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Festival de Cinema de Brasília

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Festival de Brasília do Cinema Brasileiro: GDF leva oficina de audiovisual a escola pública de Planaltina

O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), promove nesta semana a oficina “Agentes do Cinema: aprenda a filmar ideias com o celular”, no Centro de Ensino Fundamental 01 de Planaltina. A atividade integra a programação do 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e é voltada a estudantes do ensino fundamental e médio da região. Conduzida pelo roteirista e realizador audiovisual Janú Ário Jr., a oficina busca apresentar fundamentos da linguagem cinematográfica usando um recurso comum aos jovens: o celular. Durante quatro encontros, entre terça-feira (16) e sexta-feira (19), das 14h às 17h, os participantes aprendem noções de enquadramento, iluminação, movimentos de câmera e formatos para redes sociais. Segundo Janú Ário Jr., a atividade funciona como porta de entrada para diferentes áreas. “O celular é uma ferramenta que eles já dominam. O que fazemos é aplicar conceitos de cinema e mostrar que esse conhecimento pode ser útil em reportagens, publicidade, documentários e em produções para a internet”, explica. Ele acrescenta que, ao final do processo, os grupos de alunos terão um material pronto para ser exibido em mostras escolares ou festivais comunitários. A ideia é mostrar que os alunos podem registrar as próprias histórias e aplicar esse aprendizado em diferentes formatos. Segundo o professor, os alunos começam tímidos, mas logo se animam ao perceber que conseguem aplicar os conceitos. Atividade é conduzida pelo roteirista e realizador Janu Ário Jr. | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília A iniciativa A metodologia envolve teoria e prática. Os alunos são convidados a criar roteiros em grupo e, ao final do processo, produzir ao menos um curta-metragem. Nos grupos, cada um é responsável por criar uma cena diferente, que será editada em conjunto. A iniciativa busca estimular a criatividade, dar base técnica e despertar um olhar crítico para a produção audiovisual. O coordenador da TV Centrinho do CEF 01, professor Marcus Martins Macedo, ressalta a relevância do projeto no contexto escolar. “Os jovens produzem muitos vídeos, mas sem técnica acabam desperdiçando material. Quando compreendem a linguagem do cinema, começam a transformar essa produção em algo mais artístico e consistente”, afirma. Para Macedo, o sistema educacional ainda não está estruturado para o cinema. “Oficinas como essa ajudam a preencher essa lacuna. O celular pode ser um instrumento de inclusão e de desenvolvimento criativo quando usado com técnica”, explica. Festival de Brasília completa 60 anos de existência. Nesta 58ª edição, realizada sob gestão compartilhada entre a Secec-DF e o Instituto Alvorada Brasil, a programação inclui exibições, debates e atividades formativas em várias regiões do DF O diretor do CEF 01, Marcos Antônio, reforçou a importância de aproximar os estudantes de novas linguagens. “O celular já faz parte do cotidiano dos jovens. Quando eles aprendem a usá-lo de forma qualificada, não apenas registram, mas também criam. Essa prática pode revelar talentos e até abrir caminho para carreiras no audiovisual”, avalia. Ele diz que a  oficina amplia o conhecimento dos alunos e pode revelar talentos. “Com orientação, eles passam a editar, roteirizar e entender a lógica da narrativa, o que fortalece a formação e pode até despertar futuros cineastas”, prevê. Em 2025, o Festival de Brasília completa 60 anos de existência. Nesta 58ª edição, realizada sob gestão compartilhada entre a Secec-DF e o Instituto Alvorada Brasil, a programação inclui exibições, debates e atividades formativas em várias regiões do Distrito Federal. Com isso, diferentes regiões administrativas recebem atividades formativas, estimulando a participação de estudantes e fortalecendo o contato da juventude com o audiovisual.

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Cultura registrou um ano com diversas realizações

