Inteligência artificial agiliza processos da farmácia clínica do Hospital da Criança de Brasília
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) adotou um sistema que utiliza inteligência artificial para trazer mais rapidez e segurança nos processos da farmácia clínica. Utilizada de forma gratuita, a ferramenta NoHarm auxilia na avaliação dos pacientes internados e otimiza o trabalho dos farmacêuticos, permitindo que se dediquem, também, a ações voltadas à eficiência do atendimento. A adoção do sistema se alinha aos objetivos de impulsionar a saúde digital e tratamentos de ainda mais qualidade. Kalina Ribeiro (D) com Tamyris Borges: “O NoHarm faz tudo automático e já fala se o paciente é de alto, médio ou baixo risco” | Foto: Divulgação/HCB A equipe de farmácia clínica do HCB é responsável pela avaliação de todas as prescrições de medicamentos feitas às crianças internadas. “Eles avaliam dose, peso, a indicação, se a via é a mais adequada, se não tem nenhum problema renal ou hepático, se a dose está dentro do permitido, do calculado para aquela idade, e também o tempo de tratamento”, explica o gerente de Suprimentos e Logística do HCB, Leandro Machado. No processo manual, os farmacêuticos precisam avaliar os pacientes com base na evolução que cada profissional da equipe registrou – o que leva bastante tempo, já que o hospital tem mais de 200 leitos. A adoção do NoHarm facilitou esse trabalho. Integrado a outros programas utilizados pelo HCB, o sistema acessa o prontuário dos pacientes e reúne as informações registradas pela equipe multiprofissional. Interpretação rápida O HCB é o primeiro hospital de Brasília e o terceiro do Centro-Oeste a adotar o NoHarm de forma completa. “Esse sistema faz um screening de leitura de todas as evoluções e, com a inteligência artificial, faz uma avaliação em massa”, detalha o gerente. “Ele busca palavras-chave, como neurotoxicidade, alergia, insuficiência renal aguda e traz de uma maneira muito mais rápida; consegue ler e falar”. Criado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o programa é disponibilizado gratuitamente a instituições do SUS. O processo de implantação começou em janeiro e incluiu tanto avaliações do setor de tecnologia da informação, para verificar questões de segurança, quanto treinamento dos farmacêuticos. Já com 100% de validação, o programa também é importante por atualizar constantemente o escore das crianças internadas. “O score é a ferramenta que utilizamos para classificar o risco do paciente; dependendo do risco, temos uma conduta diferente em relação ao acompanhamento clínico”, explica a supervisora de Farmácia do HCB, Kalina Ribeiro. “O NoHarm tem o score dentro do próprio programa, faz tudo automático e já fala se o paciente é de alto, médio ou baixo risco.” Coleta de dados “O sistema viabilizou uma celeridade na avaliação, abrangendo maior número de pacientes” Tamyris Borges, farmacêutica do HRB O risco verificado pelos farmacêuticos está relacionado aos medicamentos prescritos, de forma que a equipe precisa de acesso rápido ao score para intervir quando necessário. Com atualização automática e frequente, o NoHarm também coleta dados como a temperatura das crianças, exames e alertas de incompatibilidade medicamentosa, e leva essas informações em consideração para definir o score de cada uma. A farmacêutica do HCB Tamyris Borges lembra a importância dessa atualização constante: “Um paciente que está em baixo risco pode mudar o quadro clínico e se tornar um alto risco. Quando fazemos isso manualmente, levamos tempo e podemos perder essa avaliação em tempo real. O NoHarm faz isso e avalia mais parâmetros, por causa do know how que abrange no sentido da inteligência artificial”. Além de auxiliar os farmacêuticos a agir em prol da segurança das crianças atendidas, o programa com inteligência artificial permite que os profissionais se dediquem mais a seu papel de buscar a eficiência no uso dos medicamentos. Dedicação “Ele viabilizou uma celeridade na avaliação, abrangendo maior número de pacientes”, pontua Tamyris. “Tenho mais tempo de interação na ponta, olhar a bomba de infusão, olhar o paciente, ter o contato com a enfermagem, com os médicos. Às vezes, podemos ficar muito tempo nessa parte do computador e nos afastar do assistencial; o sistema facilita muito com esse tempo que ganhamos.” Leandro Machado ressalta que outras responsabilidades dos farmacêuticos podem ser fortalecidas: “A equipe já tem um número grande de atividades, mas 60% de seu tempo estava dedicado a avaliar prescrições. A inteligência artificial facilita para acompanhar a periodicidade de avaliação, o histórico de antimicrobianos, tudo que antes, era visto na mão, fazendo tabelas em que era fácil se perder”. Com a agilidade e segurança promovidas pelo NoHarm, os farmacêuticos têm mais tempo para atuar desde a internação das crianças até a alta, garantindo o atendimento eficaz e seguro para cada paciente. *Com informações do HCB
