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GDF impulsiona crédito agrícola com investimento de R$ 8 milhões

Aos 22 anos, Danilo Matsumoto decidiu investir em galinhas poedeiras. Morador de Samambaia, ele nasceu e cresceu na chácara da família — um terreno de cinco hectares onde os pais sempre plantaram hortaliças. “Antes eu trabalhava com quiabo, mas queria investir em algo que me permitisse crescer mais. Por isso, decidi produzir ovos caipiras. Hoje, tem 600 galinhas poedeiras com 50 dias de vida que devem começar a produzir ovos com quatro meses. A expectativa é chegar a 500 ovos por dia”, conta o produtor rural. "Com o Prospera, o crédito se transforma em oportunidade. O programa impulsiona a produção, fortalece a independência dos produtores rurais e estimula um ciclo de crescimento que aquece a economia local e leva mais qualidade de vida ao campo" Thales Mendes, secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda Com o apoio técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), Danilo teve acesso ao programa Prospera, linha de crédito da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF) voltada a produtores familiares. “Com o Prospera, o crédito se transforma em oportunidade. O programa impulsiona a produção, fortalece a independência dos produtores rurais e estimula um ciclo de crescimento que aquece a economia local e leva mais qualidade de vida ao campo”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes. O jovem produtor foi beneficiado pelo programa e já sente na prática os resultados desse apoio. “Procurei o crédito rural porque não tinha a quantia [de dinheiro] suficiente. Com o dinheiro que tinha guardado, consegui apenas montar o galpão e comprar comedouros. Por ser produtor rural, consegui um financiamento com juros mais baixos. O valor do crédito cobre os gastos até as galinhas começarem a produzir. Sem isso, não conseguiria manter a qualidade que preciso”, explica o jovem. Danilo Matsumoto: "O valor do crédito cobre os gastos até as galinhas começarem a produzir. Sem isso, não conseguiria manter a qualidade que preciso" | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília  Histórias como a de Danilo mostram como o crédito rural impulsiona a vida de produtores familiares. De janeiro a outubro deste ano, o Governo do Distrito Federal (GDF) contratou R$ 8 milhões em crédito agrícola, com 143 projetos aprovados que fortalecem a produção em várias regiões. Desde 2019, já são R$ 63 milhões em 1.180 projetos orientados para o desenvolvimento da agricultura local. “Nós trabalhamos com diferentes linhas e bancos — BRB e outras instituições financeiras. O produtor escolhe a melhor opção com orientação técnica. Somos correspondentes bancários, então é como se o banco estivesse dentro do escritório da Emater”, detalha  o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. A Emater oferece linhas de financiamento em instituições financeiras, além de manter equipes em 15 escritórios rurais para atender aos produtores | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Segundo Duval, o primeiro passo para o produtor rural acessar o crédito é procurar um dos 15 escritórios da Emater espalhados pelas áreas rurais do DF. “Lá, ele encontra uma equipe completa, com agrônomos, veterinários e zootecnistas prontos para orientar. O técnico vai até a propriedade, avalia a atividade e indica a melhor linha de financiamento conforme a necessidade — seja para irrigação, energia solar, estufas, embalagens ou novos equipamentos”, explica. Além dos financiamentos federais, há também linhas locais. “O DF possui instrumentos próprios, como o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), e o Prospera, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedes-DF). São créditos rápidos e acessíveis, que podem chegar a R$ 150 mil, com juros baixos. O