Cesta do Trabalhador: Programa de combate à insegurança alimentar atinge a marca de 60 mil cestas entregues
O programa Cesta do Trabalhador chegou à marca de 60 mil cestas entregues. Lançada em novembro de 2023, a iniciativa, coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet), oferece alimentos a pessoas sem registro na carteira de trabalho e que estejam em situação de insegurança alimentar. Beneficiária do programa Cesta do Trabalhador, Marineide Ferreira ressalta a importância desse apoio: "Eu operei de um câncer e gasto muito com remédios. A cesta chega em uma boa hora" | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “O programa foi criado para atender os trabalhadores que estão desempregados há mais de seis meses, que estão dentro do Cadastro Único, e que possivelmente não estejam recebendo nenhum tipo de benefício social de transferência de renda. Então, ele passa a ter o direito de, no máximo, três unidades de cesta por ano ou até que ele consiga um emprego, para o qual normalmente ele é encaminhado através da agência do trabalhador”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes. A cesta é um respiro em um momento de necessidade. Moradora da Vila Telebrasília, Marineide Ferreira, 56 anos, já recebeu o benefício três vezes. "É uma ajuda boa", define. Recém-operada, ela ainda cita o alívio econômico que a cesta lhe possibilita: "Eu operei de um câncer e gasto muito com remédios. A cesta chega em uma boa hora". Também morador da Vila Telebrasília, Adauto Silva, 56, recebeu o auxílio pela primeira vez, justamente na hora em que mais precisava. "Tinha acabado tudo e eu estou desempregado. Faço uns bicos, mas essa semana não tinha trabalhado nenhum dia ainda", conta. "Para quem está desempregado como eu, é muito importante", completa. "Para quem está desempregado como eu, é muito importante", diz Adauto Silva, morador da Vila Telebrasília Já Marcos Aurélio Sirqueira, 50, morador de Arapoanga, aponta que a cesta foi um respiro não só para ele, mas para os oito filhos. "Estou desempregado, em situação crítica. Aí veio em boa hora, está matando a fome dos meus filhos", relata. "[A cesta] é tudo, porque a gente não pode ficar sem alimento. A gente, adulto, até aguenta, mas a criança não. Tudo espera, menos a fome", arremata. Como participar [LEIA_TAMBEM]Os interessados devem se inscrever no site da Sedet – se precisarem de auxílio, podem procurar uma unidade do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Cras). Depois, devem comparecer pessoalmente a uma das 14 agências do trabalhador para comprovar os requisitos. Se aprovado, os alimentos são entregues diretamente no endereço informado. "A gente quer dar oportunidade para o trabalhador, não só para a qualificação profissional, acesso às oportunidades de emprego, mas dar aquela ajuda que é prioritária em um momento muito importante da pessoa, que é o momento que ele está passando por uma situação de vulnerabilidade. Então, a secretaria faz esse cadastramento imediatamente, dentro da própria agência do trabalhador ele já recebe o resultado, se é elegível a receber ou não, e nós temos um prazo de 72 horas para entregar essa cesta na casa do cidadão", arremata o secretário Thales Mendes.
