Grupo antitabagismo de UBS de Santa Maria incentiva mudança de hábitos e transforma vidas
“Aprendi que a necessidade de parar de fumar deve ser maior que o desejo.” A frase é do segurança Waughn Carneiro, 54 anos, que consumiu cigarros por mais de três décadas até encontrar no grupo antitabagismo da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Santa Maria o apoio que precisava. Ele começou a fumar aos 20 anos de idade, por curiosidade e influência de colegas. Waughn Carneiro está há um ano sem fumar: “O sono melhorou, voltei a treinar e a disposição física retornou” | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Depois de um acidente vascular cerebral (AVC) e um longo período de dependência, Waughn comemora um ano livre do cigarro: “O sono melhorou, voltei a treinar e a disposição física retornou. Fazer parte da comunidade na UBS 1 de Santa Maria me ajudou a entender que fumar não alivia a ansiedade, mas [deixar de fumar] é um processo que exige consciência, apoio e vontade”. “Trabalhamos de forma coletiva a identificação de gatilhos, os aspectos sociais e emocionais envolvidos com o tabagismo, e estimulamos a mudança de hábitos de vida” Alan Cristian Nóbrega, coordenador do grupo O grupo antitabagismo da unidade acolhe histórias como a de Waughn, oferecendo orientação, escuta e acompanhamento profissional a quem decide deixar o cigarro. Criado em maio de 2024, é aberto à população de Santa Maria e do Gama. As reuniões ocorrem às quintas-feiras, às 9h30, com uma média de 15 a 20 participantes. “Os encontros não se limitam à dispensação de medicamentos, como os adesivos de nicotina”, explica o farmacêutico Alan Cristian Nóbrega, coordenador do grupo. “Trabalhamos de forma coletiva a identificação de gatilhos, os aspectos sociais e emocionais envolvidos com o tabagismo, e estimulamos a mudança de hábitos de vida.” Apoio coletivo O residente em saúde coletiva Jefferson Santos, entre o médico de família Pedro Ruas e o farmacêutico Alan Cristian Nóbrega: “É gratificante ver a evolução dos pacientes. A pele melhora, a voz muda, o cheiro do cigarro desaparece” A cada encontro são discutidos temas como alimentação, impactos financeiros e sociais do tabagismo. O grupo conta com profissionais de diferentes áreas, como farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, saúde coletiva e terapia ocupacional, além de residentes do programa Multiprofissional em Saúde da Família. [LEIA_TAMBEM]“É gratificante ver a evolução dos pacientes”, relata Jefferson Santos, residente em saúde coletiva. “A pele melhora, a voz muda, o cheiro do cigarro desaparece. São transformações que elevam a autoestima e reforçam o quanto vale a pena continuar.” Após um ano sem fumar, o paciente é considerado ex-tabagista, mas muitos seguem frequentando o grupo como forma de apoio e incentivo para novos integrantes. Símbolos de vitória A cada etapa vencida, os participantes recebem medalhas simbólicas de seis e nove meses, um ano e dois anos sem fumar. Francinete Gomes, 61, já conquistou as três primeiras. Há um ano e três meses sem cigarro, a aposentada celebra sua vitória. “A nicotina causa dependência e prejudica todo o organismo. Aumenta o risco de acidente vascular encefálico [AVE] e infartos, além de estar associada a diversos tipos de câncer” Pedro Ruas, médico de família e comunidade “Essas medalhas são o meu troféu, que não troco por nada”, comemora. Seu primeiro contato com o cigarro foi aos 13 anos; e, ao longo do tempo, ela enfrentou três infartos antes de abandonar o vício. “Eu chorava enquanto fumava”, lembra. “O grupo foi minha salvação. Desde então, a tosse sumiu, minha pele está melhor e a minha energia voltou.” Alerta Além de nocivo, o hábito de fumar é a principal causa de morte evitável no mundo. O médico de família e comunidade Pedro Ruas, da UBS 1 de Santa Maria, alerta: “A nicotina causa dependência e prejudica todo o organismo. Aumenta o risco de acidente vascular encefálico [AVE] e infartos, além de estar associada a diversos tipos de câncer, como de pulmão, pele, boca, laringe, faringe e colorretal. Também compromete a estética, com o escurecimento da pele e perda dos dentes”. A SES-DF conta com 78 unidades de tratamento para o tabagismo, distribuídas em todas as regiões de saúde. Os interessados podem procurar a UBS de referência, onde serão acolhidos e receberão todas as informações necessárias. Confira a lista completa dos centros de atendimento. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Cuidados com trilhas e cachoeiras no período chuvoso garantem segurança a visitantes
