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Dia Mundial de Combate à Asma

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Hospital faz teste de atividade física para chegar a diagnóstico de asma

O dia 7 de maio é considerado o Dia Mundial de Combate à Asma, doença inflamatória e crônica que afeta os brônquios, interferindo na respiração. O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) acompanha crianças e adolescentes com a doença e realiza, desde 2023, testes de broncoprovocação por exercício físico. “Existem perguntas que os pais podem se fazer. A criança cansa mais que os colegas da mesma idade? Precisa parar a brincadeira? Quanto tempo demora para se recuperar? Interrompe o jogo para tossir? Consegue voltar a brincar?” Carmen Martins, pneumologista O exame, realizado com esteira ou bicicleta ergométrica, verifica a reação do pulmão à atividade física – informação importante para o diagnóstico. “Poucos lugares no Brasil fazem esse teste, ainda mais para o público pediátrico. No Distrito Federal, só o HCB realiza. Fazemos o teste em crianças com mais de seis anos de idade, porque já conseguem fazer esteira”, explica a pneumologista do HCB Carmen Martins. O teste começa com uma espirometria, para medir a capacidade respiratória da criança ou adolescente; em seguida, o paciente precisa iniciar o exercício físico. “Colocamos ele para andar muito forte por seis minutos, buscando 90% da carga cardíaca. Todos nós – médica, enfermeiro e técnica de enfermagem – acompanhamos os sintomas, incentivamos a criança e monitoramos as frequências”, descreve Martins. Durante todo o procedimento, a equipe está preparada para intercorrências. Após a etapa da esteira, são realizadas novas espirometrias. O HCB é o único hospital do DF a realizar o exame com esteira ou bicicleta ergométrica para verificar a reação do pulmão à atividade física, informação importante para o diagnóstico de asma | Foto: Maria Clara Oliveira/HCB Segundo a pneumologista, o teste “é indicado para o paciente que descreve cansaço na atividade física, tem suspeita de asma; que se cansa e sente um chiado no peito quando se exercita”. A médica explica que a reação das crianças ao esforço físico é justamente um dos sinais de alerta para a doença – por isso, a família consegue perceber alguns sinais. “Existem perguntas que os pais podem se fazer. A criança cansa mais que os colegas da mesma idade? Precisa parar a brincadeira? Quanto tempo demora para se recuperar? Interrompe o jogo para tossir? Consegue voltar a brincar?”, relata a médica. Isabella Almeida, 8 anos, passou pelo teste em 2021 – ela precisou de tratamento para covid-19 no HCB e, durante o acompanhamento, a equipe soube do histórico respiratório da menina. “Ela tem um quadro de cansaço desde pequena, mas não era acompanhada. Quando teve covid, precisou ser internada no Hospital da Criança de Brasília e chegou ao diagnóstico de asma grave. Desde então, é acompanhada pelo hospital”, relembra Silvania Almeida, mãe de Isabella. Ela conta que o método de realização do teste foi um diferencial para a filha: “Quando viu que o teste era na esteira, ela gostou. Comparou com uma academia e se preparou para o teste, só que teve uma dificuldade, precisou descansar e ser medicada antes de continuar”. Assim que o resultado foi liberado, Isabella iniciou o tratamento. Satisfeita pela agilidade no tratamento, ela já percebe melhora na qualidade de vida da filha: “No geral, ela melhorou. Ainda tem um cansaço constante, mas já até coloquei na natação, para fortalecer o pulmão. Ela gosta muito de nadar”. O teste de broncoprovocação por exercício físico agiliza o diagnóstico da asma. Sem ele, os profissionais dependem da avaliação clínica para saber se a atividade física está levando à contração dos brônquios da criança – o fenômeno, chamado broncoespasmo, dificulta a respiração. O procedimento, que também pode ser realizado com uma bicicleta ergométrica, foi implementado depois que uma médica de outra especialidade doou a esteira ao hospital. “A nossa equipe treinou, simulou os eventos que poderiam acontecer. Não fazemos o teste em crianças com doença restritiva, que já não têm boa saturação; porém, se a criança já tem asma e ainda assim sente muito cansaço, ou se ainda está com suspeita, pode fazer”, explica Martins. O próximo passo da equipe é reunir os dados coletados por meio do teste de broncoprovocação para analisar as informações, visto que o Hospital da Criança de Brasília também se dedica ao ensino e à pesquisa. “Esperamos qualificar, identificar o paciente com melhor precisão; ter um olhar mais acurado. Às vezes, com base no resultado do teste, vamos precisar mudar o alvo terapêutico do tratamento. O médico assistente pode interpretar que deve adicionar um medicamento à terapêutica, por exemplo”, afirma a pneumologista. *Com informações do Hospital da Criança de Brasília  