O ano 2021 foi de canteiros de obras e superação de metas para a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Até 31 de dezembro, a pasta empenhou, por meio de editais do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), o aporte de R$ 155 milhões. Esse é o maior investimento de toda a história do FAC e coloca o Distrito Federal na ponta entre as unidades da Federação que mais aplicaram em cultura no ano passado. Cultura investiu em obras durante todo o ano | Foto: Divulgação Para o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, conhecido como Bartô, este é um marco da administração de Ibaneis Rocha. “Nenhum governo teve essa sensibilidade. O desafio está em fazer com que o FAC seja descentralizado, de forma a atender um universo maior de projetos culturais, como preconiza a Lei Orgânica da Cultura no DF”, diz. Principal instrumento de incentivo ao segmento, o Fundo de Apoio à Cultura foi trabalhado em três editais (Visual Periférico e Multicultural I e II). Juntos, os documentos envolveram 22 linguagens artísticas e ofereceram reservas de vagas para quem nunca tinha acessado o recurso. Pessoas com Deficiência (PCDs) também foram contempladas com o benefício. Uma campanha para popularizar o Cadastro de Entes Agentes Culturais (Ceac), que credencia o proponente a acessar os editais, aumentou em 34% a base de inscritos. Assim, a Secec criou linhas para o Meu Primeiro FAC, com reservas de vagas. “Como nunca antes, todas as linguagens culturais foram alcançadas, com os recursos sendo descentralizados para ampliar o leque de oportunidades. Nunca a periferia foi tão contemplada”, conta Bartolomeu Rodrigues. “Se o Multicultural I tinha o objetivo de descentralizar, democratizar e incluir, o Multicultural II vem com o viés da retomada das atividades econômicas do DF, com a proposta de geração de cerca de 100 mil empregos num prazo de seis meses”, explica o subsecretário de Fomento e Incentivo Cultural, João Moro. A volta do MAB Um dos espaços mais emblemáticos da cultura no DF, o Museu de Arte de Brasília (MAB), está de portas reabertas, após 14 anos de espera. Reinaugurado em 21 de abril de 2021, o local tem alterado, com exposições de qualidade, a rotina da Vila Planalto, formando, juntamente com a Concha Acústica, o Complexo Cultural Beira Lago. “É uma felicidade ter esse museu tão caro para arte e para história das artes visuais de Brasília e do Brasil entregue e com melhorias em sua edificação, sobretudo, porque enfrentamos, neste último ano, a adversidade da pandemia da covid-19”, pontua o secretário. “A sua reabertura é um presente para todos, brasilienses, brasileiros e cidadãos do mundo.” Com a reforma estimada em R$ 9 milhões, o edifício do MAB foi expandido em mais de 500 m². A requalificação total do interior do prédio, com mudança de layout, permitiu a ampliação da galeria do primeiro pavimento para mais de 1.022 m² de área útil, quando antes não chegava a 1.000 m². Também se destaca a qualidade do sistema de ar-condicionado, adequado para instituições museológicas, e do sistema de prevenção a incêndio. Entre as novidades está a instalação de dois elevadores, um deles suficiente para transportar as obras. Pensando na preservação dos itens, a iluminação na galeria foi adequada, evitando incidência de luz solar sobre as telas por meio da instalação de paredes em drywall em frente às janelas. Dedicada às apresentações artísticas ao ar livre, a Concha Acústica voltou a fazer parte do cenário cultural do DF, após investimento de R$ 422 mil para reforma e manutenção do espaço. Entre os trabalhos de manutenção feitos no local, estão a pintura completa e regularização das placas de concreto danificadas que compõem o piso, a reforma do alambrado, pintura das estruturas, instalação de refletores, substituição de vidros e aplicação de película. Os serviços também incluíram pintura dos batentes de proteção da guarita, limpeza das lajes e faixas do estacionamento, roçagem e reparos hidráulicos/elétrico. Manutenção de outros espaços culturais Recuperação do Teatro Nacional é um dos desafios | Foto: Divulgação Importantes para a divulgação das artes em todos os seus segmentos e tendências, os equipamentos culturais do Distrito Federal, além de funcionarem como pontos de encontros, lazer e entretenimento para a população, são essenciais para a formação de conhecimento sobre a arte. Daí a necessidade de estarem sempre adequados e aptos a receber o público. Para tanto, foram aplicados R$ 7 milhões de recursos diretos na recuperação desses locais. Nesse contexto, a recuperação do Teatro Nacional, outro relevante espaço cultural da cidade, surge como um desafio. Mesmo fechado, o teatro recebeu melhorias em todo sistema de refrigeração e ar-condicionado. A Secec e a Novacap estão finalizando os termos do edital para contratação de empresa que fará as obras de restauração do teatro com recursos do próprio GDF.  Cidade Patrimônio Após concluir os estudos e análises das necessidades emergenciais dos principais espaços culturais do DF, a pasta pôs em ação, desde março do ano passado, um plano de trabalho chamado “Brasília, Cidade Patrimônio”, para reformar e fazer a manutenção da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), Memorial dos Povos Indígenas (MPI), Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), Concha Acústica, Cine Brasília, Museu Nacional da República (MuN), Conjunto Fazendinha e Complexo Cultural Samambaia (CCS). Concha Acústica também passou por reformas importantes | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Composto por um complexo de cinco edificações de madeira construídos nos anos 50, o Conjunto Fazendinha, situado na Vila Planalto, passou por reformas emergenciais nas estruturas de madeiras e instalações elétricas. Até agora, a Secec investiu R$ 290 mil para recuperar o espaço. Localizado na DF-330, Km 4, em Sobradinho, o Polo de Cinema e Vídeo Grande Otelo estava abandonado desde 2013. Com investimentos de mais de R$ 231 mil, a Secec iniciou, em julho de 2021, uma obra de recuperação do galpão central, além da parte elétrica e pintura. O local também ganhou reforço na iluminação, com novas luminárias e refletores externos, pintura, dedetização e manutenção dos jardins da parte externa. “Essa reforma revitaliza a estrutura física do polo, que seguia há anos sem atenção. O que vamos discutir agora é o processo de ocupação. Há muitas ideias postas na mesa”, conta Bartolomeu Rodrigues. Em agosto do ano passado, três espaços memoriais essenciais para a preservação da história e da cultura – Museu do Catetinho, Museu da Memória Candanga (MVNC) e Memorial dos Povos Indígenas (MPI) – tiveram seus sistemas de incêndio substituídos e modernizados. Cravada no coração do Plano Piloto, a Praça do Complexo Cultural da República é um dos espaços públicos mais visitados de Brasília. Point de skatistas, artistas, visitantes do museu e da biblioteca, o local também recebeu intervenções estruturais de manutenção e preservação do patrimônio. Os trabalhos tiveram a parceria do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) com frisagem, varrição, catação, lavagem e pintura dos meios-fios, além da recuperação do espelho d´água. O investimento é da ordem de R$ 187 mil. Após a reintegração do Complexo Funarte Brasília aos equipamentos da secretaria, foi anunciada a reforma do Teatro Plínio Marcos e a mudança de nome para Centro Ibero-Americano de Cultura. A obra prevê manutenção da fachada, impermeabilização da cobertura, pintura externa, recuperação das calçadas, preservação das esquadrias de vidros e recuperação de captação de águas pluviais. O valor do investimento é R$ 485 mil. “Estou muito seguro sobre o futuro do Complexo Cultural Funarte Brasília pela sensibilidade com que a Secretaria de Cultura e Economia Criativa trata desse equipamento”, valoriza o presidente do complexo, Tamoio Marcondes. Já no Gama, a Secec comanda a reforma do Cine Itapuã para recuperar a estrutura do espaço, de valor de R$ 464 mil. Olhar sensível às minorias Com uma atenção especial às minorias, a Secec marcou presença, em 2021, ao reconhecer a potência e talento de artistas do segmento LGBTQIA+ e mulheres negras do DF. Com aporte de R$ 300 mil, a pasta selecionou 80 nomes para premiação. Além de incentivo em dinheiro, os artistas ganhadores levaram troféus e divulgação de seus trabalhos com catálogo ilustrativo. A comissão de seleção do Prêmio LGBTQIA+ avaliou 300 fichas de inscrições e portfólios de artistas consagrados no segmento, que concorreram ao certame por suas contribuições ao desenvolvimento artístico do DF e Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride). Foram 50 premiados com o valor de R$ 3 mil cada. “Desde que assumi a gestão da pasta de Cultura e Economia Criativa, voltei minha atenção e preocupação para a comunidade LGBTQIA+, simultaneamente uma das mais invisíveis e potentes da cadeia de cultura”, lembra o secretário. Além disso, 30 agentes culturais negras das mais diversas regiões administrativas tiveram suas trajetórias artísticas reconhecidas pela contribuição sociocultural a comunidades em 22 linguagens artísticas diferentes. A iniciativa foi da Subsecretaria de Difusão e Diversidade Cultural (SDDC), que pagou o prêmio de R$ 5 mil a cada uma. “Esse prêmio é só um símbolo do compromisso da Secec com a valorização da diversidade que existe na cultura. As 30 selecionadas, em seu conjunto, representam com excelência a força da arte negra feminina do DF”, saudou a titular da SDDC, Sol Montes. Aldir Blanc Dispositivo emergencial criado pelo governo federal para dar suporte à classe artística no período de pandemia, a Lei Aldir Blanc já pagou 100% dos beneficiários dos projetos da primeira fase, aplicando mais de R$ 33 milhões repassados pela União. O montante representa quase 90% dos recursos empenhados e contempla 2.824 profissionais da área. Na segunda fase, mais 500 agentes culturais foram agraciados, fechando, assim, a execução da lei. Execução de Termo de Fomento Regulamentado por meio do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), o Termo de Fomento consiste na execução, pela Secec, de projetos viabilizados por emendas parlamentares. Em 2021, a pasta aprovou 73 projetos distribuídos com realizações presenciais em todas as RAs, somando R$ 27,7 milhões de investimentos. Esse volume de ações é resultado da assinatura de termos de fomento com Organizações da Sociedade Civil (OSCs). “O Termo de Fomento ganhou um foco na Secec ao percebermos a potência desse instrumento em movimentar a cadeia da economia criativa”, avalia Bartolomeu Rodrigues. “Entendemos que fomentar os espaços culturais do DF é uma experiência muito exitosa. Iniciamos pelo MAB e Concha Acústica, mas queremos expandir o projeto, aberto ao público e de forma gratuita, para outros equipamentos culturais”, conta produtor executivo do projeto Complexo Beira Lago, Acir Carvalho. Arte urbana Em julho de 2021, a Galeria dos Estados ganhou intervenção de grafiteiros e se tornou uma galeria a céu aberto | Foto: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília Aberta a todas as tendências, linguagens artísticas e movimentos, a Secec abraçou a arte urbana no DF promovendo a cultura do grafite pela cidade. Assim, edital no valor total de R$ 150 mil, lançado em 2020, mas só executado em 2021 por conta da pandemia, viabilizou a contratação de 100 artistas com cachê de R$ 1,5 mil cada para colorir o viaduto da Galeria dos Estados. Uma das vias mais importantes do Plano Piloto e todo o DF, a W3 Sul também vai servir de palco para a arte urbana. Isso porque o edital W3 Arte Urbana, lançado em novembro de 2021, escolheu 27 artistas que farão intervenções nas paradas de ônibus da charmosa avenida. Para esse certame, a Secec aportou R$ 81 mil em recursos e vai remunerar cada selecionado com um cachê de R$ 3 mil. Encabeçado pela Secec, o projeto também conta com a parceria das secretarias de Governo (Segov), de Transporte e Mobilidade (Semob) e de Projetos Especiais (Sepe), além da Administração Regional do Plano Piloto. Festival de Cinema de Brasília Maior festa da cultura no DF, nascida cinco anos após a inauguração da cidade, em novembro de 1965, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) é referência nacional e transcende sua importância como mera mostra cinematográfica. O encontro teve êxito de público entre 7 e 14 de dezembro, em formato virtual. “O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro sempre, em sua natureza, foi um espaço para o diálogo com o que está por vir. Daqui nasceram linguagens, estéticas e debates políticos que construíram a identidade do novo cinema brasileiro”, reforça o titular da Secec. A 54ª edição do evento contou com quase mil inscritos e teve a ficção como destaque na mostra competitiva. “Essa edição nasce histórica porque vai pautar esse mundo pós-pandemia. Nada será como antes, e essas tendências serão examinadas nos dias de festival”, festeja o secretário. Foram trabalhos vindos de 11 estados brasileiros, a maioria dialogando com o tema “O Cinema do futuro e o futuro do cinema”. Incentivo à leitura Mala do Livro | Divulgação/Secec Os projetos de incentivo ao livro e a leitura ganharam corpo em 2021, quando a Mala do Livro completou 31 anos, tornando-se um projeto para exportação para outros estados e países da América do Sul e da África que falam português. “A Mala do Livro é um programa tipo exportação, que rompeu as fronteiras do Distrito Federal; tem a força que tem devido a esses voluntários amantes da leitura”, define Bartolomeu Rodrigues. Por meio de aporte de R$ 500 mil, a Secec lançou edital para contemplar 100 agentes com prêmio de R$ 5 mil. Em outra frente, um edital de R$ 1,2 milhão vai capacitá-los. Atualmente, a Mala do Livro tem 75.300 títulos cadastrados no sistema em 196 malas (na verdade, caixas de madeira dobráveis). Há ainda 188 malas disponíveis em instituições que prestam assistência social, além de outras sete em hospitais. A Ride-DF, que avança para Minas e Goiás, contabiliza mais de 500 unidades. Candanguinho e Candango A Secec lançou o I Prêmio Candanguinho de Poesia Infanto-Juvenil, que selecionou 30 obras inéditas de crianças e jovens entre 6 e 17 anos para compor a coletânea de poesias Mala do Livro: uma viagem na cultura, em celebração aos 30 anos do projeto da Biblioteca Nacional de Brasília. “A grande adesão ao Candanguinho mostra que essa iniciativa estava sendo requerida há muito tempo. É um espaço para que crianças e jovens possam se expressar era uma lacuna no DF, por isso a equipe da BNB envolvida no projeto está muito entusiasmada com os resultados. Esse programa e o prêmio representam um pedacinho de um desafio maior de estímulo à escrita, à leitura e à oralidade que a Secec está construindo”, explica a assessora de Relações Institucionais da Secec, Beth Fernandes. Na sequência, veio o edital para selecionar instituição que vai gerir o I Prêmio Candango de Literatura, com aporte de R$ 1 milhão. Essa instituição vai coordenar, em parceria com a Secec, todas as fases do concurso – do lançamento à entrega do prêmio, que terá as categorias Romance, Poesia, Conto, Prêmio Brasília, Capa e Projeto Gráfico, além de duas linhas destinadas a iniciativas de incentivo à leitura (Geral e PcD). “O Prêmio Candango de Literatura é uma aspiração que nasceu desde o início dessa gestão, com o objetivo de integrar a comunidade internacional de língua portuguesa. É uma forma de estimular e valorizar os escritores nesse momento delicado”, conclui o secretário de Cultura e Economia Criativa. Arte: Agência Brasília  

