Policlínica de Taguatinga celebra talentos da terceira idade
Celebrar o envelhecimento ativo — com essa proposta, a equipe de gerontologia da Policlínica de Taguatinga promoveu o GerontoArte, encontro que reuniu pacientes, familiares, cuidadores e profissionais de saúde em uma programação voltada ao protagonismo dos idosos acompanhados pelo serviço. Carlos Pontes, que faz acompanhamento na policlínica, participou do encontro: “Foi uma experiência muito interessante poder me apresentar aqui hoje” | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF A programação da última semana teve homenagens, apresentações culturais e exposição de peças de artesanato produzidas pelos próprios pacientes. Ao fim de cada apresentação, foi entregue um certificado pela participação como forma de reconhecimento das habilidades individuais. Entre os participantes esteve o jornalista Carlos Pontes, de 79 anos, que fez um relato sobre suas vivências e a trajetória marcada por quase dez anos escrevendo artigos para um veículo de comunicação da cidade. “Foi uma experiência muito interessante poder me apresentar aqui hoje”, relatou ele, em acompanhamento na policlínica desde 2021. Idosos e cuidadores A gerente da Policlínica, Valéria Soares, destacou o impacto da iniciativa: “Esse momento demonstra a importância dos idosos na sociedade, bem como a necessidade de atenção integral à saúde e ao bem-estar. Consideramos também o cuidador, figura essencial nesse contexto”. “Alguns participantes redescobrem, na terceira idade, uma nova forma de protagonismo em suas próprias histórias” Thiara Café, terapeuta ocupacional A terapeuta ocupacional Thiara Café reforçou: “Muitas vezes as obras de arte refletem suas histórias de vida, por meio da escrita, da poesia ou de outras formas de expressão. Alguns participantes redescobrem, na terceira idade, uma nova forma de protagonismo em suas próprias histórias”. É o caso de Terezinha Lucas de Andrade, 81, que levou ao evento seus trabalhos em crochê e comemorou a oportunidade de participar: “É uma oportunidade valiosa que às vezes não temos. É muito bom estar aqui." Atendimento integral [LEIA_TAMBEM]A Policlínica de Taguatinga disponibiliza atendimento completo à pessoa idosa, oferecendo cuidado individual e coletivo. Há avaliações, reavaliações, encaminhamentos e contrarreferências à Atenção Primária. A unidade mantém, ainda, diferentes grupos de suporte. A terapia comunitária ocorre às quartas-feiras, às 8h, com rodas de bate-papo para fortalecer vínculos e lidar com desafios do cotidiano. O grupo de cuidadores se reúne às segundas-feiras, às 9h, com foco no manejo do estresse e nos impactos emocionais do cuidado contínuo. Já o grupo para homens funciona às quintas-feiras, às 15h, incentivando a participação masculina nas ações de saúde. O acesso aos grupos se dá por encaminhamento da equipe de gerontologia, conforme as necessidades identificadas em cada atendimento. A unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, com pausa entre as 12h e as 13h. As primeiras consultas são agendadas pelas unidades básicas de saúde (UBSs), via Sistema de Regulação. *Com informações da Secretaria de Saúde
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UBS 1 de Vicente Pires inaugura dois consultórios odontológicos
Os pacientes da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Vicente Pires já contam com mais dois consultórios odontológicos. Com a instalação dos novos equipamentos, a unidade passa a dispor de seis salas de atendimento. O local recebeu nova pintura, reforma do piso e da rede hidráulica, além de duas cadeiras odontológicas com canetas de alta rotação. O investimento total foi de R$ 176 mil. A expectativa é de crescimento de aproximadamente 100 a 150 pacientes por mês | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF Quem aproveitou a novidade foi a professora Josely Bueno, 45 anos, que levou o filho Caio César, 11 anos, para atendimento bucomaxilofacial. “Meu filho tem um dente que está crescendo dentro da mandíbula. Por ser uma cirurgia delicada, o encaminhamento é para a rede pública, onde há todo o equipamento. Acredito que vai acelerar a quantidade de atendimentos e a acessibilidade também”, relatou. O gerente da unidade, Paulo César, destacou que a estimativa é de aumento