Centros de convivência vão priorizar atividade de prevenção do risco social
A Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF) promoveu um encontro para atualizar os 121 educadores sociais que atuam nos 16 Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecons) da capital federal. A iniciativa ocorreu nesta sexta-feira (4), no Centro de Inovação BRB Lab, na Granja do Torto. A partir deste mês, os educadores deixam de fazer as entrevistas para concessão de benefícios eventuais – auxílios natalidade, por morte, em situação de vulnerabilidade temporária e desastre e calamidade pública -, que é função dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras). [Olho texto=”“Com as nomeações do último concurso público da Sedes, muitos educadores sociais entraram ainda na pandemia. Até então, esses profissionais não tinham tido a oportunidade de exercer plenamente a sua função dentro dos centros de convivência… Agora, estamos reorganizando e fortalecendo o serviço”” assinatura=”Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”] A partir de agora, os profissionais vão se dedicar exclusivamente às atividades próprias do serviço de convivência, que é a execução de ações de prevenção do risco social e de fortalecimento de vínculos com famílias vulneráveis. “O objetivo desse encontro é fazer uma releitura do trabalho, em um novo contexto, a partir desse novo recorte social e estrutural que a pandemia deixou. Isso incentiva os educadores a pensarem em novas estratégias para o serviço de convivência”, afirma a coordenadora da Proteção Social Básica da Sedes, Daiana Brito. Com a pandemia de covid-19, a maior parte do público que é atendido nos Cecons, que são as pessoas idosas e crianças e adolescentes, deixou de fazer atividades presenciais e tiveram que ficar afastados por mais tempo, por serem considerados grupos de risco para o coronavírus. Os educadores sociais mantiveram os acompanhamentos e atividades, mas, de forma remota, e os Cecons passaram também a colaborar com o Cras para facilitar a concessão de benefícios devido ao aumento expressivo do número de famílias em vulnerabilidade social. Os Cecons e os Cras são unidades gerenciadas pela Sedes. A Sedes realizou, nesta sexta (4), um encontro para atualizar os 121 educadores sociais que atuam nos 16 Cecons do DF | Fotos: Renato Raphael/Sedes “O Cras retoma essa função de fazer as solicitações de benefício e do referenciamento para acompanhar essas famílias atendidas pelos Cecons, para tratar das vulnerabilidades que extrapolam as entregas do serviço de convivência, acompanhar as questões mais macros que envolvem as vulnerabilidades daquela família com um todo, que vão além do educando”, ressalta Brito. A secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, reforça que este é o momento para capacitar os novos educadores. “Com as nomeações do último concurso público da Sedes, muitos educadores sociais entraram ainda na pandemia. Até então, esses profissionais não tinham tido a oportunidade de exercer plenamente a sua função dentro dos centros de convivência. O serviço de convivência foi afetado com a pandemia, porque outras ações foram prioritárias naquele momento. Agora, estamos reorganizando e fortalecendo o serviço”, explica a secretária. Formação Esse encontro para atualização dos educadores sociais se soma ao ciclo de capacitações que a Sedes está realizando com os profissionais do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Em julho, os 16 novos educadores sociais nomeados recentemente foram convidados para uma semana de ambientação, no Centro de Treinamento e Capacitação (CTC) da Sedes para conhecer e se aprofundar no serviço, de acordo com as novas normativas técnicas. Novos educadores sociais também passaram por semana de capacitação, em julho “Esse momento foi importante para melhor compreensão do trabalho de educador social e sua relevância para a assistência social. As palestras e trocas de experiências demonstraram a importância dos percursos, respeitando sempre a realidade local, a experiência dos usuários e as formações de cada um dos profissionais do serviço”, conta o educador social do Cecon Gama Oeste, Warley Nascimento. Percurso é como são chamadas as atividades planejadas no âmbito do serviço. Além da ambientação dos novos educadores, a Sedes promoveu quatro dias de capacitação para integrar as equipes dos Cecons de regiões administrativas próximas e promover um alinhamento técnico, ação batizada de Dicon nas unidades. “Capacitação sempre foi uma demanda das unidades, então aproveitamos a publicação do novo caderno Perguntas Frequentes – Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, que trouxe novos eixos norteadores para o serviço, como ponto de partida para esse ciclo de capacitações”, reitera a diretora de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Sedes, Priscilla Eller. “A partir do dia 8, faremos o 2º Dicon nas unidades, além de capacitação com as organizações da sociedade civil que pactuaram novos termos de colaboração com a Sedes em 2023”, anuncia. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal
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Idosos debatem retomada da vida pós-isolamento social no Gama Oeste
Promover debates sobre as experiências vividas durante o isolamento social por conta da covid-19 e a retomada das atividades presenciais são os objetivos do projeto Celebrar a Vida, desenvolvido pelo Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecon) Gama Oeste com adultos e idosos. A unidade é gerida pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). São três encontros semanais em formato de bate-papo para que o grupo – formado em sua maioria por idosas – possa falar sobre como foi o período de isolamento por causa da pandemia, o que ele sentiu, como era antes e as perspectivas nessa volta ao convívio social. “O isolamento é uma característica muito presente no público que é atendido aqui na unidade, mais do que questão financeira. Então, eles sentiram muito esse afastamento da família, dos netos, dos amigos aqui do Cecon. E eles não tinham parado ainda para refletir sobre esse momento. Mas a ideia principal desse percurso é oferecer esse espaço para falar sobre perspectivas de futuro, de retomada da vida e como o Cecon pode estimular isso”, conta o educador social Rodrigo Rocha, responsável pelo grupo de idosos que participa do percurso Celebrar a Vida, como são chamados os projetos desenvolvidos nos Cecons. Cecon Gama Oeste, que atende 164 pessoas, voltou a ter encontros presenciais | Foto: Sedes Segundo o educador, um dos eventos mais aguardados pelos frequentadores da unidade é a tradicional festa junina, que não é realizada há dois anos. A festa está marcada para o dia 1º de julho. “Durante a pandemia, nós mantivemos o trabalho com eles essencialmente por telefone. Tivemos dificuldade de implementar esse atendimento online, porque muitos não têm celular ou não têm afinidade com a tecnologia para fazer a videochamada. Então, essa volta dos encontros presenciais foi muito importante para eles”, relata. “Nosso público gosta de atividades de mais interação, com dança, música. Eles pediam muito a volta da festa junina, estamos organizando até quadrilha”, destaca Rodrigo. Cecon Gama Oeste Atualmente, o Cecon Gama Oeste atende 164 pessoas do chamado grupo intergeracional, composto por adultos e idosos, a partir dos 18 anos de idade. A unidade também atende 26 crianças e adolescentes entre seis e 15 anos de idade. “Nosso grupo tem muitas idosas, e elas sentiam falta de conversar com a gente, de conversar entre elas. Muitos dos nossos idosos moram sozinhos. O objetivo desse percurso é proporcionar a eles esse momento de reflexão, de troca de experiências e, ao mesmo tempo, fortalecer vínculos”, explica a chefe do Cecon Gama Oeste, Rosana Benício. [Olho texto=”“São vários projetos realizados ao longo do ano com temáticas diversas, com esse objetivo de prevenir situações de risco social por meio do fortalecimento do vínculo do cidadão com a comunidade onde ele vive”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”] O retorno, segundo a gestora, foi positivo. “Nós retomamos em grupos menores, adotando todas as medidas de segurança por causa da covid-19. Tivemos que nos adaptar também. Elas ficaram felizes de poder voltar a frequentar o Cecon e estão muito animadas para a nossa festa junina.” Cecons Em Brasília, são 16 Centros de Convivência de execução direta da Sedes, além dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) que prestam o serviço e das entidades parceiras da secretaria. Os bate-papos são estratégias utilizadas pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) para incentivar reflexões sobre temáticas específicas e promover integração entre o público atendidos nas unidades. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Esses bate-papos associados a culminâncias que têm o potencial de promover a convivência entre usuários, familiares e comunidades, como é o caso da festa junina, tem demonstrado ser uma estratégia eficiente para o alcance dos objetivos planejados para os grupos de adultos e idosos, principalmente, depois desse longo período de restrições devido à pandemia. A combinação dessas estratégias tem possibilitado trocas de experiências e a detecção de necessidades e motivações individuais e coletivas, habilidades, talentos e potencialidades para novos projetos de vida, além, é claro, de promover a convivência entre eles”, reforça o diretor de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Sedes, Clayton Andreoni Batista. O trabalho que é realizado nos Centros de Convivência é organizado em grupos, por faixa etária, com o desenvolvimento das atividades de acordo com as necessidades de cada fase de vida. “Com isso, viabilizamos a troca de experiências, conhecimentos e vivências. São vários projetos realizados ao longo do ano com temáticas diversas, com esse objetivo de prevenir situações de risco social por meio do fortalecimento do vínculo do cidadão com a comunidade onde ele vive”, complementa a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social
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