Vítimas de violência atendidas no Cepav Flor do Cerrado participam de confraternização
O Centro de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav) Flor do Cerrado, localizado no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) realizou, nesta quarta-feira (18), uma confraternização com todas as pessoas em situação de vulnerabilidade social atendidas nos grupos psicossociais ao longo de 2024 no setor. “O objetivo é nos reunirmos em solidariedade e em respeito às pessoas que sofreram violência doméstica, sexual e física, em ambiente intrafamiliar. Pensamos nessa confraternização também como forma de agradecimento aos desafios superados por essas pessoas, mediante o apoio de nossa equipe multidisciplinar, que faz o atendimento especializado e humanizado. Comemoremos hoje mais um ciclo de conquistas e superações. Juntos podemos mais”, explica o chefe do Cepav Flor do Cerrado, Ronaldo Lima Coutinho. De janeiro até novembro de 2024, foram ofertados 4.803 atendimentos no Cepav | Fotos: Divulgação/IgesDF De janeiro até novembro de 2024, foram ofertados 4.803 atendimentos no Cepav. Desse quantitativo, 1.659 foram destinados às mulheres adultas ou idosas e 3.144 para crianças e adolescentes. Segundo o gestor, é preciso enfrentar qualquer forma de violência e isso é possível por meio de conscientização e informação. “O Cepav estará sempre de portas abertas para oferecer o suporte necessário às pessoas em situação de vulnerabilidade, principalmente crianças, adolescentes, mulheres e o público LGBTQIAPN+”, afirma. Durante a confraternização houve ginástica laboral com o educador físico do projeto Acolher, Mir Rodrigues, que enfatizou a força e o poder das mulheres na sociedade. Houve uma entrega de certificado simbólica com uma mensagem de agradecimento pela participação de todas nos grupos e atendimentos e citando a importância de estarem no acompanhamento psicossocial. Também foi preparada uma deliciosa mesa de lanche, enquanto a cantora Romana de Sá cantava belas canções para os participantes. Depois, houve um momento para troca de cartas e momento de fala de quem se sentisse à vontade para relatar a experiência no Cepav Flor do Cerrado. Durante a confraternização houve ginástica laboral com o educador físico do projeto Acolher, Mir Rodrigues, que enfatizou a força e o poder das mulheres na sociedade Ana*, de 48 anos, sofreu alguns anos com a violência psicológica cometida pelo ex-companheiro contra ela e os três filhos. “Este grupo me ajudou muito e me deu forças, mesmo não estado bem, consegui terminar meu curso de técnica de enfermagem e sei que só foi possível graças ao apoio que recebi aqui, sofro de ansiedade e depressão. Essa confraternização aqui foi maravilhosa, amei”, avalia. Para Maria*, de 61 anos, o momento foi especial e a ajudou a se sentir mais feliz e animada. “Sempre que eu não estou bem eu venho aqui no Cepav buscar ajuda, antes eu vivia assustada e hoje, com o atendimento psicológico, me sinto mais tranquila e segura”, relata. As assistentes sociais do Cepav, Mayara Castro e Brenda Carla Walter, destacaram que o evento é um encerramento de um ciclo, pois todas participaram dos atendimentos individuais, dos grupos. Além disso, entenderam o contexto de violência às quais eram submetidas. “Elas começam a compreender a definição das violências, então isso também ajuda nesse fortalecimento, de não continuar na situação que as trouxeram aqui. Então, elas saem daqui fortalecidas e conseguem auxiliar outras mulheres, que elas identificarem que estão passando pela mesma situação”, informa Mayara. *Com informações do IgesDF. Nomes fictícios
Ler mais...