entre 20% e 30% nos atendimentos. “Teremos um crescimento de aproximadamente 100 a 150 pacientes atendidos a mais por mês. Com isso, os usuários vão esperar menos tempo e também proporcionamos mais qualidade de trabalho aos profissionais.” [LEIA_TAMBEM]A cirurgiã-dentista da UBS, Kaline Alsina, ressaltou a importância da ampliação. “Para a população, significa maior cobertura e mais tempo de oferta do serviço de saúde bucal, além de um espaço mais acolhedor”, afirmou. A UBS 1 de Vicente Pires funciona das 7h às 22h, de segunda a sexta-feira. A equipe de odontologia é composta por oito dentistas e sete técnicos em higiene bucal. Em 2024, a área odontológica da unidade realizou 6,5 mil atendimentos. Já em 2025, de janeiro a agosto, foram 4,6 mil. Com a pequena Inaely, de 2 anos, no colo, o agente comunitário e bombeiro civil Fábio Silva, 49 anos, aguardava atendimento pediátrico e aprovou a ampliação do serviço. “Utilizo a UBS para consultas em geral, para mim e para a minha família. O atendimento é muito bom. Agora vou marcar um dentista porque meu dente quebrou e preciso de uma restauração”, contou. O bombeiro civil Fábio Silva aprovou a ampliação do serviço: "Vou marcar um dentista porque meu dente quebrou e preciso de uma restauração" Atualmente, a UBS 1 de Vicente Pires conta com 11 equipes de Saúde da Família (eSF) completas, com médico, enfermeiro, dois técnicos de enfermagem e 13 agentes comunitários. São 50 salas distribuídas em quatro andares, incluindo o espaço em que as equipes multiprofissionais (eMulti) desenvolvem práticas integrativas com a população. Na Atenção Primária, são oferecidos, por exemplo, atendimentos médicos, de enfermagem, nutrição, psicologia e odontologia, além de procedimentos e vacinação. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Referência em atendimento integrado, Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão do DF prestou mais de 18 mil atendimentos em 2025
“Fui encaminhado pelos médicos da UBS [unidade básica de saúde] perto de casa, por causa da diabetes; eles me mandaram para cá porque minha diabetes era incontrolável, não tinha jeito de estabilizar”, relata Carlos de Sousa, 52 anos, morador do Itapoã. No Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto (Cadh), do Hospital Regional do Paranoá, ele finalmente conseguiu controlar as taxas da doença, com o apoio de uma equipe multiprofissional que o acompanha regularmente. Unidades do Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão atendem usuários de alto e muito alto riscos | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Atualmente, o Distrito Federal conta com quatro centros de atenção a diabetes e hipertensão, nas modalidades Adulto (Cadh) e Infantil (Cadhin), distribuídos pelas regiões de saúde. Neste mês, o Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou o posto que abrange Ceilândia, Brazlândia, Sol Nascente/Pôr do Sol. As unidades atendem usuários de alto e muito alto riscos, com diagnóstico de diabetes ou hipertensão, encaminhados pelas equipes de Saúde da Família. Somente neste ano, já foram prestados mais de 18 mil atendimentos. A coordenadora de Atenção Secundária e Integração de Serviços da Secretaria de Saúde (SES-DF), Juliana Oliveira, explica que a Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) atua como retaguarda dos demais níveis de atenção, especialmente da Atenção Primária à Saúde (APS). “No DF, seu papel central inclui realizar consultas e procedimentos especializados, que cobrem especialidades médicas, pequenas cirurgias ambulatoriais, exames complementares de média complexidade e ações de reabilitação; e receber pacientes referenciados pela APS quando o manejo clínico exige especialistas, infraestrutura ou tecnologias não disponíveis nas UBSs”, esclarece. Atendimento especializado Na Região de Saúde Leste, que atende São Sebastião, Paranoá, Itapoã e Jardim Botânico, a unidade é estruturada para oferecer um atendimento completo ao paciente com diabetes e hipertensão, com foco especial no cuidado ao diabético. Uma das principais complicações da doença são as lesões nos pés, o que motivou a criação da chamada Sala do Pé, vinculada ao Cadh. O espaço conta com uma equipe especializada composta por enfermeira, médico e podólogo, que atuam de forma integrada no