Novo acordo de cooperação favorece pesquisas na agropecuária
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e a Universidade de Brasília (UnB) formalizaram, nesta quinta-feira (4), um acordo de cooperação para fortalecer a inovação agropecuária no Distrito Federal e Entorno. A parceria integra o Parque Científico e Tecnológico da UnB e visa a estabelecer linhas de ação conjuntas para impulsionar pesquisa, modernização do campo, desenvolvimento de tecnologias e iniciativas voltadas à agricultura familiar. A reitora da UnB, Rozana Reigota Naves, entre o vice-presidente da FAPDF, Paulo Freitas Nunes; o presidente da Emater-DF, Cleison Duval; e o diretor do Parque Científico e Tecnológico da UnB, Renato Alves Borges: “Iniciativas como esta têm o potencial de reacender o desejo de construir um futuro melhor, pois aproximam a universidade de oportunidades reais de transformação” | Foto: Divulgação/Emater-DF O acordo reflete a união entre a expertise acadêmica e os conhecimentos práticos da extensão rural. A UnB, reconhecida também pela produção e formação científica, e a Emater-DF, com ampla capilaridade nas comunidades rurais, passam agora a compartilhar tecnologias, infraestrutura, dados, recursos humanos e projetos estratégicos na área de inovação agropecuária. “Esse acordo abre portas para desenvolvermos tecnologias, validarmos pesquisas, criarmos startups e buscarmos soluções para demandas que chegam todos os dias do campo” Cleison Duval, presidente da Emater-DF O acordo prevê uma incubadora de startups agtechs, eventos voltados ao ecossistema de inovação e o desenvolvimento de pesquisas aplicadas, com foco na transferência de tecnologia, automação, sustentabilidade e empreendedorismo rural. iniciativa também reforça a importância da pesquisa integrada com a prática no campo, especialmente em temas como automação, monitoramento de solo, manejo sustentável e processos de agregação de valor aos produtos. Busca de soluções [LEIA_TAMBEM]“O produtor precisa de soluções práticas, e muitas delas já existem dentro da universidade; só precisamos aproximar esses mundos”, ressaltou o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. “Esse acordo abre portas para desenvolvermos tecnologias, validarmos pesquisas, criarmos startups e buscarmos soluções para demandas que chegam todos os dias do campo. A Emater-DF já atua com pesquisa aplicada e validação de variedades da Embrapa, e agora teremos ainda mais condições de expandir esse trabalho.” Durante o evento de formalização do acordo, a reitora da UnB, Rozana Reigota Naves, lembrou que a parceria representa uma oportunidade concreta de aproximar inovação, pesquisa e formação profissional. “Vivemos uma queda preocupante na procura por vagas no ensino superior, um fenômeno nacional”, apontou. “Parte disso decorre da falta de perspectiva dos jovens. Iniciativas como esta têm o potencial de reacender o desejo de construir um futuro melhor, pois aproximam a universidade de oportunidades reais de transformação”. Durante a solenidade, além de técnicos da Emater-DF, professores da UnB e representantes do Governo do Distrito Federal (GDF) e parlamentares, estiveram presentes o vice-presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) Paulo Freitas Nunes, e o diretor do Parque Científico e Tecnológico da UnB, Renato Alves Borges. *Com informações da Emater-DF
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Jovens apresentam propostas de negócios em curso de empreendedorismo rural
