Busca por itens perdidos no metrô já pode ser feita via app
O Posto Central de Objetos Achados e Perdidos (Pcoap) da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) guarda cerca de 4 mil objetos atualmente. Muitas pessoas não resgatam os pertences deixados nas estações ou trens – em junho deste ano, por exemplo, a taxa de devolução foi de 17%. Para facilitar a localização e a busca por parte dos usuários, a companhia implantou uma nova ferramenta, que passa a funcionar nesta segunda-feira (16), por meio do aplicativo Metrô DF. O Posto de Achados e Perdidos do Metrô-DF funciona na Estação Galeria | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Disponível para download gratuito pelos sistemas da Apple ou Android, o app agora dispõe de uma área específica para que o usuário possa comunicar a perda de um objeto ou documento, informando a data aproximada e a estação em que ele acredita ter ocorrido a perda, além de uma descrição detalhada do item. Anualmente, cerca de 8 mil objetos e documentos passam pelo Posto de Achados e Perdidos Independentemente de a informação estar completamente certa, os colaboradores do Metrô vão procurar no sistema para verificar se há algum objeto cadastrado com características semelhantes. Tão logo a busca seja realizada, o usuário receberá a resposta – o status pode ser atualizado a qualquer momento por notificação pelo aplicativo. Ao comparecer ao Posto de Achados e Perdidos para efetivar a retirada do item, o usuário deverá apresentar documentação de identificação civil com foto (carteiras de identidade, de motorista, ou de trabalho, entre outras) e fazer a comprovação da propriedade. “É um grande facilitador que estamos disponibilizando para os nossos usuários, porque eles vão conseguir entrar em contato mais facilmente com o Metrô e nós faremos um cruzamento com os objetos que nós temos. O nosso grande objetivo, de fato, é devolver os pertences das pessoas”, afirma Maria de Lourdes Galvão, metroviária responsável pelo Posto, desde o início do funcionamento. Pelo app do Metrô, é possível comunicar a perda de objetos | Imagem: Metrô-DF Anualmente, cerca de 8 mil objetos e documentos passam pelo Posto de Achados e Perdidos. Os itens podem ficar até 180 dias sob a guarda da companhia. Depois disso, conforme previsto em norma, são encaminhados para doação ou reciclagem. Mais agilidade O novo sistema foi inteiramente desenvolvido pela assessoria de Tecnologia da Informação do Metrô, a partir de uma demanda da área operacional da companhia. A catalogação dos itens perdidos até então era feita em planilhas, quando o objeto chegava ao Posto de Achados e Perdidos, que funciona na Estação Galeria. Os malotes chegavam das outras estações duas vezes por semana. “Um objeto perdido podia levar até quatro dias para ser cadastrado, apesar do esforço dos funcionários para agilizar a entrega. Com o novo sistema, o objeto poderá já ser cadastrado, no mesmo dia, na própria estação onde foi encontrado e estará disponível para a busca no sistema”, afirma a gerente de Estações do Metrô-DF, Célia Borges. O novo sistema também terá um painel que permitirá às equipes internas acompanharem a quantidade de objetos perdidos e as respectivas devoluções. Para ter acesso à nova funcionalidade, os usuários precisam atualizar o aplicativo, caso não optem por atualizações automáticas. Atualmente, 60 mil pessoas baixaram o app, mas a estimativa é que apenas 11% sejam usuários frequentes. A intenção é que esta nova funcionalidade sirva também para ampliar o uso do app. Desde que foi lançado, o aplicativo já agregou uma série de ferramentas que auxiliam no dia a dia do usuário. Por meio dele, é possível verificar horários dos trens, informações de serviço como horário de funcionamento e ocorrências que geram interrupção demorada no sistema, além de informações sobre serviços governamentais nas estações, preços de tarifas, recarga de cartões, mapa do Metrô, contatos, regras do sistema, acesso à ouvidoria, notícias e dúvidas frequentes. *Com informações do Metrô-DF
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Após incêndio, circulação de trens é retomada com segurança
O presidente da Companhia do Metroviário do Distrito Federal (Metrô-DF), Handerson Cabral, esclareceu na tarde desta sexta-feira (12) as circunstâncias de um incêndio que atingiu o segundo carro de um dos trens do metrô por volta das 12h. No momento do incêndio, não havia passageiros no trem, que estava sendo recolhido ao pátio de manutenção de Águas Claras. O fogo foi rapidamente controlado pelo Corpo de Bombeiros e não houve feridos. A circulação de trens foi interrompida por cerca de 30 minutos. Às 12h39, os trens voltaram a circular em toda a extensão da linha, apenas com a necessidade de transbordo (troca de trens) em Águas Claras para usuários que seguiam para a Samambaia. Às 14h46, o trem já havia sido recolhido e a linha liberada, não havendo mais a necessidade de transbordo. As causas do incidente serão investigadas por perícia do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e