Prospera, por exemplo, é ideal para pequenos investimentos, como uma irrigação, um equipamento ou uma pequena estufa”, aponta Duval. Apoio completo ao produtor Para ter acesso ao crédito, o produtor precisa cumprir alguns requisitos, entre eles a regularização ambiental e cadastral Para ter acesso ao crédito, o produtor precisa cumprir alguns requisitos, entre eles a regularização ambiental e cadastral. “Não é só questão fiscal. O banco e a Emater também olham o lado ambiental. Se for um financiamento para irrigação, precisa da outorga de uso da água. Para determinadas atividades, é exigido o licenciamento simplificado, o DCAA, que a própria Emater ajuda a providenciar junto à Seagri”, afirma o presidente. Duval lembra que, além da assessoria técnica, a Emater oferece capacitações de gestão e empreendedorismo. “Temos o curso Empreender e Inovar, que ensina o produtor a separar os gastos familiares dos custos da atividade e a pensar o negócio com eficiência. Às vezes, ele descobre que pode economizar implantando uma irrigação mais eficiente, um sistema fotovoltaico ou uma embalagem melhor. Tudo isso é inovação — e sem inovação não há avanço na produção”, diz. Ciclo completo: crédito, produção e venda O presidente explica que o crédito rural está ligado a outros instrumentos de fortalecimento da agricultura familiar, como as compras governamentais. “O GDF é um grande comprador da agricultura familiar. A Secretaria de Educação, por exemplo, adquire alimentos para a merenda escolar pelo PNAE e pelo Papa. Então o produtor pega o crédito para investir, melhora a produção e já tem a quem vender. É um ciclo que garante renda e escoamento”, ressalta. Outro ponto destacado é o apoio à comercialização. “Há produtores que vendem em feiras, outros para restaurantes. Criamos até um aplicativo que funciona como uma vitrine virtual, conectando produtores e compradores. É uma espécie de ‘páginas amarelas’ da agricultura do DF. O restaurante, por exemplo, pode procurar ‘tomate’ e encontrar quem produz mais perto dele. Hoje, cerca de 400 produtores já estão cadastrados”, conta Duval. Transformação no campo Miguel Simões Oliveira contou com o apoio da Emater para a instalação de painéis solares e túnel de cultivo protegido na propriedade dele | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Para o produtor Miguel Simões Oliveira, da região de Ponte Alta, no Gama, o crédito rural foi decisivo para a modernização da propriedade. Com o apoio da Emater, ele contratou financiamentos para a instalação de painéis solares e túnel de cultivo protegido, reduzindo custos e aumentando a produtividade. “Com a energia solar, minha conta caiu de R$ 1.700 para cerca de R$ 44. Mesmo pagando o financiamento, ainda fico no lucro”, relata. A esposa de Miguel, Natalina Monteiro da Silva, reforça o papel da assistência técnica. “A Emater ajuda muito, orienta e acompanha. Foi com o trabalho no campo que conseguimos criar os filhos e formar um deles, que hoje é médico-veterinário”, conta. Extensão rural e segurança alimentar [LEIA_TAMBEM]Cleison Duval também destaca o papel da extensão rural na segurança alimentar e no fortalecimento da agricultura familiar. “A Emater existe em todos os estados do país com essa missão honrosa: servir aos agricultores e garantir a segurança alimentar da população. É um trabalho feito com propósito, com amor e compromisso. Nossa meta é fazer da área rural do DF o melhor lugar para se viver”, afirma. Segundo ele, o trabalho da empresa hoje se baseia em quatro dimensões: social, ambiental, econômica e de inovação tecnológica. “O Distrito Federal é campeão em produtividade de grãos e hortaliças porque utiliza tecnologia de ponta. Sem inovação, não há avanço. Por isso, a Emater atua desde a porteira para dentro — na produção — até a porteira para fora, ajudando na comercialização”, resume o presidente.  

