Encontro traça estratégias em assistência de saúde mental a crianças e adolescentes em Brazlândia
Representantes de instituições públicas e do terceiro setor com atuação em Brazlândia se encontraram, nessa terça-feira (30), para traçar estratégias de assistência à saúde mental a crianças e adolescentes. Promovido pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da região, a conversa abordou temas como fluxos de pacientes e otimização da rede de cuidados. "A questão da saúde mental vem aumentando de maneira avassaladora e percebemos a importância dessa rede de atendimento direcionada. Nesse cenário, o Caps é fundamental para a comunidade. Portanto, o diálogo sobre responsabilidade compartilhada é muito importante", opina o conselheiro tutelar Paulo Humberto de Almeida. Também havia representação de escolas, do centro olímpico, do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), instituições religiosas e organizações não governamentais. Encontro reuniu representantes de instituições públicas e da sociedade que atuam em Brazlândia | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF "A ideia é juntar a rede, se aproximar e tentar construir a saúde mental em todos os âmbitos, tanto na escola, na unidade de saúde, nas instituições parceiras", explica a gerente do Caps de Brazlândia, Andrea Fontenele. A gestora lembra que ainda há o foco em resolver as demandas na própria Região Administrativa, que conta com um hospital, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e nove Unidades Básicas de Saúde (UBSs). "As UBSs são a principal porta de entrada e a UPA e o hospital formam uma retaguarda importante. Procuramos articular o máximo possível a rede para evitar encaminhamentos. Pelo perfil da população daqui, sabemos que para eles é difícil ir", explica. Diálogo e fluxo A gerente da UBS 1 de Brazlândia, Jaqueline Oliveira, afirma que é preciso que o paciente transite de forma tranquila e adequada entre as redes de atendimento. Para que isso ocorra, é necessário, de acordo com a gestora, diálogo. "Dessa forma, conseguimos entender o papel do outro serviço, sendo esta a melhor forma de referenciar um paciente de maneira segura e eficaz", diz. Segundo a profissional, a unidade de Brazlândia realiza, em média, cerca de 300 atendimentos diários. Desses, seis a oito são feitos na área de saúde mental. "Às vezes, uma consulta na qual a pessoa procura por um preventivo pode se tornar uma sobre o bem-estar psíquico daquele paciente", conta Oliveira. Troca de experiências permitiu conhecer a complementariedade de ações das organizações que atuam direta ou indiretamente com a temática da saúde mental Durante o encontro, os participantes tiveram a oportunidade de compartilhar experiências. Servidores da Secretaria de Saúde (SES-DF) também puderam apresentar como funciona a rede de atendimento e os serviços ofertados no Sistema Único de Saúde (SUS). Em comum, estava o entendimento de que as instituições podem unir esforços, tanto na oferta de tratamento de saúde mental quanto na promoção do bem-estar infantojuvenil. "O adoecimento é multifatorial e a promoção à saúde, também. O Caps, por exemplo, promove esse cuidado, faz o acolhimento e acompanhamento terapêutico e medicamentoso, mas a criança, muitas vezes, está com a rede familiar fragilizada. Então precisa do Conselho Tutelar ou outros setores", exemplifica a terapeuta ocupacional Polyanna Monteiro, do Caps de Brazlândia. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Pacientes de Planaltina visitam o Zoo em ação de saúde mental
Visando promover a autonomia e a socialização de pacientes, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II de Planaltina organizou uma atividade fora da rotina. Dezoito jovens e adultos atendidos no local foram nesta semana ao Jardim Zoológico de Brasília, acompanhados de servidores e familiares. [Olho texto=”“Eu vejo que eles se preocupam com a gente, querem saber como estamos. Me sinto bem de conversar com eles, porque são atenciosos”” assinatura=”Tallita Rodrigues, moradora de Sobradinho II, sobre o atendimento no Caps” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A atividade ajuda no desenvolvimento progressivo das pessoas atendidas no centro e funciona como uma ferramenta de inclusão. “O passeio colabora para a autonomia do paciente, ele poder sair, se sentir mais livre e aceito. Ajuda também na socialização com o grupo e com outras pessoas. Buscamos essa recuperação social”, explica a gerente do Caps II de Planaltina, Josy Souza. Na visita, todos se encantaram com as aves, o borboletário e os animais de grande porte. O grupo também