Festa surpresa no hospital: superando traumas com amor e cuidado
Brincar de boneca, estudar e poder sonhar com contos de fadas. Essas deveriam ser as memórias da infância de uma menina de apenas 8 anos para levar para a vida inteira. Mas, infelizmente, uma parte das crianças nesta faixa etária ainda tem sua infância roubada por atos criminosos, e acabam sendo vítimas de violência sexual. Este é o caso de Ana*, uma garotinha cheia de sonhos que faz acompanhamento no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) com a equipe de Odontologia e com a equipe do Centro de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav) Flor do Cerrado. “Este é um caso que estamos atendendo há mais de um ano e nosso objetivo é acolher e ajudar essa criança a seguir em frente com segurança e boas memórias, sabendo que ela merece o melhor deste mundo”, destaca a técnica de enfermagem do Cepav Flor do Cerrado, Ellen Marlete | Foto: Divulgação/IgesDF Para levar carinho, amor, humanização, empatia e gerar recordações inesquecíveis e positivas de sua infância, as duas equipes se juntaram nesta quarta-feira (19) e organizaram uma festa de aniversário surpresa para Ana, que completou 8 anos no dia 15 de junho, e segundo a sua família, nunca tinha tido nenhuma celebração de aniversário na vida. O Cepav Flor do Cerrado, localizado no HRSM, oferta acompanhamento psicossocial com psicólogas, enfermeiras, assistente social e técnicas de enfermagem. O horário de atendimento é de segunda a sexta, das 7h às 12h e das 13h às 18h “É uma maneira de trazer boas memórias, proporcionar momentos de alegria na vida desta criança que sofreu um trauma tão grande em sua infância. Nem sempre as famílias têm condições e estrutura para fazer uma festa de aniversário, então decidimos proporcionar este momento feliz para ela. A humanização é uma das nossas prioridades e toda a equipe se comoveu com a história dela”, explica a técnica em saúde bucal Milene Pereira. Com o tema de Branca de Neve, a festa foi organizada em um dos jardins do hospital. Além de uma mesa com salgados, docinhos, bebidas e bolo, a criança teve direito a uma coroa de princesa e presentes dados pelas equipes do Cepav Flor do Cerrado e da Odontologia, além de muitos abraços de parabéns. “O trauma que ela viveu é muito forte, não se apaga tão facilmente. Por isso, fazemos todo o acompanhamento psicossocial com ela e com a avó, sua cuidadora legal. Este é um caso que estamos atendendo há mais de um ano e nosso objetivo é acolher e ajudar essa criança a seguir em frente com segurança e boas memórias, sabendo que ela merece o melhor deste mundo”, destaca a técnica de enfermagem do Cepav Flor do Cerrado, Ellen Marlete. A tia de Ana contou que foi a primeira vez que a garota teve uma festa de aniversário como manda o figurino e que foi uma surpresa muito linda. “A equipe contou pra gente, mas nem esperava algo tão grandioso e tão lindo. Foi bem mais do que eu estava esperando e ela ficou feliz, até conseguimos ver ela sorrindo novamente”, afirma. No dia do aniversário de Ana, a família a levou para passear no parque e lanchar fora. Cepav Flor do Cerrado Moradores de Santa Maria e Entorno podem procurar ajuda no Cepav Flor do Cerrado, localizado no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). A unidade oferta acompanhamento psicossocial com psicólogas, enfermeiras, assistente social e técnicas de enfermagem. A forma de acesso é segura e sigilosa. Qualquer pessoa em situação de violência, seja ela física, sexual ou doméstica recebe acolhimento e acompanhamento psicossocial. Além disso, a equipe está preparada para prestar todas as orientações quanto ao sistema de proteção e segurança dessas vítimas, envolvendo todos os órgãos competentes. O Cepav Flor do Cerrado está localizado no HRSM, e funciona no anexo, ao lado da entrada principal. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h e das 13h às 18h. *Ana é nome fictício e a família não foi identificada para não expor a criança. O caso é mantido em segredo de Justiça. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
GDF oferece assistência psicossocial para vítimas de violência doméstica
