AgroBrasília 2025 aposta em tecnologia para alavancar pequenos e grandes produtores
Governo do Distrito Federal · AGROBRASÍLIA 2025 APOSTA EM TECNOLOGIA PARA ALAVANCAR PEQUENOS E GRANDES PRODUTORES Entre os dias 20 e 24 deste mês, será realizada a 16ª edição da AgroBrasília, principal feira de agronegócio do Planalto Central. O evento, com o tema Agro para Todos, impulsiona o mercado rural e se consolidou como um espaço estratégico para a apresentação de produtos agropecuários, além de inovações e tecnologias voltadas a empreendedores do setor de diferentes tamanhos e áreas de atuação. Promovida pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), a feira também se destaca como palco de discussões, palestras e capacitações que abordam temas diversos do universo agro. O Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD-DF, a montagem dos estandes já começou, e logo chegarão as grandes máquinas que compõem a troca de tecnologias e informações que caracterizam o evento, que conta com o apoio da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) e a Central de Abastecimento (Ceasa-DF). A 16ª edição da AgroBrasília visa impulsionar o mercado rural | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Novidades Devido ao sucesso de público no Pavilhão de Tecnologia e Inovação, a edição de 2025 da AgroBrasília se expandiu e criou o Ambiente de Inovação e Tecnologia (Aitec). O local terá uma extensão de 1,2 mil m² e abrigará a Vila Startups (ligada à área de tecnologia), arenas para drones, palestras, debates e uma programação propícia para assuntos como questões globais, como o aumento da demanda por alimentos e as mudanças climáticas. De acordo com o presidente da AgroBrasília e da Coopa-DF, José Guilherme Brenner, a expectativa desta edição é que a quantidade de visitantes ultrapasse a do último ano, que totalizou um público de 170 mil pessoas durante os cinco dias de feira. O gestor afirma que há um crescimento no número de visitantes ao longo dos anos e que em 2025 a feira bate o recorde no número de expositores, já estimado em torno de 600. “A ideia é que o produtor venha aqui, conheça as soluções que as indústrias e empresas de tecnologia desenvolveram e, por meio desse conhecimento, possa escolher o que é melhor para o negócio dele e fazer, às vezes, uma aquisição ou adotar uma nova tecnologia. A longo prazo, a AgroBrasília representa sempre um ganho tecnológico para o produtor que vai se refletir num ganho de produtividade e de sustentabilidade”, destaca Brenner. Agro para todos Na AgroBrasília, os produtores rurais têm oportunidade de realizar negócios e entrar em contato com as novidades em maquinários, implementos agrícolas, insumos, sustentabilidade, genética animal e vegetal, pesquisas e biotecnologias. Uma área permanente para o Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é mantida na feira, com espaços dedicados também à agricultura familiar, onde são apresentadas tecnologias e pesquisas próprias para o setor. Guilherme Brenner: "A ideia é que o produtor venha aqui, conheça as soluções que as indústrias e empresas de tecnologia desenvolveram e, por meio desse conhecimento, possa escolher o que é melhor para o negócio dele" Junto aos pequenos produtores rurais, a Emater-DF dedica um espaço de 20.700 m² à agricultura familiar, um ambiente composto de dez circuitos com tecnologias adaptadas à questões como a agroindustrialização, cultivo de hortaliças, floricultura, mecanização e automatização da irrigação, bovinocultura, piscicultura, bioinsumos, panificados, embutidos, tratamento de solo e artesanato, além de organizações sociais e programas como o Empreender e Inovar. Novidades como o lançamento rota do queijo artesanal no Distrito Federal e do registro provisório do queijo artesanal - uma conquista para os produtores de leite que pedem o registro há mais de 30 anos - também serão lançadas na AgroBrasília 2025. Ricardo Luz é coordenador do espaço dedicado à agricultura familiar O extensionista da Emater-DF Ricardo Luz, coordenador do espaço destinado à agricultura familiar na AgroBrasília, acentua que o tema é inclusivo, contemplando o grande, médio e pequeno produtor. “A hortaliça do dia a dia que consumimos vem da agricultura familiar, são os pequenos que estão produzindo,[assim como] aquele cheiro-verde que você come, aquele tomate gostoso, aquela alfacezinha. A agricultura familiar tem uma força dentro do mercado muito grande, não só com o atendimento técnico, mas a organização, gestão, condução e a comercialização desses produtos. Eles movimentam bastante a economia”. Com uma média de participação em torno de 3,5 mil