Hospital de Base: entre o passado e o presente, um legado de amor e solidariedade
Mais do que números e estatísticas, os 65 anos do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) são marcados por histórias de vida, reencontros e superações. Nessa trajetória, o trabalho de milhares de pessoas faz da unidade um lugar de esperança e laços que se renovam todos os dias. Davi Haje atua em um setor de referência do hospital, a ortopedia: “Aprimorei e mantive o tratamento criado pelo meu pai para cuidar de deformidades torácicas sem cirurgias; hoje, aplico também a técnica desenvolvida por ele no tratamento do pé torto, uma herança reconhecida internacionalmente” | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF “Vi de perto a complexidade da condição humana. Hoje, tenho orgulho de contribuir para que essa estrutura permaneça firme, oferecendo o melhor cuidado” Fernanda Hak, gerente-geral de Assistência do HBDF Presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF), que administra o hospital, Cleber Monteiro afirma: “O maior patrimônio do Hospital de Base sempre foram as pessoas, profissionais e voluntários que dedicaram décadas ao cuidado, ao acolhimento e à preservação da saúde pública na capital. Por trás de cada pessoa atendida, há histórias de superação acompanhadas por quem ofereceu amor e solidariedade”. Fernanda Hak, gerente-geral de Assistência do HBDF, conhece o hospital desde a infância, quando acompanhava o pai, o ginecologista Jadir Alves: “Vi de perto a complexidade da condição humana. Hoje, tenho orgulho de contribuir para que essa estrutura permaneça firme, oferecendo o melhor cuidado.” Uma parte importante do legado do Hospital de Base está relacionada com a ortopedia, uma das áreas referência da unidade. Entre os anos 1980 e 1990, o ortopedista Sydney Haje desenvolveu um método pioneiro para deformidades torácicas sem cirurgia, por meio de órteses e exercícios. A abordagem, reconhecida mundialmente, continua viva no trabalho do filho, Davi Haje, especialista em pés tortos e traumatologia. “Aprimorei e mantive o tratamento criado pelo meu pai para cuidar de deformidades torácicas sem cirurgias; hoje, aplico também a técnica desenvolvida por ele no tratamento do pé torto, uma herança reconhecida internacionalmente”, relata Davi. A gerente-geral de Assistência do HBDF, Fernanda Hak, carrega uma ligação familiar com o hospital. Desde a infância, ela acompanhava o pai, o ginecologista Jadir Alves, que foi chefe do pronto-socorro por muitos anos. “Os corredores sempre me foram familiares”, lembra. “Vi de perto a complexidade da condição humana. Hoje, tenho orgulho de contribuir para que essa estrutura permaneça firme, oferecendo o melhor cuidado”. Voluntariado que transforma Larissa Bezerra (de pé, atrás do grupo) coordena a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília, trabalho inaugurado por sua mãe, Vera Bezerra da Silva, já falecida: “No começo foi difícil assumir esse desafio, mas hoje encontro forças no propósito dela: ajudar o próximo” A trajetória do HBDF também se fortaleceu com o trabalho das equipes de voluntários que atuam dentro da unidade. A professora Vera Lúcia Bezerra da Silva, a Verinha, dedicou quase três décadas à Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília, levando acolhimento a pessoas em situação de vulnerabilidade. Após seu falecimento, em 2023, sua filha Larissa Bezerra assumiu a coordenação. “Desde criança acompanhei minha mãe”, conta. “No começo foi difícil assumir esse desafio, mas hoje encontro forças no propósito dela: ajudar o próximo”. [LEIA_TAMBEM]Outro marco no voluntariado é a Associação Amigos do Hospital de Base, criada em 1998 por ex-servidores e membros da sociedade civil. À frente da organização está Maria Oneide da Silva, que trabalhou por 40 anos como servidora dentro do hospital. “É uma honra fazer parte dessa caminhada”, comemora. “Acompanhei a evolução do HBDF e hoje sigo contribuindo para um atendimento mais humano e acolhedor.” A associação mantém suas atividades com doações espontâneas, aplicadas integralmente em benefício do hospital. O que define o HBDF é a vida que pulsa dentro dele. “O hospital acolhe quem chega com a dor latente e a esperança de sair dali restaurado, com o sofrimento aliviado ou, no mínimo, com o diagnóstico e o cuidado necessários para prosseguir em sua jornada de cura”, conclui Fernanda Hak. *Com informações do IgesDF
