natal, vacinação, controle de pressão alta e diabetes, entre outros cuidados que acompanham a pessoa ao longo da vida. “Investir na atenção primária é essencial para que o SUS funcione melhor e responda ao que a população realmente precisa”, destaca Fernando Erick. Quando procurar a UPA As UPAs atendem urgências e emergências de média gravidade e oferecem exames laboratoriais, raio-x, remédios e acompanhamento clínico | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Se a situação precisa de atenção rápida, como febre alta que não passa, dor forte ou dificuldade para respirar, o melhor é ir a uma UPA 24 horas, explica a superintendente substituta das UPAs no DF, Marina Santos. As unidades atendem urgências e emergências de média gravidade. Elas têm exames laboratoriais, raio-x, remédios e acompanhamento clínico. Quando preciso, estabilizam o paciente e encaminham para algum hospital com segurança. Marina lembra que ainda há dúvida sobre o que é emergência. A UPA não substitui o hospital, mas ajuda a evitar que o hospital fique cheio de casos que podem ser resolvidos ali. Casos de cortes leves, infecções e picos de pressão alta podem ser tratados na Unidade de Pronto Atendimento. “Ao chegar, o paciente passa pela classificação de risco. Assim, os mais graves são atendidos primeiro”, afirma. Hospitais: casos graves e tratamentos complexos Hospitais cuidam de casos de alta complexidade, como infarto, AVC, traumas graves, cirurgias, internações e exames avançados | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Quando a situação é mais séria, entram os hospitais. O diretor-presidente do IgesDF, Cleber Monteiro, explica que eles cuidam de casos de alta complexidade, como infarto, AVC, traumas graves, cirurgias, internações e exames avançados. Se o problema não for grave, a pessoa pode ser encaminhada a outro serviço da rede. O encaminhamento entre os níveis é organizado pelo Sistema de Regulação da Secretaria de Saúde, que usa critérios clínicos para garantir que os leitos dos hospitais sejam usados por quem realmente precisa, otimizando os recursos e melhorando o atendimento. [LEIA_TAMBEM]Os hospitais contam com tecnologia moderna e equipes multidisciplinares. No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) e no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), são feitos procedimentos de alta complexidade, como cirurgias especializadas, incluindo cirurgias bucomaxilofaciais, atendimento a vítimas de acidentes graves, além de exames avançados, como tomografia e endoscopia. O HBDF é referência em transplantes de rim e córnea, e está implantando o transplante de medula óssea. Já o HRSM é destaque no atendimento a partos de alto risco. Fazer a escolha certa faz toda a diferença Allan Montalvão, 27 anos, usa a rede pública do DF e já passou por todas as etapas do sistema. Ele conta que, uma vez, foi direto ao hospital por uma dor no estômago, mas descobriu que poderia ter resolvido o problema na UPA. “A gente fica com medo e acaba indo direto para o hospital, mas lá me explicaram que é melhor procurar a UPA primeiro e só ir ao hospital se for algo realmente grave”, diz. Casos como o de Allan mostram como é importante a população entender como funciona a rede pública. Usar o serviço certo evita que os hospitais fiquem lotados, garantindo que quem está mais grave receba atendimento rápido. Também ajuda a aproveitar melhor os recursos públicos e a melhorar a qualidade do atendimento. Neste Dia Nacional da Saúde, IgesDF e SES-DF reafirmam o compromisso com a educação em saúde e o fortalecimento do SUS no DF. Uma população bem informada ajuda a tornar o sistema mais rápido, eficiente e humano. “Cada um de nós tem um papel nessa construção”, finaliza o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro. *Com informações do IgesDF e da SES-DF

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Evento no Hospital de Base promove tratamento inovador de tumores gastrointestinais

