Grupo da UBS 1 de Taguatinga oferece escuta e orientações a cuidadores de pessoas com TEA
Um espaço de escuta e orientações. É esse apoio que o grupo interdisciplinar TEAlogando da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Taguatinga oferece para pais e cuidadores de pessoas com diagnóstico ou investigação de Transtorno do Espectro Autista (TEA) da quadras QNG, QNH, localizadas em Taguatinga, e da Colônia Agrícola 26 de Setembro, território atendido pela unidade. O grupo, iniciado em maio de 2024, está na terceira turma e é conduzido pelas equipes multiprofissionais (eMulti) e de Saúde da Família (eSF). O grupo iniciado em maio de 2024 está na terceira turma e é conduzido pelas equipes multidisciplinares e de Saúde da Família (eSF) | Fotos: Arquivo pessoal Em celebração ao Abril Azul, mês de conscientização sobre o autismo, o grupo realizou algumas atividades. “Não é um grupo fixo, há rotatividade dos participantes, pois são pais de crianças que chegam com demanda de atraso de linguagem, suspeita ou diagnóstico de TEA para a eMulti. Eles são convidados a participar da turma enquanto as crianças aguardam os devidos atendimentos e encaminhamentos nas Redes de Atenção à Saúde ( RAS)”, aponta a gerente da UBS, Iraquitania Bernardo Barbosa. A fonoaudióloga Suzy Yurimi Kusakawa Mashuda explica que são ciclos de seis encontros quinzenais onde são abordados temas específicos de interesse para orientações, criação de rede de apoio entre os pais e a intervenção precoce. Grupo discute temas como desenvolvimento de linguagem e seletividade alimentar de pessoas com TEA e autocuidado dos próprios cuidadores “Essa medida é importante, pois cria uma rede de apoio entre os pais, fortalece o vínculo com a equipe. Nesses grupos, eles recebem orientações práticas para serem aplicadas no dia a dia. Além de tudo, é um espaço de acolhimento, escuta qualificada, apoio e troca de experiências”, afirma. Conhecimento Entre os assuntos abordados com os participantes estão a definição e conceito do TEA, comunicação e desenvolvimento de linguagem, alterações sensoriais, seletividade alimentar, direito da pessoa com deficiência e o autocuidado dos próprios cuidadores. [LEIA_TAMBEM] Uma das participantes, Cedalia Maria Medeiros Silva, 44, mãe do Isaque, 8, conta que o filho foi diagnosticado com autismo nível 2 de suporte. Moradora da região, ressalta que o apoio do grupo é fundamental. “Aprendi mais sobre o comportamento dele. O apoio é muito bom para nós, mães atípicas. Outra coisa importante foram as orientações sobre o autocuidado de quem cuida, principalmente relacionado à saúde mental e autoestima. Da gente não esquecer do nosso próprio cuidado diário, cuidar do cabelo, fazer uma maquiagem. Eu me senti acolhida. Os profissionais são solícitos e fazem tudo com muito amor. Sei que vai ajudar muitas mães”, elogiou. Atendimento A porta de entrada para o serviço são as unidades básicas de saúde (UBSs), que fazem o acolhimento e os encaminhamentos necessários a partir de uma avaliação inicial, realizada por uma equipe multiprofissional. Após a etapa, a pessoa com TEA pode ser encaminhada de acordo com a gravidade dos casos. Em formas mais leves, os pacientes são direcionados para uma equipe de saúde da família. Em casos moderados, para os serviços especializados em saúde mental, como o Centro de Atendimento ao Adolescente e Família (Adolescentro) e o Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (COMPP). Já em ocorrências mais graves do transtorno, para os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). *Com informações da SES-DF
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Palestra online vai orientar sobre abordagem humanizada a pacientes com autismo
No dia 30 de abril, o Núcleo de Educação do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) realizará uma webpalestra em prol do mês de conscientização do autismo. O objetivo é capacitar profissionais da saúde para oferecer um atendimento humanizado, inclusivo e eficaz aos pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Com o tema “Abril Azul: Mês de conscientização do autismo”, a palestra será ministrada pela médica neurologista da infância e adolescência, Ellen de Souza Siqueira. A palestra será dada das 14h às 15h e as inscrições podem ser feitas neste link. *Com informações do IgesDF
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Abril reforça a conscientização sobre vários tipos de câncer
[Olho texto=”O Abril Lilás aborda câncer de testículo, enquanto Abril Azul-Claro discute o tumor na região do esôfago, Abril Vermelho e Branco traz dados sobre os cânceres de cabeça e pescoço, Abril Verde cita a segurança e a saúde do trabalhador e Abril Azul conscientiza sobre o TEA” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O quarto mês do ano é marcado por campanhas de conscientização sobre vários tipos de câncer. As ações visam esclarecer dúvidas e incentivar o diagnóstico dessas doenças. Em abril, também são abordados temas relacionados ao transtorno do espectro autista (TEA) e à segurança e à saúde do trabalhador. Assim como ocorre em cada mês do ano, as campanhas do calendário da saúde são identificadas por cores. O Abril Lilás aborda o câncer de testículo, o Abril Azul-Claro debate o tumor na região do esôfago, o Abril Vermelho e Branco traz dados sobre os cânceres de cabeça e pescoço, o Abril Verde cita a segurança e a saúde do trabalhador e o Abril Azul conscientiza sobre o TEA. O câncer de testículo é um tumor raro que corresponde a cerca de 5% do total dos tumores entre os homens. No entanto, é de fácil cura, como explica o médico Gustavo Ribas, referência técnica distrital (RTD) em oncologia clínica. “O tumor, por mais avançado que esteja, é curável. O