GDF lança banco de alimentos e amplia combate à fome na capital
Para muitas famílias em situação de vulnerabilidade no Distrito Federal, o acesso regular e direto a alimentos frescos e nutritivos está mais perto de se tornar realidade graças ao programa Todos Contra a Fome, lançado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) nesta segunda-feira (17), na Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF). Com o novo banco de alimentos, a instituição prevê investir, inicialmente, R$ 50 mil na compra de produtos de aproximadamente 600 agricultores familiares cadastrados. “Quando a deputada Jaqueline Silva nos levou esse projeto, eu, na mesma hora, abracei a causa porque isso é importantíssimo. Além do que a gente fornece de assistência social, com os cartões e benefícios e o apoio aos pequenos agricultores, esse complemento que vem do banco de alimentos é muito importante porque ele fornece o que a gente chama de cesta verde, que alimenta e complementa nutricionalmente as nossas famílias”, defendeu Ibaneis Rocha. O GDF lançou nesta segunda (17) o programa Todos Contra a Fome, que pretende ampliar o acesso de famílias em situação de vulnerabilidade a alimentos frescos e nutritivos | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília A iniciativa inaugura uma nova fase da política de segurança alimentar na capital federal. Com o novo modelo, será possível ampliar a distribuição de alimentos, fortalecer a agricultura familiar e melhorar a logística de arrecadação e entrega às entidades socioassistenciais. Hoje, o banco de alimentos tem mais de 400 instituições cadastradas, mas, por limitações estruturais, atende somente 150. A meta agora é alcançar todas. Presente na solenidade, a vice-governadora Celina Leão destacou que essa ação faz parte da política pública adotada para atender famílias em situação de vulnerabilidade: “Criamos um governo que trabalha com um ecossistema social que parte do campo para as pessoas que mais precisam da agricultura familiar. Essa é uma gestão eficiente e sensível para quem realmente precisa do nosso apoio. Nessa cidade, ninguém pode passar fome. E estamos trabalhando para isso. A criação do novo banco de alimentos, dentro do Todos Contra a Fome, é um marco para a nossa política de segurança alimentar. É o governo garantindo a compra da agricultura familiar e expandindo, de forma estratégica, nossa capacidade de levar dignidade e alimento a um número muito maior de famílias e entidades no Distrito Federal, cuidando de quem mais precisa”. O novo banco de alimentos será operado por uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip), responsável por gerenciar cadastros, editar chamadas de compra e organizar a logística dos alimentos. Agora, pequenos produtores poderão vender parte da produção ao governo e continuar doando outra parcela. “Só mediante doação não estava sendo o suficiente. Esse programa é inédito no Brasil. Somos a primeira Ceasa a ter uma Oscip com esse objetivo”, disse o diretor-presidente da Ceasa-DF, Bruno Sena Rodrigues. A estimativa inicial é de que cerca de 25 produtores participem das primeiras entregas, com compras feitas a cada dois meses. “A Ceasa vai começar investindo R$ 50 mil por mês na compra da produção da agricultura familiar. Temos nutricionistas que vão apontar a sazonalidade dos produtos e vão lançar a dieta de dois em dois meses. A ideia é colocar a Ceasa como um grande potencial de combate à insegurança alimentar no Distrito Federal”, acrescentou Bruno Sena. Bruno Sena Rodrigues, diretor-presidente da Ceasa-DF: "A ideia é colocar a Ceasa como um grande potencial de combate à insegurança alimentar no Distrito Federal" No campo, pequenos produtores vislumbram uma fonte de renda contínua e a segurança de ver sua produção chegar a quem mais precisa, como é o caso da agricultora familiar Cleunice Bezerra de Magalhães, de 70 anos. Com uma propriedade em Sobradinho, onde cultiva maracujá, baunilha e pepino, ela conta que o novo modelo de compra direta dá estabilidade e reconhecimento ao trabalho que exerce. “Esse programa vem nos ajudar a escoar nossos produtos e aumentar a nossa renda. Além disso, nos fortalece como produtoras mulheres”, disse. Cleunice afirma estar vivendo um período especial: “A gente tá sendo muito reconhecido nesses últimos tempos. Isso está nos dando força, principalmente para nós mulheres com mais idade.” Para ela, o programa não é apenas uma política pública. “Acabar com a fome é um desafio. A gente tem que trabalhar mesmo, temos de fazer alguma coisa. Eu me sinto gratificada de saber que estamos colaborando com a sociedade”, completou. Cleunice Bezerra de Magalhães comemora o lançamento do Todos Contra a Fome: "Esse programa vem nos ajudar a escoar nossos produtos e aumentar a nossa