Geleia de pimenta, linguiças defumadas, cachaças, pepino em conserva: essas foram algumas bases das propostas de negócios apresentadas pelos estudantes do Instituto Federal de Brasília (IFB) em Planaltina ao final do curso de empreendedorismo do projeto Filhos deste Solo, da Emater-DF. A atividade extraclasse contou com a participação de 65 alunos dos cursos de ciências agrárias e se encerrou na terça-feira (26), após cinco aulas. Para o médico-veterinário Carlos Goulart, da Gerência de Desenvolvimento Econômico (Gedec) da Emater-DF, o resultado do curso foi surpreendente. “Nas aulas expositivas, repassamos alguns conceitos básicos de empreendedorismo, como o cálculo de preços, avaliação de mercado, estratégias de marketing, ou seja, como se administra uma empresa”, explica. Na aula final, quando os grupos de jovens apresentaram os trabalhos, veio a surpresa. “Todos os trabalhos são ideias muito inteligentes, que foram mostradas de forma entusiasmada”, comemora o extensionista, que tem pós-graduação em gestão. A atividade extraclasse contou com a participação de 65 alunos dos cursos de ciências agrárias e se encerrou na terça-feira (26), após cinco aulas | Foto: Divulgação/Emater-DF Carlos Goulart aponta ainda que o objetivo principal da Emater-DF, ao oferecer essa capacitação, é mostrar ao jovem que é possível viver bem e ter renda na área rural. “Queremos fixar as famílias no campo, e para isso é necessário que os estudantes entendam a diferença entre produtor e empreendedor. E essa turma captou os conceitos de forma bastante satisfatória”, conclui Goulart. A assessora da direção da Emater-DF Adriana Dutra, que coordena o programa Filhos deste Solo, explica que os estudantes que desejarem investir na atividade proposta terão apoio da empresa: “Muitos deles são filhos de produtores ou trabalham em empreendimentos rurais, e essa é uma oportunidade de fazer o negócio progredir. É uma importante ação de sucessão familiar e desenvolvimento econômico e social das famílias rurais”. Essa foi a segunda turma formada em 2024 pelo projeto Filhos deste Solo, que, lançado pela Emater-DF em 2019, já formou mais de 350 jovens em empreendedorismo rural O professor Adilson Jayme, de gestão rural no IFB, também elogia o resultado do curso. “Foi muito além das nossas expectativas, os projetos apresentados. Para uma atividade de curta duração, o aproveitamento foi excelente”, avalia. A mesma opinião tem da professora de zootecnia Larissa Queiroz: “Acompanhamos a evolução tecnológica dos últimos 20 anos, e as ideias aqui mostradas estão bem de acordo com os tempos modernos, demonstrando viabilidade econômica e administrativa”. Além de linguiças, geleias, cachaça e conserva, outras propostas de negócio foram ranicultura (criação de rãs) e panificação. Todas as ideias foram apresentadas com cálculos financeiros de custo, lucratividade e estratégias de marketing, como páginas em redes sociais e vendas por WhatsApp. Essa foi a segunda turma formada em 2024 pelo projeto Filhos deste Solo, que, lançado pela Emater-DF em 2019, já formou mais de 350 jovens em empreendedorismo rural. *Com informações da Emater-DF
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Abertas inscrições para curso gratuito de empreendedorismo rural
Estão abertas as inscrições para o programa Filhos deste Solo. O curso gratuito orienta jovens rurais na condução de negócios bem-sucedidos, que possibilitem qualidade de vida para o jovem permanecer na área rural. A nova turma acontece entre os dias 24 e 28 de abril, das 13h30 às 17h50, no Campus de Planaltina do Instituto Federal de Brasília (IFB). Inscrições para o curso gratuito do programa Filhos deste Solo podem ser feitas até o dia 20 de abril | Foto: Divulgação/Emater São 80 vagas disponíveis para jovens entre 16 a 29 anos de idade, tanto para os alunos do IFB quanto para a comunidade. As inscrições são online e podem ser realizadas até o dia 20, por meio deste link. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os participantes serão orientados sobre temas como políticas públicas, associativismo e cooperativismo, além de montagem de plano de negócio. A formação tem carga horária de 20h e será emitido certificado aos participantes. “A Emater-DF se preocupa com o jovem rural, para que ele possa crescer e empreender no campo com uma visão mais ampla das oportunidades. Essa parceria com o IFB tem trazido resultados muito positivos para os jovens que já participaram. Já temos casos de sucesso de jovens que estão tocando o próprio negócios no campo”, afirma o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. “Esse é o nosso objetivo com o programa Filhos deste Solo, dar ferramentas para que o jovem construa um futuro melhor no campo, com qualidade de vida e renda justa”, completa. *Com informações da Emater
