Resultados da pesquisa

Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Thumbnail

'Futuro Futuro' vence o Troféu Candango de melhor longa no 58º Festival de Brasília

O 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro chegou ao fim na noite deste sábado (20), após nove dias de programação intensa marcada pela celebração dos 60 anos da primeira Semana do Cinema Brasileiro, realizada em 1965. A edição de 2025 reuniu 80 filmes — entre curtas e longas — selecionados a partir de mais de 1,7 mil inscritos. Além do Cine Brasília, as exibições chegaram a Planaltina, Gama e Ceilândia, reafirmando o compromisso com a descentralização cultural e a acessibilidade, com sessões que incluíram audiodescrição, legendagem descritiva e Libras. Após nove dias de programação, acabou na noite deste sábado (20) o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro | Fotos: Divulgação/Secec-DF O grande vencedor O Troféu Candango de melhor longa-metragem da Mostra Competitiva foi entregue a Futuro Futuro, de Davi Pretto. O filme se passa em um futuro próximo no qual a inteligência artificial e uma nova síndrome neurológica impactam a vida de um homem de 40 anos que perdeu a memória. A narrativa explora como os avanços tecnológicos alteram a percepção da realidade e a vida em sociedade. A produção também conquistou os prêmios de melhor roteiro e de melhor montagem, assinada por Bruno Carboni. A entrega do prêmio foi feita pelo coordenador de Audiovisual da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Júnior Ribeiro, em nome do secretário Claudio Abrantes. “A entrega do Candango de melhor longa é um momento simbólico, porque representa o reconhecimento da força criativa do cinema brasileiro. O Festival de Brasília continua sendo um espaço de resistência e de projeção nacional e internacional da nossa produção audiovisual”, destacou Abrantes. A edição de 2025 reuniu 80 filmes selecionados a partir de mais de 1,7 mil inscritos Outros destaques A Mostra Competitiva premiou ainda Aqui Não Entra Luz, de Karol Maia, com Melhor Direção, e Quatro Meninas, de Karen Suzane, que recebeu o Prêmio Especial do Júri. Entre os intérpretes, Murilo Benício foi eleito Melhor Ator por Assalto à Brasileira, enquanto Dhara Lopes venceu como Melhor Atriz por Quatro Meninas. Nos prêmios técnicos, Corpo da Paz, de Torquato Joel, conquistou quatro troféus: edição de som, trilha sonora, direção de arte e fotografia. Na Mostra Brasília – Troféu Câmara Legislativa, o longa Maré Viva, Maré Morta, de Cláudia Daibert, foi o grande vencedor, levando o prêmio do júri oficial e o júri popular, além de categorias técnicas como edição de som. Entre os curtas, Rainha, de Raul de Lima, se destacou com os prêmios de melhor curta (júri oficial), montagem e trilha sonora. Premiações especiais Nas mostras paralelas, Uma Baleia Pode Ser Despedaçada Como uma Escola de Samba, de Marina Meliande e Felipe Bragança, venceu o prêmio da crítica internacional (Fipresci). O Prêmio de Temática Afirmativa foi para Adelina e a Felicidade Guerreira, de Milena Manfredini, enquanto Aqui Não Entra Luz recebeu o Prêmio Zózimo Bulbul de Melhor Longa. O Troféu Saruê, concedido pelo Correio Braziliense ao melhor “momento” do Festival, foi entregue ao cineasta José Eduardo Belmonte. O Prêmio Jean-Claude Bernardet do Júri Jovem UnB da Mostra Caleidoscópio foi para Atravessa Minha Carne, de Marcela Borela. O Prêmio Canal Brasil de Curtas ficou com Couraça, de Susan Kalik e Daniel Arcades. Já Sérgio Mamberti – Memórias do Brasil, de Evaldo Mocarzel, conquistou o Prêmio Marco Antônio Guimarães. Memória e renovação A edição também prestou homenagem a Fernanda Montenegro que, aos 95 anos, recebeu o Troféu Candango pelo conjunto da obra. A atriz, premiada na primeira edição do festival em 1965, enviou um vídeo emocionado de agradecimento. [LEIA_TAMBEM]Para a diretora do Festival, Sara Rocha, esta foi uma edição que conciliou tradição e inovação. “Celebrar os 60 anos do Festival de Brasília foi uma oportunidade de revisitar a nossa história e, ao mesmo tempo, apontar caminhos para o futuro. Tivemos uma programação diversa, com filmes potentes, debates e oficinas que reforçam o papel do festival como vitrine e espaço de formação para o cinema brasileiro”, afirmou. O festival encerrou-se com a exibição do longa A natureza das coisas invisíveis, dirigido por Rafaela Camelo. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)

Ler mais...