Com o início do período chuvoso, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) reforça o alerta para os cuidados necessários ao visitar trilhas e cachoeiras. Nesta época do ano, o aumento do volume de água nos rios e quedas-d’água eleva o risco de deslizamentos de terra, escorregamentos, quedas e afogamentos. Planejar o passeio, acompanhar as condições climáticas e observar atentamente o comportamento do ambiente natural são algumas dicas | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Segundo a corporação, a principal forma de evitar acidentes é por meio da prevenção. Planejar o passeio, acompanhar as condições climáticas e observar atentamente o comportamento do ambiente natural são algumas atividades que fazem a diferença na segurança de quem busca lazer em áreas abertas. Prepare-se “É importante perceber qualquer alteração no tempo, como nuvens escuras e relâmpagos e observar qualquer mudança no rio ou córrego” Major Walmir Oliveira, do CBMDF De acordo com o major Walmir Oliveira, do CBMDF, as ocorrências envolvendo cabeças-d’água são recorrentes no Distrito Federal, principalmente durante o período de chuvas mais intensas. “Esses acidentes ocorrem por causa de enxurradas fortes e repentinas, e, infelizmente, é comum registrarmos casos de pessoas levadas pela força da correnteza", aponta. “A cabeça-d’água se forma quando a chuva cai na cabeceira do rio e aumenta o volume e a velocidade da água, mesmo a quilômetros de distância do local onde o visitante está; por isso, é importante perceber qualquer alteração no tempo, como nuvens escuras e relâmpagos e observar qualquer mudança no rio ou córrego”, complementa o major. Aqui no Distrito Federal, entre os pontos que já registraram incidentes estão trechos do Rio Paranoá, próximo da barragem, e córregos nas regiões do P Norte e P Sul. O major Walmir Oliveira destaca que, ao chegar em um local de banho, é essencial observar o nível da água, identificar possíveis rotas de fuga e combinar sinais sonoros de emergência, como o uso de apito. [LEIA_TAMBEM]“É importante estudar o local antes de ir, verificar as orientações do próprio atrativo e, se for um espaço pouco conhecido, pesquisar mapas, riscos e a melhor época para a visita — e, claro, se houver qualquer mudança repentina na previsão do tempo, o mais prudente é adiar o passeio e não se colocar em risco”, reforça o militar.
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Vacina contra o sarampo: mitos e verdades
A desinformação em saúde é um dos maiores desafios enfrentados pelas instituições da área. Notícias falsas circulam rapidamente, especialmente nas redes sociais, colocando em risco a proteção de toda a população. Entre os mitos mais persistentes estão os supostos tratamentos caseiros, a ideia de que vacinas poderiam causar autismo e que a imunidade natural seria melhor que a da vacina. Disponível em todas as unidades básicas de saúde, a vacina tríplice viral é importante para prevenir a doença | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Segundo Tereza Luiza Pereira, gerente da Rede de Frio Central da Secretaria de Saúde (SES-DF), essas crenças colocam vidas em risco: “Algumas pessoas acreditam que tomar algum chá ou banho caseiro pode ajudar na cura do sarampo. Isso é mito. Enquanto a pessoa perde tempo com soluções que não funcionam, continua circulando em ambientes como escolas, trabalhos e transportes públicos, transmitindo a doença para mais pessoas. O correto é procurar imediatamente uma unidade de saúde”. “O sarampo não é uma doença inofensiva, um mito que muitas pessoas pensam. Ele pode levar à morte, especialmente em crianças menores de um ano, pessoas imunodeprimidas e gestantes” Tereza Pereira, gerente da Rede de Frio Central da Secretaria de Saúde Em 2024, foram aplicadas 84,9 mil doses da vacina tríplice viral no Distrito Federal. Neste ano, até o início deste mês, já foram registradas 66,3 mil aplicações. No que se refere à cobertura vacinal em crianças de 1 ano de idade, em 2024 os valores alcançaram 97,2% para a primeira dose e 88,3% para a segunda. Em 2025, até o momento, a cobertura é de 92,7% para a primeira dose e 82,6% para a segunda aplicação