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Empreendedores rurais vão à 3ª etapa do Start BSB
Yara Ballarini é mestre em Ecologia e mora em núcleo rural do Lago Norte / / Foto: Divulgação/Emater-DF A inovação brotou no campo do Distrito Federal. Dois moradores de áreas rurais que participaram do programa de empreendedorismo e sucessão rural Filhos deste Solo, da Emater-DF, tiveram seus projetos de novos produtos selecionados para a terceira fase do programa de incentivo a negócios inovadores Start BSB. Ambos têm curso superior com formação acadêmica ligada a atividades econômicas rurais. São eles: Yara Ballarini, 30 anos, que inscreveu seu projeto de produção de cogumelos comestíveis e medicinais; e Sérgio da Costa Júnior, 33 anos, que está investindo no projeto de adubação orgânica peletizada ou capsulada. Ambos residem em núcleos rurais. Promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), com apoio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, e operado pela Fundação Certi, o programa Sart BSB teve cerca de 200 projetos aprovados nesta fase. Desse total, 194 são provenientes do Distrito Federal, 5 são do estado de Goiás; e um é Minas Gerais. Ao final do programa, até 50 projetos serão contemplados. Cada ganhará até R$ 70 mil em subvenção econômica, até R$ 42 mil em bolsa de apoio a P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e outros benefícios oferecidos por parceiros do programa. Ainda, durante seis meses, os escolhidos passarão por um processo de acompanhamento com suporte e capacitação para transformar suas ideias em empreendimentos de sucesso. Protagonismo rural [Olho texto=”Temos acompanhado os escolhidos em todas as etapas e, para a próxima fase, vamos apoiá-los na construção do Projeto de Fomento” assinatura=”Adriana Dutra, coordenadora do programa Filhos deste Sol” esquerda_direita_centro=””] A coordenadora do Filhos deste Solo, Adriana Dutra, explicou que, no primeiro momento, o papel da Emater-DF, enquanto incentivadora do empreendedorismo no campo, foi levar o Start BSB ao conhecimento dos participantes, com o objetivo de incentivar o protagonismo do empreendedor rural. “Feito isso, e encorajando-os a participar do processo seletivo, passou-se à leitura minuciosa do edital a fim de avaliar, conjuntamente, as características de cada empreendimento, bem como reconhecer as fortalezas que os sustentam. Temos acompanhado os selecionados em todas as etapas e, para a próxima fase, vamos apoiá-los na construção do projeto de fomento”, ressaltou a coordenadora. Próximos passos Com a vaga garantida para a última fase de seleção do Star BSB, as equipes deverão elaborar e submeter até o dia 24 de fevereiro um projeto de fomento, com apresentação detalhada do orçamento e do planejamento de execução. Assim, como nas demais fases do Start BSB, os aprovados terão acesso à capacitação on-line e a um workshop presencial que auxiliará na elaboração de um projeto objetivo e de acordo com as regras do edital. Conheça um pouco mais sobre os projetos selecionados: Adubação orgânica capsulada Adubação orgânica capsulada foi elaborada em parceria por Sérgio da Costa Júnior, estudante de Agronomia na UnB e morador da área rural da Fercal Oeste / Foto: Divulgação/Emater-DF Sérgio da Costa Júnior é agroecólogo e estudante de Agronomia da Universidade de Brasília (UnB). Elaborada em parceria com outros estudantes, a proposta visa a elaboração de adubos orgânicos em formulação que atenda a necessidade nutricional das plantas e se adapte ao maquinário agrícola por meio da capsulação (processo que transforma ou envolve os produtos em cápsula) ou peletização (transformação de biomassa em blocos compactos com diversas dimensões). Morador da Colônia Agrícola Catingueiro, área rural da Fercal Oeste, Costa Júnior afirma que, por meio da técnica de peletização, é possível reduzir o volume dos adubos orgânicos. Um de seus sonhos é se tornar um multiplicador de conhecimentos agroecológicos. Caso seu projeto chegue à final, ele pretende criar uma empresa para elaboração e comercialização do adubo. Cogumelos comestíveis Bióloga com mestrado em Ecologia, Yara Ballarini apresentou no Start BSB o projeto Caliandra Cogumelos. Moradora no Núcleo Rural Córrego do Urubu, região do Lago Norte, seu negócio está situado em propriedade com vegetação nativa preservada e certificado de produção orgânica pela OPAC Cerrado, entidade certificadora ligada ao Sindicato dos Produtores Orgânicos do Distrito Federal (Sindiorgânico). Yara utiliza energia solar em sua produção e destina seus resíduos para reciclagem. No local, a pós-graduada produz cogumelos comestíveis e medicinais orgânicos a partir da técnica chinesa Jun Cao, que utiliza rejeitos da agricultura, a exemplo de capim e serragem, para a produção de alimentos com alto valor nutricional e baixo custo. O Programa O Programa Start BSB visa contribuir para o estabelecimento de ponte entre academia e mercado no Distrito Federal, tendo em vista que muitas ideias são provenientes de pesquisadores da universidade, tanto de cursos de graduação como de pós-graduação. Além disso, o programa tem como objetivo impulsionar o empreendedorismo inovador e acelerar o desenvolvimento do ecossistema de inovação do DF e entorno possibilitando o desenvolvimento e o intercâmbio de conhecimentos e tecnologias. * Com informações da Emater-DF
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Emater-DF estimula jovens a empreender no campo
Com o objetivo de desenvolver ações conjuntas para implementar um programa de inclusão socioeconômica para jovens rurais, a Emater-DF e a Associação dos Jovens Empresários do Distrito Federal (AJEDF) assinaram, nesta quarta-feira (22), um protocolo de intenções. Durante o encontro, realizado na sede da empresa, a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, ressaltou que a parceria visa gerar experiências e oportunidades empreendedoras para filhos de produtores da capital. “Esse é mais um passo que o programa Filhos deste Solo dá, com objetivo de levar um olhar diferenciado sobre empreendedorismo para os jovens do campo. Estamos batalhando por estes meninos, para que eles possam trabalhar com a terra, produzindo com qualidade, gerando renda, se desenvolvendo e se realizando em seus negócios próprios”, disse Denise. O presidente da AJE, Ronan Pires, afirmou que a associação vai trabalhar junto com a Emater-DF para que os jovens do campo percebam as variadas possibilidades de empreender. “À medida que ele descobre as possibilidades dentro da área rural e a proporção nacional e internacional que seu negócio pode ter, a realidade começa a mudar”, destacou. Segundo a coordenadora do programa Filhos deste Solo da Emater-DF, Adriana Dutra, a ideia é fomentar a participação dos jovens no agronegócio e ampliar a cosmovisão deles quanto às possibilidades de empreendedorismo juvenil. “Queremos envolvê-los em rodas de conversa, oficinas, capacitações, feiras e até fortalecer a rede de relacionamento com jovens de outros países.” A partir de agora, a Emater-DF e a AJE trabalharão de forma articulada para buscar alternativas de custeamento das ações previstas para implementação do programa, que consiste na qualificação de jovens do campo em empreendedorismo rural. Filhos deste Solo O programa de empreendedorismo rural da Emater-DF Filhos deste Solo tem como objetivo apoiar a permanência dos jovens no campo, com condições dignas, por meio de incentivo na condução de negócios bem-sucedidos, dotando-os de competências e habilidades, com novas perspectivas culturais, sociais e empreendedoras dentro da própria comunidade. * Com informações da Emater-DF