Thumbnail

Protocolo de combate ao racismo em eventos culturais é lançado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

O Distrito Federal deu um passo histórico no enfrentamento ao racismo. Na noite dessa quinta-feira (18), durante o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) assinaram o Protocolo de Combate ao Racismo em Eventos Culturais. O ato simbólico, realizado no Cine Brasília, contou com a presença de mais de 600 pessoas e será oficializado nos próximos dias com a publicação do decreto no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O documento estabelece diretrizes para prevenir, identificar, intervir e responsabilizar casos de racismo em eventos culturais, artísticos e manifestações públicas de qualquer porte, seja em espaços abertos, casas de shows, bares, restaurantes, teatros, estádios ou transmissões virtuais. Entre as medidas previstas estão campanhas educativas permanentes, capacitação de equipes, mensagens de alerta antes de cada evento e protocolos de acolhimento imediato às vítimas, com acionamento das autoridades competentes. O Protocolo de Combate ao Racismo em Eventos Culturais foi assinado nessa quinta (18), entre a Sejus e a Secec, durante o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro | Fotos: Divulgação/Sejus-DF A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou o caráter pioneiro da iniciativa. “Este é um protocolo construído com diálogo, responsabilidade e compromisso. O DF é pioneiro ao lançar um instrumento normativo como esse, que nasce de uma demanda concreta e urgente da sociedade e se consolida como política pública. A Sejus tem atuado de forma contínua em projetos que combatem o racismo em diferentes espaços, seja no esporte, na educação ou agora na cultura. Nosso compromisso é garantir ambientes seguros, inclusivos e respeitosos, onde a arte possa florescer sem discriminação.” Construção coletiva [LEIA_TAMBEM]O lançamento tem forte simbolismo: em 2024, durante o mesmo festival, um produtor relatou ter sofrido ato racista por parte de outro colega, caso que repercutiu no meio cultural e chegou à Sejus. A partir desse episódio, a pasta iniciou um processo de construção conjunta com produtores culturais e audiovisuais do DF, resultando no texto do protocolo. O subsecretário de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Juvenal Araújo, relembrou a ocorrência e ressaltou a importância da iniciativa: “No festival do ano passado, um produtor denunciou ter sido vítima de racismo e não havia nenhum protocolo para lidar com a situação. A partir desse caso, começamos a construir coletivamente esse documento, ouvindo os produtores culturais e as entidades da área. O DF se torna agora o primeiro do Brasil a instituir um protocolo específico de combate ao racismo em eventos culturais. É simbólico lançá-lo justamente no Festival de Brasília, onde tudo começou, e mais simbólico ainda transformá-lo em referência nacional”. Representando a Secec, a presidente do Conselho de Cultura do DF, Rosa Carla Monteiro, reforçou a relevância da parceria: “Este protocolo traz não apenas formação e informação, mas caminhos de ação permanentes. Saímos de uma lógica de ações pontuais para a construção de uma política continuada, em parceria entre governo, sociedade civil e o setor cultural. A arte é o espaço mais plural e diverso da sociedade e nada mais justo que seja também um espaço de enfrentamento ao racismo. O Festival de Brasília, que traduz a diversidade cultural do país, é o palco ideal para esse compromisso histórico”. O documento foi assinado em um ato simbólico, no Cine Brasília, com a presença de mais de 600 pessoas e será oficializado nos próximos dias com a publicação no DODF Iniciativas de referência O protocolo se soma a outras ações inovadoras de combate ao racismo desenvolvidas pela Sejus, como a campanha Cartão Vermelho para o Racismo, realizada em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e já aplicada em estádios de todo o Brasil, e o Programa de Letramento Racial, que capacita educadores, servidores e agentes culturais em práticas antirracistas. Também integra esse conjunto de medidas o inédito Protocolo Por Todas Elas, instituído em 2024 para garantir segurança e apoio a mulheres em situação de violência em espaços públicos e privados. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF)

Ler mais...

Thumbnail

Festival de Brasília do Cinema Brasileiro leva cultura para além do Plano Piloto

O 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro está cumprindo seu propósito de descentralizar o acesso à cultura cinematográfica levando exibições, oficinas e debates a localidades periféricas. Nesta edição, além do Cine Brasília, o evento ocorre em Planaltina, Gama e Ceilândia — e os números dos participantes comprovam que há demanda e entusiasmo onde antes havia silêncio. Públicos conectados As sessões itinerantes em Planaltina, Gama e Ceilândia levam filmes a locais onde o público jovem não costuma encontrar programação cultural diversificada. Essa descentralização aproxima o cinema da comunidade, reduz distâncias físicas e simbólicas, contemplando realidades culturais distintas dentro do mesmo Distrito Federal. A descentralização do Festival de Cinema no Distrito Federal tem impacto direto na formação de novos públicos e na democratização do acesso à cultura. Ao chegar a cidades como Planaltina, Gama e Ceilândia, o evento rompe barreiras históricas e promove pertencimento, permitindo que crianças e adolescentes se vejam representados nas telas e percebam a possibilidade de também se tornarem protagonistas do universo audiovisual. A descentralização do Festival de Cinema no Distrito Federal tem impacto direto na formação de novos públicos e na democratização do acesso à cultura | Foto: Divulgação/Secec-DF A experiência aponta ainda perspectivas de longo prazo: consolidação do modelo itinerante como política cultural estruturante, fortalecimento de vocações locais e redução das desigualdades no acesso à arte. "A comunidade vem aderindo cada dia mais e nós fizemos uma campanha muito forte de mobilização junto às escolas. Trazer o cinema para as RAs é fundamental”, afirma a secretária adjunta de Cultura e Economia Criativa, Patrícia Paraguassu. A dirigente destaca que levar o cinema para além do centro não é gesto caridoso: é reparador, é educativo, é forma de cidadania. “O Festival do DF está mostrando que cultura pública de qualidade se faz com presença — física, simbólica — nas cidades do Distrito Federal”, ressaltou. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF)

Ler mais...