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Crédito rural do GDF e cooperativismo fortalecem produção de morango em Planaltina

O casal de produtores rurais Leonice e Arnaldo Mendes, de 42 anos, da comunidade Lagoinha, em Planaltina, precisou recomeçar a vida há cerca de cinco anos. Após o fechamento da gráfica que mantinham na cidade, em consequência da pandemia da covid-19, buscaram apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). Sem experiência no campo, foram apresentados à cooperativa de produtores familiares da região e tiveram acesso ao microcrédito do programa Prospera, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF). Hoje, são responsáveis pelo maior cultivo de morango da comunidade. Leonice e Arnaldo Mendes contaram com o apoio do GDF para, sem experiência prévia no campo, iniciarem jornada como produtores rurais | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A produção começou na chácara localizada no Núcleo Rural Rio Preto, com abóbora, mas logo no primeiro ciclo enfrentaram dificuldades: a lavoura foi destruída por lagartas e toda a safra se perdeu. Com o apoio da Cooperativa de Agricultura Familiar Mista do DF (Coopermista) e acesso a insumos, recomeçaram e, pouco depois, obtiveram o primeiro crédito do Prospera, de cerca de R$ 19 mil. O recurso permitiu o plantio de beterraba e cenoura e a ampliação da área produtiva. O cultivo do morango veio mais recentemente, como uma aposta ousada. “Começamos com 10 mil mudas, mesmo com o desafio de sermos os primeiros produtores da região. Hoje, fornecemos tanto para a cooperativa quanto para supermercados, e já competimos com grandes produtores. O morango é uma oportunidade porque garante colheita o ano inteiro e abre portas para novos mercados”, conta Leonice. A chegada do canal da Lagoinha, em novembro de 2024, também fez diferença para os produtores, que antes só podiam plantar culturas menos dependentes de irrigação, como batata-doce, abóbora e beterraba. Agora conseguem diversificar. Segundo eles, o próximo passo é investir na cobertura da plantação de morango e, futuramente, no cultivo suspenso, que melhora tanto a produtividade quanto as condições de trabalho. Leonice ressalta que a Emater foi essencial em todo esse processo, não só no apoio técnico, mas também no incentivo e na capacitação. “Participei de viagens e intercâmbios que ampliaram minha visão, conheci produtoras de outras regiões e percebi que era possível crescer”, afirma. “Além disso, a Emater trouxe cursos de gestão e orientação financeira, algo essencial, porque não basta produzir: é preciso saber calcular custos, entender se há lucro e planejar”. “Histórias como essa mostram a força do Prospera. Ao apoiar a agricultura familiar, conseguimos não apenas fortalecer a produção local, mas também garantir mais emprego, dignidade e desenvolvimento. O programa foi criado justamente para isso, para dar oportunidade a quem deseja empreender, gerar renda e transformar realidades”, destacou o secretário da Sedet-DF, Thales Mendes. A produção de morango do casal vem crescendo e gerando empregos para a comunidade. A trabalhadora rural Ana Clarice Vieira, 25 anos, conta que encontrou na atividade uma nova fonte de renda. “Eu estava sem trabalhar, mas agora venho três a quatro vezes por semana para ajudar na produção de morango. Isso trouxe oportunidade para muita gente daqui, especialmente porque não temos transporte público e o trabalho fica perto de casa. Além disso, é uma ocupação que envolve principalmente as mulheres, que cuidam da seleção, pesagem e embalagem dos frutos, enquanto os homens se dedicam mais à colheita”, relata. Após 20 anos de parceria matrimonial, o casal conta com cinco trabalhadores rurais no negócio da família. Eles se reconhecem como pequenos produtores da agricultura familiar, mas planejam crescer de forma estruturada, sempre baseados no cooperativismo. O casal começou produzindo 10 mil mudas de morango; atualmente, fornecem tanto para a cooperativa quanto para supermercados Assistência Segundo o engenheiro agrônomo e extensionista rural da Emater-DF, Eduardo Damásio, quando um produtor solicita atendimento, a equipe realiza visita técnica para avaliar a propriedade de forma global. A análise considera não apenas a parte produtiva, mas também os arredores, as vias de acesso, o potencial da área e a disponibilidade ou possibilidade de água. “Muitas vezes o produtor deseja plantar algo que não é recomendado para a região; parte do nosso trabalho é orientar sobre a cultura mais adequada ao ambiente”, explica. “Aqui no Rio Preto, as cooperativas são canais fundamentais de comercialização porque trabalham com plantio programado. O produtor sabe antecipadamente quanto plantar e qual será o preço de venda, deixando de ficar refém da oscilação do mercado de hortifrúti, que pode variar drasticamente. A Emater, portanto, não só orienta no campo, mas também presta assessoria gerencial: mostramos linhas de crédito e orientamos sobre gestão financeira e comercialização”, ressalta Eduardo. [LEIA_TAMBEM]Entre as principais linhas de crédito oferecidas pelo GDF estão o Prospera, uma modalidade de microcrédito para pequenos empreendedores rurais e urbanos, com foco em investimento e custeio, de responsabilidade da Sedet-DF; e o Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR), da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), que financia projetos ligados à atividade rural, como investimento e custeio agropecuário, infraestrutura, agroindustrialização e turismo rural. “O Prospera é bastante usado por produtores familiares e funciona de forma escalonada: começa com cerca de R$ 19 mil; após a quitação, o agricultor pode acessar um segundo crédito de aproximadamente R$ 28 mil e, em seguida, um terceiro de cerca de R$ 38 mil”, explica o extensionista. Segundo ele, os recursos podem ser aplicados tanto no custeio da produção, como na compra de insumos, quanto em investimentos, como a instalação de túneis e estufas para o cultivo de morango no período de chuvas. Na prática, o Prospera permite ao produtor planejar e escalonar a produção mesmo sem dispor do capital imediatamente. Em conjunto com o FDR, forma uma combinação que tem ajudado muitos empreendimentos rurais a crescerem de maneira planejada e sustentável. Entre as principais linhas de crédito oferecidas pelo GDF estão o Prospera, uma modalidade de microcrédito para pequenos empreendedores rurais e urbanos, e o Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR), que financia projetos ligados à atividade rural Como adquirir linhas de crédito A solicitação do microcrédito do Prospera começa nas agências do trabalhador. Atualmente, são 14 unidades fixas e outras duas itinerantes em fase de implantação. Nessas agências, o interessado passa por uma simulação inicial com um agente de crédito. A partir desse contato, inicia-se um diálogo para entender a finalidade do recurso, que pode ser utilizado na compra de equipamentos, contratação de funcionários ou melhorias no produto ou serviço oferecido. Já para acessar o FDR, é necessário apresentar um projeto elaborado pela Emater. São exigidos documentos pessoais e da propriedade, certidões negativas de débito — inclusive junto à Serasa —, garantias e Cadastro Ambiental Rural (CAR), entre outros requisitos.