renda. Além disso, nos fortalece como produtoras mulheres" Mais investimentos e reconhecimento para a Ceasa-DF Essa é mais uma das iniciativas traçadas por este GDF para beneficiar os produtores e clientes que frequentam a Centrais de Abastecimento. Somente neste ano, foram destinados aproximadamente R$ 18 milhões em investimentos para a modernização, incluindo reformas estruturais e ações de segurança e intervenções para garantir mais conforto e eficiência às operações realizadas diariamente no local. Os destaques vão para a reabertura do Mercado do Peixe, a construção de três novos pavilhões e melhorias de infraestrutura, como estacionamento gratuito, pista de acesso, rotatória e posto da brigada de incêndio. Segundo o governador Ibaneis Rocha, há mais investimentos previstos para 2026. [LEIA_TAMBEM]“Para o orçamento do ano que vem, vamos destinar mais R$ 20 milhões aqui para a Ceasa. Quando a gente chegar ao final de 2026, todas as estruturas estarão reformadas, dando melhor condição para os produtores e para os comerciantes que aqui estão”, anunciou o chefe do Executivo. Fundada em 1971, a Ceasa-DF é o principal centro de abastecimento de frutas, verduras, legumes e flores do Distrito Federal. O espaço reúne 150 empresas atacadistas e desempenha papel estratégico para a economia local e para a segurança alimentar da população.
Ler mais...
Ações de segurança alimentar no DF ganham novo painel para ampliar transparência
A Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional do Distrito Federal (Caisan-DF) lançou, nesta quarta-feira (15), o Painel de Monitoramento de Indicadores de Segurança Alimentar e Nutricional do DF. Por meio dessa ferramenta, o cidadão terá acesso com transparência a diversos dados e gráficos sobre o andamento de ações ligadas à Política de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) no DF. Com base nos indicadores definidos no IV Plano Distrital de SAN (2024-2027), o painel reúne e organiza informações estratégicas de monitoramento. O material está disponível no site da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), pasta que coordena a Caisan-DF. “Este novo painel, além de aumentar a transparência, vai facilitar o acompanhamento dos programas e ações intersetoriais da política de segurança alimentar, contribuir para a qualificação da gestão, o fortalecimento da governança e o exercício do controle social no âmbito do DF”, ressalta a presidente da Caisan-DF e secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. Por meio dessa ferramenta, o cidadão terá acesso com transparência a diversos dados e gráficos sobre o andamento de ações ligadas à Política de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) no DF | Foto: Divulgação/Sedes-DF A Caisan-DF é formada por representantes das 12 secretarias e entidades da administração pública do setor, que vão alimentar periodicamente o painel. Em evento de lançamento do Painel de Monitoramento de Indicadores de SAN, promovido nesta quarta em comemoração do Dia Mundial da Alimentação, no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), a nutricionista da Secretaria de Saúde do DF, Carolina Gama, detalhou como vai funcionar a ferramenta. “O painel inicia com dados sobre a população do DF, sobre índice de vulnerabilidade social, Índice de Gini [mede o grau da desigualdade de renda], sobre o consumo alimentar e o estado nutricional das famílias no DF, segurança hídrica e saneamento básico, por exemplo, sobre produção, onde ficam as feiras livres e orgânicas e finaliza com dados sobre o orçamento de todos os programas e políticas de segurança e nutricional do DF”, explicou a servidora integrante do Grupo de Trabalho de Monitoramento da Caisan-DF. Caisan-DF A Caisan-DF é composta pelas secretarias responsáveis pelas áreas de Segurança Alimentar e Nutricional; Agricultura, Abastecimento e Assistência Técnica e Extensão Rural; Saúde; Educação; Meio Ambiente e Recursos Hídricos; Direitos Humanos; Igualdade Racial; Planejamento e Orçamento; Relações Governamentais e com Movimentos Sociais; Assistência Social; Desenvolvimento Econômico e Sustentável; Assuntos Fundiários. Presidida pelo titular do órgão do Governo do Distrito Federal (GDF) responsável pela Política de Segurança Alimentar e Nutricional, a Caisan-DF é responsável pela elaboração e aprovação do Plano Distrital de SAN (Pdsan), principal instrumento de planejamento, gestão e execução das ações de segurança alimentar e nutricional no Distrito Federal, que estabelece metas para garantir acesso regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade adequadas, de forma sustentável, respeitando a diversidade cultural e promovendo práticas alimentares que melhoram a saúde. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF)
Ler mais...
