Profissionais da saúde recebem capacitação sobre economia solidária e saúde mental
Capacitar por meio do empreendedorismo, permitir o protagonismo e estimular a autoestima dos usuários assistidos pelo serviço especializado de saúde mental. Esse é objetivo do curso Economia Solidária e Saúde Mental — fortalecimento das ações de geração de trabalho, renda e arte criativa no DF. A aula inaugural ocorreu na tarde desta terça-feira (12), no auditório da Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília (UnB). A parceria é da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Rio de Janeiro e capacitará em torno de 50 profissionais dos 18 centros de Atenção Psicossocial (Caps), somando 30 horas-aula na modalidade on-line. Em uma segunda fase, serão qualificados também usuários e familiares dos serviços de saúde mental. “A ideia é que, com essas iniciativas, possamos profissionalizar e instrumentalizar os usuários dos Caps para produzir peças que possam permitir a geração de renda. Esse curso aborda temas como o associativismo e o cooperativismo, e buscará instrumentalizar para que a produção possa virar uma fonte de renda, o que é excelente, porque ajuda na autonomia e na reabilitação psicossocial”, apontou a subsecretária de Saúde Mental (Susam), Fernanda Falcomer. Iniciativa capacitará em torno de 50 profissionais dos 18 Caps, somando 30 horas-aula na modalidade on-line | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde DF O curso demonstra meios de formalização dos empreendimentos de economia solidária no âmbito da saúde mental, enfatizando os princípios dessa forma de produção, que valoriza a cooperação, autogestão, sustentabilidade, solidariedade, o comércio justo e o consumo solidário, oferecendo uma possibilidade de vinculação das pessoas com transtorno mental à geração de trabalho e renda. “As pessoas que utilizam o serviço têm problemas sociais graves, muitas vezes em situações de vulnerabilidade, não têm formação. Então, além de uma nova forma de cuidado em saúde e liberdade, é também constituir outras possibilidades de organização da vida. Essa pessoa precisa ter uma geração de renda, e não só no sentido de dar um emprego, é uma questão de sociabilidade”, ressaltou o pesquisador sênior da Fiocruz e presidente de honra da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme), Paulo Amarante. Subsecretária de Saúde Mental, Fernanda Falcomer: "A ideia é que, com essas iniciativas, possamos profissionalizar e instrumentalizar os usuários dos Caps para produzir peças que possam permitir a geração de renda" Experiência Uma das participantes, a gerente do Caps AD de Santa Maria, Adriana Câmara, destacou que a medida possibilita ainda a troca de experiências exitosas entre os serviços. “Nas outras regiões, às vezes tem algum serviço que já está dando certo e podemos implementar ou a gente tem dicas de como fazer e repassamos. Isso é essencial para oferecermos um atendimento com cada vez mais qualidade”, afirmou. [LEIA_TAMBEM]Já a supervisora do Caps III Samambaia, Juliana Neves Batista, reforçou que a inclusão dos pacientes nessas atividades promove a emancipação e a cidadania: “Tem muitos usuários que possuem renda, mas têm dificuldade de se reinserir. Ter um curso que viabilize isso é muito bom, porque eles conseguem ter essa desenvoltura”. Reintegração social A gerente de Desinstitucionalização da Susam/SES-DF, Jamila Zgiet, explicou que a reabilitação psicossocial tem como foco promover a reintegração social e a qualidade de vida de pessoas com sofrimento psíquico, buscando a superação da vulnerabilidade e a participação ativa na sociedade. "Além dos atendimentos clínicos, estamos investindo também na parte mais prática para que os serviços consigam ajudar os usuários e familiares a desenvolver empreendimentos de economia solidária, com atividades como artesanato, pintura, horta, iniciativas já realizadas nos Caps." A ação contou ainda com a participação da Ana Paula Guljor, psiquiatra, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial (Laps) da Fiocruz e presidente da Abrasme; e da psicóloga Leandra Brasil, mestre em psicologia social e doutoranda na Universidade Lanús, na Argentina. Os professores são referências da luta antimanicomial no Brasil. Paulo Amarante, pesquisador sênior da Fiocruz e presidente de honra da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme): "Além de uma nova forma de cuidado em saúde e liberdade, é também constituir outras possibilidades de organização da vida" Projeto Libertarte Há também outras iniciativas da SES-DF em conjunto com a Fiocruz, como o projeto Libertarte, com oficinas criativas aos pacientes dos Caps. A iniciativa conta com o trabalho de oficineiros dedicados a atividades artísticas e de produção. Esses profissionais serão responsáveis por colocar em prática as oficinas de arte, cultura e geração de renda, além de qualificar e ampliar o que já é realizado nos centros, contemplando as áreas de artesanato, música, horta, crochê e pintura. Atualmente, a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) do Distrito Federal conta com 18 Caps em funcionamento. Clique aqui e saiba mais. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Seminário debate agricultura urbana, agrotóxicos e saúde no Distrito Federal