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) realizou, no último sábado (2), no Hospital de Base do DF (HBDF), o evento “Do Caso ao Corte: MasterClass em ESD com Experts”, em parceria com a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva do Distrito Federal (Sobed-DF). A ação permitiu a remoção, por meio de endoscopia, de lesões precoces no estômago, esôfago e intestino de oito pacientes previamente selecionados, evitando cirurgias mais invasivas. Com transmissão online, ação no Hospital de Base contou com a participação de 40 médicos para a remoção de tumores gastrointestinais | Foto: Divulgação/IgesDF Cerca de 40 médicos participaram presencialmente da ação, que também foi transmitida ao vivo pelo YouTube da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep) do IgesDF. Além de cuidar dos pacientes, o mutirão teve um importante papel de ensino, ajudando a formar médicos residentes e promovendo a troca de experiências entre especialistas. Eles usaram a técnica chamada Dissecção Endoscópica da Submucosa (ESD), que é um procedimento feito com um aparelho fino parecido com uma câmera, que permite retirar tumores pequenos no sistema digestivo de forma segura e sem precisar fazer cirurgia aberta. Essa técnica ajuda o paciente a se recuperar mais rápido e com menos dor. Esse tipo de lesão pode ser benigna ou maligna ainda em estágio inicial. Quando descobertas no início, podem ser removidas antes que se espalhem para outras partes do corpo. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e permite o uso de tratamentos menos agressivos, como a retirada por endoscopia. Tratamento ágil e humanizado Mutirão ajudou na formação de médicos residentes e na promoção de troca de experiências entre especialistas Uma das pacientes atendidas foi Liozina Francisca da Silva, 83 anos, moradora de Uruana (MG), acompanhada pelo Hospital de Base desde 2022, quando foi tratada de um câncer de tireoide. No sábado, ela passou pelo procedimento para retirada de um tumor no estômago, identificado dois meses antes, após sintomas como estômago cheio, falta de apetite e ânsia de vômito. “São casos em que a gente não pode esperar muito. Descobri o tumor e logo fui encaminhada para o tratamento. Me chamaram para a retirada em pouco tempo. É muita agilidade e cuidado com a gente. Estou confiante de que a recuperação também será tranquila”, relata, otimista. [LEIA_TAMBEM]Parceria e qualificação profissional A médica gastroenterologista do HBDF e presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva do Distrito Federal (Sobed-DF), Ariana Cadurin, destacou a união de forças como peça central para o sucesso da ação. “A parceria entre a sociedade médica e a qualidade técnica e humana do serviço de endoscopia do IgesDF permite oferecer aos pacientes um tratamento seguro, eficaz e minimamente invasivo”, ressalta. Já o cirurgião gastroenterologista e membro titular da Sociedade Brasileira Digestiva, Hugo Guedes, enfatizou o impacto da iniciativa para o avanço da especialidade. “Por meio da endoscopia conseguimos oferecer tratamentos cada vez menos invasivos. Este é um momento de celebração, em que o Instituto abre as portas para a nossa Sociedade, e quem ganha é o paciente”. A médica gastroenterologista e supervisora da Residência de Endoscopia do HBDF, Juliana de Meneses, reforçou o caráter formativo do evento. “Além de beneficiar os pacientes, essa experiência promoveu troca de conhecimento e fortaleceu a formação dos nossos residentes, consolidando ainda mais o papel do Hospital de Base como referência em saúde pública e ensino”. *Com informações do IgesDF

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Evento celebra um ano da incorporação de medicamento no SUS para tratamento de fibrose cística