do imunizante. Sarampo pode matar Arte: Agência Saúde-DF Os principais sintomas da doença são febre alta, manchas vermelhas na pele (exantema), coriza e conjuntivite. “O sarampo não é uma doença inofensiva, um mito que muitas pessoas pensam”, explica Tereza Pereira. “Ele pode levar à morte, especialmente em crianças menores de um ano, pessoas imunodeprimidas e gestantes. Além disso, pode deixar sequelas graves, como a surdez infantil”. No Brasil, o sarampo havia sido eliminado em 2016. Porém, a queda da cobertura vacinal nos últimos anos propiciou o retorno da doença, que é altamente contagiosa e pode causar complicações como pneumonia e encefalite. “Se a pessoa apresentar esses sintomas, deve colocar máscara e procurar imediatamente o serviço de saúde”, orienta a gerente. “Não existe chá, banho ou remédio caseiro que substitua a atenção médica.” Vacinar é um ato de cuidado coletivo [LEIA_TAMBEM]A vacina tríplice viral está disponível gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde (UBSs). "Manter a caderneta em dia é a forma mais segura de proteger a si mesmo e toda a comunidade”, enfatiza Tereza Pereira. “Não caia em fake news. Vacinar é um ato de cuidado, responsabilidade e amor à vida”. Estudo falso Uma narrativa enganosa sobre vacinas e autismo surgiu em 1998, a partir de um estudo fraudulento conduzido pelo médico britânico Andrew Wakefield, publicado na revista The Lancet. O trabalho usou dados manipulados e foi posteriormente desmentido. O artigo foi retirado da revista, e o autor perdeu a licença médica. Apesar disso, a desinformação persiste até hoje, sendo adaptada, inclusive, durante a pandemia da covid-19. “É importante reforçar: vacinas não causam autismo”, afirma Tereza Pereira. “Diversos estudos científicos em larga escala comprovam de forma consistente a segurança dos imunizantes”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Concessionária de energia alerta para riscos de retirada de frutas próximo à rede elétrica
Com mais de 950 mil árvores frutíferas espalhadas pelo Distrito Federal, a chegada da primavera, no próximo mês de setembro, transforma ruas e quintais em pomares cheios de manga, abacate, goiaba e outras frutas da estação. A visão parece um convite, mas atenção: colher frutas próximas à rede elétrica pode causar acidentes sérios, com risco de choques e até morte. Orientação da Neoenergia é que se mantenha uma distância mínima de 2,5 metros da rede elétrica | Foto: Divulgação/Neoenergia O alerta é da Neoenergia Brasília, que recomenda evitar o manejo de árvores localizadas perto da fiação elétrica. “A nossa orientação é clara: mantenha sempre uma distância mínima de 2,5 metros da rede, mesmo ao usar varas ou bastões para alcançar os galhos”, reforça o gerente da distribuidora, Antonio Ribeiro. “Ferramentas improvisadas, mesmo de madeira, podem conduzir eletricidade, especialmente em dias úmidos ou chuvosos”. Veja, abaixo, algumas dicas para evitar riscos: ⇒ Nunca tente pegar frutas ou objetos presos à rede elétrica. Acione a distribuidora para apoio técnico; ⇒ Evite colher frutas em árvores próximas à fiação. Dê preferência a áreas abertas e seguras; ⇒ Jamais utilize varas de metal ou materiais condutores; ⇒ Não faça a colheita em dias de chuva ou com raios. Árvores podem funcionar como para-raios naturais. Max, o cão caramelo da campanha Amigo de Verdade: personagem participa de ação de conscientização Para ampliar o alcance dessas orientações, a Neoenergia lançou a campanha Amigo de Verdade, protagonizada por Max, um simpático vira-lata caramelo que, ao lado de um eletricista da Neoenergia, apresenta situações do dia a dia em que o cuidado com a rede elétrica faz toda a diferença. A campanha está sendo veiculada em escolas, rádios, redes sociais e outros canais de comunicação, usando linguagem simples e acessível, voltada especialmente a crianças e famílias. As mensagens abordam desde o uso seguro de pipas até reformas e, agora, a colheita de frutas urbanas. *Com informações da Neoenergia
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No Dia do Motociclista, motoboy que sobreviveu a graves lesões alerta para riscos no trânsito