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Unidade de Queimados do Hran realiza mais de 3 mil atendimentos em 2024
Um fim de tarde mudaria a vida de Ricardo Amorim da Silva, 37. Em 2022, o produtor rural realizava mais um passeio de paramotor, até sofrer um acidente. Devido a uma peça com defeito de fábrica, trocada na revisão, o escapamento encostou no tanque de gasolina e entrou em chamas. O produtor rural Ricardo Amorim da Silva sofreu acidente enquanto passeava de paramotor em 2022. Ele teve 50% do corpo queimado | Foto: Arquivo Pessoal O corpo do morador de Formosa (GO) ficou 50% queimado. Foram 19 cirurgias e diversos “banhos” – procedimento feito com a pessoa sedada quando se limpam as feridas. O primeiro atendimento e a recuperação, que incluiu muitas sessões de fisioterapia, foram realizados no Hospital Regional de Asa Norte (Hran). “Quando aconteceu, fui logo medicado e, na mesma noite, fiz a primeira cirurgia. Tenho certeza de que a assistência rápida e de referência foi crucial para a minha sobrevivência”, declara. De acordo com dados da Unidade de Queimados do Hran, em 2024, já foram realizados 1.041 atendimentos no pronto-socorro; 2.026 no ambulatório e 202 cirurgias. No ano passado, foram quase 3 mil na emergência e 8,7 mil no ambulatório – os maiores números em seis anos. Ainda em 2023, 557 cirurgias ocorreram no hospital relacionadas a queimaduras graves. Na avaliação do chefe da unidade, Ricardo de Lauro, os números devem ser superados este ano. O local se destaca pela busca de tratamento completo, com equipe multidisciplinar, equipamentos de anestesia, sala de cirurgia própria, sala de curativos, espaço de fisioterapia e Farmácia Clínica. “Queimadura é um problema de saúde pública grave e expressivo. E é extremamente comum em uma população mais vulnerável, como idosos, crianças e pessoas em uma situação socioeconômica desfavorável” Ricardo de Lauro, Unidade de Queimados do Hran “O Hran oferece atendimento tanto ao queimado agudo como à pessoa que sofre pelas sequelas. É um tratamento integral, observando as muitas necessidades do paciente, desde a parte clínica, de fisioterapia e de nutrição, até o suporte psicológico e de assistência social”, explica o gestor. Acidentes mais comuns Segundo o especialista, historicamente, as causas mais habituais de queimaduras ocorrem pelo contato com líquidos quentes e chamas diretas. O local mais perigoso costuma ser a cozinha. De acordo com o Ministério da Saúde, são mais de um milhão de casos por ano, muitos resultando em óbitos. “Queimadura é um problema de saúde pública grave e expressivo. E é extremamente comum em uma população mais vulnerável, como idosos, crianças e pessoas em uma situação socioeconômica desfavorável”, avalia de Lauro. As causas mais comuns de queimaduras costumam ser contato com líquidos quentes e com chamas diretas. Festividades merecem atenção | Foto: Breno Esaki/Arquivo/Agência Saúde-DF No Hran, observa-se um aumento da quantidade de pacientes no auge da seca, entre agosto e setembro. No entanto, as festividades – como festas juninas – em geral também são motivo de atenção. “Em datas comemorativas, há uma combinação altamente inflamável: pessoas em locais limitados, com possível grau de embriaguez, presença de alimentos e bebidas quentes e situações ambientais que favorecem o surgimento de acidentes”, acrescenta o profissional. Como evitar? Nesta quinta-feira (6), é celebrado o Dia Nacional de Luta contra Queimaduras. Instituída pela Lei nº 12.026/2009, a data busca promover a ideia de que o melhor caminho é a prevenção. Entre os cuidados na cozinha, por exemplo, estão: assistência e vigilância constantes das crianças; lembrar de desligar fogão e forno, especialmente aqueles sem chamas; não trabalhar na cozinha com roupas inadequadas ou despido; prender os cabelos compridos ao cozinhar; não tentar apagar o fogo em panelas de fritura com água fria; não fritar alimentos molhados em gordura quente etc. O que fazer? Em casos de acidente, o primeiro passo é interromper o processo de queimadura com água limpa em abundância ou abafando o local. Em seguida, resfriar a região com água em temperatura ambiente ou fria por pelo menos 20 minutos – sem necessidade de ser gelada. Por fim, procurar imediatamente o serviço de saúde, podendo ser uma das 176 unidades básicas de saúde (UBS) ou o pronto-socorro dos hospitais regionais. A equipe irá avaliar as feridas, medicar a dor, fazer os curativos necessários e checar a vacinação antitetânica. *Com informações da SES-DF