Thumbnail

GDF promove sessão especial para 400 estudantes da rede pública no Festival de Cinema de Brasília

O Governo do Distrito Federal (GDF) promoveu, nesta segunda-feira (15), a exibição do filme Hora do Recreio, de Lúcia Murat (2025), para cerca de 400 estudantes da educação em tempo integral da rede pública de ensino, como parte da programação do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A iniciativa faz parte do projeto Territórios Culturais, parceria entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) e a Secretaria de Educação (SEEDF). A ideia é disponibilizar professores da rede pública de ensino, mediante seleção por edital, para atuar em espaços culturais e museus desenvolvendo ações pedagógicas. No Cine Brasília, está lotada a professora Ilane Nogueira, que conduz o projeto. Hora do Recreio é um documentário que combina linguagem ficcional e documental para refletir sobre os desafios da educação pública no Brasil. Narrado sob o ponto de vista de adolescentes entre 14 e 19 anos, o filme aborda temas sensíveis e urgentes, como violência, racismo, feminicídio e evasão escolar, a partir das vivências de jovens moradores de comunidades do Rio de Janeiro. A produção acompanha ainda a construção e apresentação de uma peça teatral inspirada no romance Clara dos Anjos, de Lima Barreto, visando conexão entre literatura, arte e realidade social. A iniciativa faz parte do projeto Territórios Culturais, parceria entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) e a Secretaria de Educação (SEEDF) | Fotos: Geovanna Albuquerque/Agência Brasília A sessão reuniu estudantes do CEM 01 do Guará, CEM 2 de Ceilândia, CEM 01 do Riacho Fundo, Escola Industrial de Taguatinga, Centro Educacional Irmã Maria Regina Velanes Regis e CED Incra 08. Além de assistir ao filme, eles participaram de um debate com a cineasta Lúcia Murat, diretora da película, ampliando a reflexão proposta pelo documentário. A diretora Lúcia Murat, homenageada no festival com o Prêmio Leila Diniz — destinado a mulheres que se destacam no cinema nacional pela coragem, sensibilidade e potência criativa —, destacou a importância de levar o longa a estudantes da rede pública. “Esse filme foi feito para eles. A gente precisa criar políticas públicas que permitam que esses jovens tenham acesso ao cinema em boas condições, numa sala com som e tela de qualidade. É fundamental que eles possam se ver e refletir a partir dessa experiência”, afirma. “Eu não trabalho com respostas, mas com perguntas. O que quero é ouvir esses jovens e provocar discussões que eles levem adiante”, acrescenta. O longa já foi exibido no Festival de Berlim, onde recebeu prêmio, e no É Tudo Verdade, mas ainda não chegou ao circuito comercial brasileiro.   Entre os estudantes presentes, estava Ana Clara da Silva Cardoso, aluna do terceiro ano do ensino médio. Ela conta que se emocionou durante a exibição. “O filme trouxe assuntos pesados de forma leve, que chegaram a emocionar todo mundo. Vi muita gente chorando. São questões que a gente vive no dia a dia e muitas vezes não são discutidas”, disse. Ela relatou ainda que viu no longa semelhanças com um curta produzido por sua turma como trabalho escolar para o Dia da Consciência Negra: “Usamos até a mesma música, ‘Cota não é esmola’. Quando percebi, fiquei surpresa. Parecia que estávamos conectados com o mesmo propósito”, afirma. “Me animou bastante a pensar no audiovisual, porque vi que a gente também pode produzir conteúdos potentes, capazes de dialogar com a realidade”, conclui. Entre os estudantes presentes, estava Ana Clara da Silva Cardoso, aluna do terceiro ano do ensino médio. Ela conta que se emocionou durante a exibição A professora Silvia Eulália de Sousa Leite, que acompanhava os alunos, reforçou a relevância do encontro. “O filme cria um espaço de escuta para os jovens, algo que eles pedem sempre e que nem sempre encontram. Muitos se sentiram representados e emocionados com as histórias. Essa identificação é fundamental para fortalecer a autoestima e encorajar os estudantes a falarem de suas próprias vivências. “Eu ainda acredito que são esses jovens que vão mudar o nosso país.”, avalia. Para ela, a atividade extrapola o campo cultural e se conecta diretamente com a educação. “Ver esses meninos atentos, debatendo, emocionados, é gratificante. São momentos que renovam nossa esperança de que essa geração possa transformar o país”, acrescenta.

Ler mais...

Thumbnail

58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro divulga seleção oficial dos filmes e programação