Estão abertas as inscrições para o II Seminário de Agricultura Urbana e Periurbana no Distrito Federal, que tem como tema “Vigilância em saúde e o desenvolvimento de ações intersetoriais de prevenção e mitigação dos impactos dos agrotóxicos na saúde e ambiente”. Encontro reunirá especialistas de saúde, agricultura e meio ambiente, além de demais interessados no assunto | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O evento será realizado na segunda (12) e na terça (13), das 8h às 17h30, no auditório externo da Fiocruz Brasília, localizado no Campus Universitário Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB). A iniciativa é da Gerência de Práticas Integrativas em Saúde (Gerpis) da Secretaria de Saúde (SES-DF), em parceria com a Fiocruz Brasília. O seminário tem como objetivo promover o diálogo entre setores da saúde, agricultura, meio ambiente e sociedade civil, fortalecendo o papel da vigilância em saúde na identificação e mitigação dos impactos dos agrotóxicos sobre a população e o ecossistema. A iniciativa também visa a fomentar ações intersetoriais integradas e alinhadas à promoção da saúde e à segurança alimentar e nutricional. Entre as participações confirmadas, está a do professor Wanderlei Antonio Pignati, pesquisador do Núcleo de Estudos Ambientais e Saúde do Trabalhador (Neast), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e reconhecido internacionalmente por sua atuação no tema. Programação [LEIA_TAMBEM] No primeiro dia (12), serão abordados os efeitos dos agrotóxicos na saúde, com palestra de Wanderlei Pignati sobre o cenário dos defensivos agrícolas no Brasil, uma mesa-redonda com especialistas de diferentes instituições federais e atividades como caminhada pelo Horto Agroecológico Medicinal e Bioenergético da Fiocruz, além de bate-papo e debates sobre práticas integrativas em saúde. No segundo dia, a atenção se volta para a mitigação dos efeitos dos pesticidas e educação para saúde, com apresentações sobre vigilância e controle de resíduos de agrotóxicos, panorama de exposição ocupacional e políticas de apoio à agricultura urbana agroecológica no Distrito Federal. Participe e ajude a fortalecer os debates sobre sustentabilidade, saúde e segurança alimentar no DF. Inscreva-se aqui. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Estudantes da rede pública lançam livro em parceria com a Fiocruz Brasília
Uma coletânea de textos que conta a história de 15 cientistas mulheres, escrita e ilustrada por alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal. O livro “Histórias no DF para inspirar futuras cientistas” foi lançado nesta sexta-feira (25) pela Fiocruz Brasília, em parceria com a Secretaria de Educação do DF, em um evento de celebração especial pelos 48 anos da instituição. O livro escrito por alunos conta 15 histórias de cientistas | Fotos: Jotta Casttro/Ascom SEEDF A cerimônia aconteceu no auditório da Fiocruz, situado no campus da Universidade de Brasília, e contou com a presença dos alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e dos professores envolvidos no projeto, além das cientistas homenageadas. Com 15 histórias de cientistas que marcaram o DF, o livro revela, por meio das palavras e ilustrações dos jovens autores, detalhes biográficos e curiosidades sobre a infância das pesquisadoras, incluindo seus interesses, vidas familiares e os desafios que enfrentaram em suas carreiras. “Esse projeto tem o intuito de destacar a importância da diversidade e da equidade de gênero na ciência. Ao dar visibilidade às trajetórias de mulheres que deram contribuições significativas à ciência, o livro não apenas incentiva os estudos, mas também fortalece a confiança e os sonhos de meninas, ressaltando a importância da diversidade no meio científico”, afirmou a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damázio. O livro começou a ser elaborado desde o início do ano, quando a Fiocruz Brasília lançou a chamada pública para convocar professores a trabalharem com os estudantes, em grupos de até três alunos, um texto e uma ilustração sobre uma