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Apoio técnico e crédito rural garantem R$ 5 milhões à agricultura familiar no DF

Informação, orientação técnica e acesso ao crédito rural: foi com esses pilares que a produtora Maria Aparecida Pereira, 53 anos, decidiu inovar e apostar no cultivo de mirtilo, também conhecido como blueberry. Com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e a participação em programas de fomento à produção agrícola, ela impulsionou seus negócios no campo. Apenas neste ano, mais de R$ 5 milhões em crédito rural foram acessados por produtores do Distrito Federal com apoio técnico da Emater-DF. Ao todo, 89 projetos foram contratados por meio de programas como Prospera, Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR) e Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Maria Aparecida Pereira classifica o crédito rural como "uma oportunidade única" | Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “É uma oportunidade única para a gente, que não tem dinheiro guardado. A gente recebe o produto antes e paga depois, com dois anos de carência. É muito vantajoso”, afirma Maria Aparecida. “Recebemos as mudas e, com o recurso, conseguimos comprar os recipientes e outros materiais necessários para a produção.” Além do cultivo de mirtilo, a produtora investiu na melhoria da produção de leite, com apoio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), de âmbito federal. Hoje, ela comercializa os produtos em feiras, mas já vislumbra novos horizontes: “Queremos vender em maior volume e colocar os produtos em mercados. Isso vai nos permitir alcançar mais pessoas.” Informação no campo A Rota da Fruticultura incentiva o cultivo de frutas com alto valor agregado e potencial de exportação A decisão de cultivar mirtilo veio após orientação da Emater-DF. Maria Aparecida e a família dela participaram de cursos e receberam consultoria técnica contínua. “Eles estão sempre por perto, dando força e trazendo informações importantes. A ideia da plantação surgiu com a Rota da Fruticultura, e o extensionista rural da Emater me ajudou a entrar no programa”, relata.   Segundo o extensionista rural Fernando Landim, a Rota da Fruticultura é uma iniciativa do Ministério da Integração, com participação da Embrapa, da Emater e da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. O objetivo é incentivar o cultivo de frutas com alto valor agregado e potencial de exportação. “São culturas com excelente produtividade e retorno financeiro significativo para o produtor. É uma oportunidade de entrar em um nicho que ainda está em expansão”, explica.  [LEIA_TAMBEM]Além da assistência técnica, a Emater-DF atua diretamente na elaboração de projetos e no encaminhamento da documentação necessária para acesso às linhas de crédito. “O crédito rural permite que o produtor faça investimentos que, muitas vezes, ele não conseguiria sozinho. A gente orienta, prepara o projeto, acompanha o processo junto aos bancos e continua ao lado do produtor durante toda a implantação: desde a compra dos insumos até o plantio e a irrigação”, detalha Landim. Podem participar de programas de crédito produtores rurais — pessoas físicas ou jurídicas — atendidos pela Emater-DF. Para isso, é necessário comparecer ao escritório mais próximo da empresa, levando os documentos pessoais e da propriedade, para avaliação da linha de crédito mais adequada e da viabilidade do projeto.