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), em parceria com o Instituto Alvorada Brasil, anunciou a programação oficial do 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A mais tradicional mostra cinematográfica do país ocupará o Cine Brasília entre sexta-feira (12) e o dia 20 deste mês, com agenda extensa e diversa, além de levar exibições para Planaltina, Gama e Ceilândia. Esta edição marca também os 60 anos da primeira realização do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, iniciado em 1965 sob o nome de Semana do Cinema Brasileiro. Para 2025, o festival terá formato ampliado, com nove dias de atividades, incluindo um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e outro na Mostra Brasília. Ao todo, serão exibidos 80 filmes, distribuídos em seis mostras: as tradicionais Competitiva Nacional e Mostra Brasília, e quatro paralelas — Caleidoscópio, Festival dos Festivais, Coletivas Identidades e História(s) do Cinema Brasileiro —, além do Festivalzinho e das sessões especiais. As projeções ocorrerão no Cine Brasília, no Complexo Cultural de Planaltina e nas unidades do Sesc no Gama e em Ceilândia. O 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro ocupará o Cine Brasília entre os dias 12 e 20 deste mês | Foto: Divulgação/Secec-DF O secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, ressaltou a relevância do Festival de Brasília para o país, especialmente pela política de continuidade na gestão do evento. “A partir de uma inovação jurídica, conseguimos fazer um contrato mais extenso de três anos que nos dá uma possibilidade maior de planejamento e de captação. Como consequência, neste segundo ano da parceria, conseguimos devolver ao festival sua posição de protagonismo, junto a outros grandes festivais, como o de Gramado”, disse o gestor, antes de anunciar o lançamento de um concurso de projetos para a criação do Anexo do Cine Brasília. “O festival se soma e se beneficia com este planejamento em longo prazo, que já traz muitos avanços de curadoria, visibilidade e operação”, complementa a diretora-geral do evento, Sara Rocha. "As obras que serão apresentadas cruzam séculos da história brasileira, indo do nosso passado mais remoto a propostas de possíveis futuros, tentando encontrar os traços fundamentais da nossa formação como nação" Eduardo Valente, diretor artístico da 58ª edição do Festival de Brasília Seguindo a tradição, esta edição também contará com debates, seminários, oficinas, homenagens, solenidades de abertura e premiação, ambiente de mercado e oficinas gratuitas. Com 1.702 filmes inscritos, sendo 1.396 curtas e 306 longas, o festival apresenta sete longas-metragens e 12 curtas na Mostra Competitiva Nacional; cinco longas e 11 curtas no 27º Troféu Câmara Legislativa – Mostra Brasília, dedicada às produções do DF; e mais de 30 títulos nas mostras paralelas. Sob a direção artística de Eduardo Valente, a 58ª edição do Festival de Brasília propõe um olhar amplo sobre o cinema e a sociedade brasileira em 2025. “Na Mostra Competitiva Nacional temos filmes de 14 estados diferentes da federação, cobrindo todas as cinco regiões do país. Essa amplitude de origens geográficas não foi um pressuposto curatorial, mas a seleção reforça o objetivo do Festival de Brasília de servir de plataforma para olhares múltiplos e complementares”, disse. Valente destacou ainda a diversidade temporal das narrativas: “As obras que serão apresentadas cruzam séculos da história brasileira, indo do nosso passado mais remoto a propostas de possíveis futuros, tentando encontrar os traços fundamentais da nossa formação como nação, chamando a atenção para suas incompletudes, contradições e injustiças”. A Mostra Brasília distribuirá R$ 298.473,77 em prêmios concedidos pelos júris oficial e popular por meio do 27º Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal Outro ponto de destaque é a equidade de gênero na direção dos filmes. Muitos trabalhos trazem perspectivas racializadas, assinadas por realizadores indígenas e negros de diferentes gêneros, ampliando a multiplicidade de visões tanto nas telas quanto nos bastidores. Os selecionados para as mostras competitivas nacionais receberão cachês de R$ 30 mil para longas-metragens e R$ 10 mil para curtas. Já os filmes exibidos nas mostras paralelas e em sessões hors concours também terão remuneração. A Mostra Brasília distribuirá R$ 298.473,77 em prêmios concedidos pelos júris oficial e popular por meio do 27º Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Na cerimônia de abertura, na sexta-feira, será exibido o novo longa-metragem de Kleber Mendonça Filho, O Agente Secreto, protagonizado por Wagner Moura e premiado em duas categorias no Festival de Cannes, na França, e no Festival de Cine de Lima, no Peru. O encerramento do evento terá a exibição do longa brasiliense A Natureza das Coisas Invisíveis, de Rafaela Camelo. O filme, com trajetória internacional, já passou por importantes eventos, como o Festival de Berlim, e recebeu prêmios como o de Melhor Filme do Júri Infantil no 43º Festival Internacional de Cinema do Uruguai. Mostras paralelas O 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro apresenta uma programação diversificada por meio de suas mostras paralelas. A mostra Caleidoscópio exibe cinco longas-metragens que desafiam convenções de gênero cinematográfico, transitando entre ficção, não ficção, experimental e animação, com produções oriundas de cinco estados brasileiros. Fora das mostras, o Cine Brasília recebe sessões especiais em homenagem a personalidades e obras fundamentais. A programação inclui retratos de artistas como Cacá Diegues e Sérgio Mamberti A mostra Festival dos Festivais, tradicional no evento, reúne cinco trabalhos de não ficção premiados em importantes encontros de 2025, como a Mostra de Tiradentes, o Panorama Coisa de Cinema, o CachoeiraDoc, o In-Edit e o Olhar de Cinema, apresentando formatos variados, do autorretrato ao retrato biográfico. Inédita, a mostra Coletivas Identidades traz três trabalhos urgentes que provocam debates sobre questões sociais relevantes, como conflitos territoriais e religiosos, no Brasil e no mundo. Já a mostra História(s) do Cinema Brasileiro oferece um panorama do passado e do presente de nosso cinema, com três longas que não apenas registram gerações decisivas de cineastas brasileiros, como também buscam apontar novas propostas para essa trajetória. Para marcar os 60 anos do Festival em 2025, serão exibidos dois longas da Semana do Cinema Brasileiro, evento que deu origem ao Festival de Brasília em 1965: São Paulo S/A (em nova cópia 4K) e A Falecida, que consagrou