Pesquisa avalia impacto do ambiente na segurança da população da Asa Sul
Servidores da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) realizam, desta segunda (18) até quinta-feira (21), por meio da Subsecretaria de Integração de Políticas em Segurança Pública, pesquisa sobre o ambiente físico e medo do crime em região estratégica na Asa Sul. O programa faz parte do rol de implementações do DF Mais Seguro – Segurança Integral, que contém o Eixo Cidade Mais Segura. Após reuniões com moradores de diversas regiões do Distrito Federal, iniciadas em outubro deste ano, as equipes da SSP iniciaram o processo de pesquisa e avaliação, neste momento ao redor do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), na Asa Sul. O objetivo é, a partir das análises, desenvolver ações voltadas para a construção de espaços seguros, favorecendo o exercício das liberdades, o controle de desordens e a coesão social, além de desconstruir fatores de medo e insegurança. A partir desta segunda-feira (18) até quinta-feira (21), os servidores da SSP-DF entrevistam moradores, transeuntes e usuários dos serviços do Centro Pop da Asa Sul | Foto: Divulgação/SSP-DF Os servidores visitam a localidade, em todos os turnos, ao redor do Centro Pop, para realizar medições e entrevistar moradores, transeuntes e usuários dos serviços do centro. As informações constantes no questionário servirão para elaboração de um relatório que será base para a implementação de políticas públicas e ações da SSP-DF que modificarão e impactarão de forma positiva a segurança da população. [Olho texto=”“Estamos implementando técnicas de controle de desordens e outras medidas para desconstruir fatores de medo e insegurança que impactam na qualidade de vida da população. É uma proposta inovadora, que coloca o Distrito Federal em destaque no país”” assinatura=”Sandro Avelar, secretário de Segurança Pública” esquerda_direita_centro=”direita”] Entre os itens do questionário, destacam-se avaliação de desordens, perfil do cidadão, horários de frequência da localidade e rotina, experiências vivenciadas no local, medo e sensação de segurança, além de sinais de vandalismo ou desordem física. Nesta primeira avaliação, serão entrevistados 250 usuários. As estratégias visam reduzir a vitimização, dissuadir as decisões dos infratores que precedem atos criminosos e construir um senso de comunidade entre a população para controle territorial das áreas, usando técnicas do design urbano e arquitetônico e o gerenciamento de ambientes construídos e naturais. As ações começam nesta segunda e continuam por diversas regiões do DF. “Em nossa nova política de integralidade na segurança pública, implementada com diversos eixos de ação, temos uma específica que desenvolve ações voltadas à criação de espaços seguros. Estamos implementando técnicas de controle de desordens e outras medidas para desconstruir fatores de medo e insegurança que impactam na qualidade de vida da população. É uma proposta inovadora, que coloca o Distrito Federal em destaque no país”, afirma o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O programa da SSP consiste na articulação com a sociedade civil e na atuação conjugada entre órgãos e entidades governamentais e não governamentais que priorizam projetos, ações e serviços com o objetivo de promover resultados diretos e indiretos na redução sustentável dos índices de criminalidade e violência, no aumento da sensação de segurança e na melhoria das condições sociais gerais da sociedade com a promoção de direitos humanos. DF Mais Seguro O programa DF Mais Seguro – Segurança Integral é definido como o exercício da segurança pública que transcende o controle do crime para abordar as causas e as consequências da criminalidade, violência e insegurança, considerando as interações de fatores relativos ao indivíduo, ao ambiente e ao social, com o objetivo de garantir a ordem pública em harmonia com condições sociais estáveis e sustentáveis, por meio da ampla articulação entre a sociedade civil, os órgãos governamentais e não governamentais, e da sinergia e conjugação de diferentes políticas públicas para promoção de direitos humanos. Trata-se de um programa instituído pelo Decreto nº 45.165/2023, que entende o exercício da segurança pública como algo que transcende o controle do crime para abordar as causas e as consequências da criminalidade, da violência e da segurança, promovendo-a por meio da articulação e atuação conjugada. *Com informações da SSP-DF
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Parceria e oportunidade de trabalho