Na manhã do Dia das Mães de 2024, o motoboy Walysson Concheski Machado, de 35 anos, saiu para mais um dia de trabalho sem imaginar que estava prestes a enfrentar o maior desafio de sua vida. Durante uma entrega, ele sofreu um grave acidente de moto e foi levado em estado crítico para a Sala Vermelha do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). “Fiquei 21 dias na UTI lutando pela vida”, lembra. “Quando acordei, percebi que estava vivo por um milagre e por causa de cada profissional que cuidou de mim. Renasci naquele hospital”. Walysson Machado se recupera: “Estou reaprendendo a viver e torcendo para poder voltar a rodar. Mas de um jeito novo: com mais calma, com mais prudência” | Foto: Bruno Henrique/IgesDF Walysson quebrou três vértebras da coluna, precisou usar colar cervical e perdeu temporariamente os movimentos das pernas. Passou por mais de 50 sessões de fisioterapia para recuperar a capacidade de andar. No Dia do Motociclista, comemorado neste domingo (27), ele enfatiza a importância de manter cuidados ao conduzir motocicleta. “A moto era meu ganha-pão”, conta. “Estou reaprendendo a viver e torcendo para poder voltar a rodar. Mas de um jeito novo: com mais calma, com mais prudência. Também faço um alerta para que motoristas de carro tenham mais cuidado com quem está em duas rodas, porque boa parte das vezes a culpa do acidente nem é do motociclista.” Atendimento “São adultos jovens, pais e mães de família, que saem para trabalhar e voltam em cadeiras de rodas, acamados ou com sequelas graves. São histórias que marcam toda a equipe” Renato Lins, chefe do Centro de Trauma do Hospital de Base Histórias como a de Walysson são mais comuns do que se imagina nas emergências do Distrito Federal. Só no primeiro semestre deste ano, o Centro de Trauma do HBDF, administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), atendeu 1.050 vítimas de acidentes de moto. Mil foram para a Sala Amarela e 50, para a Sala Vermelha. Isso faz das motocicletas a principal causa de atendimentos graves (Sala Vermelha) e a segunda maior entre os casos moderados (Sala Amarela) no hospital. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), também administrado pelo IgesDF, os números seguem a mesma tendência. Foram 705 atendimentos por acidentes com motociclistas em 2024 e outros 375 apenas no primeiro semestre de 2025. Os dados reforçam a urgência de campanhas educativas e medidas de prevenção no trânsito. Gravidade Segundo o médico Renato Lins, chefe do Centro de Trauma do HBDF, o perfil dos acidentados é, em sua maioria, de pessoas entre 25 e 40 anos que utilizam a moto como ferramenta de trabalho: “São adultos jovens, pais e mães de família, que saem para trabalhar e voltam em cadeiras de rodas, acamados ou com sequelas graves. São histórias que marcam toda a equipe”. Para ele, o grande desafio no atendimento está na gravidade das lesões. “A maioria dos motociclistas chega com traumas por todo o corpo, com lesões no crânio, tórax, abdômen e membros”, relata. “Isso exige um atendimento rápido e coordenado por várias especialidades médicas. Mesmo com todo o preparo, nem sempre conseguimos devolver ao paciente a vida que ele tinha antes”. Rodrigo do Carmo, chefe da ortopedia do HBDF: “Os pacientes geralmente são jovens, sem comorbidades, e não têm reserva financeira.Isso afeta a renda, a estrutura familiar e, em muitos casos, gera depressão e afastamento definitivo da atividade profissional” Foto: Laézia Glória/IgesDF Já na ortopedia do HBDF, onde são tratadas as fraturas mais complexas, o médico Rodrigo do Carmo, chefe do setor, aponta o impacto social e econômico desses acidentes: “Os pacientes geralmente são jovens, sem comorbidades, e não têm reserva financeira. Quando quebram um osso, ficam 90 dias ou mais sem poder trabalhar. Isso afeta a renda, a estrutura familiar e, em muitos casos, gera depressão e afastamento definitivo da atividade profissional”. [LEIA_TAMBEM]Com longas jornadas e prazos curtos, Rodrigo do Carmo ressalta o aumento dos casos graves entre os entregadores por aplicativo: “Muitos não têm seguro, não usam os equipamentos adequados e dirigem sob pressão. O resultado, infelizmente, chega até nós”. Apesar dos desafios, os especialistas reforçam que muitos desses acidentes podem ser prevenidos com atitudes simples. “O trauma é uma condição evitável”, orienta Renato Lins. “Usar capacete de qualidade, respeitar os limites de velocidade, não usar celular ao volante e não conduzir sob efeito de álcool são cuidados que salvam vidas”. Neste 27 de julho, a mensagem de Walysson é sobre a urgente necessidade de mais responsabilidade na direção e valorização da vida: “Hoje, eu olho para minha família e agradeço por estar vivo. Quero voltar a andar de moto, mas com mais consciência. O que vivi me ensinou que no trânsito todo cuidado é pouco”. *Com informações do IgesDF