Fernanda Montenegro. Além disso, haverá uma sessão especial com três curtas de Kleber Mendonça Filho já exibidos em edições anteriores. Sessões especiais Fora das mostras, o Cine Brasília recebe sessões especiais em homenagem a personalidades e obras fundamentais. A programação inclui retratos de artistas como Cacá Diegues e Sérgio Mamberti, uma revisitação do trabalho da Caravana Farkas e o mais recente filme de Lúcia Murat, homenageada com o Prêmio Leila Diniz nesta edição. Além de oficinas e exibições paralelas, o 58º Festival de Brasília confirma a realização da sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios Será prestada também uma homenagem ao crítico e cineasta Jean-Claude Bernardet, que faleceu neste ano, com a exibição de quatro de seus curtas-metragens realizados em parceria com o cineasta Fábio Rogério. Outra sessão especial celebrará o cinema brasiliense, com a reapresentação de um curta que completa 25 anos de sua estreia no festival e a exibição do novo longa da cineasta local Cibele Amaral, que reflete sobre o fazer cinematográfico e o futuro da sociedade. Além disso, três clássicos brasileiros recentemente restaurados, digitalizados e relançados em novas cópias serão exibidos, entre eles Terceiro Milênio, de Jorge Bodanzky e Wolf Gauer. Homenageados O primeiro Troféu Candango desta edição será entregue à grande homenageada do Festival de Brasília de 2025, a veterana atriz Fernanda Montenegro, premiada pelo conjunto da obra. A atriz participou da primeira edição do Festival, ainda chamado Semana do Cinema Brasileiro, e recebeu o primeiro prêmio de Melhor Atriz com o filme A Falecida. Ao longo de seis décadas, esteve em mais de 15 edições, consolidando sua presença como um dos grandes nomes do cinema nacional. O Troféu Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo (ABCV) de 2025 será concedido ao ator brasiliense Chico Sant’Anna, que tem mais de 40 anos de carreira dedicados ao teatro e ao cinema. O Prêmio Leila Diniz vai reconhecer a cineasta Lúcia Murat por sua trajetória no cinema brasileiro. Já a Medalha Paulo Emílio Salles Gomes será entregue à pesquisadora Ivana Bentes. A homenagem é concedida anualmente a figuras com trajetórias reconhecidas e consolidadas no âmbito de atividades que Paulo Emílio, criador do festival, exerceu de forma marcante: a crítica, a preservação, o pensamento e o ensino de cinema Ambiente de Mercado Além de oficinas e exibições paralelas, o 58º Festival de Brasília confirma a realização da sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com participação de players do setor audiovisual nacional e internacional. Também retorna a Conferência Nacional do Audiovisual, retomada no ano passado como um fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, aberta ao público. Mostra Competitiva Nacional – Longas · Morte e Vida Madalena, de Guto Parente (CE) · Xingu à Margem, de Wallace Nogueira e Arlete Juruna (BA) · Quatro Meninas, de Karen Suzane (RJ) · Corpo da Paz, de Torquato Joel (PB) · Aqui Não Entra Luz, de Karol Maia (MG) · Assalto à Brasileira, de José Eduardo Belmonte (SP) · Futuro Futuro, de Davi Pretto (RS) Mostra Competitiva Nacional – Curtas · Logos, de Britney (RS) · Safo, de Rosana Urbes (SP) · Dança dos Vagalumes, de Maikon Nery (PR) · Faísca, de Bárbara Matias Kariri (AC) · Laudelina e a Felicidade Guerreira, de Milena Manfredini (RJ) · Boi de Salto, de Tássia Araújo (PI) · Couraça, de Susan Kalik e Daniel Arcades (BA) · A Pele do Ouro, de Marcela Ulhoa e Yare Perdomo (RR) · Cantô Meu Alvará, de Marcelo Lin (MG) · Ajude os Menor, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL) · Replika, de Piratá Waurá e Heloisa Passos (MT) · Fogo Abismo, de Roni Sousa (DF) [LEIA_TAMBEM]Mostra Brasília – Longas · Vozes e Vãos, de Edileuza Penha de Souza e Edymara Diniz · Mil Luas, de Carina Bini · Maré Viva Maré Morta, de Claudia Daibert · A Última Noite da Rádio, de Augusto Borges · Menino, Quem Foi Seu Mestre?, de Rafael Ribeiro Gontijo e Sandra Bernardes Mostra Brasília – Curtas · Notas sobre a Identidade, de Marisa Arraes · Dizer Algo sobre Estar Aqui, de Vaga-Mundo: Poéticas Nômades · O Bicho que Eu Tinha Medo, de Jhonatan Luiz · A Brasiliense, de Gabmeta · O Fazedor de Mirantes, de Betânia Victor e Lucas Franzoni · Rainha, de Raul de Lima · Terra, de Leo Bello · Dois Turnos, de Pedro Leitão · Três, de Lila Foster · O Cheiro do Seu Cabelo, de Clara Maria Matos · Rocha: Substantivo Feminino, de Larissa Corino e Patrícia Meschick Mostra Caleidoscópio · Nosferatu, de Cristiano Burlan · Palco Cama, de Jura Capela · Atravessa Minha Carne, de Marcela Borela · Uma Baleia Pode Ser Dilacerada como uma Escola de Samba, de Marina Meliande e Felipe M. Bragança · Nimuendajú, de Tania Anaya Mostra Festival dos Festivais · Cais, de Safira Moreira · A Mulher sem Chão, de Auritha Tabajara e Débora McDowell · Vasta Natureza de Minha Mãe, de Aristótelis Tothi e Inez dos Santos · As Travessias de Letieres Leite, de Iris de Oliveira e Day Sena Mostra Coletivas Identidades · Pau d’Arco, de Ana Aranha · Notas sobre um Desterro, de Gustavo Castro · A Voz de Deus, de Miguel Antunes Ramos Mostra História(s) do Cinema Brasileiro · Relâmpagos de Críticas, Murmúrios de Metafísicas, de Julio Bressane e Rodrigo Lima · Os Ruminantes, de Tarsila Araújo e Marcelo Mello · Anti-Heróis do Udigrudi Baiano, de Henrique Dantas Sessões especiais · Sérgio Mamberti – Memórias do Brasil, de Evaldo Mocarzel · Para Vigo Me Voy, de Lírio Ferreira e Karen Harley · O Nordeste sob a Caravana Farkas, de Arthur Lins e André Moura Lopes · Hora do Recreio, de Lúcia Murat (Prêmio Leila Diniz) · Ontem, Hoje e Amanhã e O Cego Estrangeiro, de Marcius Barbieri · O Socorro não Virá, de Cibele Amaral 60 Anos do Festival de Brasília · São Paulo S/A, de Luiz Sérgio Person · A Falecida, de Leon Hirszman · Vinil Verde, Noite de Sexta, Manhã de Sábado e Recife Frio, de Kleber Mendonça Filho Clássicos Brasileiros · Terceiro Milênio, de Jorge Bodanzky e Wolf Gauer · A Lenda de Ubirajara, de André Luiz Oliveira · Viramundo, de Geraldo Sarno; Nossa Escola de Samba, de Manuel Horacio Giménez; Hermeto, Campeão, de Thomaz Farkas Homenagem a Jean-Claude Bernardet · Mensagem de Sergipe · O Homem do Fluxo · Vim e Irei como uma Profecia · Homenagem a Kiarostami Festivalzinho · Quando a Gente Menina Cresce, de Neli Mombelli · Hacker Leonilia, de Gustavo Fontele Dourado · Notícias da Lua, de Sérgio Azevedo · A História de Ayana, de Cristiana Giustino e Luana Dias · Seu Vô e a Baleia, de Mariana Elisabetsky · Baú, de Matheus Seabra e Vinicius Romadel. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)