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Projeto Acolher celebra quatro anos promovendo qualidade de vida
O projeto Acolher, do Hospital de Base, comemorou nesta sexta-feira (18) quatro anos de existência. A data foi celebrada por gestores e colaboradores em evento realizado no gramado do jardim da unidade. Durante a solenidade, o presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), Cléber Monteiro, ressaltou: “O Acolher visa ao cuidado com os colaboradores, com o objetivo de oferecer as melhores condições e suporte para que todos possam desempenhar um trabalho de excelência”. Colaboradores comemoram os quatro anos do projeto, que tem como foco a qualidade de vida no ambiente de trabalho | Foto: Alberto Ruy/IgesDF A iniciativa é desenvolvida pelo IgesDF e contempla o Hospital de Base e todas as unidades geridas pelo instituto. O projeto oferece suporte em diversas especialidades de saúde, como psicologia, psiquiatria, acupuntura e nutrição, com foco na melhoria da qualidade de vida no ambiente de trabalho. Também são promovidas atividades como ginástica laboral, atendimento individualizado, clube de corrida, meditação e reiki — essas últimas, oferecidas em parceria com voluntários da Associação Amigos do Hospital de Base e de outras instituições. O Acolher conta ainda com o apoio de diversas instituições e parceiros para oferecer essas ações a aproximadamente 10 mil colaboradores do instituto. Cuidado com a saúde Somente em 2024, mais de 15 mil atendimentos foram prestados em todas as especialidades contempladas. Nos últimos dois meses, os serviços foram ampliados, com a inclusão de auriculoterapia e orientação física, fortalecendo o cuidado integral com a saúde dos profissionais. “O Acolher faz diferença na vida dos colaboradores, e isso reflete em uma assistência mais qualificada”, afirmou o superintendente do Hospital de Base, Edson Ferreira. “Se temos um trabalhador saudável, o atendimento ao usuário é melhor. Trata-se de um projeto histórico e um modelo a ser replicado em outras unidades.” Paula Paiva, chefe do Núcleo de Qualidade de Vida no Trabalho (NUQVT) do IgesDF, que gerencia o hospital, reforçou: “Apesar de jovem, o projeto é robusto e pode servir de referência para outras instituições de saúde que buscam crescimento estratégico e sustentável por meio de ações voltadas à saúde integral dos profissionais”. O NUQVT tem como missão promover ações voltadas à saúde física e mental dos colaboradores do IgesDF. São atividades que contribuem diretamente para a melhoria do ambiente laboral e, consequentemente, impactam de forma positiva a vida pessoal dos profissionais. *Com informações do IgesDF
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Residente de ortopedia com deficiência auditiva recebe óculos de realidade aumentada
Gilson Batista Sousa Junior, 28 anos, é residente de ortopedia no Hospital de Base (HBDF) e convive com deficiência auditiva desde os dois anos, consequência de uma meningite. Nesta quinta-feira (15), ele recebeu um par de óculos de realidade aumentada, doados pela Associação Amigos do Hospital de Base. Gilson Junior com o novo equipamento: “Esse gesto representa muito mais do que tecnologia: é inclusão, empatia e apoio a um sonho” | Foto: Alberto Ruy/IgesDF O aparelho, importado dos Estados Unidos, transcreve áudio em tempo real e projeta legendas diretamente no campo de visão do usuário, permitindo que Gilson supere barreiras de comunicação em sua rotina hospitalar. Gilson enfrenta desafios diários, especialmente em cirurgias, onde o uso de máscaras impede a leitura labial. Ainda em processo de adaptação ao implante coclear (de ouvido) feito em janeiro deste ano, ele relata que a comunicação ainda exige grande esforço. “Continuo enfrentando barreiras auditivas que exigem muito foco e energia mental”, relata. Sensibilizados com a situação, os voluntários buscaram apoio para viabilizar a doação. Segundo a presidente da associação, Maria Oneide da Silva, o equipamento foi oferecido por um médico do próprio hospital, que preferiu não se identificar. “O