pesquisadora com trajetória relacionada ao DF. Ao todo, foram submetidas 23 diferentes produções e 10 profissionais de diversas instituições de pesquisa, além da Fiocruz Brasília, avaliaram os trabalhos. A aluna Manuella e o professor Eliel homenagearam a cientista Mercedes Bustamante na produção textual Homenagem A cientista homenageada no texto produzido pelos estudantes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 10 de Taguatinga, Mercedes Maria Bustamante, destacou a alegria por ter sido escolhida por um professor que foi seu ex -aluno. “Foi um momento de muita honra e de muita emoção porque o professor da escola foi um aluno meu na universidade, então a gente vê essa conexão dos vários níveis da educação e formação”, comentou. O professor do CEF 10 de Taguatinga, Eliel Amaral, contou que os textos foram produzidos em conjunto com a aluna Manuella Silva. As ilustrações são da estudante. “Nós estávamos trabalhando a semana da mulher da ciência na escola e eu sabia que a Manuella desenhava desde criança. Como o edital contemplava desenho e texto, eu a convidei para participar desse projeto. Ela fez uma pesquisa sobre a Mercedes e a gente escreveu em conjunto o texto. Já o desenho ela sozinha”, explicou. Manuella Silva, estudante do CEF 10 de Taguatinga, aprovou o convite do professor. “Homenagear uma cientista foi uma coisa muito importante pra mim. Eu desenho desde criança. Adorei fazer parte desse projeto”, celebrou. Premiação Além da publicação do livro, cada estudante e professor orientador dos 15 trabalhos selecionados receberam um kit escolar na cerimônia. Os trabalhos serão submetidos a um júri popular por meio de votação na página da Fiocruz Brasília até dia 5 de novembro. Os três mais votados ganharão prêmios extras e produzirão novos textos e ilustrações para um futuro volume da série “Histórias no DF para Inspirar Futuras Cientistas”. Os professores vão conhecer o Museu da Vida e outras iniciativas da Fiocruz no Rio de Janeiro. Já os estudantes receberão bolsas de R$ 300 mensais para participar de atividades de divulgação científica, que incluem encontros sobre o papel das mulheres na ciência e visitas a acervos. As escolas dos trabalhos mais votados também vão realizar uma atividade de divulgação científica, em parceria com a Fiocruz Brasília. *Com informações da SEEDF
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Rede de Hortos é selecionada como caso bem-sucedido em agricultura urbana
A Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (RHAMB), iniciativa da Secretaria de Saúde (SES-DF) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília, foi selecionada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) enquanto experiência bem-sucedida em agricultura urbana e periurbana. A chamada pública tem como objetivo mapear as práticas desenvolvidas nacionalmente em serviços de saúde e assistência social. RHAMB aparece como uma proposta dedicada ao cultivo de plantas medicinais e Plantas Alimentícias Não Convencionais (Pancs) em espaços ocupados por unidades de saúde da rede pública do DF, abertos às comunidades | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O resultado final foi publicado nesta quarta-feira (16), quando é celebrado o Dia Mundial da Alimentação. Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1979, a data sugere uma reflexão sobre a fome global e o desenvolvimento de ações efetivas que garantam uma melhor gestão mundial da alimentação. A Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) visa promover e garantir o direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade Nessa linha, o RHAMB aparece como uma proposta dedicada ao cultivo de plantas medicinais e Plantas Alimentícias Não Convencionais (Pancs) em espaços ocupados por unidades de saúde da rede pública do DF, abertos às comunidades. São 19 hortos instalados nas sete regiões de saúde e mais sete em fase de implementação – com conclusão prevista para dezembro deste ano, período em que se encerra o curso de aperfeiçoamento sobre o tema, com participação de 60 profissionais da SES-DF. O coordenador da iniciativa pela pasta e gerente de Práticas Integrativas em Saúde (PIS), Marcos Trajano, salienta que os hortos promovem o bem-estar por meio de atividades que criam vínculos com a população local. “A educação em saúde nesses espaços é feita na prática. Enquanto coloca a mão na massa, a pessoa entende como pode adotar hábitos alimentares mais saudáveis”, explica. Além do cultivo comunitário, os usuários também podem levar sementes e mudas para a produção em casa. Segurança alimentar e nutricional A Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) visa promover