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Jovens de áreas rurais vão à 2ª etapa de prêmio internacional
Quatro jovens empreendedores que participaram de programa de empreendedorismo Filhos deste Solo, capitaneado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) a partir da Emater-DF, foram selecionados para a segunda fase do Prêmio Juventude Rural Inovadora na América Latina e no Caribe. Para participar, os projetos deviam apresentar soluções que constituam exemplos de boas práticas e tecnologias aplicadas na resolução de questões relativas à área rural, em especial dos pequenos agricultores locais. O prêmio é uma iniciativa do Centro de Conhecimentos e Cooperação Sul-Sul do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) e é cofinanciado pelo governo da China. O Fida atua em todo o mundo incentivando a produção de pequenos agricultores e atuando na luta contra a pobreza e busca identificar, recompensar e disseminar iniciativas inovadoras e sustentáveis de jovens de países da América Latina e do Caribe. Os projetos Conheça as iniciativas de Cleiton Neves, 25 anos; Yara Balliarini, 30; Karina da Silva, 27 anos; e Vitor Hugo Moraes de Lima, 35 anos, os aprovados para a segunda etapa do prêmio. Educação ambiental Morador do Núcleo Rural Córrego do Atoleiro, em Planaltina-DF, Cleiton Neves, que é técnico em agropecuária, decidiu investir em 600 metros quadrados de terra cedidos pela mãe. No local, batizado de Viveiro E.M, além de comercializar mudas nativas do Cerrado, ele planeja fazer um trabalho de educação ambiental, incentivando as pessoas a reciclar o lixo. Por meio de um cartão fidelidade, cada quilo de resíduo como casca de ovo, borra de café e casca de banana, acompanhado de uma garrafa pet vazia, vai dá direito a uma muda de planta nativa. O material, que seria descartado em lixo comum, vira adubo para suas plantas e a garrafa pet servirá de vaso para os meses iniciais da muda. “Um dos objetivos é poder contribuir com o meio ambiente, com a coleta seletiva e a conscientização das pessoas. Com a iniciativa, eu ganho e todos ganham”, apontou. Cogumelos comestíveis Bióloga com mestrado em ecologia, Yara Ballarini apresentou no prêmio o projeto Caliandra Cogumelos, que produz tanto os comestíveis quanto os medicinais orgânicos a partir da técnica chinesa Jun Cao – que visa o uso de rejeitos da agricultura para a produção de alimentos. Foto: Emater-DF A partir de capim, serragem e outros rejeitos é possível produzir alimentos de alto valor nutricional com baixo custo. “A utilização de rejeitos de outras culturas proporciona engajar a comunidade produtiva, gerar renda alternativa e diminuir problemas de destinação de resíduos orgânicos”, acrescenta. Moradora no Núcleo Rural Córrego do Urubu, região do Lago Norte, após fazer o curso de empreendedorismo Filhos deste Solo, da Emater-DF, ela conta ter organizado as ideias e colocado em prática o projeto. “Eu estava estudando muito pela internet, mas eu não tinha achado ainda um curso voltado para o empreendedorismo rural – que é diferente e tem muitas particularidades. E esse realmente abordou essas particularidades”, ressaltou. Segundo ela, a principal motivação foi entender que é possível unir agricultura, meio ambiente e desenvolvimento sustentável em um projeto de empreendedorismo. “Me inscrevi no prêmio para ter ajuda para desenvolver esse sonho. […] Os cogumelos têm tudo a ver com o desenvolvimento sustentável. A gente tem energia solar e a estrutura da estufa é construída com material reciclável, tipo caixa de leite moída e prensada”, contou Yara, que também tem o auxílio da Universidade de Brasília e do Sebrae. A Caliandra cogumelos está situada em propriedade com vegetação nativa preservada com certificado de produção orgânica pela OPAC Cerrado, utiliza energia solar para produção e