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Produção de cogumelos cresce quase 50% no DF em um ano

A produção de cogumelos no Distrito Federal segue em forte expansão. Em 2024, o número de produtores locais aumentou de 17 para 19, e o Valor Bruto da Produção (VBP) saltou de R$ 3,49 milhões para R$ 5,2 milhões — um crescimento de 49% em relação ao ano anterior. A variedade e a qualidade dos alimentos, somadas ao apoio técnico e ao perfil exigente do consumidor brasiliense, impulsionam o setor. "Todo o apoio que tive da Emater foi fundamental para diminuir meus custos de energia em condições excepcionais, é uma grande parceria", afirma Jansen Barreira, que produz cogumelos no Lago Oeste | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília O Quadradinho também fornece vantagens climáticas para quem decide produzir a espécie, por não apresentar tantas variações de temperatura e ser relativamente fácil fazer o controle de umidade, o que possibilita que o DF tenha um grande potencial para a produção de cogumelos. Entre os produtos estão champignon embalado, cogumelo-do-sol, shimeji, shiitake e cogumelos em conserva. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), esses alimentos são altamente nutritivos — com teor proteico semelhante ao da carne e maior que o de muitos vegetais e frutas. São, ainda, ricos em vitaminas, carboidratos e possuem baixo teor de gordura. Estudos científicos investigam, desde os anos 1970, as propriedades medicinais dos cogumelos, que já demonstraram potencial como aliados em tratamentos complementares para doenças como câncer, lúpus, HPV e até Aids, por estimularem o sistema imunológico. Apoio na base A técnica Clarissa Campos, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), explica que o trabalho da empresa pública acompanha toda a cadeia produtiva, desde o cultivo até a comercialização e acesso às políticas públicas. Ela ressalta que o número de produtores também aumentou no último ano, impactando no aumento da produção local. “A Emater orienta desde o acesso a crédito rural até a emissão de documentação, apoio técnico e ajuda na inserção nos mercados”, detalha. "Com a produção local, os cogumelos chegam ao consumidor no mesmo dia da colheita, com mais sabor e qualidade nutricional", comenta Clarissa Campos, técnica da Emater-DF O produtor Jansen Barreira, da chácara Cerrado Funghi, no Lago Oeste, é um exemplo do avanço do setor. Ele cultiva entre 500 e 600 quilos de cogumelos por semana. Ex-publicitário, Jansen deixou o mercado da comunicação para investir no sonho antigo de viver do campo. “Desde 2005 pensava nisso. Em 2018 fechei minha agência e mergulhei de cabeça. Hoje, tenho uma vida menos estressante e moro onde trabalho. E todo o apoio que tive da Emater foi fundamental para diminuir meus custos de energia em condições excepcionais, é uma grande parceria”, conta. [LEIA_TAMBEM]Para produzir os cogumelos, a propriedade abrange todas as etapas: compostagem, pasteurização, incubação e colheita. Com o apoio da Emater-DF, o produtor conquistou crédito rural, instalou painéis de energia fotovoltaica e aumentou em um terço a capacidade produtiva em 2024. E ainda há espaço para crescer: “Mesmo com o aumento, nossa produção ainda não consegue atender toda a demanda local”. Qualidade para o mercado O Distrito Federal é o segundo maior mercado consumidor de cogumelos do Brasil, atrás apenas de São Paulo. Além da demanda aquecida, o clima estável e o investimento em pesquisa e transferência de tecnologia tornam a região ideal para o cultivo. O resultado é um setor promissor, que gera renda, empregos e coloca o DF em destaque na produção de alimentos saudáveis e sustentáveis. Segundo a técnica da Emater-DF, o crescimento do setor é impulsionado também pelo perfil do consumidor do DF. “O mercado consumidor do Distrito Federal é muito antenado e sempre procura alimentos frescos e nutritivos. E o cogumelo é essa opção, há muitos restaurantes e eventos que utilizam esse produto. Com a produção local, os cogumelos chegam ao consumidor no mesmo dia da colheita, com mais sabor e qualidade nutricional”, destaca.