conheceu o Museu de Ciências Naturais e ajudou no preparo da refeição para os macacos com acompanhamento dos servidores do Zoo. Atendida há dois anos no Caps, Tallita Rodrigues, de 30 anos, aprovou o passeio: “Nota 10. Foi ótimo participar, gostei muito de estar aqui”. A moradora de Sobradinho II, que integra a Região de Saúde Norte ao lado de Planaltina, Fercal, Arapoanga e Sobradinho, também elogiou o atendimento na unidade: “Eu vejo que eles se preocupam com a gente, querem saber como estamos. Me sinto bem de conversar com eles, porque são atenciosos.” Dezoito jovens e adultos atendidos no Caps II de Planaltina visitaram o Zoo em ação que promoveu autonomia e socialização | Fotos: Sandro Araujo/Agência Saúde-DF Família e saúde mental Entre os benefícios da ação externa para a saúde mental dos pacientes, a enfermeira do Caps II de Planaltina Lorena Cavalcante pontua o reforço na adesão ao tratamento. “Nessas iniciativas ocorre o fortalecimento do vínculo, tanto dos familiares quanto dos pacientes, com a unidade e os profissionais. Assim, a adesão ao tratamento melhora, pois passam a entender que o tratamento não é só medicamentoso”, avalia. Um dos familiares presentes na atividade foi Maria Luiza Alves, que acompanhou a irmã Maria Jocilene Alves, atendida toda sexta-feira no centro. “Ela estava muito animada para o passeio, é novidade, por isso ela queria vir. É a primeira vez que ela vem”, conta. Os participantes receberam, sem custos, lanche e transporte, organizados pelos servidores do Caps. ?Atendimentos Os Caps atendem pessoas acima de 18 anos com sofrimento mental grave e persistente. O foco do cuidado é a reinserção e reabilitação psicossocial. A assistência é feita por equipe multiprofissional com abordagem interdisciplinar. O atendimento resulta em benefícios para as famílias e para os pacientes. Valdeir dos Santos, irmão de Wendel dos Santos, que é atendido na unidade há três anos, compartilha a experiência: “Depois que começou a participar, ele melhorou muito. Hoje, ele fala com as pessoas, estuda, tem um vínculo com a equipe também e está mais calmo.” Os pacientes do Caps II de Planaltina conheceram o Museu de Ciências Naturais e outras áreas como o borboletário Caminhada, plantio de plantas medicinais, arte em malha, bordado, cinema, dança circular, contos, produção de mandalas, jogos, meditação e respiração são algumas das atividades coletivas oferecidas no Caps II de Planaltina. Nas oficinas, os pacientes produzem tapetes, quadros, bordados e outros itens que são vendidos no bazar do Caps em que metade da renda é direcionada aos pacientes e o restante utilizado para comprar materiais usados nos grupos terapêuticos. A unidade tem equipe multidisciplinar composta de psicólogo, psiquiatra, assistente social, enfermeiras e técnicos de enfermagem, responsáveis por atender demandas de toda a Região de Saúde Norte. “O objetivo do Caps é ter essa reintegração dos nossos pacientes à sociedade. Às vezes, participar do grupo é a única referência que o paciente tem de sair de casa e se desenvolver na comunidade. Isso ajuda na mobilidade e no desenvolvimento cognitivo, faz com que ele se sinta útil, tem toda uma elaboração de convivência com o outro”, destaca a gerente Josy Souza. Serviço [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Caps II de Planaltina funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, na Via W/L4, Setor Hospitalar Oeste, Área do Hospital Regional de Planaltina. Dúvidas e informações podem ser esclarecidas pelos telefones: 2017-1350 (ramal: 1267) e 99158-5947. Atualmente, são 18 Caps distribuídos pelo Distrito Federal. Há diferentes tipos de Caps, subdivididos por faixa etária atendida, tratamentos específicos e horário de funcionamento. Os endereços de cada Caps e mais informações podem ser acessados no site da Secretaria de Saúde e no InfoSaúde. O atendimento nos Centros de Atenção Psicossocial é direcionado a pessoas com sofrimento mental grave e persistente. Os interessados podem procurar diretamente o centro mais próximo de casa, sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento. Após avaliação da demanda, é feito direcionamento de qual serviço será prestado ao usuário. *Com informações da SES-DF
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Saúde mental realiza o II Colegiado Ampliado
