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projeto Mulheres Inspiradoras

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Trajetória de professora inspira filme ao transformar vidas na rede pública do DF

A educação encontrou na professora Gina Vieira Ponte uma aliada que transcende as barreiras da sala de aula. Nascida em Ceilândia, filha de pais trabalhadores e com uma trajetória marcada por adversidades, Gina decidiu, ainda jovem, que faria das escolas públicas do Distrito Federal um espaço de transformação. Inspirada por sua mãe, dona Djanira, que sempre lhe ensinou a importância de ser independente, e por uma professora que mudou sua perspectiva de vida, Gina trilhou um caminho que hoje inspira estudantes, colegas e até o cinema nacional. A professora Gina Vieira diz que criou o projeto para que as meninas pudessem enxergar o aprendizado para possibilidade de superação de dificuldades; o vice-diretor do CEF 12 de Ceilândia à época do projeto, Rosevaldo Queiroz, diz que a iniciativa foi revolucionária na escola | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Foi em 2014, no Centro Ensino Fundamental (CEF) 12 de Ceilândia, que Gina deu vida ao projeto Mulheres Inspiradoras, uma iniciativa que começou com a inquietação de uma professora preocupada com a falta de engajamento dos jovens com a escola e o aprendizado. Em um mundo onde os exemplos femininos muitas vezes reforçam estereótipos, Gina propôs algo diferente: apresentar histórias de mulheres que romperam barreiras e construir, junto aos alunos, narrativas de superação e empoderamento. “Eu criei o projeto porque estava cansada de ver meninas abandonarem a escola diante de tantas dificuldades. Queria que elas pudessem enxergar o aprendizado como uma possibilidade para superarem as circunstâncias e dificuldades que viviam naquele momento”, compartilha a professora. Uma jornada de superação e aprendizado “Tenho muito orgulho em ver professores na nossa rede pública de ensino, meus colegas, como a professora Gina Vieira, se tornarem referências e história de filmes. Isso evidencia a alta qualificação dos profissionais que temos dentro das nossas escolas, capazes de potencializar o desempenho dos nossos estudantes” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Ainda no início, o projeto enfrentou resistência — muitos alunos não acreditavam na própria capacidade de escrever. “Era um momento desafiador, mas também visceral para mim. A prática pedagógica tinha que ser diferente para que fizesse sentido para eles”, explica Gina. O projeto envolveu desde a leitura de obras de grandes escritoras até a produção de biografias de mulheres inspiradoras, tanto figuras públicas quanto heroínas anônimas do dia a dia dos estudantes. A iniciativa, que começou com cinco turmas de adolescentes, logo se expandiu, alcançando a marca de 50 escolas e sendo reconhecida nacional e internacionalmente. “Foi uma experiência muito produtiva do ponto de vista da aprendizagem. É um projeto fruto de muito estudo e pesquisa. É impossível trabalhar em escola pública de periferia sem lidar com situações de violação de direitos, e a minha prática pedagógica não poderia ser indiferente a isso. Ao todo, foram 20 prêmios nacionais e internacionais que reconhecem o sucesso do projeto”, revela. “O projeto Mulheres Inspiradoras, criado pela professora Gina auxilia na construção de uma cultura que promove valores e atitudes que garantem o respeito aos direitos das mulheres em todos os âmbitos da sociedade”, destaca a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. Impacto além dos muros da escola Reconhecido dentro e fora do Brasil, o projeto criado pela professora Gina Vieira envolveu desde a leitura de obras de grandes escritoras até a produção de biografias de mulheres inspiradoras O vice-diretor do CEF 12 de Ceilândia à época do projeto, Rosevaldo Queiroz, testemunhou o bom desempenho dos alunos após a implementação da iniciativa. “O projeto mudou mentalidades, especialmente ao mostrar que as mulheres inspiradoras estavam não apenas nos livros, mas ao lado deles, nas suas famílias. Era algo revolucionário para uma escola que enfrentava desafios entre os alunos.” Prova do sucesso do projeto, os resultados logo começaram a aparecer. Em 2015, o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) da escola alcançou a meta projetada para 2021, segundo o então vice-diretor. Uma história que chega ao cinema Em breve, a história de Gina e de seu projeto será representada nas telas dos cinemas brasileiros. Ainda em fase de gravação, o longa-metragem, dirigido pelo cineasta brasiliense Cristiano Vieira, é uma obra ficcional com base em experiências narradas pela professora. “Começamos na produtora com o objetivo de contar histórias de Brasília. Eu soube da Gina e fiquei impactado com o projeto dela”, conta o diretor. “O filme não é a representação literal da minha história. É uma obra de ficção e 90% do que está ali foi o que aconteceu de fato, mas para construir uma história coesa e verossímil a gente usou a licença poética. É um compilado das minhas experiências pedagógicas ao longo de 30 anos como professora”, revela Gina. De acordo com a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, a alta visibilidade do projeto Mulheres Inspiradoras revela bons profissionais que integram o quadro da pasta: “Tenho muito orgulho em ver professores na nossa rede pública de ensino, meus colegas, como a professora Gina Vieira, se tornarem referências e história de filmes. Isso evidencia a alta qualificação dos profissionais que temos dentro das nossas escolas, capazes de potencializar o desempenho dos nossos estudantes. O filme também é uma oportunidade de reconhecer a importância da carreira docente e de fortalecer a escola pública”. Com lançamento previsto para o próximo ano, o filme busca participar de festivais de cinema. “A ideia é que o filme tenha a duração de cerca de 1h40 e o lançamento seja no segundo semestre de 2025”, revela Cristiano.