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Farmacêuticos da rede pública do DF compartilham experiências em jornada
A comissão organizadora da I Jornada de Farmácia Clínica e Cuidado Farmacêutico (JFACC) da Secretaria de Saúde (SES-DF) convida farmacêuticos da rede pública a relatar experiências bem-sucedidas. Elas serão divulgadas no evento, previsto para ser realizado entre os dias 7 e 9 de agosto, no auditório do Conselho Federal de Farmácia (SHIS QI 15 Lote L, Lago Sul). Com o tema O percurso do paciente e a sistematização de práticas no ambiente hospitalar, a edição pretende promover o fortalecimento e o aprimoramento da farmácia clínica. O encontro busca, ainda, fomentar a pesquisa e a disseminação de conhecimentos científicos entre os profissionais das unidades da SES-DF e das instituições conveniadas. Em três dias de atividades, a JFACC pretende fortalecer e aprimorar a farmácia clínica da rede pública | Foto: Breno Esaki/ Arquivo/ Agência Saúde-DF Cada participante poderá submeter até três resumos de relatos de experiências, seja na condição de autor, seja na de coautor. A inscrição poderá ser feita de 8 de maio a 2 de junho no site oficial da JFACC. O conteúdo deve estar alinhado com algum dos seis eixos temáticos e com as diretrizes descritas no Edital para Submissão de Relatos de Experiências. Os resumos que obtiverem altas avaliações serão selecionados para apresentação oral na jornada. Os três melhores trabalhos serão premiados e divulgados no dia 8 de agosto, durante a programação da JFACC. “A intenção é promover o intercâmbio de conhecimentos entre os participantes sobre práticas inovadoras, a fim de aprimorar a farmácia clínica da rede de saúde do DF como um todo, para além do âmbito da SES-DF”, afirma a gerente de Assistência Farmacêutica Especializada (Gafae), Julia Dantas. A jornada Os relatos de experiência representam parte fundamental da programação da JFACC. O evento terá dois dias organizados em torno de sete mesas temáticas, com palestras ministradas por profissionais convidados e relatos de experiências selecionados. O terceiro dia de atividades é exclusivo a farmacêuticos lotados nos Núcleos de Farmácia Clínica da SES-DF, em que serão apresentadas, por meio de oficina em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), propostas para a elaboração de documentos norteadores, indicadores e protocolos de atuação. Os participantes interessados na oficina poderão se inscrever por meio do site oficial de 8 de maio até 7 de agosto, a depender da disponibilidade de vagas. Haverá certificação emitida pelo Conselho Regional de Farmácia do DF. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Evento no Hospital de Base comemora Dia Internacional do Farmacêutico
Um café da manhã no jardim do Hospital de Base de Brasília (HBDF) nesta segunda-feira (25) comemorou o Dia Internacional do Farmacêutico. O evento prestou homenagem aos profissionais que prezam pela saúde e pelo bem-estar dos pacientes. A farmácia clínica, área em constante evolução, coloca o paciente no centro do cuidado, promovendo o uso racional de medicamentos e a otimização da farmacoterapia, contribuindo para a prevenção de doenças e o acompanhamento integral dos tratamentos. No Hospital de Base, a farmácia clínica desempenha um papel vital desde 2015 e atua em diversas áreas, incluindo internação, Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pronto-socorro e ambulatório. A equipe conta, atualmente, com 21 farmacêuticos clínicos, que trabalham em colaboração com programas de residência em terapia intensiva e oncologia. Esses profissionais otimizam tratamentos, garantindo o melhor resultado possível para cada paciente e, assim, contribuindo para uma sociedade mais saudável e bem cuidada. A farmácia clínica desempenha um papel vital desde 2015 e atua em diversas áreas do Hospital de Base | Fotos: Davidyson Damasceno/ IgesDF Para a chefe do serviço de farmácia clínica do HBDF, Nathalia Lobão, a data representa um momento de enaltecer a profissão farmacêutica no mundo. “A comemoração do Dia Internacional do Farmacêutico é fundamental para considerarmos e valorizarmos o papel vital que desempenhamos na saúde e no bem-estar da sociedade. É uma oportunidade de destacar nossa dedicação ao uso racional de medicamentos, à segurança do paciente e à promoção de uma terapêutica eficaz. Poder enaltecer esse profissional no âmbito do SUS é mais gratificante ainda”, destaca a chefe do serviço farmacêutico. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O setor facilita a interação direta entre o farmacêutico e o paciente, criando uma relação próxima e significativa com a equipe de profissionais de saúde. O foco principal é a segurança e a orientação adequada no uso de medicamentos. De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CFF), a farmácia clínica é focada na ciência e na prática do uso racional de medicamentos. Também atualiza a farmacoterapia, promove saúde e bem-estar e previne doenças. *Com informações do IgesDF