DF recebe primeiro lugar no Selo Betinho por avanços na garantia da segurança alimentar e combate à fome
O Distrito Federal conquistou o primeiro lugar no Selo Betinho pelos avanços e esforços permanentes no combate à fome. Concedido anualmente pela Organização da Sociedade Civil (OSC) Ação da Cidadania, o selo avalia as localidades que estão cumprindo as metas estabelecidas para garantir que seus cidadãos tenham acesso a uma alimentação adequada e duradoura. Como o Distrito Federal tem característica híbrida de estado e município, foi incluído nessa seleção e ficou entre as três capitais premiadas, à frente de Belo Horizonte e Curitiba. Ao conquistar o Selo Betinho, este Governo do Distrito Federal (GDF) demonstra o compromisso com a erradicação da fome e com a implementação de políticas públicas eficazes. Além disso, torna-se uma referência para outras capitais e municípios. Segundo a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), Vanderlea Cremonini, a colocação do DF no ranking foi divulgada recentemente. Como o Distrito Federal tem característica híbrida de estado e município, foi incluído nessa seleção e ficou entre as três capitais premiadas, à frente de Belo Horizonte e Curitiba | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “O Selo Betinho analisa as boas práticas em segurança alimentar e nutricional, quais são os projetos que a localidade desenvolve para garantir o acesso à alimentação. Vai desde os programas que o governo tem, quais são, quantas pessoas são atendidas, quanto de orçamento essa localidade investe em segurança alimentar e nutricional. Tudo isso vai sendo pontuado, quanto melhor o índice de segurança alimentar e nutricional, quanto maior a transparência dessas ações, se há um acompanhamento da sociedade civil”, explicou em entrevista ao programa Papo Social, veiculado na canal da Sedes no YouTube. Fortalecimento Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; estabelecimento de políticas públicas e ações concretas para garantir acesso à alimentação saudável; e transparência, compromisso com dados abertos e participação social. Para receber o Selo Betinho, é necessário cumprir pelo menos 70% das propostas sugeridas pela Ação da Cidadania. A secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, ressaltou a importância desse reconhecimento. “Nós já tínhamos recebido o Selo Betinho, junto com outras duas cidades, por avançar no combate à fome. Ficar agora em primeiro lugar no Brasil, além de gratificante, mostra que nossa política de segurança alimentar e nutricional é referência e está à frente por ser intersetorial, aliando programas da Sedes-DF e de outros órgãos, por exemplo, a merenda escolar, que é da Secretaria de Educação, além das ações da Secretaria de Agricultura, com agrocecologia, incentivo à produção agrícola, entre outros. É um conjunto de ações deste GDF que garantiram essa premiação”, comemorou a gestora. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF)
Ler mais...