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GDF concedeu R$ 10 milhões em créditos rurais a produtores e agricultores familiares

A 45 quilômetros de distância da área central de Brasília, na região de Pipiripau (Planaltina), próximo à divisa entre a capital do país e o estado de Goiás, sonhos cultivados na terra ganham vida com apoio deste Governo do Distrito Federal (GDF). Para a agricultora familiar Catiúcia Rodrigues Neres Cazuza, de 41 anos, esse incentivo veio por meio da concessão de crédito rural, que, obtido pelo programa Prospera, lhe permitiu concretizar um sonho seu e de sua família. “Minha mãe sempre quis que eu plantasse bananas aqui na chácara, mas me faltava o dinheiro para fazer esse investimento. Com o crédito rural, eu consegui transformar essa ideia dela em realidade; hoje, minha produção é motivo de orgulho para a nossa família”, conta a agricultora, que reside na comunidade rural Roseli Nunes. Catiúcia Rodrigues Neres Cazuza realizou o sonho da mãe e passou a plantar bananas na propriedade rural da família | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Destinado a atender necessidades financeiras de pequenos empreendedores urbanos e rurais, o Prospera é apenas um dos mecanismos de concessão de créditos a produtores disponibilizados por este GDF. Em 2024, a iniciativa concedeu R$ 1,2 milhão em incentivo financeiro aos agricultores da capital do país. Além do Prospera, programas de crédito como o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), Pronaf e Pronamp também fortaleceram o campo no Distrito Federal no ano passado. Ao todo, foram quase R$ 10 milhões de recursos direcionados para o impulsionamento da produção agrícola brasiliense, viabilizando projetos que melhoraram a infraestrutura, ampliaram áreas de cultivo e fomentaram a geração de renda para os produtores locais. “Além de acompanhar o processo de liberação do crédito, auxiliamos na aplicação correta para garantir que o investimento resulte em ganhos significativos e sustentáveis” Geraldo Magela Gontijo, extensionista rural “A maioria dos pequenos produtores e agricultores familiares entra descapitalizada, e qualquer recurso faz uma enorme diferença. Além de acompanhar o processo de liberação do crédito, auxiliamos na aplicação correta para garantir que o investimento resulte em ganhos significativos e sustentáveis”, explica o extensionista rural Geraldo Magela Gontijo, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Parceira do produtor Foi justamente o acompanhamento da Emater-DF de todos os processos de obtenção de crédito que viabilizou o investimento necessário para que o produtor rural Assis do Rosário Nogueira, 50, desse início à plantação de goiabas. Morador do Assentamento Oziel Alves III, em Planaltina, o agricultor ostenta com orgulho o posto de pioneiro no cultivo das frutas na região. Assis do Rosário Nogueira comemora a possibilidade do sustento a partir do cultivo de goiaba: “Sem o crédito, seria impossível crescer” “Sem o crédito, seria impossível crescer. A assistência técnica da Emater foi fundamental para organizar meu projeto e me guiar nesse processo. Hoje, vivo da goiaba e estou ampliando minha área de cultivo”, comemora Assis. Assis relata que, além de ajudar a dar o pontapé inicial na plantação, o crédito do FDR também viabilizou a aquisição de uma camionete nova, um investimento essencial para atender às demandas do Programa de Alimentação Escolar do DF e da grande rede de supermercados – hoje, os principais clientes do produtor. Como participar O produtor rural interessado em obter linhas de crédito com a devida assistência técnica da Emater-DF deve procurar o escritório da empresa responsável por sua região, portando os documentos pessoais e da propriedade. A iniciativa está disponível tanto para pessoas físicas quanto jurídicas com atividades rurais no DF, desde que devidamente cadastradas. A empresa auxilia os agricultores na elaboração de carta de limite de crédito, assistência à implantação de projetos, elaboração de projetos, supervisão da aplicação do recurso e orientação aos empreendedores e organizações em gestão e estratégias de negócios.

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BRB mantém liderança na concessão de crédito para produtores rurais do DF no 1º semestre de 2024