destina seus resíduos para reciclagem. BarberTruck Pensando na comunidade rural da região do Pipiripau, em Planaltina-DF, Karina da Silva e o marido, David Machado de Oliveira, 24 anos, desenvolveram o Callai Barber Truck. A ideia inicial era sair pelas áreas rurais do Distrito Federal levando serviços de corte de cabelo e manicure para evitar gastos da população com deslocamentos. No entanto, a demanda no Pipiripau foi tanta que o BarberTruck acabou ficando apenas na região. Foto: Emater-DF A ideia de se inscrever no prêmio surgiu por incentivo da Emater-DF. De acordo com Karina, a seleção para a segunda etapa do prêmio trouxe inspiração. “Recebemos o resultado da primeira etapa com satisfação, principalmente em saber que não somos os únicos a acreditar no nosso projeto. Vai ser muito bom aprender mais com os demais participantes, poder aprimorar e expandir nosso projeto”, disse. Aquaponia com bambu Por meio da iniciativa do Sistema de Aquaponia com Monitoramento Remoto em Estrutura Alternativa de Bambu, Vitor Hugo, que é artesão e construtor de arte design em bambu, conseguiu também conseguiu ser aprovado para a segunda etapa. Junto aos projetos de da Bamburiti, que trabalha com agroecologia, ele desenvolve bicicletas elétricas e estruturas rurais construídas com bambu para agricultores familiares. “O bambu é um parceiro ambiental, leve e resistente, é uma matéria-prima bem peculiar. Abundante e de baixo custo, ultimamente tem agregado valor aos produtos finais”, ressalta Vitor Hugo. Com estrutura de viveiro e calhas construídas com bambu e monitoramento e automação eletrônica, o sistema é uma alternativa para o desenvolvimento rural sustentável na produção alimentícia da agricultura familiar. Na aquaponia, a ideia é alimentar os peixes e utilizar seus excrementos que são ricos em nutrientes para alimentar as plantas, que por sua vez filtram a água para o peixe. Foto: Emater-DF Em 2018, a Bamburiti desenvolveu um temporizador de baixo custo configurável via aplicativo de celular e monitoramentos das variáveis via navegador de internet. A tecnologia, de acordo com Vitor Hugo, se aplica à agricultura familiar e funciona como monitoramento e controle da aquaponia. Empreendedorismo rural O programa de empreendedorismo rural Filhos deste solo tem como objetivo apoiar a permanência dos jovens no campo, com condições dignas, por meio de incentivo na condução de negócios bem-sucedidos, dotando-os de competências e habilidades, com novas perspectivas culturais, sociais e empreendedoras dentro da própria comunidade. * Com informações da Emater-DF
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Emater-DF incentiva filho de produtor a investir no campo
Foi numa área de 600 metros quadrados no Núcleo Rural Córrego do Atoleiro, em Planaltina, que Cleiton Neves Elias, de 25 anos, começou a pôr em prática seu desejo de ser empreendedor rural. Ele fez curso de técnico em agroindústria no Instituto Federal de Brasília (IFB) e pelo programa Filhos deste Solo, da Emater-DF. Além do desejo de empreender, a necessidade de ajudar a mãe, Ivani Mariana Neves Elias, 53 anos, na terra dela – e, no futuro, poder fazer essa sucessão, aumentou dentro do jovem do campo. Dona Ivani tem dois hectares, mas cedeu parte do terreno para ele cultivar mudas e insumos orgânicos. Inicialmente, está investindo em plantas nativas do Cerrado, ornamentais, Pancs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) e insumos. Foi no programa Filhos deste Solo que ele diz ter ampliado os horizontes para o empreendedorismo e começado a controlar seus gastos. “O curso me proporcionou ter total controle dos meus gastos, além de acesso a uma network que viabilizou visitarmos propriedades de sucesso, pegar informações importantes e divulgar um pouco do meu produto. Foi extremamente importante para mim”, conta Cleiton. O projeto, que teve andamento na atual gestão, está alinhado ao Plano Estratégico do Governo do Distrito Federal