A fibrose cística é uma doença genética grave, caracterizada pela produção de muco espesso e que afeta o funcionamento de diversos órgãos – em especial, o pulmão. Crianças diagnosticadas com a doença encontram atendimento no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), que oferece cuidado multidisciplinar, acesso a exames e às medicações necessárias para que o paciente tenha qualidade de vida. Na quarta-feira (30), o HCB promoveu evento que marcou um ano desde a inclusão da principal medicação para tratamento da doença, no Sistema Único de Saúde (SUS). “Um dia, aparece o medicamento na sua vida e aquele bimotor transforma-se num jatinho; você vai para qualquer lugar tão rápido quanto qualquer avião e até se esquece dos perrengues que já passou voando”, afirma Humberto de Medeiros, ao lado de Marina Ferreira, pais de Ana Beatriz de Medeiros, que tomou o medicamento | Fotos: Jonathan Cantarelle/Agência Saúde-DF O medicamento é indicado para crianças, a partir dos 6 anos de idade, com uma alteração genética específica entre as que causam a fibrose cística. Formado pela união de três moléculas (elexacaftor, tezacaftor e ivacaftor), ele atua em nível celular. “A mutação cria uma proteína, chamada canal de cloro, defeituosa. Essa proteína é como uma porta que não se abre ou que não existe, não regula a passagem do cloro; o medicamento age como se fosse um marceneiro, que conserta a porta e ela passa a abrir. Ele é um modulador da proteína”, explica a médica coordenadora do serviço de pneumologia do HCB, Luciana Monte. A cerimônia contou com a presença da referência técnica distrital de pediatria da Secretaria da Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Juliana Queiroz; do representante do Registro Brasileiro de Fibrose Cística (REBRAFC), Luiz Vicente da Silva Filho; e do presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Ricardo Corrêa, além da diretora executiva do HCB, Valdenize Tiziani. A diretora executiva do Instituto Unidos Pela Vida, Verônica Stasiak, e a representante do Grupo Brasileiro de Estudos de Fibrose Cística (GBEFC), Elenara Procianoy, participaram virtualmente. Também chamada de muscoviscidose, a fibrose cística tem sintomas como sinusite crônica, pneumonia e produção de suor salgado, além de levar a quadros de desnutrição e diabetes. Como o medicamento melhora a função do canal de cloro, traz qualidade de vida ao paciente: com o muco hidratado, sintomas clínicos – como a tosse crônica, as infecções e a função pulmonar – ficam próximos ao que se considera normal; também há melhora nutricional e alguns países relatam melhora da fertilidade em pacientes adultos. Monte também relata que “os pacientes que usam o medicamento têm saído das listas de transplante pulmonar e têm menos necessidade de oxigênio”. Hospital da Criança de Brasília promoveu evento para celebrar um ano da incorporação de medicamento no SUS que traz qualidade de vida para os pacientes com a doença rara Durante o evento, a pneumologista apresentou dados do próprio HCB que confirmam esses resultados internacionais. 91,9% dos pacientes do Hospital que fazem uso do medicamento apresentaram redução dos sintomas; três crianças, que tinham indicação de transplante de pulmão saíram dessa indicação. Também houve melhora no uso de ventilação: os pacientes que utilizavam oxigênio contínuo 24h não precisam mais desse apoio para respirar (uma criança segue com a ventilação, mas apenas durante o sono). “Os pacientes que usam o medicamento têm saído das listas de transplante pulmonar e têm menos necessidade de oxigênio", Luciana Monte, médica coordenadora do serviço de pneumologia do HCB Os bons resultados, no entanto, não são sinônimo de uma cura; sem a medicação, todos os sintomas retornam. “O paciente vai se sentir ótimo, mas isso não significa que ele está curado. É como a hipertensão: uma doença grave, mas que tem controle com a medicação”, compara Monte. O presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Ricardo