Restaurantes comunitários servem 12,6 milhões de refeições em nove meses no DF
Comida de qualidade, preço acessível e dignidade à mesa. Os restaurantes comunitários do Distrito Federal se consolidam como um dos maiores programas de segurança alimentar mantidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF). De janeiro a setembro deste ano, foram servidas 12,6 milhões de refeições nas 18 unidades espalhadas por regiões de maior vulnerabilidade social. Balanceadas e supervisionadas por nutricionistas, as refeições dos restaurantes comunitários têm preços bastante acessíveis à população | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Os restaurantes comunitários representam dignidade e inclusão” Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social Além do volume expressivo de atendimentos, o serviço é bem-avaliado pela população. Uma pesquisa de satisfação elaborada pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) aponta que 75% dos usuários classificam as refeições e o atendimento como “ótimos” ou “bons”. Apenas 0,005% das refeições resultaram em reclamações formais à pasta, o que representa 78 registros em um universo superior a 12 milhões de serviços prestados. Segundo a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, o programa cumpre um papel essencial na proteção social e atende um grande número de pessoas em situação de vulnerabilidade social que muitas vezes não têm acesso ao alimento diretamente. “Os restaurantes comunitários representam dignidade e inclusão. Conseguimos garantir alimentação de qualidade a um custo acessível, fortalecendo a rede de segurança alimentar e nutricional para quem mais precisa”, avalia. Reabertura no Paranoá Entre as 18 unidades em funcionamento, o Restaurante Comunitário do Paranoá reabriu as portas na sexta-feira (3) após passar pela primeira grande reforma deste ano desde sua inauguração, em 2002. Foram instaladas três novas câmaras frigoríficas e um açougue, além de terem sido feitos serviços como a renovação na rede elétrica e hidráulica, troca do piso da área de preparo, reforma dos banheiros e obras de acessibilidade e cobertura para filas. Reaberto, o Restaurante Comunitário do Paranoá ampliou a capacidade e passa a oferecer café da manhã, almoço e jantar A unidade, que no ano passado serviu mais de 711 mil refeições, ampliou a capacidade de atendimento e agora oferecerá café da manhã, almoço e jantar, todos os dias, incluindo domingos e feriados. O novo contrato prevê mais de 1,2 milhão de refeições por ano, com média diária superior a 3,5 mil atendimentos. “Se a pessoa tomar café da manhã, almoçar e jantar na unidade, vamos ter a certeza de que ela estará bem-alimentada com um preço bem acessível” Vanderléa Cremonini, subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional A subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional, Vanderléa Cremonini, lembra que a obra foi executada para atender os requisitos sanitários, com o objetivo de promover a qualidade do alimento. “A garantia da segurança alimentar não é apenas você ter acesso ao alimento, mas ao alimento com qualidade”, especifica. A gestora também reforça que qualquer pessoa que se alimenta no Restaurante Comunitário garante as calorias necessárias para um dia, devido ao cardápio planejado pela equipe de nutricionistas. “Se a pessoa tomar café da manhã, almoçar e jantar na unidade, vamos ter a certeza de que ela estará bem-alimentada com um preço bem acessível”, afirma Vanderléa. “Com isso, a pessoa deixa de gastar em alimentos e pode investir em outros direitos, como lazer, esporte, cultura ou outra frente que pode desenvolver mais ainda a sociedade.” População satisfeita Sabrina Sousa, dona de casa: “Eu trago o meu pequeno para almoçar aqui, e o custo-benefício é excelente” [LEIA_TAMBEM]Atualmente, 15 unidades funcionam de domingo a domingo, inclusive em feriados, com a oferta das três refeições diárias: café da manhã e jantar a R$ 0,50 cada, e almoço a R$ 1. A dona de casa Sabrina Sousa, 31 anos, sempre frequentou o espaço com o filho e avalia que a reabertura do serviço é um alívio para o orçamento, além de facilitar o trabalho que ela teria fazendo compras e cozinhando em casa. “Eu trago o meu pequeno para almoçar aqui, e o custo-benefício é excelente, a comida é boa, balanceada e deixa a gente forte”, ressalta. “Para mim faz toda a diferença, porque quem trabalha é meu esposo; eu sou dona de casa, então já ajuda bastante nas despesas. Todo mundo lá de casa come aqui e gosta.” Marcelo Reis: “É uma comida boa e acessível; estava fazendo muita falta para nós da comunidade do Paranoá. A gente economiza bastante em casa” Para o servente Marcelo da Silva Reis, 41, o restaurante é uma ajuda fundamental: “É uma comida boa e acessível; estava fazendo muita falta para nós da comunidade do Paranoá. Muita gente depende disso aqui, e dá para ver a melhora nesses anos. Eu sempre vinha almoçar aqui, que é uma opção mais viável do que outros lugares mais caros. A gente economiza bastante em casa”.
Ler mais...
Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional elege presidente e dá posse a novos conselheiros
O Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Distrito Federal (Consea-DF) elegeu, nesta quarta-feira (1º), a nova presidência do colegiado para o mandato 2025-2027. Por maioria de votos, a atual presidente, Albaneide Peixinho, foi reconduzida ao cargo. Nutricionista e atuante na pauta da segurança alimentar e nutricional, Albaneide integra o Conselho como representante da organização da sociedade civil (OSC) Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável. “O Conselho interveio bem nas questões da liberação das cozinhas solidárias. Nos mobilizamos para solicitar que tomassem providências em relação à segurança nos restaurantes comunitários, foram diversas plenárias sobre o assunto. Acho que, a partir da sexta conferência, a gente fortaleceu muito o Conselho, a participação do coletivo. O conselheiro está intervindo melhor, está entendendo o que é o papel do Conselho e a importância de monitorar e fiscalizar as políticas públicas de segurança alimentar e nutricional”, destacou Albaneide Peixinho, ao fazer um balanço da sua gestão anterior. O Consea-DF tem como objetivo acompanhar a execução da política de segurança alimentar e nutricional em âmbito distrital e propor medidas para aprimorá-la | Fotos: Carol Nogueira/Sedes-DF Vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), o Consea-DF é formado por dois terços de representantes da sociedade civil e um terço de representantes do governo, totalizando 36 titulares, além dos respectivos suplentes. Na mesma ocasião, tomaram posse os 48 conselheiros eleitos de 24 organizações e movimentos da sociedade civil que compõem o Consea-DF, escolhidos no último processo seletivo. Uma das novas conselheiras, Ana Lydia Gonçalves, representante da Associação de Produtores e Promotores das Plantas Alimentícias Não Convencionais (Aspanc), destacou a importância da nova gestão. [LEIA_TAMBEM]“Essa pauta que ela trouxe é muito importante, porque não é esperar as demandas chegarem, é mapear as demandas. Isso é muito importante para dar continuidade ao que começamos e avançar. Avançar em todas essas pautas em relação à alimentação, ao direito a uma alimentação justa e adequada aqui no Distrito Federal”, afirmou Ana Lydia Gonçalves. O colegiado tem como objetivo acompanhar a execução da política de segurança alimentar e nutricional em âmbito distrital e propor medidas para aprimorá-la, com foco em atender às comunidades mais vulneráveis. A presidência do Conselho é exercida por um representante da sociedade civil. O Consea-DF também é responsável pela organização das Conferências Distritais de Segurança Alimentar e Nutricional, importante espaço de debate sobre a política e de apresentação de propostas que servirão de base para o Plano Distrital de Segurança Alimentar e Nutricional, com vigência de quatro anos. As deliberações contribuem ainda com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. “A participação da população e das organizações da sociedade civil é fundamental para termos uma política de segurança alimentar e nutricional mais efetiva e que atenda os diferentes segmentos da população”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF)
Ler mais...