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Começa a 53ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Exposição no Metrô reúne 40 cartazes de filmes que já passaram pelo Festival de Brasília do Cinema Brasileiro  ao longo dos anos | Foto: Divulgação / Setur A 53ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) começou nesta terça-feira (15) de forma ampla e virtual pelo Canal Brasil e plataforma Canais Globo. No entanto, uma única atração foi presencial. Trata-se da exposição “Cartazes Cine Brasília”, que reúne 40 peças de filmes que participaram do festival ao longo dos anos, na Estação de Metro 106/107 Sul. A estação leva o nome do principal templo do cinema do Distrito Federal, monumento de Oscar Niemeyer, e conhecido por abrigar o FBCB: Cine Brasília. A abertura contou com a presença do secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Bartolomeu Rodrigues, que conferiu cada peça exposta. “A ideia é transformar essa exposição, que segue até 15 de fevereiro, em permanente. Isso porque essa estação de metrô chama-se Cine Brasília. Por trás de cada um desses cartazes, temos a história política e cinematográfica do país, com cartaz es de filmes brasilienses, brasileiros e até internacionais”, conta. Ode á memória A importância dessa exposição está diretamente ligada a um dos pilares curatoriais dessa edição de 2020: a memória. Diretora executiva do FBCB, Érica Lewis fez questão de abrir o FBCB de 2020 com essa mostra. “É muito simbólico inaugurar um evento de 53 anos por meio de cartazes, vestígios memoriais de tantos filmes e festivais de outrora. Esse tema será debate em diversas mesas”. A curadoria dessa exposição foi feita por Rodrigo Rodrigues, gerente do Cine Brasília, que fez um recorte da força do Cine Brasília na difusão do cinema de arte internacional. “Os cartazes expostos fazem parte da memória e refletem esse cuidado que estamos tendo com acervo. Nesses cartazes, temos o cruzamento entre as linguagens do cinema e das artes gráficas”, avalia. Com informações da Secretaria de Turismo

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Tradicional e híbrido: vem aí o 53º Festival de Brasília 