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Dia do Uso Racional de Medicamentos marca valor da orientação profissional
Usar aquele medicamento sugerido por um familiar ou pela pesquisa feita na internet. Tomar o ‘chazinho’ que a vizinha aconselhou. Quem nunca tentou? A automedicação é mais comum do que se imagina, mas especialistas advertem que ela pode ocasionar problemas graves e, muitas vezes, permanentes. O Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, celebrado nesta sexta-feira (5), serve de alerta para os riscos do uso indevido de remédios. A chefe do Núcleo de Farmácia Clínica do Hospital Regional de Sobradinho (HRS), Dafny Oliveira, explica que diversos pacientes são internados na unidade devido à utilização inadequada de medicamentos. “Já atendemos pessoas com insuficiência renal por conta de abuso de anti-inflamatório, com Acidente Vascular Cerebral (AVC), com infarto. A automedicação é um problema e uma realidade que não podemos negar. O importante é deixar a comunidade bem orientada quanto aos riscos de doses indevidas e aos benefícios de um uso correto”, destaca. Plantas medicinais e fitoterápicos também entram na lista de advertências. “Não apenas a automedicação, mas o uso de alguns chás pode levar a interações medicamentosas maléficas. Por serem naturais, é comum acreditar que não haverá problemas. Mas existe, sim, o risco de algum desses elementos prejudicar o tratamento medicamentoso”, esclarece a farmacêutica clínica do HRS Andressa Ribeiro. Ela acrescenta que é fundamental o paciente avisar ao profissional o que está utilizando. “Ainda que seja uma planta”, reforça. A farmacêutica clínica do HRS Andressa Ribeiro destaca que as plantas medicinais e fitoterápicos também entram na lista de advertências | Fotos: Agência Saúde A Secretaria de Saúde (SES) conta com farmacêuticos e serviço de farmácia em setores como unidades básicas de saúde (UBSs), farmácias das policlínicas, farmácias de alto custo, hospitais e outros. Esses servidores atuam tanto na logística (armazenamento e distribuição de medicamentos) quanto na atividade clínica (assistência e atendimento ao paciente, consultas e visitas). Nos hospitais, há os núcleos: Farmácia Clínica, que lida diretamente com os pacientes internados, e Farmácia Hospitalar, responsável pela gerência e logística dos medicamentos. Tire dúvidas com profissionais Chefe do Núcleo de Farmácia Clínica do HRS, Dafny Oliveira: “A automedicação é um problema e uma realidade que não podemos negar. O importante é deixar a comunidade bem orientada quanto aos riscos de doses indevidas e aos benefícios de um uso correto” Nas UBSs, o cidadão pode obter esclarecimentos sobre medicamentos diretamente com os farmacêuticos. É uma alternativa para fugir da automedicação e se basear no conhecimento profissional. “Além da orientação, médicos, enfermeiros e farmacêuticos podem, inclusive, fazer avaliação e detectar se há necessidade de um atendimento e não só do medicamento”, ressalta Dafny. “Nosso papel como profissional de saúde é fazer com que as pessoas entendam quando devem negar medicamentos indicados por leigos ou quando não interromper tratamento sem orientação. Os serviços de saúde são também ponto de apoio para essas instruções”, complementa. No HRS, o projeto-piloto Orientação na alta propõe não só o monitoramento do paciente na unidade hospitalar, mas nortear aqueles que recebem alta, principalmente acerca dos remédios prescritos. O objetivo é tornar o atendimento mais humanizado e orientar em relação ao acompanhamento que deve ser realizado após a internação, seja na atenção primária ou na secundária. *Com informações da Secretaria de Saúde
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No Hospital de Base, quatro farmácias garantem segurança aos pacientes