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Alunos do Gama levam teoria da sala de aula para o palco

Com atividades de música, teatro, artes plásticas e literatura, alunos do Centro de Ensino Fundamental 15 (CEF 15) do Gama levaram da sala de aula para o palco o que aprenderam sobre a Revolução Farroupilha. Com teatro e música, estudantes do Centro de Ensino Fundamental 15 abordaram a Revolução Farroupilha e homenagearam Anita Garibaldi em apresentação no Palácio do Buriti. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília Centrados na figura de Anita Garibaldi e por meio do projeto Mulheres Inspiradoras, os estudantes apresentaram-se no Palácio do Buriti, na tarde desta quarta-feira (7). Na área musical, os próprios alunos, instruídos pelos professores de música da escola, compuseram uma canção inspirada na história da revolucionária catarinense. O espetáculo incluiu ainda orquestra de cordas e apresentação de dança. Durante o evento, foram expostas pinturas em tela com a imagem de Anita Garibaldi e exibido gibi sobre a Revolução Farroupilha produzido pelos estudantes com integração das áreas de artes, história e português. [Olho texto=””Nossa escola já foi muito ruim quanto à violência e ao desempenho escolar. Hoje, é referência em educação integral”” assinatura=”Ana Moitinho, diretora do CEF 15 do Gama” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para a diretora do CEF 15 do Gama, Ana Élen Ferreira Moitinho, a apresentação é um atestado da melhoria de ensino na unidade. “Nossa escola já foi muito ruim quanto à violência e ao desempenho escolar. Hoje, é referência em educação integral. É muito gratificante mostrar o empenho dos alunos e professores”, avaliou. Ao fim da manifestação cultural, os estudantes narraram a história de Anita Garibaldi em uma peça teatral e encerraram com homenagem a outras mulheres consideradas inspiradoras, como Maria da Penha, Dandara Palmares e Marielle Franco. A iniciativa — da Aliança das Mulheres que Amam Brasília (AmaBrasília), em parceria com a Secretaria de Educação — também entregou prêmios de honra a membros da escola e a representantes da associação, como a presidente, Cosete Ramos, e a presidente de honra, Márcia Rollemberg. Edição: Amanda Martimon

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No mês da mulher, moradoras de Ceilândia debatem prevenção à violência