Corrêa, considera a medicação uma revolução: “Temos experiência com a população adulta de fibrose cística e observamos uma revolução absurda na evolução dos pacientes, vida plena – com saúde, autonomia, participação na vida social”. Segundo a diretora executiva do HCB, Valdenize Tiziani, a luta até a incorporação do medicamento se alinha ao compromisso do Hospital em oferecer atendimento de excelência aos pacientes, de forma integrada com a rede pública de saúde. “O Distrito Federal tem o melhor programa de triagem neonatal, conduzido pelos colegas do Hospital de Apoio, e essa é uma grande diferença: desde o início do Hospital, recebemos as crianças dentro de um programa. Imediatamente, realizamos os testes confirmatórios para que possamos ter o diagnóstico fechado e o tratamento da criança”, relata. Conquista para os pacientes O medicamento foi incorporado ao SUS por meio da portaria SECTICS/MS Nº 47, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. A decisão foi publicada em 2023, mas estabelecia março/2024 como prazo final para que as áreas técnicas efetivassem a oferta da medicação. [LEIA_TAMBEM]“A incorporação foi graças a associações de pacientes, em especial a Unidos pela Vida; à comunidade científica, principalmente o Grupo de Estudos em Fibrose Cística e a Sociedade Brasileira de Pneumologia”, relata Luciana Monte. A pneumologista do HCB ressalta, ainda, a importância do Registro Brasileiro de Fibrose Cística (REBRAFC). Ricardo Corrêa, representante do REBRAFC, explica que o Registro reúne dados desde 2009. “Temos dados mais confiáveis e precisos sobre a situação do diagnóstico e tratamento das pessoas que têm fibrose cística. Isso ajuda muito o Ministério da Saúde a se planejar para entender qual vai ser o impacto orçamentário, por exemplo, da introdução de uma nova tecnologia de saúde, um tratamento novo para esses pacientes”, explica Corrêa. A visão dos pacientes sobre o medicamento também foi apresentada durante o evento. Marina Ferreira e Humberto de Medeiros são pais de Ana Beatriz de Medeiros, nove anos, e separam o tratamento da filha em três fases. A primeira, antes do diagnóstico, foi comparada às dificuldades de voo enfrentadas por um avião teco-teco; quando o diagnóstico foi confirmado e a família começou a ser acompanhada pela equipe multidisciplinar do HCB, a experiência evoluiu para um bimotor, que tinha mais recursos para voar. “Um dia, aparece o medicamento na sua vida e aquele bimotor transforma-se num jatinho; você vai para qualquer lugar tão rápido quanto qualquer avião e até se esquece dos perrengues que já passou voando”, compara Humberto. “O medicamento salvou a minha vida e a da minha irmã, que também tem fibrose”, afirmou Kamylle Nascimento Já a jovem Kamylle Nascimento, 17 anos, emocionou os participantes do evento ao relatar como o medicamento a retirou de uma rotina constante de hospitalizações. “Comecei a tomar o medicamento na minha penúltima internação. Antes dele, eu não tinha qualidade de vida, não tinha sonhos, não tinha nada. Graças ao SUS, consegui o remédio e, agora, tenho sonhos. Eu fui para a escola; saio com minhas amigas, com meus familiares, estou até namorando”. A paciente do HCB garante: “O medicamento salvou a minha vida e a da minha irmã, que também tem fibrose”. Durante o evento, os participantes expressaram a importância de expandir o uso do medicamento (que, nos Estados Unidos, já é receitado a crianças a partir de dois anos de idade) e de buscar outros moduladores da proteína que causa a fibrose cística. “É sempre importante celebrar as conquistas e a vida, reconhecer que muito foi feito até chegarmos a esse momento. Também temos que saber que a estrada é bastante longa e não vamos parar até que todos tenham tudo que há de melhor para viver – reconhecendo e respeitando, claro, todas as questões necessárias de avaliação e de regulação”, diz a diretora executiva do Instituto Unidos Pela Vida, Verônica Stasiak. *Com informações do HCB

