Último dia de fóruns traz debate sobre vírus respiratórios e estratégias de vacinação em escolas
Cerca de 160 pessoas participaram do último dia do VII Fórum de Imunização e do IV Fórum de Doenças Imunopreveníveis do Distrito Federal, realizado nesta quinta-feira (18). Os temas abordados nas mesas redondas incluíram vírus respiratórios e estratégias de vacinação nas escolas. O país passa por um período de aumento da circulação dos vírus respiratórios. No DF, a sazonalidade iniciou em fevereiro e deve permanecer até julho. “Reconhecemos o impacto significativo que a alta de casos tem em todo o sistema de saúde, tanto público quanto privado”, afirmou a gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar (Gevitha), Renata Brandão. A programação do evento encerrou com o compartilhamento de experiências bem-sucedidas em vigilância epidemiológica acerca de doenças imunopreveníveis e da vacinação no DF | Foto: Ualisson Noronha/ Agência Saúde-DF Nesse cenário, a parceria público-privada em ações de imunização torna-se essencial, segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim) da Regional do DF, Ana Rosa dos Santos, também presente no evento. “Temos participado de fóruns como esse para fazer com que a relação entre a rede pública e complementar se estreite cada vez mais e que possamos levar a vacina a muito mais pessoas”. A SBim é uma entidade científica sem fins lucrativos que atua junto aos órgãos públicos e participa de decisões do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Compartilhamento de experiências A programação encerrou com o compartilhamento de experiências bem-sucedidas em vigilância epidemiológica, acerca de doenças imunopreveníveis e da vacinação no DF. A primeira mesa contou com a apresentação da integrante da área técnica dos vírus respiratórios da Gevitha, Cleidiane Rodrigues de Carvalho. “Um dos principais objetivos da vigilância é identificar e monitorar a circulação dos vírus respiratórios mais comuns para conhecer os períodos de maior circulação viral e auxiliar na adoção de medidas de prevenção e controle”, explicou. Já a especialista científica em vacinas da Pfizer Brasil, Rafaela Soares, comentou a respeito de uma pesquisa solicitada pela empresa, cujo foco era investigar como as escolas podem ajudar na vacinação infantil. “Observamos que esses espaços podem desempenhar um papel essencial na facilitação do acesso à imunização e no aumento das coberturas vacinais. São locais considerados confiáveis pelas famílias, servindo como uma ponte de apoio para a troca de informações, além de trazer credibilidade às ações”, apontou. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Dengue e poliomielite no DF são tema de debate em fóruns de saúde
A dengue e a poliomielite foram temas discutidos nas mesas redondas realizadas na tarde desta quarta-feira (17), no primeiro dia do VII Fórum de Imunização e do IV Fórum de Doenças Imunopreveníveis do Distrito Federal. O objetivo dos fóruns é compartilhar informações e conhecimentos sobre os principais temas da atualidade dentro do cenário epidemiológico do Brasil e do Distrito Federal. Apesar de a dengue ser conhecida dos brasileiros há décadas, a técnica de vigilância epidemiológica das arboviroses da Secretaria de Saúde (SES-DF), Marília Graber França, destacou o comportamento atípico da doença, demonstrando que o pico de casos ocorreu de forma antecipada no DF em 2024. O objetivo dos fóruns é compartilhar informações e conhecimentos sobre os principais temas da atualidade dentro do cenário epidemiológico do Brasil e do Distrito Federal | Foto: Sandro Araújo/Agência Brasília Entre os possíveis fatores, a profissional destacou diversos motivos, como a degradação ambiental, a urbanização desordenada, o acúmulo de lixo, aumento da população vulnerável e a entrada de um novo sorotipo viral – o DENV-2. “Esta inversão dos sorotipos mais frequentes pode ter sido um dos fatores que também levou a este cenário de epidemia. Tivemos muitos casos do sorotipo 2 neste ano”, refletiu. Devido ao cenário de epidemia, a vacinação surge como uma forma de prevenção a longo prazo, conforme destacou a médica alergista e imunologista do Hospital da Criança de Brasília (HCB), Cláudia França Valente. Ao detalhar o processo de inclusão da vacina, que seguiu todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde (MS), a especialista destacou a segurança e eficácia do imunizante. Além disso, a especialista destacou que a escolha da faixa etária seguiu a observação da maior concentração de hospitalizações. “Quando falamos de dengue, estamos falando de uma doença diferente, democrática, que atinge diversas faixas etárias. A vacina entrou como um recurso que a longo prazo terá significado e é segura e eficaz”, reforçou. Poliomielite “A principal medida contra a poliomielite é a vacina e, infelizmente, há um movimento antivacina muito grande. Vemos pessoas que não querem vacinar seus filhos, mas que estão vacinadas elas mesmas” Joana Castro, técnica da vigilância da poliomielite Outro tópico foi a poliomielite, cuja principal arma de combate permanece sendo a vacinação. A responsável técnica da vigilância da poliomielite no Distrito Federal, Joana Castro, destacou como a vacina atuou para a erradicação da doença, uma vez que o vírus já foi responsável pelas mortes de mais de mil crianças por dia. “A principal medida contra a poliomielite é a vacina e, infelizmente, há um movimento antivacina muito grande. Vemos pessoas que não querem vacinar seus filhos, mas que estão vacinadas elas mesmas”, alertou. “A polio é uma doença pouco letal, mas incapacita a pessoa de uma forma impressionante.” Reforçando a importância da imunização, a técnica do Ministério da Saúde no Programa Nacional de Imunização (PNI), Ana Carolina Cunha Marreiros, demonstrou os indicativos de cobertura vacinal de poliomielite de forma global e regionalizada. A técnica destacou que há regiões no mundo em que o vírus circula ativamente, sendo importante a imunização. “No processo de erradicação, o mais importante é a prevenção, que é a realização por meio da vacinação”, enfatizou. Segundo dia dos fóruns na OPAS Nesta quinta-feira (18), o segundo dia do VII Fórum de Imunização e do IV Fórum de Doenças Imunopreveníveis do Distrito Federal segue das 8h às 12h, no auditório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Além de debates referentes aos vírus respiratórios no DF e às ações de vacinação nas escolas, haverá ainda o compartilhamento de experiências bem-sucedidas em Vigilância Epidemiológica de doenças imunopreveníveis e imunização no DF. *Com informações da Secretaria de Saúde
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