Diagnóstico aponta caminhos para transformar o Setor Comercial Sul em polo criativo e tecnológico
A Universidade Católica de Brasília (UCB) apresentou, na quarta-feira (3), o relatório da primeira fase do estudo Diagnóstico do Setor Comercial Sul (SCS), que integra ações assistidas pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) no âmbito do programa Desafio DF (2023), que fomenta pesquisas aplicadas voltadas ao desenvolvimento urbano sustentável e ao fortalecimento da economia criativa da região. Setor Comercial Sul é um dos polos empresariais mais tradicionais de Brasília | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “O Setor Comercial Sul tem potencial para se consolidar como um dos grandes polos criativos e tecnológicos do país, e este diagnóstico é a base sólida que orienta essa transformação” Rafael Vitorino, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação Localizado no centro de Brasília, o Setor Comercial Sul é um dos polos empresariais mais tradicionais da cidade e, ao longo das últimas décadas, passou a enfrentar desafios como esvaziamento, insegurança, fragmentação das atividades econômicas e aumento de espaços ociosos. Esses fatores motivaram a elaboração de estudos e projetos voltados ao fortalecimento da economia criativa — contexto no qual se insere o diagnóstico. “O Setor Comercial Sul tem potencial para se consolidar como um dos grandes polos criativos e tecnológicos do país, e este diagnóstico é a base sólida que orienta essa transformação”, afirmou o secretário de Ciência,Tecnologia e Inovação do DF, Rafael Vitorino, durante a apresentação do estudo. Maquete projeta o Polo Criativo Tecnológico para o Setor Comercial Sul | Foto: Divulgação/FAPDF “O que estamos construindo aqui juntos é uma nova dinâmica para o Setor Comercial Sul e para a cidade, com mais vida, mais empresas e mais oportunidades” Niki Tzemos, prefeita do SCS “Estamos celebrando a continuidade de um sonho para o Setor Comercial Sul”, resumiu a assessora especial da FAPDF, Ana Paula Aragão. “Revitalizar este território é reavivar um coração da nossa história e reconectar pessoas, negócios e ideias. A verdadeira inovação não acontece apenas em laboratórios; ela nasce também nas ruas, nos pequenos negócios e nas ideias que precisam de espaço para florescer. E o Setor Comercial Sul será esse espaço.” A prefeita do SCS, Niki Tzemos, enfatizou o impacto do diagnóstico para o futuro do local: “O que estamos construindo aqui juntos é uma nova dinâmica para o Setor Comercial Sul e para a cidade, com mais vida, mais empresas e mais oportunidades”. Ela citou o exemplo do Porto Digital de Recife (PE), reforçando que o polo brasiliense também pode se consolidar como referência nacional em inovação. Metodologia “A vitalidade de um território como o SCS não se explica apenas por números. Ela emerge das relações sociais, dos fluxos urbanos, das práticas culturais e das maneiras como as pessoas produzem e habitam o espaço” Alexandre Kieling, do Programa de Pós-Graduação em Inovação em Comunicação e Economia Criativa da UCB O diagnóstico foi desenvolvido por uma equipe interdisciplinar com mais de 30 pesquisadores da UCB, sob coordenação do professor Alexandre Kieling, do Programa de Pós-Graduação em Inovação em Comunicação e Economia Criativa. A análise combinou métodos qualitativos e quantitativos, como cartografia social, entrevistas, observação de campo e levantamento socioeconômico e cultural. “A vitalidade de um território como o SCS não se explica apenas por números”, pontuou o professor Alexandre Kieling, do Programa de Pós-Graduação em Inovação em Comunicação e Economia Criativa da UCB. “Ela emerge das relações sociais, dos fluxos urbanos, das práticas culturais e das maneiras como as pessoas produzem e habitam o espaço.” Durante o evento, pesquisadores do Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (Pisac) da UnB apresentaram uma demonstração imersiva com maquete física em realidade virtual, permitindo ao público visualizar cenários possíveis para o futuro da região. O projeto O Polo Criativo Tecnológico do Setor Comercial Sul nasce como uma iniciativa estratégica voltada à transformação de um dos territórios mais emblemáticos da cidade em um espaço vibrante de inovação, cultura, tecnologia e economia criativa. O projeto busca requalificar o território, fortalecer a vitalidade urbana e estimular a atração de negócios inovadores, conectando governo, universidades, setor produtivo e comunidade. A proposta pretende promover inclusão, criatividade, mobilidade, cultura e desenvolvimento econômico sustentável, reafirmando a vocação do SCS para se tornar referência