O BRB segue na liderança na concessão de crédito rural no Distrito Federal durante o Ano Safra. Neste último, referente a 2023/2024, foram liberados mais de R$ 138 milhões. A atuação do banco fortalece e reafirma seu papel como apoiador dos produtores rurais do DF. A instituição destacou-se ao proporcionar recursos essenciais para o fortalecimento da economia local e do segmento agro. Durante o primeiro semestre de 2024, o Banco BRB registrou um crescimento significativo em sua carteira de agronegócios. Com um aumento de 79% em relação ao saldo do primeiro semestre de 2023, esse crescimento se deu mesmo com a Selic estabilizada em torno de 10,75% ao ano, e demonstra a eficiência e a atratividade das taxas prefixadas oferecidas pelo banco. Durante o primeiro semestre de 2024, o BRB registrou um crescimento significativo em sua carteira de agronegócios | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, destacou a importância do Banco no apoio ao agronegócio do Distrito Federal. “O BRB tem um compromisso sólido com os produtores rurais do DF, oferecendo recursos essenciais para o desenvolvimento sustentável do setor. Nosso objetivo é continuar liderando a concessão de crédito e apoiando os produtores em todas as suas necessidades”, afirmou. O Banco BRB possui 34% do marketshare do DF voltado ao setor, com R$ 7,9 milhões destinados ao Pronamp DF e R$ 1,4 milhão ao Pronaf DF. Esses números impulsionam a liderança na concessão de crédito aos produtores rurais no DF e reafirmam o compromisso da instituição em apoiar o segmento em todas as escalas, a partir do desenvolvimento sustentável e econômico da região. Além dos resultados positivos, o BRB também se destacou por sua participação em eventos relevantes para o setor agrícola, como AgroBrasília 2024, Agrishow, Tecnoshow Comigo e Farm Show. Somente na AgroBrasília, o banco disponibilizou R$ 1 bilhão em recursos, com mais de R$ 545 milhões em propostas prospectadas. Outro ponto relevante foi o desenvolvimento de processos para o gerenciamento do risco socioambiental das operações de crédito rural. O banco estruturou um sistema de monitoramento conforme as exigências da regulação do Bureau de Crédito Rural Sustentável e da BCB 140. Esse processo garante a conformidade das operações com as normas socioambientais, além de evitar riscos e de assegurar a sustentabilidade das atividades. Com esses esforços, o BRB reafirma seu papel como um banco público essencial para o desenvolvimento econômico e social do Distrito Federal, que contribui para a promoção do crescimento do agronegócio e para a sustentabilidade e a prosperidade da região. *Com informações do BRB

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Mais de R$ 11 milhões em crédito impulsionam projetos rurais no Distrito Federal

Água, lúpulo, malte e levedura são, tradicionalmente, os ingredientes básicos utilizados no preparo de qualquer cerveja, bebida que, para grande parcela da população brasileira e mundial, é indispensável em qualquer momento de confraternização. No Distrito Federal, esse processo ganha uma dimensão especial com a história da Cervejaria Dona Maria, fundada pelo moçambicano Aninho Mucundramo Irachande. Desde 2019, o GDF concedeu R$ 11,3 milhões em crédito para produtores rurais individuais, associações e cooperativas de produtores rurais e empresas rurais | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Tudo começou de maneira despretensiosa em 2017, quando o empresário e também professor passou a produzir cerveja artesanal em sua propriedade no Núcleo Rural Córrego do Arrozal, às margens da BR-020, entre Sobradinho e Planaltina. Para acessar a linha de crédito do Fundo de Desenvolvimento Rural é preciso ter um projeto, que pode ser elaborado com apoio da Emater-DF, e anexar documentos pessoais e certidões negativas O objetivo inicial era reunir amigos para beber cerveja de qualidade. À época, a produção caseira se limitava a 20 litros. Hoje, com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), Aninho conta com uma produção profissional que chega a cerca de 7 mil litros por mês. A ajuda veio ainda em 2019, por meio de crédito rural do Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), voltado ao desenvolvimento da área rural do Distrito Federal. A iniciativa permite aumento da produção e da produtividade, da renda, da segurança alimentar e a permanência no espaço rural da capital. Os créditos disponibilizados contemplam projetos agropecuários diversificados, com a aquisição de máquinas, equipamentos e insumos. Aninho ressalta que o suporte do GDF foi fundamental para conseguir estruturar o empreendimento rural, que teve um salto na produção em quatro anos de negócio, mostrando como o investimento rural pode transformar pequenas iniciativas em projetos sólidos e sustentáveis. A partir de um crédito de R$ 200 mil, o empresário Aninho Mucundramo Irachande conseguiu garantir a produção da cerveja e a comercialização de 12 rótulos para Brasília, Goiás e São Paulo “No segmento cervejeiro os equipamentos são muito caros e para você dar saltos de produção, de qualidade, alavancar o negócio, não pode ser com investimentos pequenos. Sem o Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural talvez isso tivesse sido feito a passos lentos, os equipamentos teriam sido comprados mais demoradamente e talvez não chegássemos à escala que estamos hoje. O acesso ao crédito do fundo nos permitiu duas coisas: uma implantação mais rápida e o ganho de escala”, relata. Foi com acesso a um crédito de R$ 200 mil que o empresário conseguiu comprar dois tanques de 500 litros para fermentar e maturar cerveja, panelas de produção e uma câmara fria, além de construir parte da estrutura da fábrica. Hoje, o moçambicano que mora no DF há 34 anos, comercializa 12 rótulos para Brasília, Goiás e São Paulo. “A ideia é fazer crescer a agropecuária de todas as áreas”, afirma o diretor de Fundos da Secretaria de Agricultura, José Luiz Guerra Desde 2019, este GDF concedeu R$ 11,3 milhões em crédito para produtores rurais individuais, associações e cooperativas de produtores rurais e empresas rurais. Em cinco anos, 106 projetos saíram do papel graças ao acesso a recursos do fundo distrital. “O Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural é voltado a produtores iniciantes e produtores que estão querendo crescer e que não conseguem crédito além das garantias que existem. A ideia é fazer crescer a agropecuária de todas as áreas. O fundo é uma grande política pública de crescimento e fortalecimento do setor agropecuário no Brasil”, explica o diretor de Fundos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do DF (Seagri), José Luiz Guerra. Como ter acesso ao crédito Para acessar a linha de crédito do Fundo de Desenvolvimento Rural é preciso ter um projeto, que pode ser elaborado com apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), e documentos da terra, pessoais, certidões negativas, consulta Serasa e requerimento. Os prazos e carências podem chegar a até 15 anos, incluído o período de carência de até três anos, para habitações rurais; dez anos, incluído o período de carência de até três anos, para investimento, e de três anos, incluído o período de carência de até um ano, para custeio agropecuário. Os encargos financeiros dos financiamentos concedidos com recursos do FDR são calculados com base na taxa de juros de 3% ao ano, sendo concedido bônus de adimplência de 25% na taxa de juros para cada parcela da dívida paga até a data de seu respectivo vencimento.