tratamento de usuários com lesões ativas. Jane Franklin, diretora da Atenção Secundária da Região de Saúde Leste: “A descentralização do atendimento aproximou o serviço e garantiu continuidade ao tratamento” O atendimento segue protocolos modernos, utilizando metodologias reconhecidas internacionalmente, como a técnica indiana de descompressão de calcâneo com o uso de palmilhas e a laserterapia, além de curativos e coberturas especiais. Os resultados têm sido considerados excepcionais, com redução significativa de amputações e melhora no processo de cicatrização. Com o sucesso do modelo e a percepção das dificuldades enfrentadas por pacientes de regiões mais distantes, especialmente os que vivem em São Sebastião, foi inaugurada, em 2020, uma segunda Sala do Pé e Feridas Complexas na Policlínica de São Sebastião. “Muitos desses usuários têm lesões graves, que comprometem a locomoção e exigem cuidados frequentes”, explica a diretora da Atenção Secundária da Região de Saúde Leste, Jane Franklin. “A descentralização do atendimento aproximou o serviço e garantiu continuidade ao tratamento”. Como funciona “O usuário não sai com receitas genéricas ou orientações padronizadas, mas com metas específicas para atingir a estabilização clínica. Se, por exemplo, o maior problema identificado for um luto recente, o plano vai priorizar o acolhimento psicológico, não apenas o ajuste medicamentoso” Mayara Batista, gerente de Planejamento e Monitoramento da Diretoria de Agenção Secundária da Região Leste de Saúde Segundo a gerente de Planejamento e Monitoramento da Diretoria de Atenção Secundária da Região de Saúde Leste, Mayara Batista, todo o processo começa na UBS. “A unidade básica faz a territorialização e a estratificação de risco”, pontua. “Quando identifica usuários que se enquadram nos critérios estabelecidos, o cuidado é compartilhado com o serviço especializado. Não se fala em encaminhamento, porque a comunicação com a APS continua o tempo todo. No DF, usamos o Sisreg [Sistema de Regulação] para esse acompanhamento, com o objetivo de garantir que o usuário tenha acesso ao serviço em até 30 dias”. No Cadh, o atendimento se dá de forma integrada. Ao chegar, o paciente é acolhido e passa por um ciclo de atendimentos, conforme a regulação. Ele é acompanhado por uma equipe multiprofissional formada por psicólogo, nutricionista, enfermeiro, médicos (endocrinologista e/ou cardiologista, conforme o caso), farmacêutico clínico e outros especialistas. Todo o fluxo segue a metodologia da planificação, que organiza os processos de trabalho das unidades de saúde e promove a integração das atenções Primária e Especializada. Ao final do turno, todos os profissionais se reúnem para discutir o caso do paciente e elaborar um documento chamado plano de cuidado. “Esse é o diferencial”, aponta Mayara Batista. “O usuário não sai com receitas genéricas ou orientações padronizadas, mas com metas específicas para atingir a estabilização clínica. Se, por exemplo, o maior problema identificado for um luto recente, o plano vai priorizar o acolhimento psicológico, não apenas o ajuste medicamentoso”. Além do público adulto, o centro também atende crianças com diabetes tipo 1, que permanecem vinculadas ao serviço até os 18 anos. Elas passam pelo mesmo ciclo e, conforme a necessidade, podem ter acesso à carteira ampliada ou avançada de serviços, com especialistas do hospital de referência. Atendimento infantil A partir de 2021, a equipe da Atenção Secundária da Região de Saúde Leste iniciou outro projeto: o Centro de Atenção Materno-Infantil (Cami). Durante a pandemia de covid-19, um levantamento de indicadores mostrou que a Região de Saúde Leste apresentava uma das maiores taxas de mortalidade infantil do Distrito Federal. Diante desse cenário, foi desenvolvido um plano de reestruturação do cuidado às gestantes de alto risco e às crianças de até dois anos, faixa etária mais vulnerável. [LEIA_TAMBEM]O atendimento materno no Cami começou em 2025, com base na mesma lógica de cuidado integrado e multiprofissional. “Hoje, as gestantes de alto risco chegam mais estáveis aos centros obstétricos, o que reduz as intercorrências durante o parto e melhora o estado de saúde dos recém-nascidos”, relata a diretora Jane Franklin. Como consequência, diminuiu a necessidade