Ler mais...

Thumbnail

Festival de Cinema de Brasília celebra 60 anos com programação ampliada e homenagem a Fernanda Montenegro

O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) completa 60 anos em 2025 e chega à 58ª edição com novidades que reforçam sua tradição como o mais longevo e prestigiado evento do audiovisual no país. Em entrevista coletiva no Cine Brasília nesta quarta-feira (20), foram anunciados o artista homenageado da edição, a identidade visual, a dinâmica das mostras e a agenda multicultural que estará em cartaz entre 12 e 20 de setembro. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes (C), ressaltou a importância do FBCB: “Celebramos os 60 anos do festival investindo não só no Cine Brasília, mas em todo o audiovisual do DF” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Nesta edição, o festival também ampliou o número de obras: serão 80 títulos exibidos ao longo de cinco dias. Além das mostras competitivas e paralelas, estão previstas conferências, atividades formativas, o Ambiente de Mercado e o tradicional Festivalzinho, voltado ao público infantil. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, ressaltou que o evento reflete uma política de continuidade: “O Festival de Brasília sempre foi um dos maiores e mais prestigiados; Brasília faz parte da vanguarda do audiovisual brasileiro. A gente assume um protagonismo do ponto de vista da organização e planejamento, dando a possibilidade de viver esse momento do cinema brasileiro com um olhar de continuidade. Celebramos os 60 anos do festival investindo não só no Cine Brasília, mas em todo o audiovisual do DF”.   Conselho consultivo Entre os anúncios feitos na coletiva, destacam-se a criação do Conselho Consultivo de Cinema e Audiovisual do DF, e ainda o lançamento do concurso público de projetos para a construção do anexo do Cine Brasília. Abrantes reforçou que a elaboração de um conselho de cinema e audiovisual para o Distrito Federal é algo singular, possibilitando uma consulta qualificada com quem faz cinema na capital. “Isso é fruto do trabalho integrado do GDF com a Secretaria de Cultura, além de uma escuta constante a toda a comunidade que dialoga nessa área”, afirmou. “Temos, nas conferências do Festival do Cinema, grandes autoridades discutindo legislação e formas de fomento. Então não é só uma ação isolada; o GDF tem sido um indutor, não somente para colocar recursos, mas do ponto de vista de discutir.” Homenagem histórica Sarah Rocha, diretora-geral do festival:  “O Cine Brasília tem uma programação cada vez mais potente e com uma capacidade de atração de público cada vez mais visível”   A grande homenageada da 58ª edição do Festival de Brasília será a artista Fernanda Montenegro, que foi a primeira atriz premiada no FBCB, em 1965, pelo filme A Falecida, de Leon Hirszman. “Era inescapável essa homenagem, mais do que justa e merecida”, enfatizou a diretora-geral do festival, Sarah Rocha. De acordo com a gestora, as novas iniciativas tornam o festival ainda mais potente, representativo e estrategicamente posicionado no calendário de eventos nacionais. “O Cine Brasília tem uma programação cada vez mais potente e com uma capacidade de atração de público cada vez mais visível”, lembrou. “É uma grande alegria poder apresentar essa programação, que foi trabalhada com muito esmero a partir de mais de 1.700 inscrições de filmes do Brasil inteiro.” Vozes diversas Diretor artístico do festival, Eduardo Valente falou sobre a seleção dos filmes deste ano: “A gente tem as cinco regiões representadas, permitindo a quem vem acompanhar essa semana ter realmente um cinema brasileiro à disposição” [LEIA_TAMBEM]A sessão de abertura trará Agente Secreto, filme de Kleber Mendonça Filho premiado em Cannes (França). A programação contará ainda com produções inéditas e clássicos do cinema nacional restaurados. O diretor artístico do festival, Eduardo Valente, destacou que este ano haverá obras de mais de 15 estados, trazendo equidade de gênero com praticamente a mesma quantidade de diretores e diretoras, além da presença de cineastas indígenas e negros. “Avaliamos esse total de filmes tentando buscar os que tenham relação com a história e a tradição do festival, títulos que de alguma maneira lidam com questões sociais e políticas importantes do Brasil, além de obras que têm interesse pela linguagem do cinema e o que ele pode propor”, detalhou o diretor. “O grande barato é ver que esse todo permite enxergar de um olhar mais amplo. A gente tem as cinco regiões representadas, permitindo a quem vem acompanhar essa semana ter realmente um cinema brasileiro à disposição”. A grade completa da programação está na página oficial do festival, e as inscrições para as oficinas podem ser feitas até o dia 25 deste mês.  