no âmbito do desenvolvimento econômico – com oportunidade de emprego e renda, além da melhoria no ambiente de negócio. A iniciativa também está contemplada no lado social, com objetivo de reduzir desigualdades por meio da geração de renda. Foto: Emater-DF/Divulgação Entre suas cultivares, Cleiton possui plantas do Cerrado e de outros ecossistemas, como o tamboril, barriguda, araçá, graviola, aroeira-pimenteira, cacau, cereja gaúcha, pau-ferro, cajá, café vermelho, buriti, açaí, ingá, vinagreira e ipês branco, amarelo e rosa. “Ainda estou adaptando, organizando o viveiro, colocando os nomes científicos das ornamentais”, explicou Cleiton. As Pancs fazem parte do cultivo de sua mãe, mas que estão recebendo grande parte da sua atenção, por serem nelas que dona Ivani investe com maior propriedade e espera ter retorno. O curso presencial de empreendedorismo Filhos deste Solo formou dez turmas com alunos dos núcleos rurais da Taquara, Tabatinga, Pipiripau, PAD-DF, IFB de Planaltina, Brazlândia, Jardim II e Rio Preto, totalizando 207 jovens da área rural beneficiados. Para a presidente da Emater-DF, Denise Fonseca, o projeto engrandece o campo e visa mostrar as diversas possibilidades que os jovens podem encontrar na área rural. * Com informações da Emater-DF
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Emater-DF dará curso para estimular manutenção do jovem no campo
Os jovens filhos de produtores rurais vão às metrópoles estudar e muitos não voltam mais ao campo – a não para visitar os pais. Para dar essa turma entusiasmo com o trabalho rural, dando-lhe condições dignas para viver, empreender e se desenvolver, a Emater-DF está trabalhando o programa Juventude e sucessão rural – filhos deste solo. O projeto também visa deixar um legado de formação de uma geração empreendedora, além de implantar novos modelos produtivos para facilitar cada vez mais o trabalho no meio rural. Nesta semana, a empresa fechou parceria com o Instituto Federal de Brasília (IFB) e, em agosto, lança um curso dirigido para o público de 18 a 29 anos que tenha algum vínculo com propriedades rurais. A duração do curso será de 40h e os jovens terão aprendizado teórico sobre empreendedorismo e gestão, bem como um período prático. As inscrições para as primeiras turmas de formação serão abertas no dia 10 de julho e serão encerradas em 9 de agosto, pelo site da Emater-DF ou nos escritórios da empresa. A Emater-DF ainda busca parcerias e forma de auxiliar os jovens nos custos durante o curso. De acordo com o coordenador do programa, Roberto Bemfica Rubin, foram criadas 200 vagas para este ano na formação de jovens empreendedores rurais, com a expectativa de novos projetos implantados ainda neste ano. O reitor do IFB, Wilson Conciani, elogiou a iniciativa e disse que a instituição “está de portas abertas para apoiar o programa, tanto com a formulação dos conteúdos do curso, quanto com a participação dos seus estudantes, especialmente do campus Planaltina”. Filhos deste solo O projeto Filhos deste solo também prevê transformar ideias apresentadas pelos jovens em planos de negócios, com um concurso que reconhecerá os dez melhores. A previsão é de que seja distribuída uma premiação em dinheiro aos vencedores, para que transformem os projetos em realidade. Essa etapa ocorrerá no próximo ano. O projeto também é apoiado pelos deputados distritais Fábio Félix (PSOL), com emenda parlamentar para a formação dos jovens e técnicos da Emater-DF, e Rodrigo Delmasso (PRB), com a criação do prêmio Jovem Empreendedor Rural Filhos deste solo. O prêmio será oferecido pela Câmara Legislativa do DF aos dez melhores projetos elaborados pelos jovens participantes. Haverá ainda uma Feira de Negócios, que pretende reunir os jovens empreendedores com empresários dispostos a investir nas propostas desenvolvidas durante o projeto. A primeira edição da feira deve ocorrer na AgroBrasília de 2021.
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