Evento celebra dez anos de Farmácia Clínica na Secretaria de Saúde
Dispensação, orientação e monitoramento dos horários de administração de medicamentos em doses adequadas às características individuais. Essas são algumas das atribuições do profissional de Farmácia Clínica. A linha de cuidado farmacêutico foi instituída pela Secretaria de Saúde (SES-DF), em 2015, com o estabelecimento da presença de profissionais de farmácia em todos os serviços da Rede de Atenção à Saúde. Para celebrar os dez anos da política, a Diretoria de Assistência Farmacêutica (Diasf) da SES-DF promoveu, na quinta-feira (28), um evento comemorativo no Conselho Federal de Farmácia (CFF). A programação contou com mais de 130 farmacêuticos de todos os níveis de atenção e incluiu mesas-redondas para compartilhamento de experiências e homenagens a farmacêuticos pioneiros na implementação da Farmácia Clínica na pasta. Humberto Lopes destacou que a farmácia clínica alcançou um marco de conquistas e protocolos ao longo da última década que repercutem diretamente na qualidade dos serviços à população | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF “Mais importante do que dispensar o medicamento é que os pacientes tenham adesão ao tratamento. Logo, o farmacêutico e a farmácia clínica estão totalmente conectados”, destacou o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal (CRF-DF), Humberto Lopes. Segundo ele, a farmácia clínica alcançou conquistas que repercutem diretamente na qualidade dos serviços à população. Subsecretário de Logística da SES-DF, Matheus de Moura, afirmou que o cuidado farmacêutico fortalece o cuidado central do paciente. “Assegurando o uso racional de medicamento, maior segurança terapêutica e melhorias em resultados em saúde. Os avanços alcançados reafirmaram o compromisso do SUS com a qualidade, a inovação e a humanização da assistência”. A diretora de Assistência Farmacêutica da SES-DF, Sara Cristina Ramos, também ressaltou a importância dos farmacêuticos. “Nada teria sido possível se não fosse o trabalho de vocês nas diferentes atividades, mas todas com o objetivo único que é manter e promover o melhor cuidado ao paciente”. O acompanhamento dos pacientes pelos farmacêuticos ocorre desde a admissão até a alta, promovendo ações para garantir o uso seguro e racional dos medicamentos. “Mais importante do que dispensar o medicamento é que os pacientes tenham adesão ao tratamento. Logo, o farmacêutico e a farmácia clínica estão totalmente conectados”. Humberto Lopes, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal Cuidado farmacêutico Nos últimos dez anos, os farmacêuticos clínicos que atuam nos hospitais públicos do DF já acompanharam mais de 800 mil pacientes-dia, realizando mais de 200 mil sugestões de otimização da farmacoterapia junto às equipes multiprofissionais. O acompanhamento dos pacientes ocorre desde a admissão até a alta, promovendo ações para garantir o uso seguro e racional dos medicamentos. Já no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), conhecidas como farmácias de alto custo, as unidades da Asa Sul e Ceilândia juntas são responsáveis por 76% das dispensações, seguidos pelo Gama, com 23%. A farmacêutica Fernanda Duarte, da Gerência do Componente Básico da Assistência Farmacêutica (GCBAF) da SES-DF, afirmou que a profissão vai além do fornecimento de medicamentos. “Foi a partir da ressignificação do papel do farmacêutico que os gestores começaram a entender o papel do farmacêutico, que tem importantes atribuições clínicas dentro do processo de cuidado da saúde dos pacientes”, elogiou. Ricardo Marcelino, da Gerência do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (GCEAF) da SES-DF, destacou que o farmacêutico realiza um atendimento clínico próximo ao paciente. “Muitas vezes, o farmacêutico é o profissional mais capacitado para saber se a medicação está correta, quais são os possíveis eventos adversos ou como minimizar”, concluiu.[LEIA_TAMBEM] Ainda estiveram presentes no evento a conselheira federal do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Gilcilene Maria dos Santos El Chaer; o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Farmácia Clínica (SBFC), Tarcísio José Palhano; e a médica infectologista Maria de Lourdes Worisch. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Farmácia Hospitalar do IgesDF apresenta resultados e projeta inovações para 2025
A Geifo - Gerência de Insumos Farmacêuticos e OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) apresentou, nestas terça (6) e quarta-feiras (7), o comparativo dos resultados do primeiro trimestre de 2024 com o primeiro trimestre deste ano e dos projetos estratégicos da Farmácia Hospitalar. Números mostram que houve melhoras na comparação entre o primeiro trimestre de 2024 e o deste ano | foto: Alberto Ruy/IgesDF A atividade reuniu mais de 130 farmacêuticos hospitalares de todas as unidades do instituto, como o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Hospital Cidade do Sol (HSol) e as 13 unidades de pronto atendimento (UPAs). Com foco em engajamento, integração e eficiência, o encontro foi aberto pelo presidente do Conselho Regional de Farmácia do DF (CRF-DF), Humberto Lopes, que destacou a importância do papel dos farmacêuticos para a segurança e qualidade da assistência em saúde. Maior economia A titular da Geifo, Jéssica Nobre, ressaltou que, na comparação dos dados de 2024 com os de 2025, houve uma expressiva economia nos estoques e maior racionalização dos processos logísticos. “Nós tivemos uma redução total de mais de R$ 19 milhões no estoque geral, só no Hospital de Base”, afirmou. Segundo a gestora, esse avanço é fruto da vigilância constante, auditorias, inventários rotativos, remanejamento estratégico entre unidades e uso de novas tecnologias. Entre os dados apresentados, destacou-se a expressiva redução das perdas por vencimento, que caíram de 0,39% para 0,19%. Também foi abordado o reaproveitamento de mais de R$ 138 mil em medicamentos remanejados — o que incluiu mais de 31 mil unidades de insumos redistribuídas entre as farmácias do instituto. Essa estratégia evitou, por exemplo, a perda de R$ 6.650 em heparina, que pôde ser redirecionada ao Hospital de Base. A chefe do Serviço de Farmácia Clínica do HBDF, Nathalia Lobão, foi convidada a falar sobre a importância da integração entre as áreas clínica e hospitalar. “Estou aqui como farmacêutica clínica, mas, acima de tudo, sou farmacêutica”, disse. “Sem vocês, farmacêuticos hospitalares e logísticos, a gente não trabalha. E vai chegar o momento em que a logística também não vai funcionar sem os clínicos. Precisamos caminhar juntos”. Integração [LEIA_TAMBEM]Ao final da dinâmica, a superintendente de Administração e Logística do IgesDF, Bárbara Santos, reforçou o papel de cada profissional nos resultados alcançados: “Esses resultados não seriam possíveis sem o comprometimento, o olhar atento e a dedicação diária de cada farmacêutico aqui presente. Vocês fazem a diferença em cada ponta do processo”. O encerramento do encontro foi marcado por vídeos que retratam o dia a dia dos farmacêuticos e relembraram matérias publicadas na imprensa sobre inovações implantadas, como o uso de robôs para o transporte de materiais médico-hospitalares — projeto iniciado nos hospitais e que será ampliado para outras unidades. Também houve a entrega de certificados de reconhecimento aos farmacêuticos que mais se destacaram positivamente em suas unidades. Cada chefia de núcleo indicou de três a cinco profissionais, celebrando a dedicação e os resultados obtidos em equipe. “Hoje estamos aqui trazendo resultados; no ano passado, apresentamos as propostas, e agora mostramos que elas deram certo”, finalizou Jéssica. *Com informações do IgesDF
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