Ler mais...

Thumbnail

Festival de Brasília do Cinema Brasileiro celebra 60 anos com programação multicultural

O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro chega aos 60 anos, reafirmando o papel como o mais longevo e tradicional festival de cinema do país. A programação completa da nova edição será anunciada na próxima quarta-feira (20), a partir das 9h, no hall do Cine Brasília, espaço icônico que há seis décadas abriga as exibições e encontros do evento. A 58ª edição do festival será realizada entre 12 e 20 de setembro, com uma agenda multicultural que contempla mostras competitivas e paralelas, debates, atividades formativas e o Ambiente de Mercado. Programação do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro será anunciada em evento nesta quarta-feira (20) | Foto: Divulgação/Secec-DF O secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, ressalta a relevância histórica do evento: “O Festival de Brasília é mais do que um encontro de cinema. Ele é um patrimônio cultural que conecta gerações, promove a diversidade e projeta a produção audiovisual brasileira para o mundo. Chegar aos 60 anos mantendo a essência e, ao mesmo tempo, se reinventando é um motivo de orgulho para todos nós”. Logo após o anúncio, será feita uma coletiva de imprensa com Abrantes e outras autoridades e a imprensa poderá se credenciar para a cobertura do festival. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Ler mais...

Thumbnail

Cinema Voador aterrissa em três regiões do Distrito Federal com exibições gratuitas