População em situação de rua tem mais acesso à alimentação e atenção em saúde no DF
Todos os dias, por volta do meio-dia, José da Cruz (nome fictício) chega ao Restaurante Comunitário da Estrutural com o mesmo propósito: garantir a refeição que, sem esse serviço, talvez faltasse. “Eu não tenho outro lugar. Aqui é de graça, é certo de vir comer, me alimentar”, resume. Em situação de rua, sem renda fixa e com dificuldades até para pedir ajuda, ele considera o restaurante uma verdadeira salvação: “Saio com a barriguinha cheia, satisfeito.” O depoimento de José sintetiza o impacto direto das políticas públicas voltadas à segurança alimentar no Distrito Federal. O terceiro estudo temático do 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua, divulgado nesta semana pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), mostra que cresceu significativamente o número de pessoas em situação de rua que recorrem aos restaurantes comunitários. Segundo o Censo Distrital da População em Situação de Rua, 45,1% dos entrevistados já se alimentaram em um Restaurante Comunitário | Fotos: Divulgação/Casa Civil O levantamento revela que, em 2022, apenas 13% dos entrevistados conseguiam se alimentar nesses espaços. Agora, esse número subiu para 45,1%, um aumento de 32,1 pontos percentuais. O aumento na frequência também chama atenção: 44,7% disseram ter usado os restaurantes cinco vezes ou mais nos últimos seis meses. Mais que o dobro do registrado no censo anterior, quando esse índice era de 18,3%. “O acesso à alimentação é um direito básico, e garantir esse direito é uma das prioridades da gestão. Os dados mostram que os esforços do GDF, por meio da coordenação da Casa Civil, têm gerado resultados concretos para a população em situação de rua”, destaca o secretário-chefe da Casa Civil e coordenador da Política Distrital para a População em Situação de Rua, Gustavo Rocha. Atualmente, o DF conta com 18 restaurantes comunitários, sendo que 15 funcionam de domingo a domingo, servindo três refeições Para a diretora de Estudos e Políticas Sociais do IPEDF, Marcela Machado, os dados revelam avanços importantes. “Este recorte do Censo nos ajuda a compreender com mais profundidade como estão as condições de vida de pessoas em situação de rua, especialmente no que diz respeito ao acesso à alimentação e à segurança alimentar. Os dados reforçam o quanto é essencial garantir ações articuladas, que respondam de forma efetiva às necessidades da população em situação de rua no DF”. Atualmente, o Distrito Federal conta com 18 restaurantes comunitários em funcionamento, sendo que 15 funcionam de domingo a domingo, inclusive feriados. Refeições completas e balanceadas são servidas no café, almoço e jantar por apenas R$ 2 – ou gratuitamente, no caso de pessoas cadastradas em situação de vulnerabilidade. A iniciativa é uma das principais frentes do GDF na promoção da dignidade e no combate à fome, com articulação direta da Casa Civil. A comparação entre os dois censos revela um aumento expressivo no acesso da população em situação de rua aos restaurantes comunitários Para o diretor-presidente do IPEDF, Manoel Clementino, o levantamento mostra a importância de uma gestão pública baseada em dados confiáveis. “A comparação entre os dois censos revela um aumento expressivo no acesso da população em situação de rua aos restaurantes comunitários, o que indica o impacto direto de políticas públicas implementadas nesse sentido, como a expansão dos restaurantes. O IPEDF cumpre um papel fundamental ao subsidiar o planejamento, a avaliação e o aprimoramento contínuo dessas ações”. [LEIA_TAMBEM]Além dos avanços no campo da alimentação, o levantamento trouxe subsídios importantes para o fortalecimento das políticas públicas de saúde. A pesquisa aponta que parte expressiva dessa população enfrenta desafios relacionados ao bem-estar físico e emocional, como sintomas de ansiedade, depressão e dores persistentes. Para o GDF, esses dados reforçam a importância da atuação articulada entre saúde, assistência social e direitos humanos. “A Casa Civil tem trabalhado para integrar as ações do governo e garantir que os serviços cheguem com mais eficiência a quem precisa. Este estudo reforça que estamos no caminho certo. A prioridade é ampliar a dignidade, o cuidado e a proteção social para todos os cidadãos do DF”, completou Gustavo Rocha. A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 7 de fevereiro de 2025 com 568 pessoas que estavam nas ruas ou em serviços de acolhimento. A coleta foi conduzida pelo IPEDF em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). *Com informações da Casa Civil e do IPEDF
Ler mais...
Pesquisa aponta que 75% dos usuários aprovam qualidade dos restaurantes comunitários no DF
Segundo pesquisa de satisfação da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), 75% dos usuários dos restaurantes comunitários do Distrito Federal classificaram a qualidade do atendimento e das refeições como ótima ou boa nos últimos quatro meses. O levantamento é realizado mensalmente para avaliar os serviços oferecidos pelas unidades. Os dados apontam que 50% do público classificam a qualidade dos serviços como “ótima”. A percepção “boa” corresponde a 25%, indicando que um em cada quatro usuários considera o serviço satisfatório. Aproximadamente 13% do público classificam o serviço como “regular”. Já a avaliação “ruim” foi de 12%. Segundo a pesquisa, 50% dos entrevistados classificam os restaurantes como "ótimos" e 25%, como "bons" | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília De janeiro a abril deste ano, foram realizadas 7.174 pesquisas com os frequentadores de todos os restaurantes comunitários. O levantamento é feito pela Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional (Subsan) da pasta. “A pesquisa é um importante termômetro para avaliarmos a qualidade dos nossos serviços oferecidos à população”, destaca a secretária substituta de Desenvolvimento Social, Jackeline Canhedo. “A partir dos dados, podemos observar que são poucas as reclamações, especialmente se considerarmos que se trata de uma cozinha industrial com capacidade para mais de 3,5 mil refeições por dia”, acrescenta. O Distrito Federal tem 18 restaurantes comunitários, localizados em áreas de grande vulnerabilidade social e insegurança alimentar, preferencialmente perto de pontos de transporte público. O objetivo dos equipamentos é preparar e oferecer refeições saudáveis a preços acessíveis. Em geral, as unidades disponibilizam café da manhã por R$ 0,50, almoço por R$ 1 e jantar por R$ 0,50. Confira o funcionamento do restaurante na sua região. [LEIA_TAMBEM]Ouvidorias Além disso, dados da Ouvidoria da Sedes mostram que os restaurantes comunitários registraram uma média mensal de 77 reclamações de janeiro a maio deste ano, o que representa menos de 0,1% em relação a 1,4 milhão de refeições servidas mensalmente. O número indica que, diante do elevado volume de atendimentos, a qualidade dos serviços oferecidos é considerada positiva pelos usuários. Durante o período, foram registrados um total de 405 ocorrências na Ouvidoria, abordando temas como segurança, acessibilidade, qualidade das refeições e do atendimento, além de questões referentes à higiene e à infraestrutura dos restaurantes. “Avaliamos que temos feito um ótimo trabalho na segurança alimentar e nutricional no DF. Todas essas ouvidorias são tratadas para fortalecer os nossos equipamentos", avalia Jardesson Calazans, diretor de Gestão de Equipamentos de Segurança Alimentar e Nutricional. Refeição boa e barata Lindaura Ferreira de Oliveira almoça todos os dias no restaurante de Samambaia Expansão: "A comida é preparada no ponto certo, atendendo às necessidades de quem tem problemas de saúde" | Foto: Divulgação/Sedes-DF O pedreiro Robson dos Santos Rodrigues, 26 anos, sempre morou em Samambaia Expansão e elogia a qualidade das refeições oferecidas. “Para mim, é maravilhoso, pois me proporciona a oportunidade de comer todos os dias a um preço acessível. A comida aqui é uma delícia”, afirma. Para a dona de casa Lindaura Ferreira de Oliveira, 61 anos, a comida servida no restaurante é não apenas saborosa, mas também acessível. “Além disso, o restaurante fica perto da minha casa, o que facilita a rotina da minha família. Nós tomamos café da manhã, almoçamos e jantamos aqui todos os dias”, conta. “A comida é preparada no ponto certo, atendendo às necessidades de quem tem problemas de saúde. Eu como aqui diariamente, e isso faz uma grande diferença na minha vida.” *Com informações da Sedes-DF
Ler mais...