Um profissional, diversos papéis. Todos fundamentais para a prestação de um atendimento de excelência ao paciente. O farmacêutico atua em diferentes funções dentro de uma unidade hospitalar. Só no Hospital de Base (HB), por exemplo, existem a Farmácia Clínica, a Farmácia Hospitalar, o Laboratório Químico e a Radiofarmácia da Medicina Nuclear. Cada equipe com funções distintas que se complementam em algum momento. Os farmacêuticos atuam junto com a equipe assistencial, de médicos e profissionais da Enfermagem, para avaliação do paciente, prescrição do medicamento e orientação quanto ao seu uso | Fotos: Divulgação/IgesDF “Além de ser uma exigência legal, os farmacêuticos atuam na segurança dos produtos recebidos, seu adequado armazenamento e a correta dispensação para os pacientes. Também atuam no estudo e na intervenção quanto às interações medicamentosas e na análise econômica dos tratamentos”, destaca o gerente geral de Assistência do Hospital de Base, Bruno Sarmento. “O Hospital de Base é pioneiro no Distrito Federal em Farmácia Clínica, área de atuação que contribui para a segurança dos pacientes”, acrescenta. [Olho texto=”“Acredito que os médicos sentem o diferencial do nosso trabalho porque olhamos para o paciente de forma individualizada e não apenas para o medicamento”” assinatura=”Nathália Lobão, chefe do Serviço da Farmácia Clínica do Hospital de Base” esquerda_direita_centro=”direita”] Farmácia Clínica A Farmácia Clínica do Hospital de Base conta com 16 colaboradores. Os farmacêuticos atuam junto com a equipe assistencial, de médicos e profissionais da Enfermagem, para avaliação do paciente, prescrição do medicamento e orientação quanto ao seu uso. “Nosso trabalho agrega valor em saúde, segurança e qualidade ao atendimento que o hospital presta aos pacientes”, resume a chefe do Serviço da Farmácia Clínica do Hospital de Base, Nathália Lobão. “Acredito que os médicos sentem o diferencial do nosso trabalho porque olhamos para o paciente de forma individualizada e não apenas para o medicamento”, destaca Nathália. Hoje, os farmacêuticos clínicos atual em 11 áreas do HB. Desde o contato inicial com o paciente, durante toda a internação e também no momento da alta médica, para garantir o acesso e a educação quanto ao uso da medicação em casa. A equipe da Farmácia Clínica começou atendendo as UTIs. Hoje, atua também nos ambulatórios de Onco-Hematologia e Fibrose Cística e nas unidades de internação da Ortopedia, Neurocirurgia, Cardiologia, Cirurgia Vascular, Mastologia, Ginecologia Oncológica, Cabeça e Pescoço, Urologia e Pneumologia, Hematologia, Nefrologia e Oncologia. Desde outubro de 2022, a equipe está acompanhando também o Pronto-Socorro. [Olho texto=”“A atuação do farmacêutico no ambiente hospitalar é sinônimo de qualidade e segurança no que se refere ao uso de insumos farmacêuticos, pois este profissional baseia suas ações no cumprimento das legislações sanitárias, mas sem perder de vista o cuidado humanizado”” assinatura=”Sâmara Rafaela Vieira Assunção Monteiro, chefe do Núcleo de Insumos Farmacêuticos do Hospital de Base” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Farmácia Hospitalar Já a Farmácia Hospitalar atua em toda a cadeia logística dos insumos farmacêuticos, desde a seleção até a utilização pelo paciente, contribuindo para a otimização da assistência de forma segura e racional. A Farmácia Hospitalar do Hospital de Base abrange uma Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF), sete farmácias satélites, além de uma Central de Manipulação de Quimioterapia. A CAF é responsável pelo controle, armazenamento, recebimento e dispensação de medicamentos e materiais médico-hospitalares, inclusive as órteses, próteses e materiais especiais, para as farmácias satélites e para todos os setores do hospital. As farmácias satélites, por sua vez, são responsáveis pelo controle, armazenamento e dispensação dos insumos médico-hospitalares para os pacientes internados nas respectivas áreas onde essas farmácias estão presentes: Pronto-Socorro, UTI, Centro Cirúrgico, setores de internação, Hemodinâmica e Ambulatório. Já a Central de Manipulação e Dispensação de Quimioterapia é responsável pelo controle, armazenamento, manipulação e dispensação dos medicamentos quimioterápicos para os pacientes internados no Hospital de Base e para os pacientes ambulatoriais. Na Central de Manipulação e Dispensação de Quimioterapia, há o controle, armazenamento, manipulação e dispensação dos medicamentos quimioterápicos para os pacientes internados no Hospital de Base e para os pacientes ambulatoriais Graças a uma comunicação efetiva com os demais profissionais, os farmacêuticos da Farmácia Hospitalar ajudam na identificação e prevenção dos problemas relacionados aos medicamentos, no controle de infecção hospitalar, informações para o uso seguro dos medicamentos, entre outros serviços tão importantes dentro de um hospital. “Essas ações coordenadas visam melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, explica a chefe do Núcleo de Insumos Farmacêuticos do Hospital de Base, Sâmara Rafaela Vieira Assunção Monteiro. “A atuação do farmacêutico no