A um mês da 58ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o projeto Cinema Voador já sobrevoa o Distrito Federal com aterrissagens programadas para este mês em Arapoanga, nesta quarta-feira (13); em Planaltina, no dia 15; e na Estrutural, nos dias 21 e 22. Em arquibancadas ao ar livre, as sessões gratuitas de cinema vão exibir desde clássicos do audiovisual a produções cinematográficas brasileiras raras. Este ano também tem novidade para as crianças: uma mostra infantil, com direito a animações, para comemorar mais de oito décadas da produção Fantasia, de Walt Disney. Os filmes selecionados para o Cinema Voador enaltecem a diversidade e apresentam a riqueza do audiovisual brasileiro. Segundo o idealizador do projeto, José Damata, são títulos que não ocupam espaço no circuito comercial e, por isso, ganham público com o projeto. "Selecionamos filmes que são verdadeiros tesouros do cinema nacional, com diretores fundamentais como Joaquim Pedro de Andrade, Rosemberg Cariry e Paulo Thiago. Nosso papel é levar obras de qualidade para as periferias, criando novos públicos e despertando o encanto pelo cinema”, explica. Filmes selecionados para o Cinema Voador enaltecem a diversidade e apresentam a riqueza do audiovisual brasileiro | Fotos: Divulgação As exibições começam nesta quarta-feira (12), em Arapoanga, na Praça da Administração, onde a população poderá conferir as obras Fantasia, Couro de gato, O calango e Corisco e Dadá. Na quinta (13), será a vez do Vale do Amanhecer, em Planaltina. Na sexta-feira (15), a programação segue na cidade, desta vez na Praça da Igrejinha. Na Estrutural, as duas sessões serão na Praça da Administração, também às 18h. De acordo com o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, levar o projeto a diferentes lugares do Distrito Federal é uma oportunidade de promover a cultura do pertencimento e aproximar as comunidades da política cultural. “O Festival de Brasília é patrimônio da nossa cultura e, com o Cinema Voador; reafirmamos que ele pertence a todo o povo do Distrito Federal. Levar sessões gratuitas para Planaltina e para a Estrutural é mais do que descentralizar a programação, é garantir que a política cultural chegue a todas as regiões, fortalecendo nossa identidade e valorizando o audiovisual brasileiro”, destaca. Trajetória De norte a sul do país, o idealizador Damata leva não só os filmes às periferias do Brasil, mas também sensibilização e reflexão. Além disso, o evento, que existe desde 1994, promove a inclusão para as comunidades, com espaços pensados para mobilidade e acessibilidade, com recursos que proporcionam diversão para todos. “As pessoas se reúnem curiosas, ansiosas para descobrir o que vamos exibir naquela noite. É mágico ver como o cinema pode unir comunidades e emocionar plateias inteiras”, avalia o secretário. Evento, que existe desde 1994, promove a inclusão para as comunidades Na última década, o Cinema Voador participou de três edições do Festival de Cinema de Brasília (2014, 2017 e 2018). Em maio e junho de 2024, o cinema itinerante aterrissou nas cidades de Ceilândia e Taguatinga. Festival [LEIA_TAMBEM]O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro chega à 58ª edição e comemora 60 anos. Considerado o palco mais tradicional do cinema nacional, o festival é promovido pelo Instituto Alvorada e pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal. O evento ocorre entre 12 e 20 de setembro, no Cine Brasília, com o filme O agente secreto, de Kleber Mendonça Filho, na abertura oficial. Outra novidade para esta edição é o júri internacional, formado em parceria com a Fipresci (Fédération Internationale de la Presse Cinématographique), que completa 100 anos em 2025. Serão críticos de três países na avaliação da Mostra Caleidoscópio.  As inscrições para submissão de filmes e obras ao festival já foram encerradas e, em breve, após o processo de curadoria, será divulgada a seleção oficial de curtas e longa-metragens nacionais para o evento. Acompanhe tudo no site oficial. Confira a programação do Cinema Voador. Arapoanga Quarta-feira (13) 18h - Fantasia/Couro de gato/O calango/Corisco e Dadá Local: Praça dos Esportes Planaltina Quinta-feira (14) 18h - A fera do mar/Corisco e Dadá/A vida é um sopro/Paisagem natural  Local: Vale Do Amanhecer Sexta-feira (15) 18h - Fantasia 2ª parte/Sagarana o duelo Local: Praça da Igrejinha Estrutural Dia 21 18h - A fera do mar/Corisco e Dadá Local: Praça da Administração Dia 22 18h - Fantasia/Curtametragem Brasília, contradições de uma cidade nova/Sagarana o duelo Local: Praça da Administração.

Ler mais...

Thumbnail

Filme 'O Agente Secreto' abrirá a 58ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Na edição comemorativa de 60 anos de sua fundação, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro escolheu como filme de abertura o novo longa-metragem de Kleber Mendonça Filho, O Agente Secreto, protagonizado por Wagner Moura e premiado em duas categorias no Festival de Cannes. O filme 'O Agente Secreto', destaque no Festival de Cannes, será exibido no dia 12 de setembro, no Cine Brasília, na abertura do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro | Foto: Divulgação De acordo com o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, trazer um filme da potência de O Agente Secreto para abrir o Festival de Brasília, justamente na comemoração de seus 60 anos, é um gesto simbólico e estratégico. “É colocar o nosso público em contato direto com o que há de mais vigoroso no cinema brasileiro contemporâneo, reconhecido internacionalmente. É assim que reafirmamos o papel de Brasília como capital cultural do país”, explicou Abrantes. [LEIA_TAMBEM]A produção, com distribuição da Vitrine Filmes, será exibida no dia 12 de setembro, na cerimônia de abertura do mais tradicional festival de cinema do país, no Cine Brasília. O diretor Kleber Mendonça, a produtora Emilie Lesclaux e a atriz Maria Fernanda Cândido são presenças confirmadas no evento. Os ingressos para a sessão podem ser adquiridos a partir das 10h do dia 7 de agosto, em link disponível no perfil oficial do Festival de Brasília no Instagram. Serviço Abertura da 58ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro Data: 12 de setembro Filme: O Agente Secreto Ingressos: a partir do dia 7 de agosto, em link disponível no perfil oficial do Festival de Brasília no Instagram. *Com informações da Secec-DF  

Ler mais...

Thumbnail

Festival de Brasília do Cinema Brasileiro abre inscrições para a seleção de filmes

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília. O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do festival até 9 de junho. Coletiva de imprensa realizada no hall do Cine Brasília, nesta terça (6), marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens para a seleção oficial do evento | Foto: Divulgação/Secec-DF A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar. Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes. [LEIA_TAMBEM]Para Sara Rocha, coordenadora-geral do festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”. Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília. Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira. Neste ano, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Mostra Brasília A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do festival. Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público. A programação completa do festival será divulgada em 20 de agosto. Cine Brasília A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas. “Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília. A estrutura do Cine Brasília será ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Mostra 60 Anos do Festival Como parte das comemorações pelos 60 anos do festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca. A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.  · Todas as Mulheres do Mundo (1966), de Domingos de Oliveira · Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles · Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat · Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis · É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert · Temporada (2018), de André Novais de Oliveira Inscrições para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro Período: desta terça (6) a 9 de junho Link: https://festcinebrasilia.com.br/inscricoes/ Data do festival: 12 a 20 de setembro Local: Cine Brasília – EQS 106/107. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador