Prêmio Transformação Digital na Saúde destaca 15 soluções inovadoras
Soluções e iniciativas aplicadas em serviços, processos ou políticas públicas para o Sistema Único de Saúde (SUS) foram reconhecidas pelo Prêmio Transformação Digital na Saúde no encerramento da 6ª Feira de Soluções para Saúde. A iniciativa premiou 15 propostas no evento, promovido pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Prêmio Transformação Digital na Saúde reconheceu 15 soluções inovadoras em cinco categorias | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O reconhecimento – que tem o objetivo de incentivar a disseminação de inovações e soluções que produzam resultados positivos para a sociedade, especialmente no DF – ocorreu por categoria. Uma das 14 iniciativas apresentadas por servidores da SES-DF – O uso de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) para vigilância e enfrentamento da dengue na Atenção Primária – ficou em primeiro lugar na categoria Políticas Públicas de Saúde Digital no SUS. [Olho texto=”“Quando começamos a mobilizar o nosso servidor para pensar fora da caixa, através da transformação digital, conseguimos fazer mais com os mesmos recursos”” assinatura=”Rodrigo Vidal da Costa, subsecretário de Planejamento em Saúde da SES-DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A proposta V4H venceu a categoria Complexo Econômico e Industrial da Saúde 5.0. Em Sistemas de Inteligência Artificial na Saúde, a primeira colocada foi a iniciativa denominada Proadsess. Já na categoria Pesquisa, desenvolvimento e inovações na transformação digital, ganhou a proposta JUDJe. Por fim, em Educação e Sociedade na Era da Saúde 5.0, a solução OpenCare 5G saiu vencedora. “Precisávamos muito deste momento para reunir nossos esforços. Quando começamos a mobilizar o nosso servidor para pensar fora da caixa, através da transformação digital, conseguimos fazer mais com os mesmos recursos”, reforçou o subsecretário de Planejamento em Saúde da SES-DF, Rodrigo Vidal da Costa, sobre a importância do evento para que soluções sejam pensadas especialmente pelos próprios servidores, que estão na ponta do atendimento e entendem os recursos disponíveis. A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, ressaltou a vocação da feira para diálogo e troca de ideias entre diferentes agentes. “Um espaço democrático que acolhe ideias e iniciativa, abrindo espaço para que possamos ir mais longe com tudo que podemos dividir e compartilhar.” Além da premiação das soluções vencedores, o encerramento da feira teve o anúncio das dez equipes que passarão para a próxima etapa da Hackatona SUS Digital. Após a fase de recursos, o resultado final deve ser divulgado em 5 de dezembro, segundo o edital. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Elas idealizaram propostas para solucionar problemas que a SES-DF apresentou. A próxima etapa é a incubação, que contará com o olhar de quem está trabalhando na ponta e de técnicos que tratarão da tecnologia para a incorporação”, explicou o coordenador da 6ª Feira de Soluções para Saúde, Wagner Martins. Entre as soluções inscritas na feira, 14 foram elaboradas por servidores da SES-DF e incluíam inovações tecnológicas nas áreas de planejamento, monitoramento e gestão. Soluções realizadas pelos servidores: ? Importação de ações ambulatoriais para RAAs ? Aplicativo para monitoramento da subnotificação de sífilis ? Uma nova abordagem para o cálculo de cobertura vacinal de covid-19 no DF: aplicação do Power Bi ? Automação de processos de negócio ? ConectSUS: Conheça suas funcionalidades e saiba como obter a Carteira Nacional de Vacinação Digital ? Aplicativo NND-Fiscalização Contrato ? Aplicativo para monitoramento e seguimento de sífilis em gestante ? Painel: Gestão de custos – SES/DF ? Sistema de gestão de credenciamento e habilitação ? Desenvolvimento institucional: do plano estratégico à inteligência organizacional ? O uso de sistemas de informações geográficas (SIG) para vigilância e enfrentamento da dengue na Atenção Primária ? Painel de monitoramento de caso de câncer do colo de útero ? Relatório gerencial e quadrimestral de custos – RGGC ? Painéis de monitoramento e avaliação de indicadores estratégicos. *Com informações da SES-DF
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Sistema Sadefuzzy: inteligência artificial dá suporte à decisão clínica
As disfunções do trato urinário inferior (Dtui) são problemas associados ao armazenamento, retenção de urina ou esvaziamento da bexiga. A incontinência urinária, por exemplo, acomete mais de 200 milhões de pessoas no mundo. Em geral, esses pacientes apresentam baixos índices de qualidade de vida. Diante do cenário, que pede diagnóstico assertivo e precoce, a professora-adjunta de Gerenciamento do Cuidado em Saúde, da Universidade de Brasília (UnB), Anna Carolina Faleiros Martins, participou da 6ª Feira de Soluções para Saúde, nesta quarta-feira (29), e apresentou o Sadefuzzy. Trata-se de uma inteligência artificial que oferece suporte à decisão clínica, uma vez que apresenta o diagnóstico a partir dos sintomas. Anna Carolina Faleiros Martins: “A tecnologia pode evitar tratamentos desnecessários ou inadequados e, portanto, contribuir para a diminuição de custos na saúde” | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF O software foi elaborado pela professora e por uma equipe de físicos, desenvolvedores de sistemas, médicos e enfermeiros no laboratório de urologia (Laburo) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A ideia surgiu da complexidade inerente ao diagnóstico urológico, que envolve muitas incertezas e etapas, como coleta de dados, exame clínico, avaliação urodinâmica e testes. Como surgiu? Em sua palestra, Martins detalhou o processo de desenvolvimento da ferramenta. Profissionais de referência e especialistas em urologia analisaram o grau de pertinência de 37 sintomas para 10 diagnósticos diferentes (definidos pela Sociedade Internacional de Continência) e designaram um valor a cada sinal. “O sistema foi configurado a partir das relações entre os sintomas e os diagnósticos associados. Dados de prontuários e estudos urodinâmicos de 100 pessoas [50 mulheres e 50 homens] com problemas no trato urinário inferior conseguiram aperfeiçoar o software”, explicou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segundo a professora, uma série de publicações científicas comprova a segurança de sistemas de apoio à decisão clínica baseados em inteligência artificial. “A tecnologia pode evitar tratamentos desnecessários ou inadequados e, portanto, contribuir para a diminuição de custos na saúde”, argumentou. “O Sadefuzzy é um sistema de apoio, que compõe a medicina baseada em evidências, contribui para que haja diagnósticos precoces e precisos, melhorando os cuidados com os pacientes”, afirmou. O software foi avaliado por consultores, a fim de qualificá-lo conforme padrões e normas técnicas. Verificou-se que o Sadefuzzy tem qualidade técnica satisfatória para ser empregado com segurança na prática clínica. “A tecnologia nunca irá substituir a assistência de um especialista, mas ela pode, sim, dar apoio. A decisão, contudo, será do profissional”, concluiu Martins. *Com informações da Secretaria de Saúde
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