de internações em unidades intermediárias ou de terapia intensiva neonatal. Atualmente, a equipe trabalha na estruturação do atendimento infantil, voltada ao segmento de bebês prematuros, de baixo peso ou com comorbidades, especialmente aqueles que necessitam de cuidados intensivos logo após o nascimento. Esses pacientes são acompanhados desde os primeiros 30 dias de vida por uma equipe multiprofissional formada por neonatologista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e nutricionista, com o objetivo de garantir intervenções precoces e melhorar os indicadores de saúde e sobrevivência infantil na região. Reconhecimento As equipes do centro são referência nacional e recebem visitas técnicas de forma recorrente, segundo Jane Franklin. “Nós somos considerados centro colaborador do Conass [Conselho Nacional de Secretários de Saúde], então praticamente todos os meses recebemos equipes de outros estados interessadas em conhecer a metodologia de planificação”, explica. A última visita, segundo ela, foi de uma equipe do Maranhão, há cerca de 30 dias. Essas visitas são articuladas pelo Conass, que aciona o responsável pelo Programa Nacional de Humanização (PNH), dentro do qual está inserida a planificação. “Eles entram em contato conosco, enviam um QR Code com as informações básicas da equipe visitante e o objetivo da visita, já que há diferentes abordagens possíveis; a partir daí, organizamos o cronograma de recepção”, detalha. Normalmente, as equipes passam um dia inteiro em visita técnica. “Eles começam acompanhando o atendimento na Atenção Primária, para entender a entrada do usuário no sistema, e depois seguem para o CAD, onde observam o funcionamento da Atenção Secundária e o trabalho integrado das equipes multiprofissionais”, explica a diretora.
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Saúde promove oficina sobre indicadores da Atenção Primária do Distrito Federal
Gestores da Secretaria de Saúde (SES-DF) participaram, nos dias 18 e 19 de agosto, da Oficina sobre Indicadores da Atenção Primária do Distrito Federal, no auditório da Escola Nacional de Administração Pública (Enap). O encontro teve como objetivo atualizar as gestões regionais sobre o novo modelo de financiamento do Ministério da Saúde, que lançou neste ano uma política de incentivo a boas práticas e de coordenação do cuidado baseada em indicadores. Promovida nos dias 18 e 19 de agosto, a oficina reuniu gestores que atuam na Atenção Primária à Saúde do Distrito Federal | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF De acordo com o coordenador da Atenção Primária à Saúde da SES-DF, Fernando Erick Moreira, a proposta representa uma mudança significativa na forma de planejar os serviços. “Os indicadores não servem apenas para captar recursos, mas para orientar os processos e organizar a coordenação do cuidado, garantindo que as práticas estejam voltadas para as reais necessidades da população”, destacou. Entre as novidades está o indicador de cadastro e vínculo. O registro da população passa a ter uma variável temporal, o que exige atualização periódica e maior acompanhamento dos usuários. Essa medida permitirá identificar com mais precisão as demandas locais e servirá de base para outros indicadores, como os voltados ao monitoramento de doenças crônicas, vacinação e exames de rastreamento precoce do câncer. [LEIA_TAMBEM]Durante a oficina, os participantes discutiram como esses instrumentos podem apoiar o planejamento das ações nos territórios. O diretor do Departamento de Estratégias e Políticas de Saúde Comunitária do Ministério da Saúde, José Eudes Barroso, reforçou que os indicadores devem ser vistos como guias para a melhoria contínua: “Eles não são um fim em si mesmos, mas indutores de boas práticas que fortalecem a atenção integral”. O diretor de Enfermagem da SES-DF, Bruno de Assis, avaliou que os conteúdos trazem direcionamentos práticos para as equipes. “Os indicadores são essenciais para a gestão dos resultados. Acreditamos que, por meio deles, poderemos fortalecer os serviços de enfermagem na Atenção Primária”, disse. A programação incluiu apresentações sobre financiamento, debates em grupo, validação de fluxos e análise de linhas de cuidado, como desenvolvimento infantil, gestação e puerpério, saúde da pessoa idosa, prevenção do câncer, hipertensão, diabetes e saúde bucal. A iniciativa contou com o apoio da Associação dos Especialistas, do Sindicato dos Enfermeiros e do Banco de Brasília (BRB). *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
