Em obras, novo Capsi do Recanto das Emas vai ampliar acolhimento psicossocial na região
No mês em que se comemora o Dia Mundial da Saúde Mental, uma boa notícia para a população do Recanto das Emas: as obras da nova sede do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Capsi) entraram na fase de finalização. O equipamento está sendo construído na Quadra 104 da região, com investimento de R$ 3,6 milhões. Hoje, os atendimentos do Capsi são feitos em um espaço da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 do Recanto, na Quadra 307. A nova sede será bem maior, com salas para atendimentos individuais, salas para atividades coletivas, posto de enfermagem, farmácia, salas administrativas, refeitório e cozinha, divididos em uma área construída de cerca de 610 m². O projeto também contempla estacionamento e uma ampla área de convivência externa. Tudo isso vai contribuir para ampliar a oferta e melhorar os atendimentos. Com investimento de R$ 3,6 milhões, novo Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Capsi) está em construção no Recanto das Emas | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília "Nesse novo espaço, a gente consegue ofertar práticas integrativas em saúde, ampliar a agenda de atendimento e trazer mais profissionais, porque vai ter um espaço maior. Também teremos um número ampliado de consultórios, consequentemente, a gente consegue ter um atendimento individualizado com melhor qualidade. Então, vai ser um espaço muito mais tranquilo para as pessoas trabalharem e é uma oportunidade dessas crianças e adolescentes vivenciarem outras práticas de saúde", apontou o diretor de Atenção Secundária da Região Sudoeste de Saúde, Marcos André Ferreira Neto. Os Capsi atendem crianças e adolescentes de até 18 anos incompletos com sofrimento psíquico intenso e duradouro, e jovens com até 16 anos incompletos com histórico de uso abusivo de álcool e outras drogas. O atendimento também se estende às famílias. "Trabalhando essas questões, a gente torna as crianças e os adolescentes não invisibilizados, a gente traz eles para o debate, para pensar a política pública junto", pontuou a gerente do Capsi do Recanto, Ludmila de Souza. "Nós temos uma endemia de doenças e sofrimentos mentais, que não é só no DF, é uma realidade mundial. Então, temos que nos adaptar a essas mudanças. Tem que ser um trabalho bem coletivo e muito parceiro aqui na região", acrescentou. Saúde mental Apenas no primeiro semestre deste ano, os centros de atenção psicossocial (Caps) do Distrito Federal registraram mais de 200 mil atendimentos, um crescimento de 11,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a marca foi de 180 mil. E a atenção à saúde mental tem sido uma marca deste Governo do Distrito Federal (GDF). Até 2027, estão previstas as inaugurações de cinco novas unidades dedicadas à área, sendo duas voltadas ao público infantojuvenil (além do Recanto das Emas, em Ceilândia) e outras duas com tratamento em tempo integral dos distúrbios causados pelo abuso de álcool e outras drogas (Caps III AD), no Guará e em Taguatinga. [LEIA_TAMBEM]"A pauta da saúde mental é uma prioridade do nosso governo. A demonstração disso foi a criação da Subsecretaria de Saúde Mental, em janeiro. No ato da criação, já foram nomeados 20 psiquiatras. Ao todo, só em 2025, foram nomeados 25 médicos psiquiatras — nós colocamos eles nos Caps, reforçando o atendimento", lembrou a subsecretária de Saúde Mental, da Secretaria de Saúde, Fernanda Falcomer. "Além disso, houve esse investimento na ampliação da rede, com a abertura de novos serviços. Hoje nós temos dois Caps sendo construídos [Recanto das Emas e Gama]. É um momento histórico para o DF, porque nós só temos um Caps para esse fim, os demais estão todos colocados em lugares cedidos ou alugados. Então, ter uma estrutura própria valoriza muito o serviço, é um espaço adequado", completou. O novo Capsi terá salas para atendimentos individuais e atividades coletivas, posto de enfermagem, farmácia, salas administrativas, refeitório e cozinha Recanto das Emas Além da nova sede do Capsi, a região vai ganhar outros equipamentos de saúde. "Estamos atualmente com [as obras da] Policlínica do Recanto das Emas, o Hospital Regional, a residência terapêutica... Obras que já estão em andamento para poder entregar mais serviços de saúde à comunidade", elencou Marcos André. Em todo o Distrito Federal, as obras de construção ou reforma de unidades de saúde — entre unidades básicas de saúde (UBSs), unidades de pronto atendimento (Upas), hospitais e centros especializados — totalizam um investimento de R$ 524 milhões.