nacional. [LEIA_TAMBEM]A primeira fase — agora concluída — consistiu na produção de um diagnóstico aprofundado do território. Foram mapeados cerca de 5 mil empreendimentos e mais de 500 empresários foram ouvidos, permitindo compreender de forma abrangente a realidade urbana, econômica e cultural da região. O estudo envolveu cartografia social, observação de campo, entrevistas e levantamento socioeconômico, além de articulações com instituições como Sesc, Senac, Sebrae, Fibra, Fecomércio e entidades locais. Próximos passos Com a conclusão do diagnóstico, o projeto segue para a fase de planejamento estratégico e desenvolvimento do zoneamento urbanístico do futuro Polo Criativo Tecnológico. A etapa será conduzida de forma integrada entre UCB, UnB, Secti-DF, FAPDF, setor produtivo e sociedade civil, com o objetivo de estruturar um modelo replicável de governança participativa e orientar ações de ocupação, mobilidade, cultura, inovação e economia criativa. Veja, abaixo, as etapas do projeto Diagnóstico do território (concluído) ⇒ Análise integrada das dinâmicas sociais, econômicas, culturais e urbanísticas do SCS Planejamento Estratégico (em andamento) – formulação das diretrizes que orientarão o futuro do polo, incluindo governança, vocações, cultura, mobilidade e inovação. Zoneamento do polo ⇒ Definição dos usos, áreas prioritárias, integração entre espaço público e iniciativa privada e diretrizes de ocupação. Implementação e ativação do território ⇒ Criação de espaços criativos, laboratórios, centros culturais e estímulo a negócios inovadores e políticas públicas que sustentem a transformação contínua do SCS. *Com informações da FAPDF
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DF reforça combate à transmissão da sífilis de mãe para filho
O Distrito Federal está perto de atingir um marco importante na saúde pública: a eliminação da transmissão vertical da sífilis, quando a doença é passada da gestante para o bebê durante a gravidez ou o parto. Em 2024, a taxa de incidência de sífilis congênita foi de nove casos por mil nascidos vivos, abaixo da média nacional de 9,6. Em relação ao ano anterior, houve queda de 13,5%, uma das maiores reduções do país. O resultado reflete ações de testagem precoce no pré-natal, tratamento adequado de gestantes e parceiros e integração entre a Atenção Básica e a Vigilância em Saúde. Este ano, Brasília está entre as capitais com taxas mais baixas de detecção de sífilis adquirida, com 119,1 casos por 100 mil habitantes | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF O Brasil adaptou o modelo internacional para certificar estados e municípios com mais de 100 mil habitantes A taxa de detecção de sífilis em gestantes ficou em 34,6 por mil nascidos vivos, também inferior à média nacional, que foi de 35,4. Esses indicadores mostram que o DF tem conseguido interromper a cadeia de transmissão da doença por meio de diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo. Neste ano, Brasília está entre as capitais com taxas de detecção de sífilis adquirida mais baixas que a média nacional, com 119,1 casos por 100 mil habitantes. Também aparecem nesse grupo Aracaju (SE), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Belém (PA) e Teresina (PI). A transmissão vertical ocorre principalmente por via transplacentária, podendo acontecer também no parto, por contato direto com lesões. A falta de tratamento adequado durante a gestação pode causar aborto, natimorto, parto prematuro, morte neonatal e sequelas congênitas. O processo de certificação da eliminação da transmissão vertical faz parte de uma iniciativa global liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O Brasil adaptou o modelo internacional para certificar estados e municípios com mais de 100 mil habitantes, abrangendo também HIV, hepatite B, doença de Chagas e, futuramente, HTLV. Controle do HIV [LEIA_TAMBEM]O Distrito Federal já está entre os estados certificados pela eliminação da transmissão vertical do HIV. No país, 151 municípios e sete estados receberam algum tipo de certificação ou selo. No total, são 228 certificações municipais vigentes, sendo 139 relacionadas ao HIV. “Nos últimos anos, conseguimos manter a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde e pela Opas, que é manter em zero o número de crianças infectadas. As crianças nascem expostas”, afirma Daniela Magalhães, referência técnica distrital em vigilância da sífilis no DF. “A transmissão só acontece quando a gestante não realiza o tratamento ou quando há amamentação em casos ativos. A redução é fruto de um trabalho intenso de qualificação do pré-natal, ampliação da testagem rápida e tratamento oportuno.” O Brasil registrou em 2023 a menor taxa de mortalidade por aids desde 2013, com 3,9 óbitos por 100 mil habitantes. A cobertura de pré-natal também atingiu níveis recordes: mais de 95% das gestantes fizeram ao menos uma consulta e foram testadas para HIV, enquanto aquelas que vivem com o vírus tiveram acesso ao início imediato do tratamento. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Casos de sífilis diminuem no Distrito Federal; diagnóstico precoce é fundamental para tratamento