Para compartilhar conhecimentos sobre o combate à violência de gênero, o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) de Ceilândia promoverá mesa-redonda com representantes do governo de Brasília nesta quinta-feira (22), às 10 horas. A chefe do centro, Erika Laurindo, ressalta o valor do tema para a população local. “As mulheres de Ceilândia vivem uma realidade específica. Essa é uma oportunidade de levarmos esses pontos de vista para o debate com os participantes.” [Olho texto='”As mulheres de Ceilândia vivem uma realidade específica”‘ assinatura=”Erika Laurindo, chefe do Ceam de Ceilândia” esquerda_direita_centro=”direita”] Além de Erika, estarão presentes a delegada-chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), Sandra Melo, e a professora Gina Vieira, representante da Secretaria de Educação e idealizadora do projeto Mulheres Inspiradoras. Elas discutirão o tema com representantes das Procuradorias da Mulher da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Durante a mesa-redonda, a unidade móvel da Deam estará disponível para atendimentos. A agenda em Ceilândia é parte do projeto Pauta Feminina, iniciativa das duas procuradorias do Legislativo federal. Uma vez por mês, reuniões sobre o espaço da mulher na sociedade são organizadas no Congresso Nacional. Em março, como parte das celebrações do mês da mulher da Procuradoria do Senado, o encontro foi marcado em Ceilândia. Brasília tem política pública de prevenção à violência contra mulheres Para diminuir a incidência de casos de assédio e de estupros, Brasília participa, desde novembro de 2017, da campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, da Organização das Nações Unidas (ONU). [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Além disso, o governo local tem o Comitê Intersetorial para o Combate à Violência Sexual no DF, que trabalha com mapeamento de medidas de combate efetivo ao estupro e ao assédio. Com isso, novas ações são implementadas. Mesmo com o menor índice de homicídio dos últimos 29 anos, o Distrito Federal tem apresentado aumento dos registros de estupros. Em 2017, foram 92% a mais de denúncias que no ano anterior. O incremento das notificações se explica, em parte, porque mais pessoas denunciam o crime em novos espaços criados, além das delegacias policiais. Elas o fazem por entender que a violência sexual tem de ser atendida em unidades psicossociais e de saúde. Mesa-redonda A voz das mulheres no combate à violência doméstica 22 de março (quinta-feira) Às 10 horas No Centro Especializado de Atendimento à Mulher de Ceilândia (QNM 2, Conjunto F, Lotes 1/3) Entrada livre Edição: Vannildo Mendes

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Brasília Cidadã é reconhecido em edição inédita do WED

Dez mulheres consideradas empoderadas e empreendedoras foram homenageadas no Women’s Entrepreneurship Day (WED), que ocorreu pela primeira vez no Brasil nesta sexta-feira (17). A colaboradora do governo de Brasília Márcia Rollemberg, idealizadora do programa Brasília Cidadã, recebeu o prêmio Ação Social. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília A colaboradora do governo de Brasília, Márcia Rollemberg, recebeu o prêmio na categoria Ação Social por ter idealizado o programa Brasília Cidadã, iniciativa que fomenta a integração de políticas públicas, ações voluntárias, mecanismos de participação e controle social. “Uma Brasília mais cidadã porque tem pessoas que gostam da cidade e que trabalham por uma cidade de criação coletiva, participam, são solidárias, esse é o espírito”, resumiu Márcia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A colaboradora do governo destacou o carro-chefe do Brasília Cidadã, o Portal do Voluntariado, que “tem mais de 200 projetos ‘linkando’ quem precisa de ajuda com quem quer ajudar”. Márcia falou também sobre o Mulheres Inspiradoras, projeto da professora Gina Vieira Ponte, uma das dez homenageadas. “Ambos falam dessa Brasília cidadã, do empoderamento das mulheres, dos direitos das crianças, dos adolescentes. Essa rede vai ter uma grande repercussão, porque a gente tem uma cidade com várias empreendedoras sociais.” Gina Vieira Ponte, professora da rede pública do DF, atua na área de conscientização sobre equidade, recebeu o prêmio Incentivo e Conscientização de Jovens. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília O governador Rodrigo Rollemberg prestigiou o evento e a homenagem à esposa, no Centro Universitário Iesb, na Asa Sul. “As mulheres estão ocupando um espaço cada vez maior no empreendedorismo em Brasília e no Brasil. A gente fica feliz com esse reconhecimento”. Ele lembrou que a homenagem ocorre na Semana Global do Empreendedorismo. Reconhecida na categoria Incentivo e Conscientização de Jovens, com o projeto Mulheres Inspiradoras, a professora Gina Vieira Ponte fez um agradecimento à mãe, sua maior inspiração. “A coisa mais bonita que ela fez por mim foi garantir meu direito à educação, em uma época em que as mulheres negras eram tiradas de sala de aula para trabalhar como empregada doméstica. Não tem empoderamento feminino sem falar em educação.” O Mulheres Inspiradoras leva para alunos da rede pública reflexões sobre igualdade de gênero, representação da mulher na mídia e violência contra a mulher, entre outros temas.  As homenageadas por categoria foram: Ação Social: colaboradora do governo de Brasília Márcia Rollemberg, idealizadora do programa Brasília Cidadã Alcance Nacional: Carla Amorim, idealizadora e produtora de joias e artefatos Atuação Pioneira no Brasil: senadora Eunice Michilles, primeira senadora mulher no Brasil Destaque Jurídico: Ana Frazão, advogada e professora de direito civil e comercial da Universidade de Brasília (UnB) e ex-conselheira do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Incentivo e Conscientização de Jovens: Gina Vieira Ponte, professora da rede pública do DF e atua na área de conscientização sobre equidade Incentivo e Investimento Educacional: Eda Machado, fundadora e reitora do Centro Universitário Iesb Incentivo e Produção de Artesanato: Kátia Ferreira, fundadora da marca Apoena Inovação de Mercado: Camila Farani, presidente do Gávea Angels e cofundadora do Mulheres Investidoras Anjo (MIA) Jornalismo e Distribuição de Informação: Mara Regia, idealizadora do projeto Viva Maria e jornalista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) Tecnologia de Informação e Comunicação: Priscila Gama, fundadora e idealizadora do aplicativo Malalai Criado em 2014 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e parceiros, o dia mundial do empreendedorismo feminino, oficialmente celebrado em 19 de novembro, incentiva as mulheres a assumirem protagonismo no mercado de trabalho empreendedor. O evento mundial WED foi criado por Wendy Diamond, empreendedora social e humanitária. A edição brasileira é organizada pela embaixadora do projeto na América Latina, Cristina Castro Lucas. Edição: Raquel Flores