Ler mais...
Saúde mental: Caps do DF realizam mais de 200 mil atendimentos no primeiro semestre de 2025
Celebrado nesta sexta-feira (10), o Dia Mundial da Saúde Mental visa aumentar a conscientização sobre questões da saúde mental. Somente no primeiro semestre deste ano, os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) do Distrito Federal (DF) realizaram mais de 200 mil atendimentos. O número representa aumento de 11,1% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados quase 180 mil procedimentos pela Secretaria de Saúde (SES-DF). Os procedimentos incluem atendimentos individuais, em grupo e familiar, assim como acolhimento, terapias individuais e comunitárias, e outras ações voltadas à promoção da saúde mental. Atualmente, o DF conta com 18 Caps em funcionamento, distribuídos entre diferentes modalidades, de acordo com o perfil populacional, faixa etária e complexidade do cuidado. O grupo de futsal do Caps Álcool e Drogas III de Ceilândia ajudou bastante os pacientes da unidade | Fotos: Matheus Oliveira/ Agência Saúde DF “Nosso objetivo é fortalecer a rede de atenção psicossocial e ampliar o acesso da população a serviços de qualidade, garantindo cuidado integral e contínuo em saúde mental”, destacou a subsecretária de Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer. No Caps Álcool e Drogas III de Ceilândia, uma das iniciativas que reforçam o bem-estar e a ressocialização dos pacientes é o grupo de futsal, criado em junho de 2024. Todas as terças-feiras, às 9h, usuários se reúnem no ginásio de esportes para treinos e partidas. Farmacêutica e uma das treinadoras, Anna Beatriz Gomes explica que a atividade foi criada para aliar prática física e saúde mental. “Fizemos um mapeamento e percebemos que ia trazer muito bem-estar físico e mental para esses pacientes. Também serve como espaço de ressocialização. É um ambiente para se expressar, para soltar um pouco dessa energia que, às vezes, vai para coisas não tão saudáveis”, relata. Anna Beatriz Gomes ressalta que o campo de futebol acaba funcionando como "um ambiente para se expressar, para soltar um pouco dessa energia que, às vezes, vai para coisas não tão saudáveis" F*C*, 62 anos, é paciente da unidade há sete anos e participa do grupo de futsal desde que foi criado. Para ele, a experiência tem sido transformadora. “Eu jogava futebol de campo e de salão, mas bem pouco. Hoje, participo de todos os grupos. Minha saúde melhorou muito, em todos os sentidos. Gostei bastante desse time”, conta. Centros de Atenção Psicossocial Abertos e comunitários, os Caps oferecem atendimento a pessoas com transtornos mentais graves ou persistentes, além de indivíduos em sofrimento psíquico decorrente do uso prejudicial de álcool e outras drogas. As equipes atuam de forma interdisciplinar, com profissionais como psiquiatras, clínicos gerais, pediatras, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, enfermeiros e farmacêuticos, de acordo com a modalidade de cada centro. O atendimento pode ser por demanda espontânea ou encaminhamento realizado por outros serviços da rede de saúde, assistência social, educação e justiça. Novos investimentos Até o início de 2027, devem ser inauguradas cinco novas unidades para reforçar o atendimento em saúde mental no DF Até o início de 2027, devem ser inauguradas cinco novas unidades para reforçar o atendimento em saúde mental no DF. Dois serão destinados ao público infanto-juvenil (Capsi), no Recanto das Emas e em Ceilândia, e outros dois ao tratamento em tempo integral de distúrbios causados pelo abuso de álcool e outras drogas (Caps III AD), no Guará e Taguatinga. A quinta unidade será implementada no Gama, para pessoas acima de 18 anos que sofrem com transtornos mentais agudos ou crônicos. As obras do Caps III do Gama e do Capsi do Recanto já estão com 50% do andamento. Como acessar A porta de entrada preferencial para os pacientes de saúde mental ocorre nas unidades básicas de saúde (UBS), onde é feita uma avaliação inicial e o encaminhamento, quando necessário. [LEIA_TAMBEM]Para situações de risco agudo — como ideias suicidas com planejamento, tentativas em curso ou alteração grave do juízo crítico — o acesso é pelos serviços de urgência e emergência ou pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192). Nos casos de urgência, as unidades de pronto atendimento (UPAs) e prontos-socorros dos hospitais gerais oferecem suporte. Também fazem atendimento de urgência o Hospital de Base e o pronto-socorro psiquiátrico do Hospital São Vicente de Paulo, que atua 24 horas por dia. *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...