agricultores familiares por ano desde 2008, a Emater-DF disponibilizará transporte e alimentação para mais de 1.500 pequenos produtores para comparecerem. Entre eles está a produtora rural Lucimar Ferreira dos Santos, que tem uma propriedade no Assentamento Patrícia Aparecida, no Paranoá. Lucimar Ferreira dos Santos produz frutas, legumes e passou a se dedicar, recentemente, ao mel, com o apoio técnico da Emater-DF [LEIA_TAMBEM]Agricultora familiar com uma horta que cultiva um pouquinho de tudo ー de quiabo a maracujá ー, ela iniciou recentemente a produção de mel com colmeias instaladas com apoio técnico da Emater-DF. Lucimar destaca a diferença que o acompanhamento da empresa pública faz na sua produção e descreve feiras, como a AgroBrasília, como importantes oportunidades de crescimento. “Estou aqui hoje, mas eu comecei sem saber muita coisa. Eu levo alimento para a mesa das pessoas, e isso é minha renda hoje. É muito importante para nós produtores rurais pequenos, porque é uma oportunidade maravilhosa. Vai impactar bastante, me ajudando com a tecnologia. É uma porta aberta, estou muito feliz de estar fazendo parte do AgroBrasília.” Acompanhando a família de Lucimar e outros pequenos produtores rurais há anos, a extensionista da Emater-DF Yokowama Odaguiri Cabral reforça a atenção direcionada à agricultura familiar e a importância da participação em grandes eventos como a AgroBrasília: “Além das capacitações, a Emater abre vários espaços em feiras como na AgroBrasília, para que eles possam comercializar os produtos de alguma forma. Lá abre-se a visão, eles conhecem várias técnicas novas e começam a empreender dentro da propriedade, gerando renda”.
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Visita técnica qualifica produtores e trabalhadores rurais no manejo de uva para vinhos finos
Produtores e extensionistas rurais fizeram nesta terça-feira (12) uma visita técnica à área experimental de cultivo de uvas, na AgroBrasília. O objetivo do evento organizado pela Emater-DF foi mostrar na prática como deve ser feita a poda de produção nas plantas para que os frutos sejam colhidos no inverno. A estratégia visa à produção de vinhos finos. O grupo acompanhou a tecnologia usada na poda de produção numa área com meio hectare de extensão cultivada com uva syrah, específica para vinhos finos, dentro do Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, mantida pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF). De acordo com o supervisor da Regional Leste, Fabiano Carvalho, a técnica da dupla poda, quando a planta é submetida à poda de formação e à poda de produção, tem se mostrado mais eficaz para a vitivinicultura do DF. A produção de uvas para vinhos finos no DF é bastante promissora e deve crescer ainda mais após a inauguração da Vinícola Brasília | Foto: Divulgação/ Emater “Muitos produtores e extensionistas ainda têm muitas dificuldades. Nosso objetivo foi tirar esse mito de que é difícil e mostrar que a poda é simples, bastando ser feita no período certo e da maneira correta. Isso garante que os frutos cresçam no inverno, quando há uma grande amplitude térmica, frio de noite e sol quente durante o dia, e garante a produção de uvas mais doces”, explica Fabiano Carvalho. Uma equipe da Vinícola Paula, no Gama, participou da atividade para aprimorar as técnicas empregadas no plantio de uvas grenache, cabernet sauvignon, chenin blanc e malbec e produzir plantas bem formadas, com boa aparência e frutos com mais qualidade para se extrair do melhor do terroir. A propriedade está se estabelecendo no enoturismo. “Aprendi o jeito da poda que eu não sabia como fazer. Temos três hectares plantados de uvas para produção de vinhos finos e vamos ampliar para seis hectares no total. Portanto, é importante ampliar o conhecimento no assunto”, comenta o gerente da vinícola, Ayrton Senna Calixto Rodrigues da Silva. Ação da Emater-DF pretende qualificar os produtores e trabalhadores que já estão na vitivinicultura ou que pretendem iniciar a atividade Crescimento O gerente de Fruticultura da Emater-DF, Felipe Camargo, que coordenou a visita técnica, ressaltou que a produção de uvas para vinhos finos na região é bastante promissora e deve crescer ainda mais após a inauguração da Vinícola Brasília. Dessa forma, a vitivinicultura local vai precisar tanto de produtores quanto de trabalhadores qualificados. A ação da Emater-DF pretende disseminar a vitivinicultura no DF e qualificar os produtores e trabalhadores que já estão na área ou que pretendem iniciar a atividade. “Essa é a quarta oficina que ministramos nesse espaço experimental da Coopa-DF, onde temos toda liberdade para trazer produtores e trabalhadores para aprenderem vendo como se faz. Já houve oficina de poda de formação, controle de doença, irrigação e agora poda de produção, que é uma fase do manejo muito importante para garantir a colheita de bons frutos no final de julho e início de agosto. Aqui viemos em campo para visualizar, memorizar e aprender de fato. É diferente de ensinar em sala de aula ou mostrar por meio de um slide para qualificar o produtor e o trabalhador”, afirma Felipe. *Com informações da Emater-DF