ambiente hospitalar é sinônimo de qualidade e segurança no que se refere ao uso de insumos farmacêuticos, pois este profissional baseia suas ações no cumprimento das legislações sanitárias, mas sem perder de vista o cuidado humanizado”, destaca. [Olho texto=”“Hoje, o laboratório clínico tem contribuído muito com a área médica, pelas diversas técnicas modernas usadas para realização de exames que podem ajudar nos diagnósticos”” assinatura=”Lara Cristina Ferreira Malheiros, chefe do Laboratório Clínico do Hospital de Base” esquerda_direita_centro=”direita”] Laboratório Químico O Laboratório Químico é onde são realizados os exames laboratoriais. Os farmacêuticos bioquímicos trabalham na análise desses exames, fazendo a correlação com o caso clínico do paciente e, por fim, elaborando um laudo para embasar o diagnóstico, o acompanhamento ou o tratamento do paciente. “Este trabalho é de grande importância, pois o paciente precisa de um resultado de exame para o atendimento e o acompanhamento médico”, detalha a chefe do Laboratório Clínico do Hospital de Base, Lara Cristina Ferreira Malheiros. O papel do laboratório clínico dentro de um hospital é muito importante e o farmacêutico bioquímico exerce vários papéis, como a supervisão da fase pré-analítica, o processamento da amostra, a verificação da qualidade da amostra, até a emissão do laudo. “Hoje, o laboratório clínico tem contribuído muito com a área médica, pelas diversas técnicas modernas usadas para realização de exames que podem ajudar nos diagnósticos”, destaca Lara. A equipe é composta por dez colaboradores, farmacêuticos e bioquímicos. [Olho texto=”“O objetivo é assegurar o uso do radiofármaco correto e na dose certa para cada paciente, assim como a finalidade pretendida. Para isso, são realizadas ações de farmacovigilância, conferência das prescrições e registros eletrônicos do radiofármaco e da dispensação em doses individuais, acompanhadas de correta identificação do paciente e do medicamento”” assinatura=”Elaine Araújo Rocha Silva, gerente de Diagnóstico e Apoio Terapêutico da Medicina Nuclear do Hospital de Base” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Radiofarmácia na Medicina Nuclear A Radiofarmácia do Hospital de Base é responsável por todos os processos relacionados aos radiofármacos no contexto da Medicina Nuclear. É uma unidade clínica e administrativa, supervisionada por farmacêutico. A Radiofarmácia é responsável pela manipulação dos radioisótopos e radiofármacos, fracionamento e dispensação em doses individuais, respeitando os requisitos de proteção radiológica. Os termos são complicados. Para entender melhor, os radiofármacos manipulados hoje no Hospital de Base estão relacionados principalmente aos exames realizados pelo PET-CT para os casos de oncologia, diagnóstico, estadiamento e detecção de recorrência ou progressão do câncer; e para iodoterapia nos casos de hipertireoidismo e o carcinoma diferenciado da tireoide. A Radiofarmácia é responsável ainda pelo controle de qualidade desses radiofármacos. O trabalho da equipe de farmacêuticos busca garantir a segurança do paciente atendido na Medicina Nuclear. “O objetivo é assegurar o uso do radiofármaco correto e na dose certa para cada paciente, assim como a finalidade pretendida. Para isso, são realizadas ações de farmacovigilância, conferência das prescrições e registros eletrônicos do radiofármaco e da dispensação em doses individuais, acompanhadas de correta identificação do paciente e do medicamento”, detalha a gerente de Diagnóstico e Apoio Terapêutico da Medicina Nuclear do Hospital de Base, Elaine Araújo Rocha Silva. A Radiofarmácia conta com dois farmacêuticos bioquímicos e seu responsável técnico é o farmacêutico Ademar de Barros Lima Júnior. Os radiofármacos se diferem dos medicamentos convencionais por apresentarem tempo de meia vida curto. Assim, eles exigem preparação pouco antes da administração, o que requer a preparação segura e efetiva tanto para o operador quanto para os pacientes, respeitando as diretrizes de proteção radiológica. Dentro da Radiofarmácia, o farmacêutico está envolvido em todas as fases da utilização do medicamento: planejamento, solicitação, recebimento e conferência dos insumos radioativos e não radioativos, assim como conferência das prescrições dos radiofármacos, documentação, manipulação, fracionamento, farmacovigilância e ensino. [Olho texto=”“O índice de abastecimento de insumos, no último ano, alcançou patamares próximos aos de excelência, reflexo do elevado nível de dedicação e comprometimento desses profissionais, que não medem esforços em buscar sempre a melhor solução para o atendimento da rede assistencial”” assinatura=”Savio Toledo Cavallari, gerente geral da Gerência Geral de Logística de Insumos” esquerda_direita_centro=”direita”] Logística e insumos Além das farmácias do Hospital de Base, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) conta ainda com farmacêuticos na Gerência Geral de Logística de Insumos (GGLIN), localizada no Setor de Indústria e Abastecimento. Eles desenvolvem um trabalho fundamental para garantir o adequado abastecimento de insumos às unidades de saúde administradas pelo instituto. São responsáveis pela análise de estoques de insumos; pela elaboração de elementos técnicos que subsidiam os processos de compras; pela emissão de ordens de fornecimento; pelo monitoramento das entregas dos insumos; pela análise do consumo de insumos pelas unidades de saúde; e pelo monitoramento da distribuição dos insumos às unidades geridas pelo IgesDF. “O índice de abastecimento de insumos, no último ano, alcançou patamares próximos aos de excelência, reflexo do elevado nível de dedicação e comprometimento desses profissionais, que não medem esforços em buscar sempre a melhor solução para o atendimento da rede assistencial”, afirma Savio Toledo Cavallari, gerente geral da GGLIN. Responsável pela aquisição, armazenamento e distribuição dos medicamentos para as 15 unidades geridas pelo IgesDF, a área abrange a Gerência de Insumos Farmacêuticos e Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), a Coordenação de Insumos Laboratoriais e a Gerência de Almoxarifado e Patrimônio. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os farmacêuticos dessas áreas atuam nos bastidores, principalmente para que não faltem insumos nas áreas assistenciais. O gerente de Insumos Farmacêuticos e OPME, Sandro de Sousa Alexandre, explica que é durante a aquisição e programação que o farmacêutico, além de analisar o custo-benefício, elabora parecer técnico, checando os registros sanitários necessários aos produtos e avaliando a existência de queixas técnicas. Já no armazenamento, o profissional busca preservar a qualidade do medicamento que envolve não apenas o processo de produção, mas também as etapas de transporte e armazenamento adequados, para que suas características farmacológicas não sejam comprometidas. “O farmacêutico hospitalar também realiza toda a parte burocrática e administrativa de elaboração e revisão de documentos, assim como garante o cumprimento das normas de boas práticas exigidas pela Anvisa”, esclarece o gerente. “A atuação do farmacêutico hospitalar é muito abrangente, pois ele está presente ainda nas diversas comissões hospitalares, é responsável por ações de farmacovigilância, realiza manipulação de insumos, é pesquisador, é gestor, dentre diversas outras funções”, acrescenta. Em sua equipe, Sandro tem farmacêuticos atuando na Unidade Central de Administração (Ucad), nas unidades de pronto atendimento (UPAs) e em hospitais geridos pelo IgesDF. Já a coordenadora de Insumos Laboratoriais, Regineth Cardoso Soares de Oliveira, explica que sua equipe executa as atividades relacionadas aos serviços de abastecimento em que o planejamento, a programação e a aquisição dos insumos laboratoriais têm um papel fundamental para assegurar o acesso aos exames laboratoriais clínicos para avaliação, diagnóstico, tratamento e acompanhamento do paciente. A Coordenação de Insumos Laboratoriais (COINL) é responsável por providenciar os insumos para os Núcleos de Laboratório Clínico, Núcleo de Citopatologia e Anatomia Patológica, Serviço de Banco de Leite Humano e Serviço de Hematologia e Hemoterapia, presentes nas unidades geridas pelo IgesDF. “A gestão de logística e aquisição tem o objetivo de indicar um fluxo de abastecimento que possibilite o atendimento oportuno, a um custo racional e com qualidade, além da não ocorrência de faltas, excedentes e perdas por erros de projeção de demandas”, detalha a coordenadora. “Assim, é fundamental contar com uma equipe qualificada para desenvolver todas as etapas desse processo, dentro das exigências legais e administrativas que devem ser cumpridas”, conclui Regineth. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde
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Iges fez mais de 2 milhões de exames em 2020