A notícia de que o mais antigo, tradicional e importante evento cinematográfico do país pudesse não acontecer este ano causou comoção: artistas, cinéfilos, jornalistas… Sensibilizado, o governador Ibaneis Rocha ligou para o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, e garantiu a realização da 53ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.  O orçamento para o evento será na casa dos R$ 2 milhões. E ele virá com várias novidades. O secretário, diante da pandemia de Covid-19, vê a oportunidade de se revolucionar o jeito de fazer o festival. “Será um aprendizado para um evento de tão grande magnitude. E sem o direito de errar, com o desafio de trazer bons filmes e grandes diretores”, avalia ele.  Foto: Renato Alves/Agência Brasília Rodrigues conta que o governador foi bastante sensível no entendimento de que o Festival não representa uma despesa, mas um investimento. “Será uma chance de realizarmos de forma virtual e presencial”, conta. Previsto para outubro ou novembro, o evento deve ser realizado em formato híbrido: on-line e exibições de filmes no Cine Drive-In- por sinal, o único do gênero na América Latina. Algumas empresas de streaming, aliás, já demonstraram interesse em fazer parcerias para a exibição dos filmes nas plataformas virtuais. “Alguns festivais no mundo inteiro estão mudando de formato ou simplesmente sendo cancelado”, conta Rodrigues. Ele lembra que Cannes (França) está no mesmo dilema. “Temos algumas vantagens, como o Cine Drive-in, essa preciosidade que vamos utilizar da melhor forma”, planeja.  O secretário lembra que agora é a hora inovar. “Talvez inauguremos um modelo novo de realização de festival, que pode ser uma referência.”  Uma “coordenação descentralizada” ficará sob o comando do gabinete da Secec – contando, inclusive, com a presença de todos os representantes da classe cultural. O primeiro a ser convocado foi o mestre de todos os cineastas da cidade, Vladimir Carvalho – com mais de meio século de vida afetiva com o Festival de Brasília. Preste a completar 86 anos, o conterrâneo velho de guerra, nascido na Paraíba, mas radicado na cidade desde 1969, já aceitou o convite e promete ajudar com afinco. Experimente, o cineasta acredita que até lá, novembro, essa crise sanitária já passou e torce por um evento 100% presencial, carregado de espírito de esperança.  “Estou otimista. Aceitei esse chamamento por pura coerência e vou colaborar, será um festival cheio de esperança para uma nova realidade”, defende.  Com a autoridade de quem assistiu 45 edições das 52 que aconteceram (25 deles vividos em Brasília), a jornalista Maria do Rosário Caetano, hoje morando em São Paulo, elogia a iniciativa do governador Ibaneis Rocha de não paralisar o mais importante festival. “O GDF reconhece que este é o mais duradouro, sólido e estimado projeto cultural da capital brasileira”, destaca ela.

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Conversa animada com o bom e velho Vladimir Carvalho