por uma comissão técnica do Metrô-DF | Foto: Tony Oliveira/ Agência Brasília As causas do incidente serão investigadas por perícia do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e por uma comissão técnica do Metrô-DF. “A atuação da equipe técnica do Metrô-DF cumpriu exatamente o que manda a norma, o protocolo e as regras de segurança. Tudo funcionou como previsto em treinamento e só houve perda material”, explica Cabral. Handerson Cabral: “Tudo funcionou como previsto em treinamento e só houve perda material” | Foto: Divulgação/ Metrô-DF Não será reduzido o número de trens em circulação em virtude do incidente. O presidente informou ainda, que a Companhia está em negociação com o governo federal para conseguir recursos para a compra de 15 novos trens. Principais trechos da entrevista A dinâmica do incidente O trem com destino a Samambaia apresentou sinais de fumaça entre a Estação Guará e Arniqueiras. Por volta de 11h45, um usuário acionou o botão-soco do carro 2, que é um equipamento de segurança que informa ao piloto que algo não está normal. Sempre que esse equipamento é acionado, o trem obrigatoriamente para na estação mais próxima para averiguação. O trem parou em Arniqueiras. Foi constatado que havia vestígios de fumaça no interior do carro 2. Conforme manda o protocolo, a equipe da estação e o Centro de Controle Operacional (CCO) determinaram a evacuação de todos os carros do trem. Foi feita uma inspeção pela equipe de segurança e não foi constatada a presença de foco de incêndio naquele momento. O trem partiu para o pátio de manutenção, passou pela estação Águas Claras e, no trajeto para acessar o pátio, foi verificada a presença de fogo. O CCO foi avisado e atuou em algumas frentes de acordo com o procedimento padrão: desligou o sistema de energia, paralisou a circulação, acionou o Corpo de Bombeiros, que fez o combate imediato e controlou o incêndio. Atuação rápida para restabelecer o sistema [Olho texto=”Passageiros têm direito à devolução do valor da tarifa nesses casos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com o desligamento do sistema de energia, os trens em circulação foram levados às plataformas; os usuários foram informados que a circulação estava interrompida. Passageiros têm direito à devolução do valor da tarifa nesses casos. Assim foi feito aos que pediram. Tão logo o CCO foi avisado que o Corpo de Bombeiros liberou o trem, o Conselho de Prevenção de Acidentes do Metrô foi acionado para tomar todas as providências no sentido de liberar a via o mais rápido possível para restabelecer o sistema em sua normalidade. O piloto agiu conforme o protocolo e também não se feriu. A circulação de trens foi interrompida por cerca de 30 minutos. Às 12h39, os trens voltaram a circular em toda a extensão da linha, apenas com a necessidade de transbordo (troca de trens) em Águas Claras para usuários que seguiam para a Samambaia. Às 14h46, o trem já havia sido recolhido e a linha liberada, não havendo mais a necessidade de transbordo. Perícia [Olho texto=”O trem está no pátio de manutenção para a perícia, que vai identificar quais foram as causas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O trem está no pátio de manutenção para a perícia, que vai identificar quais foram as causas. Foi feito o registro da ocorrência na Polícia Civil, que também deve fazer perícia. Conforme estabelece o regimento do Metrô-DF, o Conselho de Prevenção de Acidentes também fará uma perícia técnica interna. Manutenção O trem passou por todas as manutenções previstas no cronograma. Existem vários tipos de manutenção: uma mais completa, em que o trem é quase desmontado a cada três anos de circulação; uma manutenção a cada dois anos, além de outras mais frequentes. [Numeralha titulo_grande=”45″ texto=”número de anos de vida útil de um trem” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A manutenção mais recente neste trem foi no último dia 10, quando foi feita manutenção no sistema de engate. Também passou pela manutenção em 27 de novembro de 2023 (essa foi a de dois anos) e em 31 de janeiro de 2022 (a manutenção de três anos, que é a mais completa de todas). A cada 45 dias, cada trem do Metrô-DF passa por algum tipo de manutenção. Todos os contratos com as empresas de manutenção estão ativos e regulares. Cada trem tem 10 extintores. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os trens têm uma vida útil de até 45 anos. Os mais antigos do Metrô-DF têm cerca de 30 anos. “Exatamente por terem todas as manutenções em dia é que até hoje eles estão em disponibilidade e sendo usados”, explicou Handerson Cabral. O presidente disse, ainda, que a Companhia está trabalhando para a renovação de parte da frota. Há um planejamento para a compra de 15 novos trens. O pedido foi feito ao governo federal, que abriu possibilidade para os pleitos dos estados e do DF, dentro das obras do PAC, e está em análise pelo Ministério das Cidades. *Com informações do Metrô-DF
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