A montagem da CasaCor2021 está a todo vapor. Tudo precisa estar pronto a partir de 26 de outubro, quando, até 12 de dezembro, a tradicional mostra abre as portas para os visitantes. Instalado, neste ano, em uma área de 40 mil metros quadrados na Quadra 904 da Asa Sul, o evento tem precisado de reforço para conseguir deixar o local devidamente preparado para a grande inauguração. E a ajuda estava a poucos metros dali. Hélio Pereira Magalhães, 45 anos, frequenta o Centro Pop do Plano Piloto e não pensou duas vezes quando viu a oportunidade para trabalhar na CasaCor Foto: Ádamo Dan/Sedes [Olho texto=”“Fui parar nas ruas por problemas psicológicos, mas eu sou um trabalhador. O que eu precisava era apenas de uma oportunidade e ela veio”” assinatura=”Hélio Pereira Magalhães, 45 anos” esquerda_direita_centro=”direita”] A organização da CasaCor recorreu ao Centro Pop do Plano Piloto. “Escolhemos um terreno muito grande e que precisava de manutenção geral, limpeza da área comum e estacionamento, asseio, podas e demais cuidados. Fizemos uma parceria com o Pop e, há três semanas, oito pessoas prestam serviços para nós”, explica a gerente da exposição, Ângela Feitoza. Cada um dos diaristas recebe R$ 80 por dia trabalhado. De acordo com a organização, “os pagamentos ocorrem semanalmente, com o objetivo de assegurar que o prestador de serviço continue vindo com frequência e não deixe de ir no dia seguinte ao recebimento do pagamento”. De acordo com Ângela Feitoza, há eletricistas, pintores e marceneiro. Especialidades que têm sido de vital ajuda para o desempenho das funções estabelecidas a eles. Um dos oito cidadãos em atuação é Hélio Pereira Magalhães, de 45 anos. Frequentador do Centro Pop há quase uma década, ele não pensou duas vezes quando a oportunidade apareceu. “Eu sou um trabalhador. Fui parar nas ruas por problemas psicológicos, mas eu sou um trabalhador. O que eu precisava era apenas de uma oportunidade e ela veio”, conta o homem, que sonha em terminar o ensino médio e ingressar na faculdade de administração de empresas. [Olho texto=”“Parece uma repetição, mas a palavra a ser dita milhares de vezes é oportunidade. Eles estão dando mais um passo para vencer a condição de rua, o que apenas é possível com a união de esforços do governo, da sociedade civil e deles próprios”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para Daniel Souza**, 32, acostumado com serviços ainda mais pesados, os dias de trabalho na preparação da CasaCor têm sido gratificantes e uma terapia. “Vim do Paraná em 2019, onde eu já trabalhei como almoxarife, servente de pedreiro e ajudante de obra. Quero retomar minha carreira aqui”, frisa o paranaense, que foi surpreendido pela retração dos postos de trabalho com a instalação da pandemia da covid-19. Além da remuneração semanal, os prestadores de serviço recebem uniforme e máscaras de proteção facial, além do equipamento necessário de acordo com a função. Eles atuam das 8 às 17 horas, com uma hora de almoço, feito no Centro Pop, pois a unidade oferta gratuitamente essa refeição, bem como café da manhã e lanche da tarde para os frequentadores. Neste sábado (16), porém, a organização precisou acelerar a arrumação do local e a equipe foi convocada. Além da diária extra, receberam o almoço, apesar de o Pop também ofertar a refeição aos fins de semana e feriados, de maneira ininterrupta nesse período de pandemia. “Essa fase de montagem é muito trabalho, então ficamos muito felizes de poder contar com esse suporte tão importante”, destaca a empresária Moema Leão, uma das realizadoras da CasaCor. “Ficamos orgulhosas deles, pois nós demos a oportunidade, mas foram eles que abraçaram e demonstraram total comprometimento com o trabalho”, completa. [Olho texto=”Ficamos orgulhosas deles, pois nós demos a oportunidade, mas foram eles que abraçaram e demonstraram total comprometimento com o trabalho” assinatura=”Moema Leão, uma das realizadoras do CasaCor” esquerda_direita_centro=”direita”] A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, esteve no local para acompanhar a preparação do ambiente e comemorou a iniciativa. “Parece uma repetição, mas a palavra a ser dita milhares de vezes é oportunidade. Olha o comprometimento dessas pessoas, olha a vontade deles em mostrar serviço, olha a qualidade do trabalho. Enfim, eles estão dando mais um passo para vencer a condição de rua, o que apenas é possível com a união de esforços do governo, da sociedade civil e deles próprios”, sintetiza. CasaCor2021 Com 37 ambientes assinados por cerca de 40 arquitetos, designers de interiores e paisagistas, a edição 2021 da CasaCor Brasília acontece na 904 Sul, local que já recebeu as edições de 2010 e 2011. A 29ª edição é composta por espaços que vão de estúdios com 35 m² a um amplo jardim de mais de 1 mil m², assinados por nomes consagrados e novos talentos. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Idealizadoras, as arquitetas Eliane Martins e Sheila Podestá têm uma longa história com a mostra na cidade ao participarem como profissionais convidadas em 1994 com o Quarto de Casal. Posteriormente, no ano 2000, uniram-se à Abadia Teixeira e Catarina Bastos – dupla que inaugurou a mostra tanto em Brasília quanto em Goiás -, na administração da CasaCor nas duas praças. Dois anos depois, assumiram totalmente as duas franquias da região Centro-Oeste. A empresária Moema Leão se juntou a Martins e Podestá em 2001 para contribuir com o sucesso de público da mostra, ao torná-la umas das mais visitadas do país. *Com informações da Sedes **Nome fictício, usado para preservar a identidade do personagem devido a questões pessoais
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