No final dos anos 60, Vladimir Carvalho comia o pão que o diabo amassou, no Rio de Janeiro. Então com dois curtas-metragens nas costas – Romeiros (1962) e A Bolandeira (1967) –, ele sobrevivia com os vales de repórter do Diário de Notícias, morando numa casa de cômodo, no bairro de Santa Teresa, com a mulher. Foi quando recebeu o convite para dar aula na Universidade de Brasília (UnB). “Vim, olhei para Brasília e achei a cidade fria, fria, no sentido metafórico”, lembra. “Voltei para o Rio, as contas todas atrasadas, então propus ficar só dois meses. Acabei me casando com a cidade. Já faz exatos 50 anos!”, ri, surpreso. Um dos nomes mais importantes do cinema brasileiro e figura essencial para a cinematografia brasiliense, o documentarista de 84 anos encerra neste sábado (30), às 19h, a 52ª edição do Festival de Brasília, apresentando seu mais recente projeto, Giocondo Dias – Ilustre Clandestino. Antes, nesta sexta-feira (29), às 19h, lança no hall do Cine Brasília, o DVD de Cícero Dias, o Compadre de Picasso. “Giocondo é um filme em tom menor, sobre um homem que marcou minha infância a partir dos relatos do meu pai. Um sujeito que tinha o dom do diálogo, tema atual”, reflete. Dono de memória prodigiosa e lucidez invejável, a trajetória desse paraibano de voz de profeta e simpatia sem fim, se confunde com a parte da história do cinema nacional e os primeiros anos da capital, quando ainda se ouvia, por aqui, o baticum das obras. Chamado pelo cineasta baiano, Glauber Rocha, de o “Vertov da caatinga” – documentarista experimental russo do início do século passado –, Vladimir foi um dos pioneiros da sua arte na Paraíba, flertou com a turma do Cinema Novo e sentiu o peso dos anos de chumbo da ditadura nos ombros, quando seu primeiro longa-metragem, O País de São Saruê, foi limado do Festival, em 1971. O episódio acarretaria na interdição do evento por três longos anos. “Comecei esse projeto em 1966, ali procuro recompor as relações de classe na relação entre os donos de terras e os camponeses”, lembra. Em conversa com a Agência Brasília, numa manhã tranquila, ele falou de sua relação com a cidade e o mais importante e tradicional festival de cinema do país; dos tempos de UnB; de quando foi assistente do documentarista Eduardo Coutinho; de sua relação com o cineasta Arnaldo Jabor; e do dia em que viu o diretor de cinema polonês Roman Polanski, na beira da piscina do Copacabana Palace Hotel, pedindo para ver os ensaios da escola de samba Mangueira e um jogo de futebol do Flamengo. “Também vi o (cineasta alemão) Fritz Lang de perto e o ator Glenn Ford (o astro do filme Gilda, de 1946), passeando de óculos ray ban”, recorda. Giocondo Dias Ouvi falar de Giocondo Dias pela primeira vez, mencionado pelo meu pai, que era militante do partido comunista. Isso nos anos 40. Eu nasci em 1935. Era, de certa forma, uma maneira de descobrir o meu pai como uma pessoa que estava ligado no mundo, embora morasse numa cidade do interior (Itabaiana, Paraíba). Então, em 1935, o Giocondo, cabo do exército, fez parte da Intentona Comunista (tentativa de golpe contra o governo de Getúlio Vargas por militares, com apoio do Partido Comunista Brasileiro). Um movimento que estourou meio desconectado, no Rio de Janeiro, e, depois, em Recife e São Paulo. O Giocondo tinha prestígio junto aos seus comandados, já com ideias revolucionárias. Ele foi a um quartel, em Natal, no Rio Grande de Norte, e prendeu o comandante do lugar em nome do Luís Carlos Prestes (líder comunista). Uma bravata! (ri). Nessa confusão, foi ferido a tiros. Milagrosamente, fizeram a cirurgia e ele sobreviveu. Ele andou em comícios onde foi atingido novamente. Levado para o hospital, foi novamente operado. A partir dessa experiência de vida, e isso é uma interpretação minha do que vem depois, ele se tornou um ferrenho defensor de posições que eliminavam qualquer coisa no partido que fosse realizado pelas armas. Daí o slogan do filme – “Adeus às armas, apelo ao diálogo”. É um tema muito atual. O Giocondo construiu isso na clandestinidade. O dom do diálogo Giocondo foi um cara importante. Não era um intelectual. Era um militante que tinha o dom do diálogo, que pregava, dentro do Partido comunista, a revolução não pelas armas, mas a partir de uma boa conversa. Foi um personagem que encarnou essa posição. Ele tinha uma frase: “Vamos discutir essa discordância”. Ia conversando de pouquinho e pouquinho, diminuindo a discordância. Redescobri ele e meio que me apaixonei pela sua figura. O filme Eu tenho essa posição, talvez um tanto idealista, de não fazer nada de encomenda. Então, assumi a produção desse filme e fiquei dois anos ralando. É um perfil em segunda-mão porque é visto pelos raros contemporâneos do Giocondo Dias.  Encontro com o personagem Eu tive a oportunidade de vê-lo porque também militei no partido, quase que por causa do meu pai. Ele ficou uma pequena temporada em Brasília, em 1983 e 1984, onde foi de gabinete em gabinete tratar da legalidade do partido. Era algo praticamente previsto porque a gente estava em plena redemocratização, a volta do Estado de Direito. E o conheci de vista. Apertamos as mãos, já sabia da importância dele. Essa referência e atuação dele sempre me nortearam. Segui muito essa orientação, de trilhar pela democracia. Primar pelas vias democráticas. Arqueólogo do cinema É uma circunstância minha. Eu sempre cheguei depois dos acontecimentos. Saí da Paraíba e fui para Salvador, atraído pelo Cinema Novo. O Glauber Rocha estava surgindo no cenário, o Roberto Pires – que viveu um tempo aqui em Brasília –, também. Quando chego lá o movimento foi amainando, com as principais cabeças indo embora. Depois o (Eduardo) Coutinho (documentarista) me chamou para ser assistente dele em Cabra Marcado para Morrer (1964) e veio o Golpe. Vou para o Rio, e o que acontece? O Cinema Novo estava se desmilinguindo porque a ditadura estava instalada, acabando aquela geração que fez o movimento acontecer. Daí, venho para Brasília, em 1969, convidado a dar aula na UnB. O curso de cinema acabara havia cinco anos. Estou sempre atrás dessa memória. E isso é uma dificuldade muito grande porque o Brasil não preserva a memória audiovisual. Para fazer qualquer filme que precise recorrer a momentos históricos você vai aos arquivos e não encontra muita coisa. Polanski na piscina do Copacabana Palace Depois de ser assistente do (Eduardo) Coutinho, fui trabalhar com o (Arnaldo) Jabor na cobertura do Festival Internacional do Filme (FIF), que teve apenas duas edições e que resultou num filme dele chamado Rio, Capital do Cinema. Um mês depois, ele faria o curta Opinião Pública (1967). Era um festival para promover o Rio e os artistas convidados ganhavam vales para beber uísque nas boates. Vi o Fritz Lang (diretor alemão de Metrópoles, filme de 1927) daqui pra ali; o ator canadense Glenn Ford (do filme Gilda, de 1946),  passeando de óculos ray ban; e o Roman Polanski (diretor polonês de O Bebê de Rosemary, filme de 1968) na beira da piscina do Copacabana Palace, pedindo para ver os ensaios da Mangueira e um jogo de futebol do Flamengo. Festival de Brasília do Cinema Brasileiro É a base de tudo, conta com a sombra das pessoas que fundaram o curso de cinema da Universidade de Brasília (UnB). O festival instalou a I Semana do Cinema Brasileiro, firmando um compromisso cultural com o que era realizado no Brasil no cinema na época e apoiando o que sobrou do Cinema Novo. Tratavam-se de uma série de filmes que pareciam ecoar aquilo que ficou para trás como uma herança de Nelson Pereira dos Santos e Glauber Rocha. E que está aí até hoje, com uma plateia superexigente, crítica, politizada, que vive na capital da República. O Festival de Brasília é a nossa matriz, campo das reivindicações, do desenvolvimento, da projeção do Cinema Brasileiro de um modo geral. O País de São Saruê e a Censura É um filme que comecei a fazer em 1966 e que procura recompor um cenário que, de certa forma, ainda existe, que são as relações de classe. O campesinato em torno de terra, isso vinculado desde a descoberta do Brasil. Quem é dono de terra é dono de terra, não quer abrir mão e trava uma brigar campal com as ligas camponesas. Ele havia sido selecionado para o Festival e estava na censura. Dois dias antes de sua exibição foi arrancado do evento e substituído por Brasil Bom de Bola (dirigido por Carlos Niemeyer). Bom, fazia um ano do AI-5, as pessoas vaiaram perigosamente, houve quebra-pau fora no cinema, com as pessoas atirando bolinha de gude nas autoridades e tudo o mais. Deu que o Festival de Brasília seria interditado por três anos. O País de São Saruê é uma das obras mais importantes de Vladimir Carvalho, um filme ícone do festival Relação com as novas gerações de cineastas Brasília tem um lado documental que me pegou e também os alunos com quem tive contato quando criei uma disciplina própria no curso de cinema da UnB . Parece que isso repercutiu no espírito da turma que tinha facilidade de filmar. Conterrâneos Velhos de Guerra É difícil escolher qual de minhas criações eu gosto mais porque a gente é meio pai de todos. Agora eu acho que Conterrâneos… é uma súmula do meu trabalho. Ele faz um sumário, uma ampliação ou continuação de O País de São Saruê (1971). Primeiro, eu filmei o nordestino no seu habitat natural. Depois, filmei os nordestinos fora, como se fosse um bando de judeus que tivessem migrado e que foram aqui rejeitados por uma coisa da sociedade brasileira, de luta de classes. Esse filme tem esse condão, essa capacidade de juntar tudo o que já fiz, os costumes, a cultura, tudo um filme só. Não à toa chamei de Conterrâneos Velhos de Guerra. UnB A gente deve muito a pessoas que, em circunstâncias históricas, criaram o primeiro curso regular de cinema do Brasil. Isso aconteceu em Brasília. Graças ao Darcy Ribeiro, ao Pompeu de Souza, ao Nelson Pereira dos Santos e ao Paulo Emílio Salles Gomes, o homem mais importante para pensar o cinema brasileiro. É uma marca muito forte. Esse curso e a própria Universidade eram uma revolução no ensino superior brasileiro, que é de uma importância enorme. Deu um caráter de proficiência e profissionalidade em termo de criação de um festival de cinema que reflete até hoje. O público de Brasília é um público muito especial, crítico, independente. É uma herança. Uma herança que vem desses caras.

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A história de um mineiro de estatura internacional