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Estudantes do Gama apresentam trabalhos sobre equidade de gênero

O governador Rodrigo Rollemberg e sua esposa, Márcia, participaram, na manhã deste sábado (11), da 9ª Feira Cultural do Centro de Ensino Fundamental 15 (CEF 15), no Gama, que teve como tema o projeto Mulheres Inspiradoras – A Vez e a Voz da Mulher Contemporânea. Feira cultural ocorreu na manhã deste sábado (11) no Centro de Ensino Fundamental 15, no Gama, que teve como tema o projeto Mulheres Inspiradoras. O governador Rollemberg participou do evento, que também homenageou sua esposa, Márcia Rollemberg. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília A iniciativa ensina noções básicas de direitos femininos nas escolas públicas do Distrito Federal ao abordar temas como empoderamento feminino, machismo nas escolas, equidade de gênero, representação feminina na mídia, combate à violência contra a mulher, diversidade e direitos humanos. “Quando eu conheci esse projeto [Mulheres Inspiradoras], em um evento no Palácio do Buriti, disse a [idealizadora] Gina Vieira Ponte de Albuquerque que a iniciativa deveria ser multiplicada para outras escolas. Vivemos um momento delicado da cidade, do País e da humanidade”, lembrou o governador Rodrigo Rollemberg. “Precisamos difundir valores positivos. E quando vemos uma ação que reconhece a trajetória vitoriosa de mulheres, devemos mostrá-la.” Segundo o chefe do Executivo, vivemos em uma realidade em que mulheres que fazem os mesmos trabalhos dos homens recebem salário menor. E que muitas famílias ainda acreditam serem as tarefas domésticas de responsabilidade exclusiva das mulheres, assim como a educação dos filhos. [Olho texto=”A luta por um mundo generoso, que respeite as mulheres, não é uma luta apenas das mulheres” assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “A luta por um mundo generoso, que respeite as mulheres, não é, portanto, uma luta apenas das mulheres. É de todos os que querem um mundo melhor. E esta escola é exemplo disso”, reconheceu Rollemberg. O CEF 15 foi reconhecido em primeiro lugar no DF do Prêmio de Gestão Escolar, do Conselho de Secretários Estaduais de Educação. Homenagem à colaboradora do governo Márcia Rollemberg Durante o evento, Márcia Rollemberg foi homenageada pelos trabalhos sociais desenvolvidos. “Aqui nasceu meu filho Ícaro, aqui comecei a trabalhar. Tenho amor profundo pelo Gama, faz parte da minha formação. Estou muito honrada e agradecida por estar aqui. Vejo aqui a convergência de várias energias positivas e que fazem a diferença na cidade”, agradeceu. [Olho texto=”Seus trabalhos sociais têm feito a diferença. Nós, mulheres, nos sentimos mais humanizadas com suas iniciativas” assinatura=”Ana Elen Ferreira, diretora do CEF 15″ esquerda_direita_centro=”direita”] Márcia também lembrou do Portal do Voluntariado. “O momento que vivemos hoje é de inspiração. Hoje temos feito essa participação da sociedade, pelo Portal do Voluntariado. Temos 12 mil pessoas que ajudam em mais de 200 projetos. A cidade é uma criação coletiva, pertence ao Estado, à sociedade organizada e às famílias.” Ela citou ainda que, semana que vem, o Portal do Voluntariado receberá o reconhecimento da Rede de Empreendedorismo Internacional de Mulheres. “Seus trabalhos sociais têm feito a diferença. Nós, mulheres, nos sentimos mais humanizadas com suas iniciativas”, disse Ana Elen Ferreira, diretora do CEF 15, sobre a colaboradora do governo. Outras oito mulheres que também se destacam como exemplos de inspiração foram agraciadas com troféus: Maria Antônia, administradora regional do Gama Ana Elen Ferreira, diretora do CEF 15 Gina Vieira, idealizadora do projeto Mulheres Inspiradoras Nicole Oliveira, professora do CEF 15 Cida Belisário, escritora Cláudia Vieira Ramos, vice-diretora do CEF 15 Adriana Torres, contadora Célia Maria Teixeira Neves, esposa do secretário de Educação, Júlio Gregório Filho Depois das homenagens, o governador foi conhecer os trabalhos produzidos pelos alunos e professores. A programação da feira, que faz parte do Criança Candanga, contou com apresentações musicais, exposições de fotografias, pinturas e grafites, teatro, palestras educativas e chá literário. Como surgiu o Mulheres Inspiradoras Professora da rede pública há mais de 26 anos, Gina Vieira Ponte de Albuquerque estava desmotivada por perceber a dificuldade de interação entre docentes e alunos. Pensando em desistir da profissão, constatou que o modelo educacional aplicado a jovens deveria ser atualizado para despertar o interesse desse público. “O Mulheres Inspiradoras começou quando eu percebi que os alunos davam as costas para a escola, e a escola, para os alunos. Decidi ser professora para ser agente de mudança”, afirmou a docente. Determinada a mudar esse cenário, em 2014, optou por trabalhar na parte de diversidade de projetos do Centro de Ensino Fundamental 12 de Ceilândia. Com o apoio da coordenadora pedagógica da unidade, Vitória Régia, conseguiu estreitar o diálogo com os estudantes e alinhá-lo a práticas pedagógicas com a criação de uma rede social. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Depois disso, incentivou leitura de obras de mulheres de grande representatividade e incumbiu os alunos de entrevistar e produzir matéria com uma mulher de seu vínculo social que julgassem ser uma inspiração. O resultado foi a produção de 95 textos, escritos em 2014 e 2015, reunidos em um livro, com título homônimo. As duas professoras organizaram a obra e a lançaram em 2016, no Dia Internacional da Mulher (8 de março). Desde então, o projeto passou por duas edições, ambas no Centro de Ensino Fundamental 12 de Ceilândia, com a participação de 480 alunos. Agora, com a multiplicação, a estimativa é que chegue a cerca de 2 mil estudantes. O Mulheres Inspiradoras recebeu várias premiações, entre as quais o 4º Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos da Presidência da República (2014); o 8º Prêmio Professoras do Brasil, do Ministério da Educação (2014); e o 1º Prêmio Ibero-Americano de Educação em Direitos Humanos da Organização dos Estados Ibero-americanos (2015). Leia o pronunciamento do governador Rodrigo Rollemberg durante a participação no Projeto Mulheres Inspiradoras – A Vez e a Voz da Mulher Contemporânea, no CEF 15 do Gama Edição: Renaro Cardozo  