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Especialistas orientam sobre cuidados preventivos contra crises de asma

Todos os anos, a primeira terça-feira de maio é lembrada como o Dia Mundial de Combate à Asma. O objetivo é divulgar informações sobre a doença e prevenir o agravamento dos sintomas. A data é organizada há mais de 20 anos pela Iniciativa Global Contra a Asma (Gina, sigla em inglês), criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a asma é a terceira causa de internações hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o DataSUS, em 2022, foram 83,1 mil internações pela doença e 524 óbitos registrados no país. Referência técnica colaborativa da SES-DF no assunto, a pneumologista Andréa Martha Rodrigues destaca que a asma pode aparecer de forma súbita: “O clima seco piora os sintomas respiratórios” | Foto: Agência Saúde-DF Além da falta de ar, que é mais comum durante crises ou atividades físicas de alta intensidade, os pacientes geralmente apresentam dor e chiado no peito, tosse e sensação de cansaço. Os gatilhos que aumentam as chances de crises variam de pessoa para pessoa. Apesar de haver histórico genético, crises podem ser prevenidas com medicamentos e hábitos de higiene. “Usar o corticoide a longo prazo pode gerar sérios problemas de saúde como gastrite, úlceras gástricas e osteoporose. E no caso dos broncodilatadores, uma arritmia cardíaca” Géssica Andrade, pneumologista da SES-DF “O clima seco piora os sintomas respiratórios da asma e das doenças nasais alérgicas, como a rinite, no período em que ocorrem as exacerbações da asma. Por isso, é tão importante redobrar o cuidado nesta época do ano”, destaca a pneumologista Andréa Martha Rodrigues, referência técnica distrital (RTD) de asma da Secretaria de Saúde (SES-DF). Com a seca esperada para os próximos meses e a umidade relativa do ar abaixo dos 30%, as doenças respiratórias ficam mais frequentes. Tratamento Antes de pensar em medicamentos, primeiro é necessário, segundo a especialista, aprender a identificar e se afastar das situações que desencadeiam uma crise de asma. Veja algumas medidas preventivas que podem ajudar: Arte: Agência Saúde-DF Entre os aspectos ambientais, estão a exposição à poeira, aos ácaros e aos fungos, as variações climáticas e infecções virais – especialmente o vírus sincicial respiratório e o rinovírus, principais agentes causadores de pneumonia e resfriado, respectivamente. Para os fatores genéticos, destaca-se o histórico familiar de asma ou rinite e obesidade, tendo em vista que pessoas com sobrepeso têm mais facilidade de desencadear processos inflamatórios. A asma não tem cura, mas pode ser controlada com o tratamento e acompanhamento adequados. A rede pública do DF oferece, pelas farmácias de alto custo e pelas unidades básicas de saúde (UBSs), as principais medicações para o controle da doença. Automedicação Para a pneumologista da SES-DF Géssica Andrade, o maior desafio é a venda sem prescrição de corticoides e os broncodilatadores. Sendo assim, muitos pacientes usam doses altas sem necessidade ou por tempo prolongado. “Usar o corticoide a longo prazo, de forma sistêmica, pode gerar sérios problemas de saúde, como gastrite, úlceras gástricas e osteoporose. E no caso dos broncodilatadores, uma arritmia cardíaca”, detalha. *Com informações da SES-DF

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