A trajetória do mineiro José Aparecido de Oliveira é resgatada em documentário exibido na segunda noite do Festival de Cinema | Foto: Divulgação Dado a ousadias inconcebíveis, Darcy Ribeiro caiu das nuvens quando ouviu a sugestão: Brasília Patrimônio da Humanidade. “Mas como, se a cidade só tem 25 anos?”, indagou o antropólogo ao autor da proposta, o então governador do Distrito Federal, José Aparecido de Oliveira, que teve sua trajetória contada em documentário exibido sábado (23), na segunda noite do 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A sugestão se concretizou à revelia dos poucos anos da nova capital e das dificuldades burocráticas entre os organismos internacionais. O título foi conquistado para essa joia da arquitetura moderna nascida no coração do Brasil. Tratava-se, portanto, de um feito histórico. “É, o Zé Aparecido é mais louco do que eu. Ele conseguiu cravar uma lança na Lua”, diria o pai da UnB, Darcy. Convencional, mas afetivo e extremamente pertinente, o documentário José Aparecido de Oliveira – O Maior Mineiro do Mundo, exibido em mostra paralela, tem o mérito de apresentar ao grande público uma das figuras mais relevantes da história do Distrito Federal, mas pouco lembrada. O que não deixa de ser uma baita injustiça, diante de suas conquistas para Brasília e o país. José Aparecido foi o primeiro ministro da Cultura do Brasil e lutou muito, juntamente com outros intelectuais de seu tempo, para que o tema ganhasse status de secretaria de Estado nos governos das Unidades da Federação. Antes dele e Darcy Ribeiro, a cultura era renegada a uma mera repartição e não projeto estadual. “Ele era um homem de gestos, uma pessoa à frente do seu tempo que lutou, com todas as forças e energia, para que o Brasil fosse um país que tivesse respeitado todas as suas crenças, raças e história”, disse sua filha, Maria Cecília, em entrevista à Agência Brasília, após debate realizado com a equipe do filme, no hall do Cine Brasília. “O Zé Aparecido foi um dos grandes políticos que este país teve, era capaz de realizar grandes projetos”, destacou um dos diretores do projeto, junto com o filho Gustavo Brandão, Mário Lúcio Brandão. Figura agregadora Nascido em Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais, José Aparecido de Oliveira chegou em Brasília no início dos anos 60, na condição de secretário particular do presidente Jânio Quadros. Então com 32 anos, ele dava início à relação intensa que teve com a cidade. Nos 89 minutos de projeção do documentário – que terá nova exibição na cidade em dezembro, só para convidados -, o público pode conferir o estilo ágil, envolvente e agregador do homenageado, por meio de depoimentos de amigos, familiares e personalidades diversas. Entre aqueles que falaram da importância e carisma de Zé Aparecido estão os cartunistas Jaguar, Chico Caruso e Ziraldo – quem cunhou a frase que empresta o título ao filme -, o ex-presidente José Sarney, os cineastas Luiz Carlos Barreto e Vladimir Carvalho, além da atriz Fernanda Montenegro.  Aliás, um dos momentos mais emocionantes da fita, é quando a grande dama do cinema e do teatro lembra o dia em que o amigo mineiro a convido para tomar conta da pasta da Cultura, nos anos 80. “Ele era o ministro da Cultura e estava deixando o cargo para assumir o governo de Brasília. Então me liga e convida para ficar no lugar dele”, lembrou a atriz. “Eu não pude aceitar, mas ficou a grandeza do gesto de um homem de visão, que acreditava que um artista pudesse ser ministro da Cultura e ainda mais uma atriz”, disse emocionada, na tela do Cine Brasília. A presença de homem público que foi José Aparecido de Oliveira se esparrama pelo Distrito Federal por meio de obras como a Casa do Cantador, em Ceilândia, o Memorial dos Povos Indígenas, o Panteão da Pátria, localizado na Praça dos Três Poderes, assim como obras de complementação da Catedral de Brasília, enfim, os famosos vitrais da artista plástica pernambucana, Mariana Peretti. Foi na gestão de José Aparecido também que se deu o início da democratização do espaço da orla do lago Paranoá. “Ele também teve papel fundamental na redemocratização do Brasil”, frisou o diretor, Mário Lúcio.

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“O início do Festival de Brasília é o início do Cinema Novo”