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Saúde em Movimento conscientiza sobre prevenção de acidentes e doenças
Fruto de parceria entre a Secretaria de Saúde (SES-DF), a Escola de Saúde Pública (ESP-DF) e o Departamento de Trânsito (Detran-DF), a ação Saúde em Movimento, realizada na quarta-feira (28), levou ao público informações sobre a prevenção de acidentes e de doenças não transmissíveis. Ação educativa abordou prevenção a acidentes de trânsito e doenças não transmissíveis. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde “Precisamos trabalhar na prevenção dos acidentes viários, na diminuição do número de mortes e de sinistros”, lembrou a coordenadora do Programa Vida no Trânsito (PVT) da SES-DF, Tatiana Lima. “Em conjunto, conseguimos fazer a análise dos óbitos, de modo a identificar os fatores de risco de acidentes e promover a prevenção.” Gerente de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde da SES-DF, Mélquia Lima explicou que as ações educativas foram além da temática do trânsito. “Nesse evento, aproveitamos para falar sobre outros assuntos também, como alimentos não saudáveis e doenças crônicas não transmissíveis, que afetam boa parte da população e causam até 54% das mortes aqui no DF”. Segurança e bem-estar Pela manhã, tendas referentes ao Maio Amarelo – mês dedicado à prevenção dos acidentes viários – foram montadas em frente ao Brasília Shopping. Quem passava pelo espaço recebia instruções sobre medidas de prevenção dos sinistros de trânsito, assim como informações acerca da alimentação saudável e dos riscos do tabagismo. As pessoas tiveram acesso a materiais educativos e brindes, puderam aferir suas medidas corporais e fazer exame de capacidade pulmonar, além de participar de atividades lúdicas, como a utilização de um óculos simulador de embriaguez. A estudante de psicologia Maria Beatriz dos Santos elogiou a ação: “Essa conscientização é essencial, pois temos visto muitos acidentes e pessoas perdendo a vida por puro desconhecimento”. A estudante também ressaltou a importância de abordar nutrição e tabagismo nos estandes. “Eu mesma tenho um amigo que passou por problemas recentes relacionados ao uso excessivo do cigarro”, contou. Seminário No período da tarde, o auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) sediou o I Seminário Distrital de Vigilância das Doenças e Agravos Não Transmissíveis (Dants) e seus Fatores de Risco e Proteção: Saúde em Movimento. A iniciativa reuniu profissionais de todas as regiões de Saúde, residentes e especialistas que atuam na Vigilância Epidemiológica, Atenção Primária e Atenção Especializada. “Este é o primeiro seminário que a SES-DF realiza para tratar especificamente da temática”, declarou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano Martins, na abertura do evento. “Estarmos aqui é muito mais do que cumprir uma agenda técnica. É reafirmar um compromisso coletivo com a vida, com a saúde pública e com a missão de transformar as realidades.” Já o subsecretário de Atenção Integral à Saúde, Robinson Parpinelli, citou a importância da discussão do tema: “Quanto mais conhecimento, mais poderemos evitar as doenças. É importantíssimo discutir investimentos fixos em educação e prevenção. Que o seminário possa trazer um debate rico com seriedade e aplicação”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Com o início da estiagem, população do DF deve reforçar cuidados com a saúde
