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Dia Mundial da Alfabetização

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Em seminário, GDF destaca protagonismo da capital no combate ao analfabetismo

Ainda que o Distrito Federal alcance índices de alfabetização de destaque nacional, a Secretaria de Educação do DF (SEEDF) acompanha de perto as políticas e projetos que visam a intensificação de ações para superar o analfabetismo e fortalecer a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Nesta semana, na última quarta-feira (10), a Pasta participou do Seminário Nacional de Educação de Jovens e Adultos: 1º Ano do Pacto pela Superação do Analfabetismo e Qualificação na Educação de Jovens e Adultos (Pacto EJA), promovido pelo Ministério da Educação (MEC). O encontro aconteceu no Centro de Formação e Desenvolvimento dos Trabalhadores em Educação do MEC (Cetremec), em Brasília. O objetivo foi avaliar os resultados do primeiro ano de implementação do pacto. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, participou do seminário e ressaltou o papel da capital no enfrentamento ao analfabetismo. "O DF assumiu o compromisso de se tornar livre do analfabetismo e já alcança índices de destaque nacional. Foi fundamental valorizar os profissionais da EJA, ampliar as oportunidades de estudo e investir em políticas públicas integradas para que cada cidadão tivesse acesso ao direito de aprender”, afirmou. No encontro, Hélvia representou o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Ela destacou a importância da parceria entre União, estados, DF e municípios para enfrentar o desafio do analfabetismo. “O pacto só alcança resultados concretos porque é construído coletivamente. A atuação conjunta dos sistemas de ensino e o diálogo permanente com MEC é fundamental para transformar a realidade da EJA em todo o país”, afirmou. A secretária de Educação do Distrito Federal (SEEDF), Hélvia Paranaguá, participou do seminário e ressaltou o papel da capital no enfrentamento ao analfabetismo | Foto: Mary Leal/Ascom SEEDF Programas e avanços nos indicadores no DF De acordo com o Censo Demográfico do IBGE, em 2022, o DF apresentou o segundo menor índice de analfabetismo do país. Já a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) mostra que o percentual de pessoas sem escolaridade caiu de 4,2% em 2021 para 1,5% em 2024, resultado direto das políticas públicas voltadas à EJA. Atualmente, 106 escolas da rede pública oferecem turmas da modalidade. Entre as principais iniciativas está o Programa DF Alfabetizado, que oferece bolsas para alfabetizadores e coordenadores, reconhecendo o papel dos educadores populares. A SEEDF também aderiu ao Programa Brasil Alfabetizado e desenvolve ações como o Pé-de-Meia da EJA, que apoia financeiramente estudantes em situação de vulnerabilidade, e o PNLD EJA, que garante material didático adequado para essa modalidade. Visitação e Mostra do Pacto EJA, parte da programação do Seminário Nacional de Educação de Jovens e Adultos: 1º Ano do Pacto EJA "O DF assumiu o compromisso de se tornar livre do analfabetismo e já alcança índices de destaque nacional. Foi fundamental valorizar os profissionais da EJA, ampliar as oportunidades de estudo e investir em políticas públicas integradas para que cada cidadão tivesse acesso ao direito de aprender” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação do DF Outro destaque é o ProfsEJA, programa de formação continuada em serviço, que já conta com mais de 2,8 mil cursistas em 2025, entre professores, coordenadores, gestores e educadores populares. “Valorizar os profissionais que atuam na EJA é fundamental para assegurar qualidade no processo de ensino e aprendizagem”, afirma a diretora da Educação de Jovens e Adultos da SEEDF, Lilian Sena. A política da SEEDF também contempla públicos historicamente excluídos, como pessoas privadas de liberdade, população em situação de rua e estudantes de unidades de acolhimento. Apenas no sistema prisional, a oferta da EJA cresceu 678% entre 2021 e 2024, com 148 turmas e mais de 2 mil atendimentos. Além disso, um projeto-piloto de EJA a distância busca ampliar o alcance da modalidade. Estudo inédito e materiais didáticos Durante o evento do MEC, houve o lançamento dos Cadernos EJA para o ensino médio, em parceria com a Unesco, e da série de vídeos “E aí professora”, produzida pela Fundação Roberto Marinho e pelo Canal Futura. Outro destaque foi a apresentação da pesquisa inédita “Retorno Econômico da Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos no Brasil”, que demonstrou como a escolarização de jovens, adultos e idosos impacta diretamente a economia e a inclusão social do país. A secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi/MEC), Zara Figueiredo, destacou a relevância dos materiais lançados para fortalecer a EJA em todo o país. “Esses cadernos são recursos que potencializam o trabalho em sala de aula, ao oferecer esse suporte e contribuir para uma formação mais qualificada”, afirmou. O estudo econômico apresentado pelo MEC foi encomendado em parceria com a Unesco, que fez um mapeamento dos impactos da EJA na vida dos alunos. “Hoje também lançamos, com exclusividade, um estudo sobre o retorno econômico da EJA, elaborado pela pesquisadora Fabiana de Felício, da FGV, mostrando o impacto positivo da alfabetização e da conclusão da EJA sobre a renda e a inserção no mercado de trabalho”, completou Zara.   *Com informações da Secretaria de Educação

