Colônia de férias em biblioteca de Taguatinga diverte a garotada no fim do recesso
Pães de queijo saindo do forno, um bolo de chocolate quentinho, milk shakes e biscoitinhos com glitter em diversos formatos – esses foram alguns dos destaques que marcaram a segunda edição da colônia de férias Sabores e Histórias, que utiliza atividades lúdicas para despertar o amor pela literatura nas crianças de Taguatinga. A programação, elaborada em parceria com a Secretaria de Educação (SEEDF), começou na quarta-feira (5) e terminou nesta sexta-feira (7), na Biblioteca Escolar Comunitária Valéria Jardim. Turma com as mãos na massa: aprendizado fica mais divertido quando atividades lúdicas fazem parte da programação | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Durante as manhãs e tardes, crianças de 7 a 12 anos participaram gratuitamente das atividades, que contaram com mais de 80 inscrições. Cada dia abordou uma temática especial para os pequenos leitores. O primeiro tema foi “Corte e Costura Criativa”, e os participantes confeccionaram fantasias e acessórios inspirados em personagens literários, além de customizarem ecobags com trechos de livros ou ilustrações baseadas em suas leituras favoritas, incentivando a expressão artística e a criação manual. Já no segundo dia, as crianças colocaram a mão na massa com a oficina “Gastronomia Literária”, onde o universo dos livros ganhou forma e sabor com a criação de receitas inspiradas em obras literárias da oficina “Histórias Comestíveis”. O terceiro dia teve como abordagem “Jogos Literários”, com uma caça ao tesouro literário que desafia as crianças a resolver pistas inspiradas nas páginas dos livros. O dia também teve sessões de contos interativos, durante as quais os participantes puderam escolher finais alternativos para clássicos da literatura. Histórias na mesa Alice Costa gostou da experiência: “Nunca aprendi a cozinhar um bolo, e hoje estou fazendo um igual ao da história” Absorta na parte gastronômica do segundo dia da colônia de férias, Alice Barros de Medeiros Costa, de 7 anos, ficou empolgada para fazer um bolo pela primeira vez. “Eu não tinha nada para fazer em casa, então vim para cá”, contou. “Nunca aprendi a cozinhar um bolo, e hoje estou fazendo um igual ao da história”. Júlia Dourado: “Aqui a gente lê tudo gratuito, sai um pouquinho do celular e faz amizades com pessoas novas” Depois de se encantar com a história da Cinderela, Júlia Dourado, 10, reforçou a importância da colônia de férias para sair das telas e entrar na imersão que os livros físicos podem proporcionar: “Aqui a gente lê tudo gratuito, sai um pouquinho do celular e faz amizades com pessoas novas. Também aprendemos português e trabalhamos a imaginação, principalmente nos livros que não têm desenho”. Luciane Azeredo, professora de gastronomia, elogiou o desempenho das crianças: “Na leitura elas têm toda essa questão imaginativa, e na cozinha estão vendo um pouquinho de lá se materializando, feito pelas próprias mãos” Já para Henrique Antonioli, 9, a parte mais interessante da programação foi a oportunidade de fazer amigos – além dos momentos de degustação. “Estou me divertindo, fazendo amizades, e depois vai ser a merenda, que é a melhor hora do dia”, disse. As atividades ocorreram com o auxílio de professores da SEEDF. Entre os profissionais que orientavam as crianças, a professora de gastronomia da Escola de Sabores, Luciane dos Santos Azeredo, lembrou que a junção da etapa literária com a culinária forma uma construção lúdica de extrema riqueza para as crianças. “Na leitura elas têm toda essa questão imaginativa, e na cozinha estão vendo um pouquinho de lá se materializando, feito pelas próprias mãos”, comentou Luciane. É fantástica a materialização dessa imaginação, um doce na medida certa.” Ganho para a comunidade “Quando é desenvolvida de uma forma lúdica, a leitura chama mais atenção, e eles participam mais, porque não estão só em uma sala de aula consumindo conteúdo, estão praticando” Sandra Barros, coordenadora da Biblioteca Escolar Comunitária Valéria Jardim O projeto estimula a imaginação e a criatividade dos participantes oferecendo uma combinação de atividades práticas que integram literatura, gastronomia e artesanato, com foco no desenvolvimento motor, cognitivo e social das crianças. Para a coordenadora da biblioteca, Sandra Barros, o projeto promove a descoberta de novas formas de aprender e interagir com o mundo da literatura. “São várias habilidades que as crianças estão adquirindo ao longo desses dias na colônia de férias”, avaliou a gestora. “Sabemos a dificuldade que as crianças têm pelo gosto da leitura e da escrita, ainda mais com o meio digital, então trabalhamos com o livro físico e a participação do aluno com o que ele entendeu da história. Quando é desenvolvida de uma forma lúdica, [a leitura] chama mais atenção, e eles participam mais, porque não estão só em uma sala de aula consumindo conteúdo, estão praticando e de fato colocando a mão na massa.” Sandra observou que muitas crianças advindas de casas de acolhimento fazem parte do projeto. “Essas crianças, muitas vezes, não têm a oportunidade de sair daquele espaço para vivenciar coisas novas”, avaliou. “Fiquei emocionada quando uma criança disse ter sido o dia mais feliz da vida dela. Isso é muito gratificante”.