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Mulheres Inspiradoras inicia a capacitação de professores

Livros de mulheres líderes, com histórias de superação ou de grandes feitos, serão trabalhados na capacitação de 47 professores da rede pública de ensino do Distrito Federal no projeto Mulheres Inspiradoras. Para isso, 63 exemplares de Eu sou Malala, O Diário de Anne Frank e Quarto de Despejo — Diário de uma Favelada foram comprados com recursos do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). Ministra o treinamento a idealizadora do Mulheres Inspiradoras, Gina Vieira de Albuquerque. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília O treinamento dos docentes para multiplicar a proposta nas escolas em que trabalham já começou. O primeiro foi em 22 de maio, e o último será em 30 de julho, sempre às segundas-feiras. Os encontros ocorrem no Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação (Eape), na 907 Sul, em dois turnos: das 8 às 11 horas e das 14 às 17 horas. Os educadores vão discutir temas como empoderamento feminino, machismo nas escolas, equidade de gênero, representação feminina na mídia, combate à violência contra a mulher, diversidade e direitos humanos. Além disso, aprenderão a metodologia do Mulheres Inspiradoras. De acordo com a Secretaria de Educação, a meta era alcançar 30 docentes. O número de inscritos ultrapassou o estipulado porque muitos profissionais demonstraram interesse na capacitação. Foram selecionadas 15 escolas de diversas regiões administrativas, entre elas Ceilândia, Gama, Taguatinga, Riacho Fundo e Santa Maria. Universidade de Brasília acompanhará o projeto A Universidade de Brasília (UnB) entrou como parceira e colocou à disposição, sem custo adicional, dois mestrandos, três doutorandos e um graduando do programa de pós-graduação em linguística. Os pesquisadores vão acompanhar a execução do projeto com o intuito de aprimorá-lo para as próximas edições. Por ser uma experiência piloto, a pedido do CAF, o Mulheres Inspiradoras passará por um processo de avaliação. Depois, a proposta é dar continuidade e levá-lo para outras regiões brasileiras e outros países. “Em outras regiões também existem mulheres inspiradoras para serem honradas e valorizadas”, justifica a idealizadora, Gina Vieira de Albuquerque. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Professora e coautora do projeto, Vitória Régia de Oliveira  diz que “o treinamento não é uma receita pronta, em que o professor fica amarrado”. Segundo ela, a ideia é que cada um se aproprie do trabalho que fez. Por isso, o produto final a ser apresentado não precisará ser necessariamente um livro — como ocorreu na primeira edição em Ceilândia — mas poderá ter a forma de um desfile, um documentário ou até mesmo de uma peça teatral. Como surgiu o Mulheres Inspiradoras Professora da rede pública há mais de 26 anos, Gina estava desmotivada por perceber a dificuldade de interação entre docentes e alunos. Pensando em desistir da profissão, constatou que o modelo educacional aplicado a jovens deveria ser atualizado para despertar o interesse desse público. Decidida a mudar esse cenário, em 2014, optou por trabalhar na parte de diversidade de projetos do Centro de Ensino Fundamental 12 de Ceilândia. Com o apoio da coordenadora pedagógica da unidade, Vitória Régia, conseguiu estreitar o diálogo com os estudantes e alinhá-lo a práticas pedagógicas com a criação de uma rede social. [Numeralha titulo_grande=”2 mil” texto=”Quantidade de estudantes que deverão ser atendidos pelo Mulheres Inspiradoras com a capacitação dos professores” esquerda_direita_centro=”direita”] Depois disso, incentivou leitura de obras de mulheres de grande representatividade e incumbiu os alunos de entrevistar e produzir matéria com uma mulher de seu vínculo social que julgassem ser uma inspiração. O resultado foi a produção de 95 textos, escritos em 2014 e 2015, reunidos em um livro, com título homônimo. As duas professoras organizaram a obra e a lançaram em 2016, no Dia Internacional da Mulher (8 de março). Desde então, o projeto passou por duas edições, ambas no Centro de Ensino Fundamental 12 de Ceilândia, com a participação de 480 alunos. Agora, com a multiplicação, a estimativa é que chegue a cerca de 2 mil estudantes. O Mulheres Inspiradoras recebeu várias premiações, entre as quais o 4º Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos da Presidência da República (2014); o 8º Prêmio Professoras do Brasil, do Ministério da Educação (2014); e o 1º Prêmio Ibero-Americano de Educação em Direitos Humanos da Organização dos Estados Ibero-americanos (2015). Edição: Raquel Flores

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Mulheres Inspiradoras escolherá 15 escolas públicas para receber formação