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Dia Mundial da Alfabetização destaca que DF tem o menor índice de analfabetismo do país

Nesta segunda-feira, 8 de setembro, comemora-se o Dia Mundial da Alfabetização, data instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para destacar a importância da leitura e da escrita para o desenvolvimento individual e social. No Distrito Federal, a data ganha relevância diante dos avanços registrados nos últimos anos. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada neste ano mostra que apenas 1,8% da população do DF com 15 anos ou mais não sabe ler ou escrever — o menor índice do país. Nos primeiros anos escolares, a Prova DF apontou que 59,1% dos estudantes concluíram o 2º ano do ensino fundamental alfabetizados. A meta é alcançar 80% até 2030, conforme o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. Nos primeiros anos escolares, a Prova DF apontou que 59,1% dos estudantes concluíram o 2º ano do ensino fundamental alfabetizados | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Segundo a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, o desafio é grande, mas os resultados indicam vitórias consistentes: “A alfabetização é a base de toda a trajetória escolar e precisa ser prioridade absoluta. E no DF estamos construindo um caminho sólido, em que cada criança e cada jovem tem o direito garantido de aprender”. Para fortalecer esse processo, a Secretaria de Educação (SEEDF) criou o Programa de Alfabetização e Letramento do DF — Alfaletrando, que atua em cinco eixos: governança e política distrital, formação de professores, infraestrutura, avaliação e reconhecimento de boas práticas. Educação infantil e primeiros anos A alfabetização nas escolas públicas do DF começa aos 6 anos do estudante e deve estar consolidada até o 3º ano do ensino fundamental. A rede tem investido em materiais pedagógicos, formação de professores e incentivo à leitura, com a criação de cantinhos de leitura e o compartilhamento de práticas exitosas em espaços, como o Fórum do Ensino Fundamental. A alfabetização nas escolas públicas do DF começa aos 6 anos e deve estar consolidada até o 3º ano do ensino fundamental  Essas ações são acompanhadas por avaliações regulares de fluência leitora, que utilizam recursos tecnológicos para medir com precisão o desempenho das crianças no 2º ano. A partir dos resultados, as equipes pedagógicas podem ajustar intervenções e estratégias em sala de aula. Segundo a SEEDF, essa integração entre tecnologia, formação de professores e acompanhamento pedagógico fortalece a alfabetização desde o início da trajetória escolar. Para a secretária Hélvia Paranaguá, o investimento precisa ser contínuo e coletivo: “A alfabetização é um pacto social. Cada ação, desde a formação de professores ao acolhimento de jovens e adultos, fortalece nossa missão de garantir que ninguém fique para trás”. Educação de Jovens e Adultos  Outra frente que auxilia ativamente na redução do analfabetismo é o DF Alfabetizado, destinado a jovens, adultos e idosos. No primeiro semestre de 2025, o programa abriu 53 turmas e atendeu a 1.350 pessoas; no segundo, já são 64 turmas em áreas urbanas e rurais. O DF Alfabetizado tem oferta descentralizada, alcançando locais como comunidades, assentamentos, núcleos rurais, casas de acolhimento e lares de idosos [LEIA_TAMBEM]O DF Alfabetizado tem como diferencial a oferta descentralizada, alcançando locais que as escolas tradicionais não atendem, como comunidades, assentamentos, núcleos rurais, casas de acolhimento e lares de idosos. A proposta é oferecer alfabetização básica e garantir a transição para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), ampliando as chances de conclusão da educação básica e de acesso a melhores oportunidades de trabalho e renda. Outra iniciativa é o Programa de Formação Continuada e em Serviço dos Profissionais da EJA e do DF Alfabetizado, que capacitou 1.400 educadores somente no primeiro semestre de 2025. A expectativa é que esses movimentos consolidem uma política distrital capaz de tornar o DF um território livre do analfabetismo. Nesse esforço, a secretaria já conta com adesão ao Pacto Nacional pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da EJA, além da implantação do PNLD EJA, que distribuirá livros didáticos em 2026, incluindo conteúdos de cultura digital. *Com informações da Secretaria de Educação

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Distrito Federal tem a menor taxa de analfabetismo do país