Os casos de sífilis adquirida no Distrito Federal diminuíram 7,1%, de 2023 a 2024, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF). A capital federal registrou mais de 3,7 mil casos da doença — em sua forma adquirida — no ano passado, contra 3,9 mil em 2023. Em contrapartida, os registros de sífilis congênita (transmitida de mãe para filho) cresceram 2,7% — passando de 263 para 270, de 2023 a 2024 —, enquanto em gestantes apresentou queda de 17,1%, indo de 1.293 para 1.072, em 2024. Os números reforçam a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Para ampliar a conscientização, foi criado o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, celebrado sempre no terceiro sábado de outubro. Rede pública oferece gratuitamente testes que apresentam resultado em tempo rápido | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF “O mês visa a combater o aumento de casos, especialmente a forma congênita da infecção”, lembra a enfermeira Daniela Magalhães, responsável técnica pela área de sífilis da SES-DF. “A prevenção da transmissão vertical é o principal foco do outubro verde.” A gestora reforça que pessoas sexualmente ativas devem fazer a testagem com frequência. “É preciso testar pelo menos uma vez ao ano”, indica. “Outro momento para realizar o exame é sempre que houver prática sexual desprotegida ou na presença de sinais e sintomas, como feridas na genitália e manchas na pele sem causa definida”. Doença A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) crônica e curável, exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. A doença pode ser transmitida por contato sexual desprotegido ou de forma vertical, de uma pessoa com sífilis não tratada ou tratada inadequadamente para o feto, durante a gestação ou no parto. Em estágios avançados da doença, a ausência de tratamento adequado pode causar complicações, como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, e até levar à morte. Sintomas A doença apresenta diferentes manifestações de acordo com o estágio. Na fase primária, surgem feridas no pênis, vagina, colo uterino, ânus e boca, entre dez a 90 dias após o contágio. Normalmente, elas não doem, coçam, ardem nem têm pus. Também desaparecem sozinhas, independentemente de tratamento, criando a falsa impressão de cura. No segundo estágio, os sinais e sintomas costumam surgir entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Nesta fase, surgem manchas no corpo, incluindo nas plantas das mãos e pés, além dos primeiros sintomas, como febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo. As manchas também podem desaparecer em algumas semanas. [LEIA_TAMBEM]O último estágio pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção e costuma apresentar sinais e sintomas como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar a óbito. Diagnóstico e tratamento O teste rápido de sífilis está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O resultado é visível em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de exames laboratoriais. A doença tem cura, e o tratamento de escolha é a penicilina benzatina, que pode ser aplicada na própria unidade básica de saúde (UBS) de referência. A principal forma de prevenção é o uso correto e regular de preservativo externo ou interno, uma vez que se trata de IST. Também são medidas importantes os testes, no caso de exposição à infecção, e o tratamento correto do portador e dos parceiros. Como buscar atendimento Atualmente, todas as UBSs oferecem testes rápidos e tratamento gratuito para a sífilis. A doença é curável em 100% dos casos, mas o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para uma boa recuperação. No Distrito Federal, no período de 2020 a 2024, foram mais de 14 mil casos de sífilis adquirida, 5,4 mil casos da doença em gestantes e 1,4 mil da doença congênita. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Capacitação reforça combate à tuberculose no DF