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Biblioteca Escolar Comunitária celebra Dia da Mulher com debate e dança
Desde o início da semana, a Biblioteca Escolar Comunitária Valéria Jardim (BECVJ) de Taguatinga celebra o Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta sexta-feira (8). Nesta terça (5), a exposição Mulheres Empoderadas foi aberta como parte da programação. Para representar a liberdade e a reivindicação de direito sobre o próprio corpo, foi realizada ainda uma apresentação artística de dança do ventre. Ação faz parte de uma semana de eventos em comemoração ao Dia Internacional da Mulher | Fotos: Felipe de Noronha/SEEDF Idealizado pela coordenadora da BECVJ, Sandra Sousa, o encontro abriu o debate sobre empoderamento feminino na sociedade e convocou a comunidade escolar para dialogar sobre os direitos da mulher. “Promover ações que enaltecem o empoderamento feminino é de extrema importância para alcançar a igualdade de gênero e construir uma sociedade mais justa e inclusiva”, destacou a coordenadora da Biblioteca. No decorrer da exposição, os participantes tiveram a oportunidade de compartilhar depoimentos pessoais e contribuir acerca da temática. Frequentadoras puderam interagir em painel de empoderamento feminino “Estas ações contribuem para a construção de modelos positivos para as futuras gerações. Ao verem mulheres bem-sucedidas, independentes e empoderadas, jovens meninas são inspiradas a buscar os próprios sonhos, desafiando padrões de gênero e superando barreiras que antes eram consideradas intransponíveis”, explica Sandra. Painel Foi articulado ainda, pelos educadores, um painel sobre mulheres empoderadas na história da humanidade, como Joana D’Arc e Anita Garibaldi. O intuito do painel é reforçar que, em vários espaços diferentes da sociedade, existem mulheres bem-sucedidas e poderosas, que marcaram a história. O painel traçava uma linha do tempo de conquistas importantes para as mulheres ao longo da história, muitas relacionadas ao direito à educação. Veja algumas datas importantes: 1827: as mulheres reivindicaram o direito de frequentar a escola 1879: as mulheres reivindicaram o direito de ingressar em cursos superiores 1910: o primeiro partido feminino foi fundado 1932: foi conquistado o direito de voto às mulheres 1962: o direito de trabalhar, sem a autorização dos maridos, foi conquistado 2006: foi promulgada a Lei Maria da Penha, que criminaliza a violência doméstica 2015: foi promulgada a Lei do Feminicídio 2018: foi criminalizada a importunação sexual Bibliotecas Escolares Comunitárias As Bibliotecas Escolares Comunitárias (BECs), como a BEC Valéria Jardim, são abertas para a comunidade escolar e em geral. São espaços importantes para a realização de diversas atividades pedagógicas e culturais que aproximam a comunidade da escola. A SEEDF mantém 417 bibliotecas escolares e 8 bibliotecas escolares comunitárias que, além de atender alunos da rede, podem ser usadas pelo público durante todo o dia e à noite em alguns casos. Juntas, as Bibliotecas Escolares Comunitárias têm um acervo de quase 100 mil livros que podem ser consultados e emprestados aos usuários, mediante cadastro. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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