O projeto Mulheres Inspiradoras será ampliado para 15 escolas públicas do Distrito Federal. O edital para selecionar 30 professores está publicado no Diário Oficial do Distrito Federal. Eles vão receber apoio para replicar e debater, nas salas de aula, conceitos de igualdade de gênero, de representação feminina na mídia e de combate à violência contra a mulher. Alunos do Centro de Ensino Fundamental 12 com a professora Gina Vieira Ponte, idealizadora do projeto Mulheres Inspiradoras. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília A ampliação da iniciativa se tornou possível graças ao acordo de cooperação internacional assinado em 6 de fevereiro entre o governo de Brasília e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), que investirá U$ 20 mil no programa. A Organização dos Estados Ibero-Americanos entrou como parceira para gerir os recursos. Idealizadora do projeto e servidora há 26 anos da Secretaria de Educação, a professora Gina Vieira Ponte de Albuquerque sistematizou uma proposta interdisciplinar, que reúne ciências, geografia, história e português. Na formação para os docentes selecionados serão trabalhadas temáticas como direitos humanos e diversidade e a metodologia do Mulheres Inspiradoras. “Não basta eu dizer que o professor tem de trabalhar a equidade de gênero na escola eu tenho que ajudá-lo a entender como fazer isso”, detalha Gina. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O projeto já passou por duas edições, no Centro de Ensino Fundamental 12 de Ceilândia, com a participação de 480 alunos. Eles puderam conhecer as biografias de mulheres que foram líderes, protagonizaram histórias de superação ou grandes feitos, como Anne Frank, Cora Coralina e Malala Yousafzai. Depois de ler esses perfis, os estudantes escreveram sobre mulheres inspiradoras que fizessem parte da vida deles. No ano passado, 95 textos foram selecionados para compor o livro que leva o mesmo nome do projeto. A estudante Adrielly Kellen Ferreira, de 17 anos, conta como se aproximou mais da própria mãe ao contar a história dela. “Mulheres próximas da gente também são importantes e têm ações pequenas que fazem diferença no mundo.” E completa: “Ela lutou muito para eu não ter que trabalhar e poder focar nos estudos”. Temas como machismo foram bem explorados, avalia o aluno, Lucas Mateus, de 17 anos. “Os meninos que tiveram a oportunidade de participar hoje têm uma visão diferente, com mais respeito pelas mulheres”. [Olho texto=”“Os meninos que tiveram a oportunidade de participar hoje têm uma visão diferente, com mais respeito pelas mulheres”” assinatura=”Lucas Mateus, aluno do Centro de Ensino Fundamental 12 de Ceilândia” esquerda_direita_centro=”direita”] Além dos textos publicados, outros talentos se revelaram. Joyce Barbosa, de 17 anos, ilustrou a capa do livro. “Quero trabalhar nessa área de desenho e ter esse portfólio é muito importante para mim”, diz a jovem, que já recebeu convite para estampar obras de literatura infantil. Ao lado da ilustração, linguagens como cinema, teatro e produção escrita fizeram parte do projeto e divulgaram várias outras aptidões em sala de aula, entre elas, para jornalismo e poesia. A professora Gina comemora os frutos do projeto e atribui a ele a chance de rever sua forma de lecionar e de fazer com que os alunos se engajassem na aprendizagem. “O simples fato de mostrar isso para outras escolas ser possível já é maravilhoso. O acordo [com a Corporação Andina Financeira] cooperou para incluir essa temática na agenda nacional e da nossa cidade.” Em 21 de fevereiro, ela foi um dos 133 servidores condecorados com a Medalha do Mérito Buriti. O Mulheres Inspiradoras recebeu várias premiações, entre as quais o 4º Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos da Presidência da República (2014); o 8º Prêmio Professoras do Brasil, do Ministério da Educação (2014); e o 1º Prêmio Ibero-Americano de Educação em Direitos Humanos da OEI (2015). As honrarias renderam mais de R$ 100 mil, investidos na unidade de ensino de Ceilândia. Edição: Raquel Flores

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Projeto estimula equidade de gênero na rede pública de ensino