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Dia mundial alerta para a prevenção de afogamentos

Durante as férias escolares, o lazer aquático se torna uma das principais diversões das crianças. Piscinas, lagos, rios e até baldes com água se transformam em brincadeira. Mas é justamente nesse período que os acidentes por afogamento aumentam, e muitos deles podem ser evitados com cuidados simples. Em caso de afogamento, ligue para o Samu, pelo 192, ou para o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), pelo 193 | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-DF) registrou, de janeiro a julho deste ano, 42 ocorrências de afogamento no Distrito Federal. Dessas, 15 envolveram crianças entre 1 e 12 anos. Em 13 casos, os pequenos precisaram ser levados a uma unidade de saúde. O Dia Mundial de Prevenção do Afogamento, lembrado nesta sexta-feira (25), busca chamar atenção para a gravidade do problema e fortalecer ações preventivas. A data é dedicada à disseminação de medidas que salvam vidas, principalmente entre os públicos mais vulneráveis, como as crianças. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o afogamento é uma das principais causas de mortes acidentais no mundo. Em 2021, foram 300 mil óbitos, sendo 43% de crianças e adolescentes. No Brasil, entre 2010 e 2023, foram registradas 71,6 mil mortes por afogamento, conforme dados do Ministério da Saúde. Crianças de 1 a 4 anos e adolescentes de 10 a 19 anos são os mais afetados. Alerta constante Arte: Agência Saúde-DF A instrutora do Núcleo de Ensino do Samu-DF, Lorhana Morais, reforça que a prevenção começa com a supervisão. “É importante sempre haver um adulto responsável observando as crianças. E não basta estar por perto: é necessário estar a um braço de distância para agir rapidamente se algo acontecer”, orienta. E o perigo não está apenas em grandes volumes de água. “Basta 50 ml para afogar um adulto, causando um quadro grave. Agora, imagine o efeito em uma criança pequena. Por isso, nunca se deve deixar baldes e bacias com água ao alcance delas, banheiras devem ser sempre esvaziadas logo após o uso, vasos sanitários mantidos com a tampa fechada e piscinas protegidas com cercas e sistemas de sucção seguros”, alerta Morais. Primeiros-socorros Em caso de afogamento, ligue para o Samu, pelo 192, ou para o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), pelo 193. Se a criança estiver consciente, acalme-a, aqueça com cobertores ou roupas secas e coloque-a virada para o lado direito para evitar broncoaspiração (entrada de saliva, líquidos, alimentos, vômito ou objetos estranhos nos pulmões ou na traqueia). Se estiver inconsciente, inicie as manobras de reanimação. A criança deve ser posicionada em superfície rígida, com leve elevação do queixo (caso não haja trauma). Faça cinco ventilações de resgate (boca a boca), observando se o tórax se expande. Se não houver resposta, inicie as compressões torácicas: 15 compressões entre os mamilos, no centro do tórax, seguidas de duas respirações boca a boca. Repita esse ciclo até o socorro chegar ou até a criança apresentar sinais de recuperação. Atenção em cachoeiras O lazer em lagos e cachoeiras também exige cautela tanto para crianças quanto para adultos. A profundidade desconhecida, a presença de pedras escorregadias e buracos ocultos representam riscos reais. “Nunca entre em locais sem conhecer bem. O fundo escuro das cachoeiras pode esconder armadilhas perigosas. Vá sempre com guia ou alguém experiente”, recomenda a instrutora. Além disso, mesmo quem sabe nadar não está imune. Cãibras, hipoglicemia ou mal súbito podem causar perda de controle dentro da água. Nessas situações, nadar sozinho ou longe da margem é extremamente arriscado. Caso veja alguém se afogando, evite contato direto se não tiver treinamento: ao invés disso, jogue objetos flutuantes ou galhos que a vítima possa segurar. *Com informações da SES-DF

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Especialista do Hran alerta para necessidade de intervenção rápida em casos de torção testicular

Há uma emergência de saúde masculina de extrema importância, mas que passa quase despercebida à maior parte dos homens: a chamada torção testicular, uma condição extremamente dolorosa e potencialmente grave. A torção é causada pela rotação do testículo no interior da bolsa escrotal, o que resulta na interrupção do suprimento sanguíneo do órgão – podendo resultar em sua perda. Casos de torção testicular são mais comuns em adolescentes entre 12 e 18 anos, mas podem acontecer em qualquer idade | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF “O testículo tem um cordão que o nutre, o cordão espermático. O que muitas vezes acontece é que o músculo cremaster – responsável por elevar e abaixar os testículos, de modo a regular a temperatura dos órgãos – acaba se contraindo e, nesse movimento, há a torção”, explica o médico urologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Udenbergh Nóbrega. O problema é mais comum em adolescentes entre 12 e 18 anos, mas pode acontecer em qualquer idade. Dentre as principais causas, constam a exposição ao frio, traumas na região genital, exercícios físicos muito intensos e malformações congênitas. A torção muitas vezes ocorre quando o indivíduo está de repouso e os sintomas imediatos incluem dor intensa, de início súbito, podendo ocasionar náusea e vômito. Há ainda inchaço e vermelhidão na região, assim como o endurecimento do tecido escrotal. Arte: Divulgação/Agência Saúde-DF Nos casos agudos, há possibilidade real de se perder o testículo caso não haja intervenção rápida. “O tempo ideal para destorcer o testículo é de até seis horas. Respeitando esse limite, você tem 90% a 95% de chance de salvar o órgão. Quanto mais tempo se demora, mais se vai perdendo esse percentual. Acima de 12 horas, é 20%. Após 24 horas, geralmente não se opera mais”, alerta o médico urologista. [LEIA_TAMBEM]Nóbrega ainda ressalta que a perda de apenas um testículo não torna o homem estéril, mas que, nos casos de malformação congênita, é necessário operar os dois, de modo a evitar futuros incidentes. “Também temos casos em que acontecem múltiplas torções e destorções. Há pacientes que relatam dor e melhora. Nesses casos também são indicadas cirurgias, embora não de urgência”, ressalta. Ocorrências Não existem dados oficiais sobre a incidência exata de torções testiculares no Brasil. Nóbrega aponta, contudo, que um estudo realizado no estado de São Paulo registrou 2.351 casos, entre 2008 e 2016, no sistema do Departamento de Informação e Informática do SUS (Datasus), a uma taxa de 21,61 casos por 100 mil homens usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). *Com informações da SES-DF

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Médico vai além do plantão e percorre 20 km para garantir atendimento vital a recém-nascido

No auge da sazonalidade das doenças respiratórias, um bebê de apenas dois meses de vida mobilizou a equipe da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Recanto das Emas. No dia 9 de julho, Pedro Lucas dos Santos Oliveira deu entrada na unidade com um quadro grave de bronquiolite. Moradora da região, a mãe, Janaína Francisca dos Santos, procurava atendimento urgente para salvar o filho. Após um histórico de internações por bronquiolite, o bebê precisou ser transferido para a UTI pediátrica do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Mas havia uma condição: o bebê só poderia ser recebido dentro de um horário específico, enquanto ainda houvesse um profissional especializado para realizar o acesso venoso, procedimento essencial para o atendimento. Sem isso, a transferência seria inviável, mesmo diante da gravidade do quadro clínico. "A situação era grave, mas conseguimos vencer juntos. Isso dá sentido ao que fazemos todos os dias", diz o médico Isaac Azevedo Silva, com Pedro Lucas no colo e ao lado de profissionais da UPA do Recanto das Emas | Foto: Divulgação/IgesDF  Diante do impasse, o coordenador médico do Instituto de Gestão Estratégica do DF (IgesDF), o cirurgião cardiovascular Isaac Azevedo Silva, se dispôs a ir até o HRSM para realizar o acesso e garantir o acolhimento do bebê na unidade. “Combinei com a equipe do hospital que, se eles recebessem o Pedro Lucas, eu iria até lá realizar o procedimento. E foi o que aconteceu. Quando o bebê chegou, já passava das 21h. Me acionaram e fui imediatamente”, conta o médico. [LEIA_TAMBEM]A atitude foi essencial para viabilizar a continuidade do atendimento e garantir os cuidados adequados ao bebê. Dias depois, com o filho saudável, a mãe, Janaína dos Santos, retornou à UPA para agradecer pessoalmente. “O doutor Isaac foi um anjo de Deus pra mim e pro meu filho. Já estavam tentando furar a veia dele, e nada funcionava. Ele precisava ser sedado e não conseguiam pegar o acesso. Foi então que o doutor se prontificou a ir até o hospital para fazer o procedimento. Se não fosse por ele, meu filho não teria sido transferido”, relata a mãe. A história sensibilizou os profissionais da unidade e destaca o valor da atuação humanizada. “A técnica médica é fundamental, mas, muitas vezes, o que transforma o cuidado é algo que não se aprende nos livros. A formação técnica é a base profissional, mas é a empatia que constrói a ponte entre quem cuida e quem precisa de cuidado. É nessa conexão que a verdadeira medicina acontece”, destaca a gerente da Unidade, Ingrid Borges. O reencontro com o bebê emocionou o médico. “Ver o Pedro bem, no colo da mãe, me deixou profundamente tocado. Ela fez questão de voltar para agradecer. Fiquei muito feliz e grato. A situação era grave, mas conseguimos vencer juntos. Isso dá sentido ao que fazemos todos os dias”, finaliza o médico. “O doutor Isaac sempre vai ter minha admiração e meu respeito. Ele não só cuidou do meu filho no momento mais difícil, ele foi até o meu bebê e o salvou, isso eu nunca vou esquecer”, relembra Janaína. *Com informações do IgesDF  

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