Cacá Diegues  recorda suas passagens pela cidade e revela o apoio de dona Sarah Kubistchek para a cultura nacional. Foto: Mayangdi Inzaulgarat No final dos anos 50, Cacá Diegues desembarcou em Brasília com o pai – então um servidor publico do Rio de Janeiro -, para conhecer as obras da cidade junto com uma comitiva. Trazia a tiracolo uma câmera de filmar e muitos sonhos na cabeça. De repente, do nada, pousa um helicóptero no meio do cerrado e desce o presidente Juscelino Kubistchek. Passos ligeiros, sorriso brilhante no ar, o chefe da nação ia apontando para o grupo, onde seriam erguidos os principais prédios da cidade. “Não tinha nada, só homens trabalhando”, ri. “Mas foi uma descoberta fantástica”, recorda ele que registrou a aventura num pequeno documentário  perdido na poeira do tempo. Um dos ícones do Cinema Novo, movimento que sacudiu o país nos anos 60, com um tipo de narrativa que privilegiava a realidade nacional, o diretor, hoje com 79 anos, chega ao 52º do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro na condição de presidente do júri. Bagagem tem de sobra. “É importante porque este festival faz parte da minha vida. É aqui que o Cinema Novo começou de uma maneira histórica com o Paulo Emílio Salles Gomes, o Nelson Pereira dos Santos. Então, para mim, é uma honra muito grande estar aqui como presidente do júri”, diz. A relação de Cacá Diegues com Brasília e da cidade com uma das correntes cinematográficas mais relevantes da América Latina é intensa. A  capital do país  é madrinha de um dos projetos embrionários do Cinema Novo, a coletânea de curtas, “Cinco Vezes Favela”, já que contou com verba pública da extinta Fundação Cultural do DF, na época presidida pelo poeta maranhense, Ferreira Gullar. Na primeira vez que participou da mostra competitiva do Festival, foi em 1966,  com “A Grande Cidade”. Não levou o prêmio máximo. Perdeu para “Todas as Mulheres do Mundo”, trama protagonizada por Leila Diniz, de Domingo de Oliveira, mas o cineasta guarda boas lembranças dessa passagem. “Lembro do encontro com a turma da UnB, que criou o festival”. Dez anos depois, seria a consagração com “Xica da Silva” (1976). “Foi o ponto alto da minha carreira”, avalia. Em entrevista à Agência Brasília, Cacá lembrou de suas primeiras vindas ao Distrito Federal, de como a primeira-dama, Sarah Kubistchek, deu uma mãozinha no surgimento do Cinema Novo, de como o movimento foi importante para o Festival e vice-versa. Filmes importantes do Cinema Novo, “Vidas Secas” e “Os Fuzis”, surgiram na época do Festival de Brasília. Porque eles não foram lançados aqui naquele ano? Na verdade, o Festival de Cinema de Brasília foi uma criação de pessoas muito importantes, como o Paulo Emílio Salles Gomes, o Nelson Pereira dos Santos, e esses filmes representavam o início do cinema novo. O Cinema Novo ficou internacionalmente conhecido nessa época graças ao “Porto das Caixas” (1962), que passou em vários festivais europeus, ao Ruy Guerra, que ganhou o Festival de Berlim com “Os Fuzis” (1964), e os dois filmes brasileiros na competição de Cannes que são “Vidas Secas” (1963) e “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), além do meu, “Ganga Zumba”, que estava também em Cannes, na “Semana da Crítica”, que era uma mostra paralela. Esse foi o momento que o Cinema Novo ganhou o mundo. Eu não sei porque eles não entraram em Brasília, talvez porque não fossem inéditos. O conceito do Festival de Brasília, muito do que ele tem no conteúdo, foi influenciado pelo momento político do país e pelos filmes do Cinema Novo que refletiam sobre o país, certo? Os filmes do Cinema Novo não têm nada entre eles, cada um tem uma tendência e um estilo, exatamente porque uma das características do movimento era inaugurar um cinema autoral na América Latina, inclusive, foi o que nós fizemos. Agora, o que unia o Cinema Novo, foi essa ideia de construir uma cinematografia brasileira moderna, que registrasse imagens do Brasil que ninguém conhecia e falasse dos problemas sociais e humanos do país, temas que nunca estiveram no cinema brasileiro. Costumo dizer que o Cinema Novo é a chegada do modernismo no cinema brasileiro. Era um movimento que não só registra aquilo que só nós podíamos registrar, as imagens de um Brasil que poucos conheciam, assim como estabelece um caráter autoral e político nos filmes. É a fundação do cinema moderno no Brasil. É claro que isso contaminou outros segmentos da sociedade de maneira brutal porque essa era uma necessidade que o brasileiro estava tendo, sobretudo os mais jovens, que esperavam do cinema brasileiro, esperavam da cultura brasileira em geral, muito mais do que chanchadas ou as comediazinhas paulistas da Vera Cruz. Pode-se dizer que o movimento modernista que fez surgir Brasília contagiou diretamente sua geração e o Cinema Novo? Totalmente. Brasília foi o registro físico e monumental dos nossos sonhos. De um Brasil que tivesse linguagem própria. O golpe de 64 eliminou essa possibilidade. Nós vivemos, no final dos anos 50 e final dos anos 60 – na verdade até 68, porque na verdade o golpe foi em 64, mas a ditadura começa para valer em 68, com o AI-5 – nesse período, a minha geração, e isso não foi só no cinema, não, mas na cultura em geral, foi uma geração que se importou em criar uma coisa brasileira, de modo que pudesse contribuir para a civilização mundial com alguma coisa mais fraterna, generosa. A ideia era criar uma cultura brasileira que fosse a base de uma civilização nova. E o golpe de 64, inaugurado em 68, determina a nossa frustração. A gente achava que a câmera de cinema ia transformar o mundo, mas geralmente o que tomou o mundo foram as armas, as metralhadoras, o que tomou o poder. Na verdade, sua história com Brasília começa bem antes da inauguração da cidade? Meu pai era funcionário público, foi convidado para participar de uma comitiva para conhecer a cidade, as construções de Brasília. Havia umas promoções na época nesse sentido. Foi meu segundo curta-metragem, um documentário sobre essa viagem. Chegamos lá, o avião estacionou e aí apareceu o Juscelino, que desceu de um helicóptero e foi mostrando a cidade para gente. “Aqui era o Palácio do Planalto, ali os Ministérios, a gente olhava para o lado e não tinha nada”, ri. “Tinha um monte de operários trabalhando”. Aquilo para mim foi uma descoberta fantástica, um choque maravilhoso também, uma epifania. Brasília era a síntese do Brasil moderno que a gente queria. Isso era 1958. Depois virou outra coisa por causa da ditadura. De certa maneira Brasília é um pouco madrinha do Cinema Novo graças ao Ferreira Gullar… O Ferreira Gullar trabalhava em Brasília, ele era ligado ao CPC – (Centro Popular de Cultura), organização associada à União Nacional de Estudantes (UNE) – que foi o produtor do “Cinco Vezes Favela” – então ele conseguiu com o José Aparecido (mais tarde governador do DF nos anos 80 e então assessor de Jânio Quadros) um dinheiro para fazer o filme. A primeira coisa que conseguimos foi uma câmera com a primeira-dama, Sarah Kubistchek, por meio das Pioneiras Sociais. Então, Brasília teve uma participação importante para o surgimento do Cinema Novo, sobretudo simbolicamente porque era a cristalização daquilo que a gente queria, uma cultura moderna, que fosse um Brasil novo. A primeira vez que você veio ao Festival foi em 1966, na segunda edição do evento, concorrendo com “A Grande Cidade”. Como foi essa experiência? Quais as recordações? A primeira memória que me vem à cabeça dessa primeira participação minha no Festival foi o encontro com o pessoal da Universidade de Brasília (UnB), que foi o pessoal que inventou esse festival, que prestigiou o Paulo Emílio, prestigiou o Nelson Pereira, eles já estavam meio calados na época, por causa do golpe, mas ainda existia aquele movimento cultural do espaço, das coisas que aconteciam lá. Na verdade, o início do Festival de Brasília em 65, é o início do Cinema Novo, uma espécie de primeira plataforma nacional que o movimento teve para ser exprimir como um conjunto de obras. Em 1976 você saiu consagrado do Festival de Brasília com “Xica da Silva” (1976), o grande vencedor da noite. O que representou esse momento para você? Ganhar o Festival de Brasília com “Xica da Silva” (1976) foi marcante, o ponto alto da minha carreira. Foi um filme feito naquele período da abertura lenta e gradual anunciada pelo Geisel. Eu estava cansado daquela depressão, tristeza e “Xica da Silva” era o contrário disso tudo. Eu disse para mim mesmo ‘vamos torcer para o país novamente, não tenho que aceitar a tristeza como uma fatalidade, não, vamos lá, vamos em frente e o filme correspondeu muito isso, foi muito importante nesse sentido e no Festival o filme foi uma sensação, uma coisa formidável. Você é o segundo cineasta a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Que importância esse reconhecimento tem para a categoria? Na verdade, entrei para Academia para substituir o Nelson (Pereira dos Santos), até então era o único cineasta da Academia, mas tinha falecido. Então, incentivados por vários amigos, inclusive alguns da própria Academia, que não queriam deixar de ter um cineasta na casa,  topei. Estou muito feliz lá porque estou conhecendo pessoas muito importantes.   Ser presidente do Júri da mais tradicional e relevante mostra de cinema do país é uma baita de responsabilidade? Esse Festival faz parte da minha vida, faz parte da minha biografia, foi aqui que o Cinema começou de uma maneira histórica por meio do Paulo Emílio Salles Gomes e do Nelson Pereira dos Santos. Então para mim é uma honra muito grande estar aqui como presidente do júri desse evento tão importante para o cinema brasileiro.

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52º Festival de Brasília reverencia grandes nomes do cinema