O governador Rodrigo Rollemberg assinou, nesta segunda-feira (6), acordo de cooperação internacional para ampliação do projeto Mulheres Inspiradoras, em solenidade no Palácio do Buriti. O Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) investirá US$ 20 mil, e a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) será gestora do recurso. O diretor-representante do Banco de Desenvolvimento da América Latina, Victor Rico; o secretário-geral da Organização de Estados Ibero-americanos, Paulo Speller; e o governador Rodrigo Rollemberg. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília Com o montante, 15 escolas em sete regiões administrativas poderão participar da iniciativa, que oferece aos alunos da rede pública de ensino reflexões sobre equidade de gênero, representação feminina na mídia e violência contra a mulher. O projeto será ampliado por meio da capacitação de 30 professores, que atuarão em sete regiões mapeadas pelo programa Viva Brasília consideradas de vulnerabilidade social ou de alta criminalidade. A expectativa é beneficiar cerca de 1,55 mil alunos de escolas públicas das regiões de Ceilândia, da Estrutural, de Planaltina, do Plano Piloto, de Samambaia, de Santa Maria e de Taguatinga. Segundo a professora Gina Vieira, de 45 anos, criadora do programa, o investimento é importante, embora modesto. “Muitas escolas contam com um orçamento limitado, e projetos como esse não são tratados como prioridade”, conta. [Olho texto='”Em pleno século 21, ainda sofremos muito com a violência de gênero e com a subestimação do papel da mulher”‘ assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para Rollemberg, a ação tem potencial para produzir mudanças. “É muito interessante como o papel de um educador é transformador na vida das pessoas e na sociedade”, observou ele, na cerimônia. “Em pleno século 21, ainda sofremos muito com a violência de gênero e com a subestimação do papel da mulher.” Também presente à solenidade, a colaboradora do governo Márcia Rollemberg chamou os homens a participar dessa mudança. “Eles têm papel importantíssimo nisso. Principalmente aqueles que estão verdadeiramente ao nosso lado”, disse. Apoio internacional ao projeto Mulheres Inspiradoras Em evento do programa Brasília Cidade Internacional, a oportunidade de ampliação do Mulheres Inspiradoras se tornou possível. A Assessoria Internacional do governo atua para que projetos dessa dimensão tenham visibilidade. O diretor do CAF no Brasil, Victor Rico, avaliou que a tecnologia social dessa iniciativa é sofisticada e pode servir para muitas outras redes de ensino no futuro. “Promover a valorização do protagonismo feminino junto a estudantes é uma forma de trabalhar, desde cedo, a igualdade de direitos e o convívio sadio entre meninos e meninas”, enfatizou. Testemunha do documento, o secretário de Educação, Júlio Gregório Filho, também destacou o valor do projeto. “Pequenas coisas que professores como a Gina fazem propiciam aos alunos discutir a questão de gênero e dar a todos a possibilidade de trabalhar e de sermos iguais.” O edital para seleção dos participantes deve ser lançado ainda no primeiro semestre de 2017. Serão escolhidos dois professores por escola, após avaliação curricular. A banca avaliadora será composta por integrantes das instituições que assinaram o tratado e do Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação, da Secretaria de Educação. Como surgiu o Mulheres Inspiradoras Professora da rede pública de ensino há mais de 26 anos, Gina se sentiu desmotivada ao perceber a dificuldade de interação entre docentes e alunos. Pensando em desistir da profissão, percebeu que o modelo educacional aplicado a jovens deveria ser atualizado para despertar o interesse do público. “Estamos lidando com a geração de nativos digitais – pessoas que já nasceram no mundo tecnológico. Então é preciso utilizar a tecnologia para dialogar, pois conflitos iniciados na internet podem atrapalhar o desenvolvimento educacional”, relata. Segundo ela, um exemplo recorrente é o desrespeito e a sexualização da mulher. [Olho texto='”Promover a valorização do protagonismo feminino junto a estudantes é uma forma de trabalhar, desde cedo, a igualdade de direitos e o convívio sadio entre meninos e meninas”‘ assinatura=”Victor Rico, diretor do CAF no Brasil” esquerda_direita_centro=”direita”] Decidida a mudar esse cenário, em 2014 a professora optou por trabalhar na parte de diversidade de projetos do Centro de Ensino Fundamental 12 de Ceilândia. Foi apoiada por Vitória Régia, coordenadora pedagógica da instituição. “Recebi o incentivo que precisava para desenvolver temas que mudariam a forma de pensar daqueles jovens e melhoraria a qualidade do ensino”. Gina conseguiu estreitar o diálogo com os alunos e alinhá-lo a práticas pedagógicas com a criação de uma rede social. Depois, passou a incentivar a leitura de obras escritas por mulheres que foram líderes, tinham histórias de superação ou efetuaram grandes feitos, como Anne Frank, Cora Coralina e Malala Yousafzai. Nascia o Mulheres Inspiradoras. Após ampliar os conhecimentos dos alunos, a mestra os incumbiu de entrevistar e produzir matéria com uma mulher de seu vínculo social que julgassem uma inspiração. “A maioria dos alunos escolheu as mães, avós e bisavós como personagem. Eles descobriram histórias e começaram a valorizar o papel da mulher. Pois ouviram relatos de dificuldades, abusos, violência e discriminação”. Os 95 textos, escritos em 2014 e 2015, resultaram na criação de um livro, com título homônimo. A obra foi organizada pelas duas professoras e lançada em 2016, no Dia da Mulher (8 de março). O modelo também serviu de inspiração para outras instituições. Palestras foram feitas em escolas públicas, ministérios, defensorias e universidades. No evento, o livro foi entregue às autoridades presentes por seis alunos do Centro de Ensino Médio 9, de Ceilândia. O projeto recebeu várias premiações, entre as quais o 4º Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos da Presidência da República (2014); o 8º Prêmio Professoras do Brasil, do Ministério da Educação (2014); e o Primeiro Prêmio Ibero-Americano de Educação em Direitos Humanos da OEI (2015). As honrarias renderam mais de R$ 100 mil, investidos na escola de origem. Edição: Vannildo Mendes

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