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Especialistas recomendam uso do medicamento tadalafila com acompanhamento médico
É Dia dos Namorados, e, na expectativa por momentos especiais, homens têm recorrido cada vez mais a medicamentos como a tadalafila. De acordo com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a venda do remédio saltou de 21,4 milhões para 64,7 milhões de unidades no Brasil, entre 2020 e 2024. Apesar de se tratar de medicamento seguro e com poucas contraindicações, seu uso precisa ser adotado com cuidado, sempre sob avaliação médica. “O órgão sexual mais importante do ser humano é o cérebro”, adverte o urologista do Hran Paulo Roberto de Assis, que recomenda avaliação prévia antes do uso desse tipo de medicamento | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde “O órgão sexual mais importante do ser humano é o cérebro”, argumenta o chefe do Setor de Urologia e Andrologia do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Paulo Roberto de Assis. De acordo com o médico, o uso de fármacos desse tipo precisa ser pensado caso a caso, avaliando os aspectos da vida sexual do paciente. Como a própria bula já alerta, o medicamento não é indicado para homens que não estejam com disfunção erétil. “Um jovem que toma tadalafila sem precisar não vai, necessariamente, desenvolver disfunção erétil a longo prazo, porém, além de estar sujeito aos efeitos colaterais, pode desenvolver uma dependência psicológica da medicação, acreditando ser capaz de realizar o ato sexual apenas se tomá-la”, adverte Assis. Diversos fatores podem influenciar na queda do desempenho sexual ou até mesmo em disfunção erétil e ejaculação precoce. Como exemplos estão estresse, mau condicionamento físico, ansiedade, questões psicológicas, diabetes, hipertensão e uso de álcool, cigarro ou outras drogas. Saúde mental O uso da tadalafila deve ser precedido por uma avaliação médica completa, incluindo, em alguns casos, análise cardíaca. “Não podemos esquecer que o sexo é uma atividade física”, reforça o médico. “É preciso estar bem de saúde”. A maior barreira, segundo o especialista, seria a psicológica: “Muitos homens têm vergonha ou medo de procurar assistência, mas a minha principal recomendação é: caso isso esteja interferindo na sua vida particular, se for um problema, você deve procurar um médico”. Comparações com outros homens, busca de informações não qualificadas e consumo desenfreado de pornografia são capazes de afastar o público masculino da assistência médica. “Em alguns casos, o mais indicado seria um tratamento psicológico e não fisiológico”, pontua Paulo Roberto. Na rede pública, questões de saúde sexual e planejamento reprodutivo podem ser tratadas na rede de unidades básicas de saúde. Dependendo do caso, o próprio profissional da Equipe de Saúde da Família pode (eSF) faz a prescrição do medicamento contra a impotência. Caso necessário, é feito o encaminhamento aos profissionais de urologia lotados nas policlínicas. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Psicóloga da rede pública de saúde alerta sobre atenção dos pais com redes sociais
O recente falecimento de uma criança de oito anos após participar de um desafio viral nas redes sociais reacendeu um alerta urgente sobre os perigos escondidos no universo digital. A tragédia comoveu o país e levantou discussões sobre os limites e cuidados necessários do acesso de crianças e adolescentes a redes sociais e plataformas na internet. Psicóloga da infância da SES-DF alerta: mundo digital pode confundir até mesmo os adultos | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde “Separar o que é real do que é falso, o que é seguro do que é perigoso, exige maturidade – algo que ainda está sendo construído nessas faixas etárias” Fernanda Jota, psicóloga da infância da Secretaria de Saúde A psicóloga da infância Fernanda Jota, da Secretaria de Saúde (SES-DF), lembra que a supervisão dos pais e o diálogo aberto são fundamentais para a proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital. “É essencial que os pais orientem seus filhos sobre conteúdos