doador se prontificou a ajudar o colega - foi um gesto de humanidade e solidariedade”, afirma. A superintendente interina do HBDF, Fernanda Hak, também comemorou a iniciativa e, durante a entrega do aparelho, disse ao médico residente: “Esperamos que você aproveite ao máximo esses óculos e, da mesma forma que recebeu essa doação, continue doando seu talento e dedicação para cuidar dos pacientes. Sua trajetória é um exemplo para todos nós”. Para Gilson Junior, o dispositivo será transformador: “Vai me permitir entender com precisão o que está sendo dito, mesmo em ambientes ruidosos ou quando as máscaras impedem a leitura labial. Isso vai potencializar meu aprendizado e integração com a equipe e os pacientes”. Trajetória de superação [LEIA_TAMBEM]Nascido em Aparecida de Goiânia (GO), Gilson perdeu a audição aos dois anos, após uma meningite. Mudou-se com a família para Taguatinga (DF), onde estudou em uma escola bilíngue e aprendeu Libras. No retorno a Goiânia, enfrentou desafios, mas conquistou o direito a intérpretes na rede pública com o apoio do Ministério Público. Embora tenha iniciado seus estudos em ciências da computação, foi na medicina que encontrou sua verdadeira vocação. “Sempre quis ajudar as pessoas, especialmente aquelas que enfrentam limitações, como eu”, conta. “A medicina é a maneira mais nobre de converter minha história em apoio para quem precisa”. Ao receber os óculos, Gilson agradeceu à Associação Amigos do Hospital de Base, ao IgesDF, aos professores e colegas de trabalho. “Esse gesto representa muito mais do que tecnologia: é inclusão, empatia e apoio a um sonho”, declarou. “A deficiência pode limitar os sentidos, mas não precisa limitar os propósitos. Espero que minha trajetória inspire outros jovens com deficiência a acreditarem que é possível”. *Com informações do IgesDF
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Bazar especial de Dia das Mães reúne solidariedade e carinho no Hospital de Base
A entrada da sede da Associação Amigos do Hospital de Base é palco de mais uma edição especial do Bazar do Dia das Mães, promovido pelas voluntárias da entidade. O evento começou nesta quarta (7) e segue até quinta-feira (8), das 9h às 17h, reunindo uma variedade de produtos – como roupas, calçados, acessórios e itens de decoração –, todos oferecidos a preços acessíveis. Toda a renda arrecadada pelo bazar será revertida para ações da entidade, que se dedica a melhorar as condições dos pacientes atendidos no Hospital de Base | Foto: Divulgação/Iges-DF Durante a visita ao bazar, os frequentadores puderam desfrutar de chá, café e lanches servidos pelas organizadoras. Para tornar a experiência ainda mais especial, ao final dos dois dias de evento, será realizado um sorteio de brindes entre os clientes que efetuaram compras no local. Toda a renda arrecadada será revertida para ações da associação, que se dedica a melhorar as condições dos pacientes atendidos no Hospital de Base, além de contribuir com melhorias para a própria unidade de saúde. [LEIA_TAMBEM]“A realização desse bazar é uma forma de oferecer cuidado e acolhimento, além de arrecadar recursos que nos permitem continuar ajudando os pacientes. Convidamos todos os colaboradores do hospital, pacientes e acompanhantes a participarem e se unirem a essa corrente de solidariedade”, destacou Maria Oneide Miranda da Silva, coordenadora da Associação Amigos do Hospital de Base. Fundada em 1998, a associação é uma entidade sem fins lucrativos formada por voluntários que atuam diretamente no apoio a pacientes e acompanhantes do Hospital de Base, administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). Por meio de doações, bazares e outras iniciativas solidárias, a instituição oferece ajuda material e emocional a quem enfrenta momentos difíceis dentro da unidade, além de colaborar com melhorias estruturais e aquisição de materiais para o hospital. Para contribuir com a associação, basta entrar em contato pelo telefone (61) 3550-8900, ramal 9031, ou pelo e-mail amigoshbdf@gmail.com. A entidade aceita doações de dinheiro e itens como roupas, calçados, utensílios domésticos e de higiene pessoal. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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