Rede pública de saúde do DF oferece tratamento contra alcoolismo
O consumo de álcool, uma prática comum em várias culturas ao redor do mundo, está associado a uma série de riscos graves à saúde. De acordo com relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado no mês de junho, o álcool é responsável por cerca de 2,6 milhões de mortes anualmente, sendo que os homens representam quase 75% desse total. A OMS aponta que o álcool causa uma em cada 20 mortes no mundo, em grande parte devido a acidentes de trânsito, dependência, doenças cardiovasculares, câncer e cirrose. DF ocupa o segundo lugar do ranking de ingestão excessiva de álcool entre as capitais brasileiras | Foto: Mariana Raphael/Arquivo Agência Saúde A rede pública de saúde do Distrito Federal oferece tratamento contra a dependência de álcool. O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps AD) atende pessoas maiores de 16 anos, que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente do uso nocivo e dependência de álcool e outras drogas. Os profissionais oferecem apoio de forma contínua, incluindo nos feriados e finais de semana, além de acolhimento noturno. O chefe da Assessoria de Prevenção e Controle do Câncer da SES-DF, Gustavo Ribas, destaca que o álcool foi classificado como cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer | Foto: Ualisson Noronha/ Agência Saúde-DF No Distrito Federal, um em cada quatro indivíduos apresentou consumo abusivo de bebidas alcoólicas no ano passado, conforme dados do Boletim Epidemiológico mais recente da Secretaria de Saúde (SES-DF) sobre esse tema. O resultado posiciona o DF no segundo lugar do ranking de ingestão excessiva por habitantes das capitais do Brasil, com 25,7%, atrás apenas de Salvador, com 28,9%. Embora o relatório indique uma leve redução no consumo global de álcool e nos danos associados, desde 2010, as consequências sociais e os impactos sobre os sistemas de saúde permanecem alarmantemente altos, em todo o mundo. Populações jovens são particularmente afetadas, com 13% das mortes atribuídas ao álcool ocorrendo entre indivíduos de 20 a 39 anos. “Qualquer consumo de álcool está associado a riscos de curto e longo prazo à saúde, tornando difícil a definição de limites seguros para seu consumo. Precisamos de políticas que não apenas conscientizem, mas que também ofereçam suporte às populações mais vulneráveis, para reduzir os impactos do álcool sobre a saúde global”, finaliza Ribas. Como conseguir ajuda O Caps AD II Santa Maria é uma das unidades vinculadas à Secretaria de Saúde que oferecem atendimento a dependentes de álcool | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Atualmente, uma das formas de combate ao consumo de álcool da Secretaria de Saúde é o Caps AD, que atende pessoas maiores de 16 anos que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente do uso nocivo e dependência de álcool e outras drogas. A SES-DF mantém parceria com o grupo Alcoólicos Anônimos (AA), que funciona em algumas unidades no DF. Clique aqui e saiba mais sobre o apoio oferecido pelo Caps AD. *Com informações da SES-DF
Ler mais...
Assistente social na Saúde promove direitos e políticas públicas
Com 250 profissionais em seus quadros, o Serviço Social da Secretaria de Saúde (SES) marca presença em diferentes setores para viabilizar o acesso da população a direitos e políticas públicas. Neste Dia do Assistente Social (15), destaca-se o papel do setor que, na rede pública, carrega a responsabilidade de assegurar garantias básicas aos pacientes. Waleska Fernandes, do Caps AD III de Samambaia: “Não faço nada no lugar do paciente; ofereço o caminho para que ele seja o sujeito de suas próprias ações” | Fotos: Tony Winston/Agência Saúde “O assistente social, no cenário da proteção social, é um profissional que vai contribuir para a materialização e para o fortalecimento dos princípios do SUS [Sistema Único de Saúde], para a universalidade, a integralidade e a equidade da política pública de saúde”, resume e assinala a gerente de Serviço Social da SES, Priscila Nolasco. O trabalho de profissionais do serviço social deve ser articulado com equipes multiprofissionais. “Minha atuação busca promover a inserção social, o fortalecimento do protagonismo do indivíduo, da sua autonomia e da sua cidadania”, exemplifica a assistente social Waleska Fernandes, que há dez anos trabalha no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (Caps AD) III de Samambaia. “Não faço nada no lugar do paciente; ofereço o caminho para que ele seja o sujeito de suas próprias ações”. A rotina no Caps é ampla. A unidade funciona 24 horas e recebe pacientes por demanda espontânea ou encaminhamento de outras unidades de saúde. O exercício da assistência social em atendimentos individuais ou grupos terapêuticos permite desde a obtenção de documentos essenciais até o acesso a políticas públicas voltadas à alimentação, à moradia e ao emprego para as pessoas que se encontram em tratamento. Jamila Trevizan, do Hospital de Apoio: “Quando cuidamos de um paciente, estamos lidando com a saúde do todo, de toda uma família, de uma comunidade inteira” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Saúde integrada Uma das oito profissionais do Núcleo de Serviço Social do Hospital de Apoio de Brasília (HAB), a assistente social Jamila Trevizan dedica-se desde 2017 ao atendimento em cuidados paliativos. “Preocupamo-nos para além da dor física dos pacientes – não só com o próprio tratamento, mas com os filhos, com o sustento da família, com as intervenções que possam vir a receber”, pontua. “Quando cuidamos de um paciente, estamos lidando com a saúde do todo, de toda uma família, de uma comunidade inteira. Cada pessoa é um mundo específico”. Para quem trabalha nessa área, o cotidiano segue a observância ao conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS) segundo o qual “saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”. *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...