Abrigo contra o frio na Asa Sul faz mais de 2,2 mil acolhimentos em 20 dias com dignidade e conforto
Segurança e acolhimento são as palavras usadas por Ulisses Silva (nome fictício), 38 anos, para definir o abrigo provisório contra o frio, montado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) na Asa Sul, desde 22 de maio. “O abrigo está sendo uma mãe, ajudando bastante. Aqui temos a janta, o café da manhã, o banho, a dormida e apoio dos assistentes sociais”, afirma ele, que utiliza o serviço público há 11 dias consecutivos. “Aqui me sinto seguro, os funcionários acolhem a gente, são muito educados, nos tratam bem.” Mais de 2 mil atendimentos já foram feitos no abrigo provisório contra o frio, na 907 Sul, desde 22 de maio | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Ele e a esposa, a acolhida Luana Ribeiro (nome fictício), 42, souberam da iniciativa pelo Centro Pop da Asa Sul. Nascidos em São Paulo, eles estão em situação de rua desde que foram dispensados de um emprego na área rural do DF. “Na rua a gente ia passar frio, mas aqui eles dão tudo que precisamos, até roupa”, afirma ela, que recebeu um casaco da Campanha do Agasalho Solidário. O abrigo provisório contra o frio promoveu 2.224 atendimentos a pessoas em situação de rua em 20 dias de funcionamento - desde a abertura até a última quarta-feira (11). A estrutura é instalada diariamente no ginásio do Centro Integrado de Educação Física (Cief), na 907 Sul, com funcionamento das 19h30 às 6h. Do total de assistências, 337 são referentes às pessoas com deficiência (PcD), 67 a mulheres, 20 a mulheres transexuais, 12 a crianças e adolescentes e 67 a animais de estimação, enquanto o número de homens acolhidos chega a 1.337. Além disso, em 12 dias de atividade houve o preenchimento de todas as vagas disponíveis. O espaço é uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), conforme previsto no Plano Distrital para População em Situação de Rua, coordenado pela Casa Civil. Outros locais serão abertos conforme a demanda. Em 2024, os abrigos temporários foram instalados no Plano Piloto, no Gama e em Ceilândia, com atendimento de mais de 8 mil pessoas. O inverno começa no DF, oficialmente, apenas no dia 20 deste mês. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou, na última segunda-feira (9), um alerta amarelo de leve risco à saúde devido ao declínio de temperatura em 15 unidades da federação. No DF, a temperatura poderá variar e cair entre 3º C e 5º C, com registro de 21º C a 23º C nos próximos dias. “Abrir o abrigo provisório antes mesmo do início oficial do inverno foi uma medida necessária diante da queda brusca de temperatura. Essas mais de 2 mil pessoas em situação de rua foram acolhidas com segurança, alimentação, banho quente e estrutura adequada”, enfatiza o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha. “Temos articulado esse esforço com os demais órgãos do GDF para garantir uma resposta rápida, eficiente e sensível às necessidades de quem mais precisa. É assim que reafirmamos o papel de um governo presente e comprometido com a dignidade de todos.” Bem-estar "O pernoite vem para a proteção social das pessoas que nesse momento se encontram em maior situação de vulnerabilidade", afirma Raqueline Neves No local, os abrigados têm acesso a duas refeições (café da manhã e jantar), colchões e cobertores limpos para dormir, banho quente, kit higiene e casacos fornecidos pela Campanha do Agasalho Solidário, iniciativa da Chefia-Executiva de Políticas Sociais idealizada pela primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha. Também são oferecidos atendimentos socioassistenciais e foram montadas duas tendas da Defesa Civil para crianças e mulheres. A subsecretária substituta de Assistência Social da Sedes, Raqueline Neves, explica o processo de acolhimento: “As pessoas que chegam aqui são cadastradas no nosso sistema e, depois, recebem um kit de higiene para o banho quente. Também são oferecidos alimentação e agasalho, além de atendimento socioassistencial.” [LEIA_TAMBEM]Segundo Neves, o objetivo é oferecer, de fato, segurança e conforto à esta população. “O pernoite é uma meta do Plano de Ação para a População em Situação de Rua, que tem a oferta de diversas políticas, incluindo a assistência. Dentro disso, o pernoite vem para a proteção social das pessoas que nesse momento se encontram em maior situação de vulnerabilidade.” Agasalho Solidário Lançada em 8 de maio, a 6ª edição da Campanha do Agasalho Solidário segue até 17 de julho para reforçar o apoio a famílias em situação de vulnerabilidade social. Cerca de 4 mil itens já foram arrecadados até o momento, dos quais uma parte foi entregue em ações no Sol Nascente, Pôr do Sol, Estrutural e Santa Maria. Casacos, mantas, meias, toucas, gorros e calçados em bom estado, para todas as idades e públicos, podem ser entregues em pontos de coleta dos órgãos do GDF. O ideal é que os itens estejam em sacos plásticos transparentes, com identificação do tipo, tamanho e público da peça, para facilitar a triagem e distribuição. Os pontos de coleta estão distribuídos em locais estratégicos, como o Palácio do Buriti e o Anexo, secretarias, administrações regionais, órgãos e entidades públicas. Para mais informações, acesse as redes sociais da Chefia-Executiva de Políticas Sociais ou entre em contato pelo WhatsApp (61) 99195-4079.
Ler mais...