O acolhimento psicossocial às vítimas de violência doméstica é mais uma ação de proteção oferecida pelo Governo do Distrito Federal (GDF). O serviço, que é realizado por equipes multidisciplinares, é essencial para auxiliar as mulheres durante todo o processo, desde a conscientização do contexto de agressão e abuso em que estão inseridas até a superação ao trauma vivenciado pelo crime. O DF conta com algumas ações que oferecem o amparo. Uma das principais ocorre nos Centros de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav). Ao todo, são 18 unidades na rede pública distribuídas nas sete regiões de saúde para atender vítimas de violência, principalmente, mulheres. Os endereços estão disponíveis no site da Secretaria de Saúde. O DF conta com 18 Centros de Especialidade para Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica, onde vítimas de violência doméstica são atendidas | Fotos: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília “É um serviço de porta aberta. Não é necessário que a mulher busque a unidade básica de saúde (UBS) e seja inserida no sistema. Ela literalmente pode chegar, porque atendemos a demanda espontânea”, explica a assistente social e chefe substituta do Núcleo de Prevenção e Assistência a Situações de Violência (Nuvap) Central da Secretaria de Saúde, Guaia Monteiro. Os atendimentos também ocorrem por busca ativa. Eles são feitos por encaminhamento intersetorial, quando as redes pública e privada de saúde e outras secretarias do GDF que tratam do tema dirigem às vítimas ao acompanhamento no centro especializado. Só neste ano, os Cepavs realizaram 17.346 atendimentos a pessoas em situação de violência. Atendimento especializado [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] As mulheres que buscam os centros são atendidas por uma equipe multidisciplinar, composta por assistente social, psicólogo, enfermeiro e médico. O primeiro atendimento consiste no acolhimento com escuta, em que a paciente falará sobre a situação que está enfrentando ou que já vivenciou. A perspectiva é biopsicossocial, para que sejam compreendidos os sinais e sintomas daquela violência na vítima. “Esse atendimento biopsicossocial vai fazer a diferença, porque essas mulheres estão adoecidas do ponto de vista psíquico”, afirma a assistente social. “Fazemos esse acolhimento inicial em que abordamos o que motivou a pessoa a buscar o Cepav. Ela vai falar dos sinais e sintomas do processo de violência. Depois fazemos uma reunião de equipe para ela seguir para a entrevista psicossocial”, acrescenta. Na segunda etapa, será abordada a rotina da pessoa. A partir daí, ela pode continuar com atendimentos individuais ou seguir para a abordagem em grupo. “O que a gente trabalha no atendimento, tanto individual quanto em grupo, é na nomeação e identificação do processo de violência. Isso vai ajudar as mulheres a perceberem e identificarem para ter a virada de chave, com a desculpabilização e interdição dos ciclos de violência”, informa Guaia Monteiro. Ações para as mulheres [Olho texto=”“Muitas mulheres se recusam a procurar as delegacias, entendem que estão levando para uma esfera de tomada de decisão mais concreta. Com a Defensoria, elas sentem ser algo mais reservado e com mais liberdade”” assinatura=”Emmanuela Saboya, subprocuradora geral da DPDF” esquerda_direita_centro=”direita”] A assistência psicossocial também é encontrada no projeto Dia da Mulher, promovido toda primeira segunda-feira do mês pela Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF). A iniciativa conta com uma série de atividades voltadas para o público feminino. O apoio é feito pelo Núcleo da Mulher presente no evento. “As mulheres podem tirar dúvidas e falar sobre violência doméstica. Lá fazemos a orientação e cuidamos delas”, afirma a subdefensora pública geral da DPDF, Emmanuela Saboya. Durante o evento, o órgão percebe que muitas mulheres acabam revelando casos de violência por sentirem ser um espaço mais leve. “Muitas mulheres se recusam a procurar as delegacias, entendem que estão levando para uma esfera de tomada de decisão mais concreta. Com a Defensoria, elas sentem ser algo mais reservado e com mais liberdade”, conta. Após os atendimentos, a DPDF já faz os encaminhamentos jurídicos e médicos das mulheres. A próxima edição do Dia da Mulher será em 7 de agosto, das 8h30 às 17h, no espaço em frente à sede DPDF no Setor Comercial Norte (SCN), Edifício Rossi Esplanada Business, Quadra 1, Conjunto G.
Ler mais...