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Dia do Trigo: Distrito Federal se destaca na produção do cereal
Nesta sexta-feira (10), é celebrado o Dia do Trigo como forma de destacar a relevância do grão na economia e no setor agropecuário. Presente na mesa do brasileiro, o cereal serve de base para uma série de produtos essenciais, como pães, bolos e biscoitos. A produção tem se destacado no Distrito Federal. Em comparação entre dezembro de 2022 com o mesmo período de 2021, a produção de trigo aumentou em 150%, passando de 7.511 para 18.811 toneladas. A quantidade de produtores saltou de 18 para 32, segundo dados da Emater-DF. O trigo sequeiro está entre as variedades adaptadas para o clima de Brasília | Foto: Wenderson Araújo/CNA O agrônomo Gabriel Triacca produz grãos com a família há mais de 40 anos na região do PAD-DF, no Paranoá. Ele já é a terceira geração de produtores da família e cultiva nos 173 hectares da fazenda, trigo, soja, milho, feijão, arroz, girassol, uva, além de um mix com mais de dez espécies de plantas de cobertura. No início do segundo semestre, fez a colheita do trigo e reservou neste ano 60 hectares para o plantio do cereal. “O trigo que planto é o sequeiro, que é específico na época da seca. Ele é um trigo melhorado e adaptado para uma segunda safra, que não precisa de irrigação, tem baixo investimento e pouco risco. A produção dura de 100 a 120 dias, e aqui é uma área muito boa para o plantio. O terreno se adaptou bem ao plantio; este ano, colhemos mais de 40 sacas por hectare”, conta o produtor rural. O trigo sequeiro está entre as variedades adaptadas para o clima de Brasília. A espécie é tolerante a índices menores de chuvas. Para o agrônomo, há várias vantagens para a produção do cereal. “O trigo, além de ser rentável, é um condicionante do solo aqui na nossa região. Ele diminui as doenças fúngicas e bactérias. A palhada do trigo é muito boa para o plantio; embaixo, ela preserva os microrganismos benéficos para a soja e o feijão, porque preserva a umidade do solo”, destaca Triacca. Apoio do GDF O cultivo dos grãos no DF, desde a semeadura até o transporte ao consumidor final, recebem o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF). Segundo o extensionista Rural da Emater no PAD-DF, Gilmar Batistella, os produtores da região são estimulados a fazerem o plantio do trigo nas entre safras. Em comparação entre dezembro de 2022 com o mesmo período de 2021, a produção de trigo aumentou em 150%, passando de 7.511 para 18.811 toneladas | Foto: Wenderson Araújo/CNA “A produção do trigo está um pouco atrelada à capacidade da cooperativa [Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF)] processar o trigo. Somente no DF, temos 1.600 hectares de trigo. A produção tem aumentado bastante porque aumentou a capacidade de processamento, e os produtores são estimulados a plantar o cereal”, conta Batistella. O técnico salienta que os agricultores da região do PAD-DF, em especial, têm um grande domínio de suas produções, e a principal demanda é o planejamento do manejo hídrico. “As portas da Emater-DF estão abertas para todos os produtores, grandes e pequenos. Auxiliamos na parte técnica, na documentação, com questões ambientais e hídricas. Na época da seca é quando aumenta a demanda com os produtores para o planejamento do uso da irrigação. Caso precise, os agricultores podem ir ao escritório ou agendar uma visita dos técnicos à propriedade”, explica Batistella. Outras ações do GDF também acabam por beneficiar os agricultores e facilitar na produção. Um exemplo disso foi a construção da DF-285, que pavimentou 13,5 quilômetros e contou com um investimento de R$ 20,6 milhões. “O governo tem nos auxiliado muito. A DF- 285 também teve uma melhora no policiamento da nossa região. Temos percebido que nos últimos anos, o governo tem olhado para nós. A melhora nas rodovias facilita o escoamento da produção, a compra de insumos, evita entrar nas grandes cidades, e até na manutenção dos nossos veículos e na logística em geral”, reconhece Gabriel Triacca.
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