perigosos, violentos ou que causem qualquer tipo de desconforto”, aponta. “Converse com seu filho sobre o que ele vê na internet. Ensine-o a refletir sobre o conteúdo consumido e a adotar uma postura crítica e de dúvida. É importante que ele saiba que pode procurar você sempre que se sentir inseguro ou incomodado.” Fernanda destaca que o mundo digital pode confundir até mesmo os adultos, e isso se intensifica para crianças e adolescentes, que ainda estão em fase de desenvolvimento cognitivo e emocional. “Separar o que é real do que é falso, o que é seguro do que é perigoso, exige maturidade – algo que ainda está sendo construído nessas faixas etárias”, alerta. Tecnologia a favor da segurança A especialista recomenda o aplicativo gratuito Family Link, da Google. Com essa ferramenta, os pais podem monitorar o uso do celular dos filhos, controlar o tempo de tela e autorizar ou bloquear downloads de aplicativos. A plataforma também impede a navegação anônima, o que contribui para evitar o acesso a conteúdos impróprios, como pornografia. O Tempo de Uso, da Apple, oferece serviço semelhante. “Quando você entrega um celular a uma criança, ele precisa vir com regras claras e com uma configuração que permita o acompanhamento do que está sendo acessado”, pontua a psicóloga. “O Family Link permite essa supervisão com responsabilidade e respeito à privacidade. Seu filho precisa entender que você está presente para protegê-lo e não apenas para vigiá-lo. Quando há conexão, o adolescente compreende que o limite é uma forma de cuidado.” Recomendações A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que adolescentes usem telas por, no máximo, duas horas por dia, e que crianças menores tenham o uso ainda mais limitado. O ideal é que os pais estejam atentos não apenas ao tempo de exposição, mas principalmente à qualidade do conteúdo acessado. A SBP também orienta que os pais acompanhem as tendências virais e conheçam os aplicativos mais populares entre os jovens, para que possam conversar de maneira mais próxima e atualizada com seus filhos. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Vigilância Sanitária faz últimos ajustes para operação especial de Semana Santa
As equipes da Vigilância Sanitária em Saúde receberam, na quinta-feira (3), as últimas orientações para darem início à Operação Semana Santa. A ação vai fiscalizar o comércio de pescados no Distrito Federal, cujo consumo aumenta durante o feriado. Ao longo deste mês, os auditores da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde (SES-DF) vão vistoriar feiras permanentes, supermercados e lojas de rua para orientar, indicar melhorias e, nos casos necessários, fazer apreensões e aplicar multas. Profissionais da Vigilância Sanitária se reuniram para definir os últimos detalhes da operação, que estará em vigor durante 15 dias | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF “Nossa ideia é garantir alimentos seguros, que minimizem os riscos à população” Dillian Silva, gerente de Alimentos da SES-DF Durante a reunião, os profissionais dos núcleos de inspeção foram orientados a dedicar atenção especial a cada detalhe, desde a parte técnica até a forma como vão abordar os comerciantes. Nos próximos 15 dias, serão vistoriados 910 estabelecimentos que comercializam pescados. “Por mais simples que possa parecer a ação fiscal, é importante ter um planejamento”, avalia a diretora de Vigilância Sanitária da SES-DF, Márcia Olivé. “Não se sabe o que pode ser encontrado e se será preciso autuar. Temos que respeitar o setor, mas nos prepararmos para alguma complicação.” A operação Semana Santa visa a reduzir os riscos possíveis à saúde do consumidor, como a presença de objetos indesejados nos frutos do mar, substâncias químicas, resíduos e microrganismos. Serão observadas a qualidade do pescado, as condições de armazenamento e a forma como estão sendo manipulados. “Nossa ideia é garantir alimentos seguros, que minimizem os riscos à população”, reforça a gerente de Alimentos da SES-DF, Dillian Silva. “Pescado fresco precisa estar isento de toda e qualquer evidência de decomposição, possuir uma coloração distinta. As escamas devem ser unidas e fortemente aderidas à pele; os olhos, brilhantes e salientes, e as brânquias, de rosa a vermelho intenso.” * Com informações da Secretaria de Saúde
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