Todos os anos desde 1957, em 8 de setembro, os olhares do mundo se voltam para a alfabetização. A data foi criada há 56 anos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) com o objetivo de destacar a importância da alfabetização como um instrumento de dignidade e de direitos humanos. No Dia Mundial da Alfabetização, o Distrito Federal tem motivos para comemorar. A unidade da federação tem a menor taxa de analfabetismo, com apenas 1,9% da população, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Percentual bem abaixo se comparado com outros entes federativos, que têm de 5,6% a 15% de pessoas com 15 anos ou mais sem saber ler e escrever. A rede pública de ensino utiliza as diretrizes do Bloco Inicial de Alfabetização (BIA), instituído em 2014 | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Para chegar a essa marca, o Governo do Distrito Federal (GDF) investe numa série de políticas públicas na educação básica e na educação de jovens e adultos (EJA) para atender os cerca de 90 mil alunos matriculados nos três anos iniciais do ensino fundamental nas 376 escolas públicas e aproximadamente 4 mil estudantes nas 95 unidades escolares da EJA que passam pelo processo de alfabetização. No caso das crianças, a rede pública de ensino utiliza as diretrizes do Bloco Inicial de Alfabetização (BIA), instituído em 2014. A política organiza o ato de ler, escrever e interpretar nos três primeiros anos do ensino fundamental, tendo o 1º ano dedicado às questões relacionadas à alfabetização, o 2º ano com o aprofundamento e 3º ano para a consolidação da habilidade. Apesar de ter sido fundamental para o avanço da alfabetização no ensino público do DF, o BIA passa por um processo de atualização. Neste ano, a rede iniciou os trabalhos para instituir um novo programa a partir da adesão do DF ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, iniciativa do governo federal com investimento de R$ 3 bilhões nos próximos quatro anos para garantir a alfabetização dos estudantes nos anos iniciais do ensino fundamental e a recomposição das aprendizagens daqueles prejudicados na pandemia. “Entendemos que o BIA foi e ainda é importante. Ele trouxe várias conquistas em questão de alfabetização, mas é uma política que tem 10 anos e percebemos a necessidade de fortalecê-la”, explica a diretora de Ensino Fundamental da Secretaria de Educação, Ana Carolina Tavares. Desenvolvimento de nova política O DF tem a menor taxa de analfabetismo, com apenas 1,9% da população, segundo os dados do IBGE | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília O Alfaletrando será o novo programa do GDF para subsidiar a garantia da alfabetização e letramento das crianças, que leva em consideração as novas concepções e estudos sobre alfabetização. “A proposta é que ainda este ano possamos consolidar o programa para que seja aplicado efetivamente em 2024 com as crianças do 1º, 2º e 3º”, acrescenta a diretora. A expectativa é transformar o projeto em uma política distrital de alfabetização que contemple as especificidades do Distrito Federal, com formação de professores, acompanhamento pedagógico e articulação da Secretaria de Educação junto às regionais de ensino e às unidades escolares. “A nossa ideia é formar uma grande rede colaborativa que possa garantir que alunos sejam alfabetizados na idade adequada”, defende Ana Carolina. A alfabetização e o letramento são bases para uma trajetória bem-sucedida do estudante. “O nosso currículo pressupõe uma formação da criança que permita que ela seja incluída no ambiente social. Para isso, ela precisa saber ler e escrever e ser letrada, pegar um texto e conseguir identificá-lo. Nossas crianças precisam ter habilidades e competências de leitura, escrita e interpretação para serem inseridas no mundo”, decreta. Alfabetização para todos Na Educação de Jovens e Adultos, a estratégia é a oferta descentralizada, com vagas ao longo de todo o ano e para todo o perfil de aluno. “Apesar de sermos a unidade da federação com a menor quantidade de pessoas analfabetas, ainda temos 66 mil pessoas de 15 anos ou mais que não sabem ler”, comenta a diretora de Educação de Jovens e Adultos, Lilian Sena. “Por isso, apostamos na oferta do EJA descentralizado. Fazemos um trabalho de busca ativa. Nosso objetivo é fazer com que essas pessoas entendam que é um dever do Estado e um direito delas”, acrescenta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com média de quatro mil alunos por semestre, a EJA atende na alfabetização principalmente pessoas acima de 45 anos com um método voltado para a faixa etária dos alunos, respeitando a característica de cada estudante, com seus saberes e realidades. “Trabalhamos muito o acolhimento e de acordo com as especificidades desse público que, muitas vezes, procura a escola interessado em aprender a ler para poder ler uma placa de ônibus, ajudar aos filhos ou netos com atividades escolares ou até para realizarem sonhos”, revela Lilian Sena. Esse diferencial foi o que incentivou a dona de casa Fortunata Lima Feitosa, 59 anos, e o filho dela, Saulo Jonas Lima Barbosa, 22, a estudarem em uma das unidades da EJA na Asa Sul. “Meu filho tinha dificuldade de acompanhar na escola regular e eu tinha parado os estudos na 4ª série do primário, então fomos os dois estudar. Cada um em uma turma”, lembra. No caso de Saulo, o EJA foi fundamental para que ele avançasse na alfabetização. “Com muita dificuldade ele conseguia ler uma palavra de duas sílabas, foi na EJA que ele conseguiu aprender a ler. Hoje ele já lê tudo”, conta a mãe. “Uma das coisas que mais gosto no EJA é que os professores são muito dedicados e incentivam bastante”, afirma Fortunata.

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