Com biomédicos e biólogos, os farmacêuticos que atuam em laboratórios integram a equipe responsável por realizar exames, avaliar amostras biológicas e fazer análises clínicas | Foto: Davidyson Damasceno/Iges-DF Cerca de dois milhões de exames foram realizados em 2020 nos laboratórios do Hospital de Base (HB) e do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), unidades administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF). A marca alcançada só foi possível graças à atuação de um conjunto de profissionais, entre eles os farmacêuticos, ocupação reconhecida nesta quarta-feira (20) pelo Dia do Farmacêutico. Com biomédicos e biólogos, os farmacêuticos que atuam em laboratórios integram a equipe responsável por realizar exames, avaliar amostras biológicas e fazer análises clínicas. “É o primeiro passo para diagnosticar um paciente. É um trabalho analítico, e, nas mãos do farmacêutico, está a responsabilidade de liberar o laudo e de comunicar ao médico a necessidade de tratamento urgente”, explica Lara Malheiros, chefe responsável pelo Laboratório Clínico do HB, onde trabalham 12 farmacêuticos. Já o HRSM tem 11 farmacêuticos bioquímicos, também chamados de analistas clínicos. “No espaço são feitos exames encaminhados pelos postos de saúde e de todos os pacientes internados, incluindo os da UTI [unidade de terapia intensiva]. Também recebemos pedidos do Pronto-Socorro Adulto e Infantil, do Centro Obstétrico e do Pronto-Socorro Covid”, informa Flávia Mendes, responsável técnica pelo Núcleo de Laboratório Clínico. Todo o processo permite que o paciente descubra qual é o tratamento recomendado para determinado diagnóstico. Não só nos laboratórios dos hospitais estão os farmacêuticos. Eles também atuam nas áreas de logística, de assistência aos pacientes e nas farmácias hospitalares. Toda uma rede de apoio é oferecida, direta ou indiretamente, para garantir que o paciente tenha acompanhamento desde o diagnóstico até o tratamento. Farmácia Clínica A assistência direta é garantida pela Farmácia Clínica, responsável pela utilização correta e adequada dos medicamentos e por minimizar os efeitos em um tratamento. Para isso, o farmacêutico atua com uma equipe multidisciplinar. “É um profissional que a gente chama de ‘rápida fonte de informação a beira-leito’, que orienta e acompanha a prescrição do internado, além de otimizar a farmacoterapia, que pode levar mais qualidade de vida ao paciente”, destaca a chefe do Serviço de Farmácia Clínica do Hospital de Base, Nathalia Lobão. Atualmente, no HB, 12 farmacêuticos clínicos dividem-se para prestar serviço hospitalar e ambulatorial (quando não há necessidade de internação). Neste, o atendimento é exclusivo para pacientes com fibrose cística e oncológicos. “Na oncologia, priorizamos que o paciente de primeira vez de quimioterapia seja atendido pelo farmacêutico, que orienta sobre o tratamento, o que ele vai tomar, os efeitos esperados e como ele deve usar os medicamentos complementares”, explica Nathalia. Diagnosticado com um sarcoma, em 2019, Edmilson Gameleira, 44 anos, recebeu todos os direcionamentos para começar a quimioterapia no Hospital de Base neste mês. “O nosso papel é acolher o paciente e esclarecer as dúvidas que possam surgir durante o uso da medicação para quimio e dos outros medicamentos prescritos”, diz a farmacêutica clínica Carolina Serejo. Em uma conversa informal, ela detalhou os efeitos possíveis dos remédios no corpo humano e as alternativas para minimizá-los. “É um acompanhamento que faz a diferença neste momento em que estamos fragilizados e que precisamos de informações. Achei muito positivo”, avaliou Edmilson. Já no HRSM, o auxílio dos 11 farmacêuticos clínicos ocorre apenas a nível hospitalar. “Com a equipe multiprofissional, o farmacêutico oferece uma rede de apoio aos internados, principalmente aos pacientes com doença crônica, para a qual a unidade é referência”, informa a farmacêutica clínica Laís Dourado. Controle dos medicamentos Antes de chegar ao paciente, todos os medicamentos das unidades de saúde precisam ser avaliados. Em cada farmácia há pelo menos um farmacêutico, que acompanha a distribuição dos remédios para garantir que eles sejam encaminhados corretamente. “Analisamos as prescrições e passamos para os auxiliares de farmácia, que separam os kits e entregam para a Enfermagem”, diz o chefe da Farmácia Logística do HRSM, Sandro Alexandre. Na unidade de atuação de Sandro há quatro farmácias, onde os estoques são vistoriados diariamente. “Conferimos o armazenamento e o sistema, para que não haja desabastecimento.” Hospital de Base O Hospital de Base conta com 12 farmácias, onde atuam 25 profissionais, ao todo. “Cada um dá o seu melhor e consegue deixar a sua marca. Sem a atenção e o carinho deles com os pacientes, não seria possível passar por este momento difícil que foi a pandemia”, agradece a chefe do Núcleo de Insumos Farmacêuticos, Josiely Adriana. Outros 33 farmacêuticos do Iges estão distribuídos nas seis unidades de pronto atendimento (UPAs) do DF: Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho. *Com informações do Iges-DF
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