A Diretoria de Serviços de Saúde Mental (Dissam) da Secretaria de Saúde promoveu, nesta quinta-feira (21), o II Colegiado Ampliado em Saúde Mental do Distrito Federal. Na reunião, foram apresentadas as propostas para o Plano Diretor de Saúde Mental da Secretaria de Saúde referentes aos próximos quatro anos. Servidores, gestores de saúde mental e representantes da sociedade civil organizada debateram as propostas para o novo plano diretor. As discussões têm o objetivo de melhorar as condições gerais da área para o quadriênio 2020-2023. A Dissam também apresentou o relatório de ações referente ao Plano Diretor de Saúde Mental do quadriênio 2017 a 2020, elaborado pelo primeiro colegiado. Quem participa O Colegiado Ampliado de Saúde Mental é um espaço aberto à participação social nas ações desenvolvidas na Rede de Atenção Psicossocial do Distrito Federal. Podem integrar o grupo servidores e representantes da sociedade civil. A Política Nacional de Saúde Mental, elaborada pelo Ministério da Saúde, estabelece diretrizes e estratégias de aprimoramento da assistência às pessoas que necessitam de tratamentos e cuidados específicos nessa área, no âmbito da saúde pública. No DF, a Diretoria de Serviços de Saúde Mental é a responsável técnica pelos serviços públicos que prestam assistência especializada em saúde mental aos usuários do sistema público. Portas abertas Nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que oferecem serviços especializados de saúde mental inseridos na comunidade, não é necessário encaminhamento. Caso uma pessoa apresente sofrimento psíquico – como depressão, ansiedade, pânico, delírios, uso de drogas, pensamentos de suicídio –, pode procurar a unidade mais próximo de sua residência. Veja a lista dos Caps do DF. * Com informações da SES
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Saúde amplia atendimento para pacientes de saúde mental
Os postos de atendimento de pessoas com transtornos mentais passaram de três para 219 em toda a rede pública de saúde de Brasília. A mudança consta da Portaria n° 536, publicada no Diário Oficial do DF. Além de ampliar as alternativas para recepção e avaliação de pessoas com transtornos mentais e decorrentes do abuso de drogas, a norma também reorganizou o fluxo assistencial que deve ser seguido por todas as equipes, inclusive nas urgências e emergências e prontos-atendimentos em saúde mental do DF. Até a publicação da portaria, em 19 de junho, prestavam os primeiros cuidados de atenção psicossocial apenas o Hospital São Vicente de Paulo, a unidade de psiquiatria do Instituto Hospital de Base e o Hospital de Apoio de Brasília. Agora, há outros 216 pontos de acesso: 12 hospitais regionais Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib) Hospital da Criança de Brasília 17 centros de atenção psicossocial (CAPS) 19 unidades da rede de serviços de Atenção Integral a Pessoas em Situação de Violência (PAV) 166 unidades básicas de saúde (UBS) O DF passa a dispor, de forma pioneira, do Núcleo de Saúde Mental do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Essas equipes vão poder intervir, in loco, por meio de sua rede de atenção psicossocial. Ele se torna referência para usuários: Com sofrimento e transtornos mentais agudos, graves e persistentes Com agitação psicomotora, autoagressividade e/ou agressividade a terceiros Com comportamento violento com riscos para si, outras pessoas e/ou ao patrimônio Em crise psicótica Com necessidade de contenção química in loco Vítimas de violência (física e sexual) Dependentes químicos graves em situação de vulnerabilidade Em situações de crise, desastres, catástrofes, calamidades, emergências, mortes inesperadas ou traumáticas, visando a uma ação preventiva para situações de estresse pós-traumático De acordo com a diretora de Saúde Mental, Giselle de Fátima, dados internacionais e nacionais apontam o crescimento de transtornos mentais, abuso de substâncias psicoativas, depressão, ansiedade e comportamento suicida. “Chegamos a prestar, em média, oito atendimentos diários de ideação e tentativa de suicídio. Esses episódios ocorrem entre todas as faixas etárias e nos diferentes níveis sociais.” Com a portaria, segundo Giselle, fica previsto, ainda, o atendimento a pacientes em sofrimento psíquico ou com decorrências do abuso de drogas. “Foi muito importante para a gestão rever o funcionamento desses fluxos”, acrescenta. A rede também recebe pacientes que apresentem risco de morte, agitação psicomotora, catatonia, anorexia, sob efeito ou não de substâncias ou sob contenção física. A corresponsabilização na rede de atenção psicossocial — da atenção primária à terciária — foi prevista em 2011 pela Portaria n° 3.088, do Ministério da Saúde. Ela estipula a equivalência de responsabilidades entre todos os profissionais e unidades de atendimento. A nova portaria da Secretaria de Saúde revoga a anterior (n° 185, de 2012). Assim, passam a