Enfermeiros, farmacêuticos, médicos e demais servidores da Secretaria de Saúde (SES-DF) que atuam na assistência direta às pessoas com tuberculose participam, até esta quarta-feira (10), da Oficina para Capacitação no Manejo de Tuberculose em Adultos. O objetivo é fortalecer as ações de controle da tuberculose, fornecendo o diagnóstico oportuno e o tratamento adequado à população. O panorama da tuberculose no DF foi um dos temas abordados durante a capacitação | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Promovida pela Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF, a oficina contou com a presença de especialistas da Coordenação-Geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas (CGTM) do Ministério da Saúde. “A cura é possível, mas o diagnóstico precoce e o cuidado adequado são fundamentais” Gisela Unis, consultora técnica da CGTM Segundo a gerente da Gevist, Beatriz Maciel, a tuberculose ainda é um desafio no DF. “Nos últimos cinco anos, registramos, aproximadamente, 1.594 novos casos”, contabiliza. “A taxa de cura está em torno de 53%, e o abandono chega a 14%”, especifica a gestora. "Estamos intensificando o monitoramento, organizando fluxos para populações mais vulneráveis, como a do sistema prisional, e construindo a linha de cuidado para a doença. Esta capacitação é um passo importante para fortalecer a rede e melhorar os indicadores.” Entre os temas da oficina estão o panorama epidemiológico da tuberculose no DF, prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. Consultora técnica da CGTM e uma das ministrantes da capacitação, Gisela Unis lembra que a tuberculose ainda é uma das doenças infecciosas mais letais do país: “O Brasil registra 90 mil casos de tuberculose por ano, e cerca de seis mil pessoas morrem em decorrência da doença. O tratamento é eficaz, e a cura é possível, mas o diagnóstico precoce e o cuidado adequado são fundamentais”. Doença A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis (conhecida como bacilo de Koch) e transmitida por gotículas expelidas na tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas. Os principais sintomas incluem tosse persistente por mais de três semanas, febre baixa, suor noturno, cansaço, falta de apetite e perda de peso. [LEIA_TAMBEM]Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2023, cerca de 10,8 milhões de pessoas adoeceram por tuberculose no mundo e 1,25 milhão morreram devido à doença, sendo considerada a principal causa de morte por agentes infecciosos, superando a covid-19. Além da exposição ao bacilo e das condições imunológicas, o adoecimento está ligado a fatores socioeconômicos. Pessoas em situação de rua, privadas de liberdade, indígenas, imigrantes,quem vive com HIV ou Aids e profissionais de saúde são mais vulneráveis em comparação à população geral. No DF, todas as 181 unidades básicas de saúde (UBSs) oferecem diagnóstico e tratamento gratuitos. A recomendação é procurar atendimento caso a tosse ultrapasse três semanas. Encontre a sua UBS de referência aqui. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Saúde pública do DF adota protocolos especiais para combater sepse em pacientes
Nesta semana, é lembrado o Dia Mundial da Sepse (13 de setembro), data que busca sensibilizar a população, profissionais de saúde e autoridades sobre a necessidade urgente de ampliar o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz dessa condição. A sepse, chamada popularmente infecção generalizada, é uma resposta inflamatória grave do organismo a uma infecção. Quando não tratada de forma rápida, pode evoluir para a falência de múltiplos órgãos e levar à morte. Quadro elaborado pela Secretaria de Saúde resume o que é a doença | Arte: Agência Saúde-DF De acordo com dados internacionais publicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a sepse é responsável por 48,9 milhões de casos e 11 milhões de mortes por ano, o que representa cerca de 20% de todas as mortes no mundo. Quase metade desses casos ocorre em crianças menores de cinco anos. No Brasil, o cenário é ainda mais desafiador. Estima-se que a taxa de mortalidade por sepse chegue a 60%, número muito acima da média de países desenvolvidos, que gira em torno de 20%. O reconhecimento rápido dos sinais da sepse pode salvar vidas. Os primeiros cuidados devem ser iniciados ainda na primeira hora após a suspeita de infecção, período conhecido como “hora de ouro”, aponta a infectologista Clarisse Lisboa, da SES-DF. “No começo, achei que era só um machucado, mas em pouco tempo meu quadro piorou muito”, relata Michel Strogoph Horovits, internado no Hospital Regional de Samambaia (HRSam) em tratamento contra sepse. “Se não fosse a agilidade da equipe daqui, eu não estaria melhorando. Hoje entendo a importância de reconhecer os sinais cedo.” “Crianças precisam ter um cuidado especial, pois o sistema de defesa das crianças ainda não está totalmente maduro, o que as tornam