Caps II de Taguatinga celebra Dia Mundial da Saúde Mental
[Olho texto=”“Essas atividades que chamamos de extramuro, ou seja, fora da nossa unidade, são essenciais para eles voltarem a esse convívio social com a população, à participação ativa deles contribuindo para a sociedade, para o Taguaparque, e ajudando sua comunidade em prol de todos”” assinatura=”Ivy Suellen Candido da Silva, gerente do Caps II de Taguatinga” esquerda_direita_centro=”direita”] Em alusão ao Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado em 10 de outubro, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps II) de Taguatinga realizou uma atividade diferente para os usuários do serviço. Reunidos ao ar livre, no Taguaparque, cerca de 20 pacientes puderam ajudar nas atividades do viveiro comunitário, localizado dentro do parque. O evento ocorreu na manhã de quarta-feira (13) e contou com a organização e participação da equipe do Caps, além de voluntários do viveiro. A gerente do Caps II de Taguatinga, Ivy Suellen Candido da Silva, destaca a importância e o caráter terapêutico da ação. “O trabalho do Caps é voltado justamente para a reinserção psicossocial. E essas atividades que chamamos de extramuro, ou seja, fora da nossa unidade, são essenciais para eles voltarem a esse convívio social com a população, à participação ativa deles contribuindo para a sociedade, para o Taguaparque, e ajudando sua comunidade em prol de todos”, explica. Nayara, que levou a filha Céu para o Taguaparque, considera que a iniciativa “ajuda muito” no tratamento | Fotos: Breno Esaki/Agência Saúde-DF A ação ecológica envolveu a pintura de pneus do pergolado mantido pelos voluntários do viveiro, além do plantio de uma muda de laranjeira, marcando o dia comemorativo. A ideia, segundo a gerente do Caps, é que atividades como essa sejam semanais, por meio de uma parceria entre a unidade e o viveiro. Cláudio César Bonadio Benedetti, 31 anos, morador de Taguatinga foi um dos participantes da ação. Em atendimento desde 2017 no Caps, ele revela que sentiu falta das atividades durante a pandemia. “O isolamento trouxe dificuldades. Fez piorar meu quadro. Eu preciso enfrentar, senão piora”, compartilha ele que conta ter transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Quem também esteve presente na atividade foi a moradora de Taguatinga, Nayara Alves Magalhães, de 33 anos. Ela levou a filha Céu, de 7 anos, para participar também e avaliou que esse tipo de iniciativa ajuda muito no tratamento. “Acho maravilhoso. Desde que entrei no Caps, no fim de 2020, eu via plantas lá dentro e ficava com vontade de aprender a plantar. Esse contato com a natureza ajuda a sair do mental, da ansiedade, que acho que é o que a maioria tem enfrentado agora nesse contexto da pandemia. Respirar ar puro é terapêutico”, comenta. O viveiro comunitário é mantido com o trabalho de seis voluntários fixos e alguns eventuais. Segundo a coordenadora do viveiro, Mayara Coelho, o local cumpre a função de ser um espaço comunitário para educação ambiental. E afirma que essa parceria com o Caps é muito importante para o trabalho e manutenção do espaço, que conta com horta, mudas para serem plantadas no parque, pomar e o pergolado. Caps II de Taguatinga O Caps II disponibiliza tratamento e acompanhamento com equipe multiprofissional composta por médicos psiquiatras e clínicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, equipe de enfermagem e assistentes sociais, por meio de atendimentos individuais e em grupo. O atendimento nas unidades do Caps II ocorre através de demanda espontânea ou encaminhamento da Rede de Saúde e Intersetorial. Para o primeiro atendimento é indicado que o paciente esteja preferencialmente acompanhado de familiar ou responsável. Os documentos necessários são os pessoais (não é obrigatório para população de rua) e cartão SUS. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Caps II de Taguatinga funciona de segunda a sexta-feira das 7h às 12h e das 13h às 18h. Os acolhimentos são realizados nos horários das 7h às 11h e das 13h às 17h. A unidade é referência para atendimentos em saúde mental em sua área de abrangência, composta pelas regiões administrativas de Taguatinga, Águas Claras, Vicente Pires e Ceilândia (exceto quadras QNM e QNN). A unidade atende atualmente cerca de 2 mil pacientes ativos e realiza atendimento de adultos acima de 18 anos em sofrimento psíquico e/ou transtorno mental grave e persistente, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
Ler mais...