vigorar as diretrizes definidas pelo Executivo federal um ano antes. “Ela é mais robusta, até quantitativamente, pois foi editada com 59 artigos, 42 a mais que a anterior, que também restringia serviços e concentrava grande parte do atendimento no Hospital São Vicente de Paulo”, destaca a diretora de Saúde Mental. Os fluxos assistenciais são procedimentos relacionados ao atendimento médico e à equipe multiprofissional. Dada sua complexidade, a intervenção e a promoção em saúde deve ser oferecida por diferentes profissionais da saúde, como psicólogos, psiquiatras, enfermeiros, técnicos de enfermagem e assistentes sociais. Com a nova legislação, vão poder atestar a urgência ou a emergência de atendimento: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Corpo de Bombeiros Militar do DF Rede de atenção à saúde, da Secretaria de Saúde Centros de atenção psicossocial (CAPs) Sistema socioeducativo Sistema prisional Os atendimentos compreendem os serviços específicos de todas as especialidades médicas, incluindo psiquiatria, clínica médica, medicina de emergência, pediatria, emergência pediátrica e medicina de família e comunidade. Devem levar em conta: Causa (etiologia) do quadro apresentado Faixa etária Presença ou não de comorbidades (existência de duas ou mais doenças) Procedência do usuário Edição: Raquel Flores
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Buriti fica azul em homenagem ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo
Em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado nesta segunda-feira (2), o Palácio do Buriti ficará iluminado de azul, cor-símbolo da campanha, de hoje (2) a sábado (7). O Palácio do Buriti fica iluminado em azul até sábado (7) em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília O intuito da data é debater o tema e esclarecer dúvidas a respeito do transtorno de espectro autista (TEA), a fim de evitar a discriminação. No Distrito Federal, por meio dos centros de atenção psicossocial (CAPs), são feitos o acolhimento, o diagnóstico e o tratamento. Os CAPs dispõem de equipes multidisciplinares, com médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeutas e técnicos de enfermagem. As unidades que oferecem atendimento a autistas são: CAPS I da Asa Norte CAPS II de Brasília CAPS III de Samambaia CAPs I e II de Sobradinho CAPs I e II de Taguatinga CAPS II do Instituto de Saúde Mental CAPS II do Paranoá CAPs I do Recanto das Emas Outras unidades da rede pública que atendem autistas Os Hospitais de Apoio de Brasília, Materno-Infantil de Brasília e da Criança de Brasília atendem autistas mediante encaminhamento. O Centro de Orientação Médico-Psicopedagógico (COMPP), o Adolescentro e os ambulatórios de saúde mental também oferecem atendimentos a pessoas com o transtorno de espectro autista. Além disso, o Instituto Hospital de Base, o Hospital São Vicente de Paulo e o Núcleo de Saúde Mental do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão disponíveis para emergências. Sobre o autismo O Dia Mundial de Conscientização do Autismo faz parte do calendário da Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2008. Os sintomas podem variam na intensidade de pessoa para pessoa. Entre eles estão: Atraso para começar a falar Déficit de interação social Dificuldade para alterar hábitos alimentares Movimentos/comportamentos estereotipados (muitas vezes, os autistas gostam de ver os mesmos programas de TV, vestir as mesmas roupas e repetir o que as outras pessoas falam) Muito apego à rotina De acordo com o psiquiatra do CAPs Infantojuvenil de Sobradinho, João Alberto Neves, responsável pela linha de cuidados do autismo, a maior parte do tratamento é focada em estímulos de socialização e em informações para a família do paciente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “O objetivo é apoiar e ajudar a lidar com quem tem autismo para que essas pessoas consigam ganhar autonomia e para que possam, nem que minimamente, expressar vontades e desejos”, explica. A iluminação do Palácio do Buriti é um pedido da Coordenação de Promoção de Direitos de Pessoas com Deficiência, da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Diretoria de Saúde Mental promove capacitação A Diretoria de Saúde Mental da Secretaria de Saúde organiza, em 18 e 19 de abril, o 1º Encontro de Conscientização do Transtorno do Espectro Autista do DF. A proposta é capacitar servidores da Saúde que atuam com o tema. Para participar do evento, que será na Biblioteca Nacional de Brasília, o interessado deve se inscrever pela internet. Edição: Marina Mercante
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