mais vulneráveis às infecções” Clarisse Lisboa, infectologista Clarisse Lisboa alerta: “O diagnóstico e o tratamento ágil fazem toda a diferença para reduzir a mortalidade, por isso precisamos olhar para esse problema com mais atenção, e adotamos o uso de protocolos clínicos que comprovadamente salvam vidas, que seguem os pilares: prevenção, reconhecimento e diagnóstico precoces, tratamento correto e reabilitação”. Tratamento O tratamento geralmente exige internação em unidades de terapia intensiva (UTIs). A primeira medida é a administração de antibióticos de largo espectro, por via endovenosa, antes mesmo da identificação do agente infeccioso. Quando o paciente apresenta queda acentuada de pressão arterial, podem ser utilizados vasopressores para estabilizar a circulação. Em situações graves, pode ser necessário o uso de suporte avançado, como ventilação mecânica e hemodiálise. “Crianças precisam ter um cuidado especial, pois o sistema de defesa das crianças ainda não está totalmente maduro, o que as tornam mais vulneráveis às infecções”, pontua Clarisse Lisboa. “Além disso, os sinais e sintomas de infecção na criança podem ser mais difíceis de identificar pela dificuldade em comunicar o que ela sente.” Ela lembra que é fundamental manter o cartão de vacinas atualizado e não deixar de buscar auxílio médico quando houver suspeita de infecção, para que o tratamento adequado seja iniciado o mais rapidamente possível. Capacitação pediátrica [LEIA_TAMBEM]Para enfrentar esse desafio, o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), em parceria com a Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SPDF), vai ofertar uma capacitação voltada ao reconhecimento precoce da sepse pediátrica. O treinamento será realizado na quinta-feira(11), de forma presencial, no grande auditório do Hmib, e também virtualmente, pelo aplicativo Zoom. As vagas presenciais são limitadas a 150 pessoas. Com o lema “Reconhecer para Agir”, a capacitação reforça a importância da identificação rápida dos sinais clínicos de sepse para que a intervenção médica ocorra ainda na chamada “hora de ouro”, capaz de salvar vidas e evitar sequelas graves. Os participantes receberão certificado emitido pelo Núcleo de Educação Permanente em Saúde (Neps) do Hmib, além de certificado específico para o curso online fornecido pela SPDF. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hormônio do estresse no cabelo: técnica com nanopartículas promete diagnóstico rápido e sem exames invasivos
Um método inovador desenvolvido na Universidade de Brasília (UnB) promete transformar a forma como avaliamos o estresse crônico. A pesquisa, coordenada pelo professor Juliano Alexandre Chaker, utiliza fios de cabelo e nanopartículas de carbono para medir o cortisol, o chamado “hormônio do estresse”, com rapidez, precisão e sem necessidade de exames invasivos. Com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), por meio do Edital Learning 2023, o projeto une ciência de ponta e inovação tecnológica para oferecer diagnósticos acessíveis e confiáveis, com potencial de aplicação em saúde pública, toxicologia forense e meio ambiente. Inovação científica: como funciona o método O cortisol é um dos principais indicadores fisiológicos do estresse, mas sua medição tradicional em exames de sangue é altamente sensível a variações do momento da coleta. Situações cotidianas — como enfrentar um engarrafamento antes de ir ao laboratório — podem alterar significativamente os resultados. Além disso, os níveis de cortisol mudam ao longo do dia, acompanhando os ciclos circadianos, ou seja, o “relógio biológico” que regula nossas funções em um período de 24 horas, o que dificulta diagnósticos consistentes. A proposta da pesquisa é superar essas limitações utilizando o cabelo como matriz de análise. Trata-se de uma amostra não invasiva, que acumula não apenas cortisol, mas também outros glicocorticoides (hormônios produzidos pelas glândulas adrenais, acima dos rins), metais e poluentes. Cada centímetro de cabelo corresponde, em média, a um mês de registro biológico, permitindo que os pesquisadores realizem uma espécie de “linha do tempo” do estresse. Equipamento de espectrometria de massas MALDI-TOF, peça central do método inovador desenvolvido na UnB | Fotos: Arquivo pessoal/Juliano Alexandre Chaker Para viabilizar a análise, o grupo desenvolveu uma adaptação da técnica de espectrometria de massas MALDI-TOF (dessorção/ionização a laser assistida por matriz — tempo de voo, em inglês Matrix-Assisted Laser Desorption/Ionization — Time of Flight), um equipamento de alta precisão normalmente utilizado para estudar proteínas de alto peso molecular. O