Tradicionalmente, o mês de maio marca o início da estação seca no Distrito Federal, que costuma se estender até setembro. Nesse período do ano, a queda da umidade e das temperaturas contribui para o aumento de queixas respiratórias, infecções virais e até casos de desidratação. Por isso, com a chegada do tempo seco, os cuidados com a saúde devem ser redobrados. Idosos, em especial, devem ficar atentos contra o risco de desidratação. A recomendação é consumir líquidos em menor quantidade, mas com mais frequência | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “A sazonalidade é um assunto muito importante, porque impacta muito na nossa saúde e nos serviços, porque gera inúmeras demandas de atendimento. Por esse motivo, o cuidado primário é tão importante. É o que nós fazemos nas unidades básicas de saúde (UBSs), lançamos mão de pequenas tecnologias”, afirma o coordenador de Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Saúde (SES-DF), Fernando Erick. O período da estiagem é o melhor momento, segundo o coordenador de Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Saúde (SES-DF), Fernando Erick, para combater a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. "Evitar a água parada para o mosquito não ter criadouros", ressalta | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Outro ponto de atenção é a hidratação. Durante o frio, é natural a redução do consumo de água, o que aumenta o risco de desidratação, que, por sua vez, pode levar a alterações cognitivas e piora de condições crônicas. Neste caso, a preocupação maior é com os idosos. A recomendação é oferecer líquidos em menor quantidade, mas com mais frequência e de diferentes modos: com canudos, em copos de vidro ou outros utensílios que incentivem a ingestão. [LEIA_TAMBEM]A terceira dica que integra os cuidados primários é a adoção da etiqueta respiratória. Bastante disseminada durante a pandemia de covid-19, a prática consiste no uso de máscaras, afastamento temporário e reforço da higiene das mãos logo após a identificação de sintomas gripais. O objetivo é evitar a disseminação de doenças em locais públicos e de grande circulação. “Também não podemos esquecer das arboviroses. No momento em que se fala de síndromes virais e respiratórias, é quando o ciclo do vetor é mais fraco. Então é o melhor momento para o manejo da dengue. Evitar a água parada para o mosquito não ter criadouros. Então se antecipar é muito importante”, defende o coordenador. No frio e na seca, o ciclo do vetor é menos ativo — o que representa o melhor momento para intensificar ações de prevenção, como eliminação de criadouros e controle do mosquito Aedes aegypti.
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Desde 2022, GDF ampliou em 90% o acesso da população em situação de rua à saúde
Levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa e Estatística (IPEDF) apontou um aumento de quase 90% no acesso de pessoas em situação de rua aos serviços públicos de saúde do Distrito Federal. O estudo também registra uma redução nos relatos sobre problemas de saúde em comparação ao Censo de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações constam na Pesquisa Pop Rua, divulgada pelo Governo do DF (GDF) em abril deste ano. Equipe do Consultório na Rua em ação: de 2024 até março deste ano, foram quase 16,5 mil atendimentos | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Segundo o estudo, entre os avanços observados, a proporção de pessoas em situação de rua que utilizaram as unidades básicas de saúde (UBSs) saltou de 36,7% para 51,7%. Já o atendimento em unidades de pronto atendimento (UPAs) e em hospitais passou de 20,7% para 36,9%. O levantamento mostra, ainda, maior acesso desse público às unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), responsáveis também pela oferta de suporte em saúde mental. Segundo a pesquisa, a procura subiu de 18,6% para 28,7%. Já nos centros Pop, que prestam apoio social a essa população, foi registrado um aumento de 2,1% no atendimento. “Cada atendimento registrado representa uma vida que foi acolhida, escutada e cuidada”, afirma o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha. “Estamos falando de pessoas que, por muito tempo, estiveram invisíveis ao poder público. Esses avanços mostram que estamos no caminho certo ao levar saúde, alimentação e dignidade a quem mais precisa. O trabalho das equipes do Consultório na Rua e a oferta de refeições nos restaurantes comunitários são exemplos de uma política pública que enxerga o ser humano antes da sua condição social.” Consultório na Rua Entre as ações integradas deste GDF que contribuíram para ampliar o acesso desta população à saúde pública, está o trabalho das equipes do Consultório na Rua, que prestaram mais de 10 mil atendimentos em 2024 e quase 16,5 mil entre o ano passado e março deste ano. “Todo o DF está coberto pela ação dessas equipes, e está