tratamento é cirúrgico, se detectado em fase inicial. Caso a doença esteja avançada e atingindo outros órgãos, opta-se por quimioterapia, no intuito de diminuir o tamanho do tumor, e depois corrigir cirurgicamente”, detalha o profissional. “Há ainda casos em que pode ser usada a radioterapia, no intuito de diminuir a massa tumoral”. O paciente com suspeita de câncer deve procurar uma UBS para ter uma avaliação inicial do quadro e fazer o exame histopatológico | Foto: Tony Oliveira / Agência Brasília Já o câncer de esôfago é agressivo e com mortalidade alta. Esse tumor é o sexto mais frequente entre pacientes do sexo masculino e o 15º mais comum entre pessoas do sexo feminino. “O tumor já se manifesta em estado avançado, atingindo outros órgãos e sem possibilidade de cura”, cita Gustavo Ribas. “Nos casos em que a doença se manifesta em uma fase mais precoce, o tratamento inicial é quimioterapia seguida de cirurgia”, complementa. A campanha de conscientização deste tumor é chamada de Abril Azul-Claro. O câncer de cabeça e pescoço é representado pelas cores vermelho e branco. O termo “cabeça e pescoço” é, na verdade, uma nomenclatura popular usada para caracterizar tumores que vão da boca até a região da laringe supraglótica. Gustavo Ribas alerta que a doença é agressiva e está fortemente relacionada a hábitos como o uso de álcool e cigarro. Quanto à cura, o tratamento é feito na modalidade multifatorial, isto é, por quimioterapia e radioterapia seguidas de cirurgia. “Quando não é possível fazer o tratamento curativo, é realizada uma radioterapia paliativa para controlar o sangramento que o tumor promove”, aponta. Diagnóstico O paciente com suspeita de câncer deve procurar uma das unidades básicas de saúde (UBSs) do Distrito Federal para ter uma avaliação inicial do quadro e fazer o exame histopatológico. “Se confirmado o tumor através de biópsia, ele é encaminhado para as unidades de oncologia clínica”, explica Ribas. O Hospital Regional de Taguatinga é uma das três unidades públicas de oncologia clínica no Distrito Federal | Foto: Arquivo/Agência Brasília O DF conta com três unidades para esse tipo de tratamento: o Hospital Universitário de Brasília (HUB), o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e o Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) do Hospital de Base. “O paciente é analisado durante consulta. A realização de exames auxilia no diagnóstico e na decisão pelo tratamento nas especialidades reguladas, como cirurgia oncológica, cirurgia gastrointestinal, radioterapia, oncoginecologia, mastologia, proctologia, entre outras”, explica Ribas. O médico detalha ainda que as especialidades ligadas à oncologia no DF são, em geral, da categoria chamada panorama três, isto é, com fila única nas unidades de saúde que atendem a esses casos. TEA O transtorno do espectro autista é a definição para o paciente que apresenta algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, bem como interesses e atividades únicas, feitas de maneira repetitiva. O TEA começa na infância, geralmente nos primeiros cinco anos de vida, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). A campanha de conscientização do TEA é identificada pelo Abril Azul. Pacientes com grau leve a moderado de TEA são acompanhados no Centro Especializado em Reabilitação de Taguatinga | Foto: Geovana Albuquerque/Arquivo Agência Saúde Os responsáveis pelo paciente devem procurar orientação caso identifiquem alguma suspeita. A porta de entrada é por meio das UBSs. O diagnóstico considera o relato dos pais e a avaliação médica. Se houver necessidade, é feito o encaminhamento para o serviço especializado. Os pacientes com grau classificado como leve e moderado são acompanhados no Centro Especializado em Reabilitação de Taguatinga (CER). Já os casos considerados graves e gravíssimos são encaminhados para os centros de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (Capsi), localizados em Sobradinho, Taguatinga, Asa Norte e Recanto das Emas, bem como para o Centro de Orientação Médico Psicopedagógica (Compp), voltado para crianças de até 12 anos, e o Adolescentro, que atende jovens de 12 a 18 anos. Também há atendimento no Caps de Brazlândia. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A rede de saúde do DF está literalmente de portas abertas para atender a esses casos, como explica a terapeuta ocupacional Kelly Cristina Silva, gerente do Capsi de Taguatinga. “O acolhimento nas unidades do Caps é porta aberta. Significa que o paciente pode chegar a qualquer momento no serviço e ser atendido. Deve apenas levar os documentos pessoais e comprovante de residência. A partir do acolhimento, ele vai passar por uma avaliação da equipe para verificar se ele tem perfil para ser atendido no Caps ou se a necessidade que ele está apresentando naquele momento é em outra unidade de saúde”, elucida. Registros Em abril, também é abordada a segurança e a saúde do trabalhador brasileiro. A Lei nº 11.121/2005 instituiu que, em 28 de abril, celebra-se o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Neste contexto, o Abril Verde ocorre em memória a esse grupo. Conforme define o Ministério da Saúde, acidente de trabalho é aquele que ocorre durante o serviço ou no trajeto entre a residência e o local de trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, acarretando perda ou redução da capacidade para o trabalho e, em último caso, a morte. No Distrito Federal, são registrados por dia ao menos cinco acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. Por mês, morrem, em média, três trabalhadores. Os dados são do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan). *Com informações da Secretaria de Saúde
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