diferencial está no uso de nanopartículas de carbono como matriz ionizante, o que gera espectros mais limpos e possibilita a detecção de moléculas pequenas, como o cortisol, sem interferência de sinais sobrepostos. As amostras são aplicadas em placas específicas, que funcionam como suporte dentro do equipamento durante a leitura. Cada placa comporta centenas de pontos de análise e, uma vez posicionada no MALDI-TOF, os resultados são gerados em questão de segundos. Da coleta ao resultado em segundos O processo começa com a coleta de pequenas mechas de cabelo, que servem como amostra não invasiva. Em laboratório, o cortisol é extraído com solventes específicos, misturado às nanopartículas de carbono e aplicado em placas de análise. Cada placa comporta mais de 300 amostras e o equipamento processa cada uma em apenas cinco segundos, fornecendo resultados com altíssima precisão e em grande escala. Atualmente, o projeto se prepara para a fase de validação, que depende da aprovação do comitê de ética em pesquisa. A etapa prevê a coleta de amostras de cabelo de 50 voluntários, acompanhada de questionários sobre fatores de estresse. Os resultados obtidos com a técnica inovadora serão comparados a métodos de referência, como a cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas — técnica considerada padrão-ouro, que separa os componentes de uma amostra antes de analisá-los, garantindo alta precisão, embora demande mais tempo e custo. Professor Juliano Alexandre Chaker, coordenador do Laboratório de Nanotecnologia Verde (NaVe/UnB), onde desenvolve pesquisas em nanotecnologia aplicada ao diagnóstico de estresse e toxicologia Assim, o estudo busca não apenas demonstrar rapidez e acessibilidade, mas também a equivalência em relação às técnicas tradicionais já consolidadas. Impactos esperados Segundo o professor Juliano Chaker, o objetivo é oferecer uma metodologia confiável e de baixo custo, que possa futuramente ser disponibilizada como serviço técnico especializado. “O potencial é enorme. Além do estresse crônico, podemos aplicar o método na toxicologia clínica e forense, incluindo a detecção de drogas de abuso e agentes intoxicantes em exames de rotina”, explica. Com resultados rápidos e a possibilidade de análises retrospectivas — olhando para meses de acúmulo registrados no cabelo — a técnica pode apoiar desde políticas públicas de saúde mental até investigações criminais, com ganhos em tempo, custo e confiabilidade. Apoio institucional e rede de colaboração O projeto conta com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), por meio do Edital Learning 2023, que tem sido essencial para viabilizar bolsas, infraestrutura e atividades de pesquisa. “A FAPDF é fundamental para a vida do pesquisador no Distrito Federal. Sem esse apoio, seria inviável mantermos uma infraestrutura de ponta e formar novos talentos em áreas estratégicas como a nanotecnologia aplicada à saúde e ao meio ambiente”, afirma Juliano Chaker. A iniciativa é desenvolvida no Laboratório de Nanotecnologia Verde da Universidade de Brasília (UnB), coordenado pelos professores Juliano Alexandre Chaker e Marcelo Sousa, em parceria com programas de pós-graduação em Nanociência e Nanotecnologia da instituição. Além do fortalecimento acadêmico, o grupo mantém colaborações com órgãos como a Polícia Civil e a Polícia Federal, além de parcerias consolidadas em outros projetos com agências como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), ambas vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Essa rede de cooperação reforça o caráter multidisciplinar da pesquisa, ampliando suas perspectivas de aplicação tanto na saúde pública quanto na toxicologia forense e ambiental. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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Laboratório de Citogenética celebra 30 anos com emissão de 10 mil laudos
Os 30 anos do Laboratório de Citogenética do Hospital de Apoio de Brasília (HAB), celebrados nesta semana (16), chegam com um marco: a emissão de 10 mil laudos cariótipos. O exame serve para analisar os cromossomos, estruturas que carregam o material genético (DNA). Trata-se de uma ferramenta fundamental para o diagnóstico de doenças genéticas, como síndromes cromossômicas, infertilidade e certas formas de câncer. Esse resultado foi comemorado junto ao aniversário da unidade, ocasião que reuniu profissionais e estudantes em simpósio, onde foram apresentados dados históricos, estatísticos e técnicos acerca do serviço ofertado pela unidade de referência em genética e doenças raras. O exame de cariótipo é uma ferramenta fundamental para o diagnóstico de doenças genéticas, como