no nosso planejamento continuar ampliando o número de profissionais que atuam nesses grupos”, reforça o diretor das Áreas Estratégicas da Atenção Primária, Afonso Abreu Mendes Junior. Na avaliação do gestor, a ampliação da cobertura das equipes foi determinante para melhorar o acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde: “Além das equipes da Estratégia em Saúde da Família, esse novo dispositivo veio como um reforço essencial. Acreditamos que o aumento da cobertura das equipes do Consultório na Rua foi um fator primordial para garantir esse acesso”. As equipes tiveram acesso a uma nota técnica elaborada para orientações detalhadas sobre o atendimento a ser ofertado. “Também ofertamos um curso voltado a gestores e profissionais de todas as regiões para uma atuação focada em acesso e equidade”, informa Mendes Junior. “Precisamos lembrar que a pessoa em situação de rua é usuária do SUS como eu, como você. Ela precisa – e deve – ser atendida”. Acolhimento e cuidado A médica de família Samanta Hosokawa lembra que o Consultório de Rua faz acompanhamento integral: “Sempre vamos em grupo, com equipe multiprofissional para oferecer o máximo de suporte possível para cada paciente naquele momento” Uma das ações mais recentes do programa ocorreu na quarta-feira (14), em Águas Claras e em Arniqueira. “Atendemos em vários pontos da Região Sudoeste de Saúde”, relata a médica de família Samanta Hosokawa. “Sempre vamos em grupo, com equipe multiprofissional – enfermeiro, técnicas de enfermagem, dentista, assistente social, psicólogo – para oferecer o máximo de suporte possível para cada paciente naquele momento”. Segundo a profissional de saúde, o trabalho das equipes do Consultório na Rua vai além do atendimento inicial: elas garantem o acompanhamento integral dos pacientes, mesmo diante dos desafios impostos pela vulnerabilidade social. “Levamos testagens rápidas para ISTs, teste de gravidez, vacinas, medicamentos e fazemos encaminhamentos via Sisreg [Sistema Nacional de Regulação] para a atenção secundária, quando necessário”, detalha. “Muitos precisam de exames de imagem ou atendimento com especialistas, e nós regulamos e acompanhamos tudo isso. Como muitos não têm telefone, ficamos atentos ao sistema; e, assim que a vaga sai, voltamos até eles para entregar as chaves do atendimento.” Atendimento acolhedor Ronaldo Nascimento já foi atendido pelas equipes do Consultório na Rua: . “Acho que foi o melhor atendimento que já recebi, até melhor que em hospital. Eles fazem encaminhamento, acompanham” Para quem está nas ruas, o acolhimento e o cuidado das equipes de saúde fazem toda a diferença. Aos 50 anos, Ronaldo Nascimento vive em situação de rua desde 2006 e, com a ajuda da Secretaria de Saúde (SES-DF) foi internado para tratar uma tuberculose. “Para mim, foi importante demais”, conta. “Acho que foi o melhor atendimento que já recebi, até melhor que em hospital. Me trataram superbem, nunca imaginei que teria esse atendimento morando na rua. Eles fazem encaminhamento, acompanham. Agora estou em busca de tratamento para dependência química”. Alexandre Soares: “Se não fossem eles, ir para um posto de saúde seria bem mais complicado. Rapidinho consegui um exame, já recebi até o resultado” Outro que reconhece a importância dos serviços é Alexandre Soares, 51. “Tem me ajudado bastante. Se não fossem eles, ir para um posto de saúde seria bem mais complicado. Aqui sou atendido com carinho e muito mais rápido. Rapidinho consegui um exame, já recebi até o resultado”, explica. Assistência social Ampliar o acesso ao diagnóstico também significa aumentar as chances de tratamento e recuperação. É o que revela a pesquisa: embora os relatos de ansiedade e depressão ainda representem 28,6% das queixas entre a população em situação de rua, houve uma queda de 9,1% em relação a 2022. Já problemas de saúde bucal diminuíram 27,6%, e as dores crônicas tiveram redução de 19,8%. Outro avanço importante apontado pela pesquisa foi o aumento da oferta de refeições gratuitas para pessoas em situação de rua em todos os restaurantes comunitários do DF. O acesso a esse serviço subiu de 35,6% em 2022 para 54,7% em 2025. Entre janeiro de 2024 e março deste ano, foram servidas 1.607.493 refeições.
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