O Cine Brasília recebeu a cerimônia de abertura do 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro nesta sexta-feira (22) com homenagens a personalidades que fizeram e fazem a história do cinema nacional. O evento contou com a apresentação do filme O Traidor, dirigido pelo italiano Marco Bellocchio, exibido pela primeira vez no Brasil, após estrear no 72º Festival de Cannes. A atriz brasiliense Maria Paula conduziu o a celebração, e destacou a diversidade da programação com atividades em diferentes regiões do Distrito Federal. Ela ressaltou ainda que em 2019, “além das tradicionais Mostra Competitiva e Mostra Brasília, agora Mostra Brasília BRB de Cinema, contamos com as mostras paralelas Território Brasil, Vozes, Novos Realizadores, Guerrilha e exibições especiais de filmes fora de competição”. O secretário de Cultura e Economia Criativa Adão Cândido enfatizou o trabalho realizado para tornar realidade a edição  de 2019, com o maior aporte direto do Governo do Distrito Federal para o evento, reforçando a importância do setor audiovisual. Ele apontou os caminhos para o futuro do mais tradicional festival de cinema do país. “Estamos trabalhando para manter viva a chama do cinema. O Festival do ano que vem está garantido, trouxemos mais de 18 canais compradores para atrair e demonstrar o que está sendo produzido nacionalmente”, afirmou, em relação à programação do Ambiente de Mercado. O Ambiente de Mercado promove uma série de atividades voltadas tanto para a capacitação de jovens profissionais quanto para possibilitar o desenvolvimento de novos longas, curtas e séries. São painéis, workshops e rodadas de negócios com grandes nomes do setor, além de importantes discussões sobre políticas públicas do audiovisual. Após o discurso de Adão Cândido, foi chamado ao palco o grande homenageado do 52º Festival de Brasília, o ator Stepan Nercessian. Ao receber a honraria das mãos do secretário de Cultura e Economia Criativa, Nercessian destacou a importância do momento. “O cinema brasileiro é feito de candangos, ele é mais forte e resistente do que qualquer coisa. Ser homenageado nesse festival é muito mais forte. O Festival de Brasília foi construído por resistência. O cinema resistiu, resiste e hoje procura mostrar o rosto, a alma e os sonhos do povo brasileiro”, disse o ator. A medalha Paulo Emílio Salles Gomes foi entregue a Fernando Adolfo pelo coordenador geral do Festival, Pedro Lacerda. Criada pelo Festival de Brasília em 2016, a honraria reverencia os grandes nomes do cinema brasileiro. Membro da Academia Brasileira de Cinema e integrante da equipe que criou a Primeira Semana do Cinema Brasileiro, hoje Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, e coordenador-geral do evento por vários anos, o baiano Fernando Adolfo reverenciou o trabalho da personalidade que dá nome à medalha. “Agradeço pela medalha, dei a minha contribuição ao Festival. Paulo Emílio deixou esse legado às pessoas que até hoje pensam o cinema brasileiro”, afirmou. A edição 2019 do FBCB fez homenagem especial ao maestro Cláudio Santoro, que faria 100 anos neste 23 de novembro. Para receber o Troféu Candango, subiu ao palco sua esposa, Gisele Santoro. “Agradeço pela homenagem e agradeço ainda pela capacidade do Claudio Santoro de abraçar todas as artes. Obrigada por homenagearam Claudio Santoro”, afirmou Gisele Santoro. Outra homenageada da noite foi Débora Diniz, cineasta que atualmente vive em exílio devido às ameaças de morte por seu trabalho em defesa da descriminalização do aborto. Ela recebeu, da Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo – ABCV, o Prêmio ABCV para personalidades do audiovisual do DF que tenham se destacado em sua trajetória. Em vídeo, Débora Diniz agradeceu a homenagem “principalmente pelo meu trabalho desenvolvido em direitos humanos, meu trabalho com as mulheres”. A noite de abertura do Festival de Brasília também teve seu momento de reverenciar a memória e o legado de três importantes artistas brasileiros que morreram em 2019: o diretor Domingos Oliveira, o ator Andrade Júnior e o cineasta Fábio Barreto. O Traidor Na sequência, a atriz Maria Fernanda Cândido  discursou antes da exibição do longa O Traidor, estrelado por ela. “Este é um festival que forma público, que tem opinião, que pensa no cinema brasileiro. É uma grande honra estar aqui hoje”, afirmou Maria Fernanda. Coprodução entre Itália e Brasil, além de Alemanha e França, O Traidor é dirigido por um dos grandes mestres do cinema contemporâneo, Marco Bellocchio, e coproduzido pela Gullane Filmes em associação com Telecine e Canal Brasil. Aplaudido por 13 minutos em sua primeira exibição para o público no Festival de Cannes deste ano, O Traidor conta a história do mafioso Tommaso Buscetta (Favino), primeiro grande delator da Cosa Nostra e que foi extraditado duas vezes para o Brasil. Com informações da Secec

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Festival de Cinema de Brasília será exibido em mais cidades

Festival chega à 52ª edição envolvendo mais comunidades do Distrito Federal | Foto: André Borges / Arquivo Agência Brasília Falta menos de uma semana para o mais importante e mais antigo festival de cinema do país. De 22 de novembro a 1º de dezembro o Cine Brasília, principal palco do que vai ditar o olhar cinematográfico para o próximo ano, dividirá com outras três regiões administrativas a exibição de longas e curtas da Mostra Competitiva da 52ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB). As cidades do Distrito Federal também receberão mostras paralelas e oficinas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Samambaia, Recanto das Emas e Planaltina exibirão, além dos filmes que disputam o Troféu Candango, a Mostra Brasília BRB e o Festivalzinho, voltado para o público infantil. O objetivo é oferecer uma ampla programação a diferentes públicos dessas regiões. O Complexo Cultural de Samambaia, o Complexo Cultural de Planaltina e o Auditório IFB Recanto das Emas, recentemente inaugurados, sediam o festival com a programação de filmes exibida no Cine Brasília. Esta é a primeira vez que Planaltina, cidade mais antiga do Distrito Federal, recebe atividades do Festival de Cinema – algo que vem sendo esperado com grande expectativa pela comunidade local, como explica o coordenador de programação do Complexo Cultural de Planaltina, Jurandir Luiz. “Nossa região é um grande celeiro cultural. Receber o festival de cinema aqui é um reconhecimento à nossa vocação. A procura pelas sessões tem sido grande, é possível perceber que toda a comunidade está envolvida e interessada”, avaliou. Dentro da programação descentralizada do 52º FBCB, também estão previstas exibições itinerantes. Trata-se do Cine Fusca, cinema móvel que percorrerá cidades como Sol Nascente, Sobradinho 2, Santa Maria e Paranoá. Segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa, Adão Cândido, essa é uma das principais vertentes do festival, que pretende ampliar o acesso do público à produção audiovisual e fortalecer essa cadeia produtiva. “Entendemos que a formação de plateia e a capacitação de mão de obra são fundamentais para o desenvolvimento deste setor, que emprega milhares de pessoas em diversos segmentos”, diz. Oficinas Outras três cidades do DF estarão no circuito do festival trazendo oficinas a quem se interessa pelo universo audiovisual. Ceilândia, Recanto das Emas e São Sebastião recebem atividades durante a programação. A escola CED São Francisco, que tem desenvolvido projetos em audiovisual como tema transversal na grade curricular, e inclusive realiza anualmente um festival de cinema próprio, recebe a oficina Fotografia e Iluminação com Materiais Alternativos, de introdução ao tema e com resoluções técnicas de baixo custo. As capacitações ocorrerão em diversas áreas, que vão da produção à pós-produção. Saiba quais e onde estarão as oficinas do festival: O Som em Cena, com Beto Strada Quando: De 22 a 26 de novembro, das 14h às 18h Onde: no SESC Ceilândia (QNN 27, lote B, Ceilândia Norte) Assistente de Direção, com Luciana Baptista Quando: 23 e 24 de novembro, das 14h às 18h Onde: Plano Piloto Fotografia e Iluminação com materiais alternativos, com Ricardo Pinelli e André Lavenère Quando: 25 a 28 de novembro, das 14h às 18h Onde: Centro de Ensino Médio São Francisco – Chicão (Quadra 17, Lote 100, bairro São Francisco – São Sebastião) Arte de Fazer Produção, com Wellington Pingo Quando: De 27 de novembro a 1º de dezembro, das 14h às 18h Onde: Plano Piloto Supervisão de Pós-Produção, com Marcelo “Sica” Siqueira Quando:28 e 29 de novembro, das 14h às 17h Onde: Plano Piloto Práticas de Realização em VR, com Fabiano Mixo e Leonardo Souza Quando: De 27 a 30 de novembro, das 14h às 19h Onde: IFB (Campus Recanto das Emas) Serviço: Conheça a programação completa do 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro aqui: http://www.festivaldebrasilia.com.br/programacao Informações para a imprensa: – Pelo e-mail: imprensa@festivaldebrasilia.com.br – Secretaria de Cultura e Economia Criativa: (61) 3325-6220 / (61) 99344-0500 – E-mail: comunicacao@cultura.df.gov.br Eixos Comunicação Integrada: (61) 98454-2063 E-mail: contato@eixoscomunicacao.com   * Com informações da Secretaria de Cultura

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