síndromes cromossômicas, infertilidade e certas formas de câncer | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Até 2018, antes da implementação do Acordo de Gestão Regional (AGR) no HAB, 77% das coletas de células presentes no sangue ou em medula óssea resultavam na análise cromossômica e na emissão de laudo médico. Com a contratualização interna, o serviço passou a operar com um índice superior a 95%. [LEIA_TAMBEM]Além disso, a partir da aquisição do sistema de cariotipagem, em 2021, o prazo para entrega do resultado foi reduzido de 148 dias para até 36 dias. "A história do laboratório é bonita, de evolução, graças à dedicação da equipe. É um trabalho difícil, mas que todo mundo faz com muito amor", afirma a assessora técnica, Sinara Couto. A técnica administrativa Lourdes Leila, conhecida como Lurdinha, atua há 31 anos na Secretaria de Saúde (SES-DF) - todos dedicados ao HAB. Desde 2011, ela é a responsável pela marcação de consultas com os médicos dos Serviços de Referência em Doenças Raras. "A gente tem um carinho muito grande pelos pacientes (e eles por nós). A gente passa a sentir afeição. É muito bom participar de um grupo que se importa", conta. A grande mestra As três décadas da história do Laboratório de Citogenética do HAB têm origem no sonho da médica geneticista Maria Teresinha Cardoso. O serviço teve início, formalmente, em 1995 no Hospital de Base (HBDF). Em 2008, então, foi transferido para o HAB. A Unidade de Genética, que integra também os laboratórios de Biologia Molecular e de Triagem Neonatal, é reconhecida nacionalmente pelo pioneirismo e pela excelência. O Laboratório de Citogenética do HAB tem origem no sonho de Maria Teresinha Cardoso: "Fico feliz demais em saber que há continuadores de um serviço que fiz para o paciente e para a saúde do Brasil." Maria Teresinha, que se aposentou em 2024, segue atuando como voluntária na unidade hospitalar. Na segunda-feira (16), durante a homenagem, declarou que o empenho do corpo técnico é o motivo de sua alegria. "Fico feliz demais em saber que vocês serão os continuadores de um serviço que fiz para o paciente e para a saúde do Brasil. Todos trabalham com o coração", afirma. O Laboratório de Citogenética oferece o exame de cariótipo a toda a rede da SES-DF. Para a realização do exame, os pacientes devem ser atendidos pelos serviços de Onco-hematologia ou de Referência em Doenças Raras. *Com informações da SES-DF
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Hospital da Criança de Brasília é referência nacional no tratamento e cuidado a pacientes com doenças raras
O mundo da agente de saúde Geane Ilha, 40 anos, virou de ponta-cabeça quando ela descobriu, por meio do teste do pezinho, que o filho recém-nascido tinha fibrose cística. “Deu uma alteração, nos chamaram para repetir o exame dias depois, e aí começou a angústia”, lembra. “Fizeram o teste visual, que comprova a doença, e, quando Pedro Henrique estava com um mês e meio de vida, recebemos o diagnóstico e iniciamos o acompanhamento”. Hospital tem instalações completas e equipamentos com capacidade de tratar doenças raras de crianças | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Sem nenhum conhecimento sobre a enfermidade rara, Geane foi encaminhada ao Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e, logo na primeira consulta, teve certeza de que a saúde do filho seria garantida: “A equipe me acolheu de um jeito que até falo que são meus anjos. Me explicaram que, embora seja um problema raro, tem avanços no tratamento. No início, tínhamos que vir para as consultas todo mês, mas hoje é de três em três meses. E ele tem a vida de uma criança saudável”. Pedro Henrique, hoje com 4 anos, é um dos 72 pacientes com fibrose cística acompanhados pelo HCB atualmente. Referência nacional no tratamento e cuidado de doenças raras, a unidade hospitalar oferece uma série de programas específicos, que promovem atendimento humanizado, integral e multiprofissional de média e alta complexidade, a partir da confirmação do diagnóstico, com fornecimento de medicamentos, exames e consultas. Doenças complexas Lúcio Ilha, pai de Pedro (atrás, no colo da mãe, Geane), que faz tratamento no HCB: “Agradecemos a Deus todos os dias por ter esse hospital, é maravilhoso” Desde a inauguração, em novembro de 2011, até o final de abril deste ano, o HCB prestou mais de 8,2 milhões de atendimentos. Desses, destacam-se mais de 5,1 milhões de exames laboratoriais e mais de 1,2 milhão de consultas. Em cerca de 14 anos de história, foram mais de 587 mil diárias, 82 mil sessões de quimioterapia, 58 mil transfusões, 12 mil cirurgias ambulatoriais, 41 mil ecocardiogramas, 138 mil procedimentos de raios-X, 63 mil tomografias e 84 mil ultrassons, entre outros. “O Hospital da Criança é especializado em doenças raras e complexas da infância”, explica a diretora-executiva do HCB, Valdenize Tiziani. “Quanto mais atendemos, maior é a curva de aprendizagem da nossa equipe, que conta com pessoas especializadas em todas as áreas da medicina e que podem oferecer a melhor evidência científica no atendimento, tanto no diagnóstico como no tratamento.” Segundo Tiziani, a unidade fornece terapias individualizadas e dispõem de equipamentos de última geração, utilizados para promover o bem-estar dos pacientes. “Fazemos questão de que a criança seja realmente tratada como criança, e falamos, inclusive, que aqui brincar é coisa séria”, detalha a médica. “Então, conseguimos adotar as melhores e mais avançadas tecnologias para o tratamento e para a cura, ao mesmo tempo que entregamos humanização e compaixão”. Cuidado que faz a diferença Enfermidade de origem genética, a fibrose cística causa alteração nas glândulas exócrinas, que liberam o suor, lágrimas e saliva. Devido a isso, as secreções ficam mais densas e começam a obstruir principalmente pulmões, pâncreas e sistema digestivo, causando problemas progressivos. Quanto mais cedo é descoberta, melhor é a qualidade de vida do paciente. Valdenize Tiziani, diretora-executiva do HCB: “Quanto mais atendemos, maior é a curva de aprendizagem da nossa equipe, que conta com pessoas especializadas em todas as áreas da medicina e que podem oferecer a melhor evidência científica no atendimento, tanto no diagnóstico como no tratamento” No caso de Pedro, a agilidade no diagnóstico é decorrente do teste do pezinho, exame oferecido em toda a rede pública de saúde do DF e capaz de identificar até 62 doenças. “Se nós não tivéssemos descoberto logo no início, talvez ele teria tido algum problema e não ia dar tempo de tratar”, pontua Geane. “Hoje ele corre, brinca, não sente cansaço, faz tudo como uma criança saudável. Sou eternamente grata ao HCB”. Assim como as demais doenças raras, o tratamento da fibrose cística inclui atendimento multidisciplinar, exames de controle, medicamentos para uso domiciliar, consultas médicas, a depender da necessidade da criança e adolescente. “Agradecemos a Deus todos os dias por ter esse hospital, é maravilhoso”, comemora o pai de Pedro, o empresário Lúcio Daniel Ilha, 44. “Já pensamos em nos mudar daqui, mas a dúvida que fica é: ‘será que lá terá um lugar assim?’. Aqui tem tudo: psicólogo, assistente social, dentista, fisioterapeutas”. Especialidades [LEIA_TAMBEM]Reconhecido como 11º melhor hospital público do Brasil em 2022, o HCB também foi o primeiro hospital pediátrico do Centro-Oeste a conquistar a certificação de Acreditado com Excelência (Nível 3) da Organização Nacional de Acreditação (ONA), o mais alto nível de qualidade hospitalar. A unidade foi criada a partir de uma parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e a Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace). Destinada a atender exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de encaminhamento pela Central de Regulação da Secretaria de Saúde (SES-DF), a instituição é gerida pelo Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe). Entre as iniciativas, destacam-se o Programa de Reabilitação Intestinal Pediátrica (Prip) para pacientes com falência intestinal. São contemplados crianças e adolescentes que dependem do uso de nutrição parenteral total para sobreviver, devido à falta de capacidade do intestino de absorver os nutrientes da alimentação oral. Graças ao Prip, os pequenos podem seguir com o tratamento em casa e têm a chance de viver uma vida com mais normalidade. Atualmente, há sete pacientes internados com a condição e outros seis pacientes foram desospitalizados, com acesso completo ao tratamento domiciliar. Também há a oferta de transporte para pacientes com doença renal crônica em dias de hemodiálise. A ação evita faltas e atrasos, melhora a adesão ao tratamento, impedindo complicações decorrentes da ausência de terapia, além de otimizar a rotina do paciente e cuidadores. Há, ainda, a hemodiálise feita em casa, no período noturno, com todos os equipamentos e insumos custeados pelo HCB, com o objetivo de promover bem-estar e conforto ao paciente. Outro diferencial da unidade é a infraestrutura de ponta para diagnóstico e pesquisa de doenças raras, como o Biobanco, que armazena mais de 500 mil amostras biológicas, e a Unidade de Sequenciamento de Nova Geração, que permite avançar no mapeamento genético e na investigação de enfermidades complexas.
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