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Público da AgroBrasília terá condições especiais de financiamento

O BRB é o principal apoiador da maior feira de agronegócios do Centro-Oeste: a AgroBrasília. A feira de agronegócios será realizada no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD-DF, desta terça (23) até sábado (27). Este ano, o banco se tornou patrocinador máster da AgroBrasília e contará com dois estandes no local, além de equipe especializada que vai oferecer uma experiência única aos clientes. “O BRB é o principal agente de financiamento de agronegócios no DF. E com o crescimento e a modernização do banco, passamos a atuar ainda mais próximo do setor, oferecendo soluções financeiras inovadoras. É com grande satisfação que estamos participando como principal apoiador da AgroBrasília 2023. Estamos com um pacote especial para produtores de todos os portes, com condições diferenciadas para os negócios. Esperamos que essa semana seja de muitos negócios”, diz o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. [Olho texto=”Os visitantes que contratarem as linhas de crédito do BRB durante o evento poderão, ainda, financiar veículos com condições especiais, além de ter acesso a seguros diferenciados” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Durante a feira, os visitantes e expositores terão acesso aos produtos da carteira de crédito rural do BRB, com ênfase em investimento agrícola para a aquisição de máquinas e equipamentos e custeio agrícola destinado à produção de grãos. Créditos de custeio com taxas a partir de 5% ao ano; créditos de investimento com taxas a partir de 7,46% ao ano; créditos de comercialização com taxas a partir de 12% ao ano; e de industrialização, com taxas que partem de 6% ao ano serão algumas das opções apresentadas. Além de disponibilizar os produtos de crédito com taxas especiais, o BRB contará com a presença de um consultor de investimentos para prestar esclarecimentos aos produtores sobre o mercado de commodities (soja, boi, milho e café), NDF (contrato de dólar futuro), estruturação de CRAs e operação de hedge com mercado de opções. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os visitantes que contratarem as linhas de crédito do BRB durante o evento poderão, ainda, financiar veículos com condições especiais (sem entrada e com taxas a partir de 1,60% ao mês), além de ter acesso a seguros diferenciados (pecuário, agrícola, empresarial, entre outros). A AgroBrasília está consolidada como uma das maiores feiras do mundo na difusão de tecnologia tropical, e é reconhecida nacionalmente pelo papel desempenhado na ocupação agropecuária dos cerrados. O acesso à feira é gratuito e a organização se prepara para bater os recordes alcançados em 2022 – de público, expositores e negócios. No ano passado, 130 mil pessoas passaram pelo parque e os 520 expositores viram os negócios realizados alcançarem a cifra de R$ 4,6 bilhões. *Com informações do BRB

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