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Assistência social contempla mais de 123 mil famílias neste ano
Só nos quatro primeiros meses deste ano, as 29 unidades do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Cras) já prestaram 123.172 atendimentos. O público é composto por pessoas em vulnerabilidade social que procuraram o serviço e passaram por uma escuta qualificada durante a qual foram identificadas as necessidades da família. No dia do Assistente Social, comemorado neste domingo (15), são homenageados os profissionais que se empenham nesse trabalho. [Olho texto=”“Somos acompanhados de perto, na saúde, na escola, na creche” ” assinatura=”Milena dos Santos Moreira, beneficiária” esquerda_direita_centro=”direita”] Gestora do Cras, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) registrou, em 2021, 284.090 atendimentos desse tipo. “Primeiro, nós recebemos aquela demanda específica que a família traz; depois vamos verificar a renda, as condições que aquela família vive, a moradia, se já tem acesso a benefícios sociais e políticas públicas”, informa a assistente social Fernanda Mendes de Oliveira, gerente do Cras Varjão. “A partir daí, traçamos uma estratégia integral para tirar aquela família da situação de vulnerabilidade, se precisa de acompanhamento, se os integrantes da família podem ser encaminhados ao serviço de convivência. É um atendimento integral.” Atendimento no Cras abrange toda a família | Foto: Renato Raphael/Sedes Fabiana Pereira, 29 anos, é uma das beneficiárias do atendimento qualificado realizado pela equipe do Cras Brazlândia. “Comecei a receber há pouco tempo o Cartão Prato Cheio e o DF Social”, conta. “Esse atendimento no Cras foi importante, porque identifica o que a gente precisa. Fez muita diferença para mim este ano”. [Olho texto=”“Em 2020, foram 261.946 atendimentos. Em 2021, 284.090. Neste ano, vamos superar e muito esse número”” assinatura=”Kariny Alves, assistente social da Sedes” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Atendida na mesma unidade, Milena dos Santos Moreira, 23, conheceu o Cras quando recebeu o auxílio-natalidade pelo nascimento do primeiro filho. “Depois, fiz o Cadastro Único e passei a receber o Bolsa Família, que me ajudou bastante, porque o pai do meu primeiro filho não pagava pensão”, relata. Atualmente com dois filhos, um de 5 e outro de dois 2 anos, Milena recebe orientação dos profissionais do Cras Brazlândia. “Somos acompanhados de perto, na saúde, na escola, na creche. Eles sempre me atualizam sobre os benefícios”. Desafios [Olho texto=”“Agora temos equipes volantes para atender as famílias vulneráveis que moram em áreas mais isoladas” ” assinatura=”Ana Paula Marra, secretária adjunta de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”] Com a pandemia de covid-19, a partir de 2020, os assistentes sociais tiveram que se reinventar para manter os atendimentos. “Passamos a fazer atendimento pelo telefone, por vídeo, fazer acompanhamento pelo WhatsApp, e utilizamos todas as estratégias possíveis para não deixar as famílias desassistidas”, lembra Fernanda Mendes. “Em vez de reduzir os atendimentos por causa das dificuldades trazidas pelo isolamento e o risco de contágio, nós aumentamos”, afirma a assistente social Kariny Alves, da Sedes. “Em 2020, foram 261.946 atendimentos. Em 2021, 284.090. Neste ano, vamos superar e muito esse número. Isso mostra a garra dos nossos profissionais da assistência social, não só assistentes sociais, porque é uma equipe multidisciplinar. Mas, neste domingo, Dia do Assistente Social, quero fazer um agradecimento especial aos meus colegas de profissão, profissionais tão importantes na garantia de direitos a essas famílias vulneráveis.” Kariny foi subsecretária de Assistência Social da Sedes nos dois últimos anos, durante toda a fase mais crítica da pandemia. “Nossa demanda aumentou com a crise gerada pela covid-19”, lembra. “Esses números mostram que temos uma demanda grande de famílias que passaram a depender do Estado, mas também que estamos ampliando nossos atendimentos e fortalecendo a política de assistência social. É um número positivo e aponta que há possibilidade de 2022 ser ainda melhor”. Mais servidores A secretária adjunta de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, reforça que, em meio às dificuldades, o DF possui, atualmente, a maior rede de proteção social do país. “Nos últimos dois anos, nós empossamos mais de 800 novos servidores aprovados no último concurso da Sedes, e isso faz diferença lá na ponta, no atendimento aos cidadãos”, diz. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A gestora também aponta a mobilização da equipe para pensar novas estratégias, sem colocar em risco os servidores e a população em meio à pandemia: “Criamos o Cartão Prato Cheio e criamos um novo sistema de agendamento online que acabou com as filas na porta das unidades e permite dar prioridade aos casos mais urgentes. Agora temos equipes volantes para atender as famílias vulneráveis que moram em áreas mais isoladas”. Fernanda Mendes vê o novo sistema de agendamento como um avanço. “As pessoas têm a garantia de que serão atendidas”, ressalta. “Pode demorar um pouco porque a demanda é alta, mas elas não precisam mais dormir na porta do Cras, aglomerar na fila, pegar dois, três ônibus para ir até o Cras sem a garantia de atendimento, para, muitas vezes, não conseguir nem pegar senha. Agora, elas têm a dignidade de ter dia e horário de atendimento. Os indicadores de vulnerabilidade também têm sido fundamentais. Hoje, nós conhecemos a nossa lista de espera”. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social
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