e garantir o direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade. O desenvolvimento de ações articuladas e coordenadas, de forma intersetorial, é uma das premissas básicas desse processo. Segundo a nutricionista da SES-DF Karistenn Brandt, integrante da Gerência de Serviços de Nutrição (Gesnut), a RHAMB corrobora com as políticas e planos distritais ao lançar um olhar sobre a saúde de forma ampla e integral. “Os hortos trazem à tona práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitam a diversidade cultural e que são socialmente sustentáveis. O projeto é capaz de envolver, de forma sistemática, usuários, trabalhadores e gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) em torno de um mesmo propósito”, aponta. *Com informações da SES-DF
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Saúde promove treinamento em neuropatia diabética e complicações nos pés
Um treinamento em procedimentos de neuropatia diabética e complicações nos pés reúne desde quinta-feira (11), no auditório da Fiocruz, 85 profissionais de saúde, entre endocrinologistas, cirurgiões vasculares e enfermeiros. Fruto de parceria entre a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília, a iniciativa tem o objetivo de prevenir problemas e amputações relacionadas ao diabetes. “A pessoa pode descobrir a doença apenas quando surgem complicações, sendo a neuropatia uma das mais comuns, especialmente na fase pré-diabética”, lembra a vice-presidente da Federação Internacional de Diabetes, Hermelinda Pedrosa | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde Na abertura do evento, a presidente da SBD-DF e gerente do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão arterial (Cedoh), Alexandra Rubim, ressaltou que a capacitação é fundamental para aprimorar a qualidade do atendimento prestado aos pacientes da rede pública de saúde. “Segundo um levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular, entre 2012 e 2022, ocorreram 245 mil amputações no SUS, muitas delas relacionadas ao diabetes”, pontuou a médica. “Em 2022, houve 35 mil amputações, o que significa que, a cada dia, 85 brasileiros perderam o pé, a perna ou ambos. Por isso é muito importante detectar precocemente o pé em risco e tratar adequadamente as pessoas com essa patologia.” Referência técnica distrital (RTD) na área, a endocrinologista Flávia Franca enfatizou a importância do treinamento: “É fundamental capacitarmos os profissionais da Atenção Primária e Secundária no cuidado dos pacientes. Existem casos que poderiam ter tido um desfecho melhor com uma condução mais adequada. Ações de educação continuada são essenciais para disseminar esses conhecimentos entre as equipes de saúde”. Programação Dividida em dois turnos, a programação do primeiro dia contou com um ciclo de palestras e debates sobre temas relacionados à doença. Um dos tópicos abordados foi o diagnóstico da neuropatia e complicações nos pés de pessoas com diabetes, apresentado pela vice-presidente da Federação Internacional de Diabetes, Hermelinda Pedrosa. “A pessoa pode descobrir a doença apenas quando surgem complicações, sendo a neuropatia uma das mais comuns, especialmente na fase pré-diabética”, explicou a endocrinologista. “Por isso, devemos identificar esses pacientes não só para confirmar o diagnóstico, mas também para verificar se já apresentam alguma complicação ao descobrir a doença.” Para a enfermeira Amanda Rocha, residente da Fiocruz, a capacitação é essencial: “Como enfermeira na Atenção Primária, lidamos frequentemente com pacientes diabéticos e suas complicações. Debater esses temas é importante para que possamos fazer um diagnóstico precoce e um manejo adequado”. Nesta sexta (12), quando a capacitação será encerrada, os participantes terão palestras e oficinas que envolvem temas como doença arterial periférica, cuidados com úlceras e manejo da neuropatia na prática diária. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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Pesquisa desenvolvida no DF monitora microrganismos que causam doenças
Depois de uma pandemia global, o monitoramento dos microrganismos que podem causar doenças (patógenos) e a análise de suas características genéticas passou a ser prioridade de vários governos para garantir a saúde pública. Uma dessas técnicas é o sequenciamento genômico. Com foco inicial em tuberculose e covid-19, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), a Universidade de Brasília (UnB) e as fundações Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília e de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) se uniram para desenvolver uma vigilância genômica na capital. Monitoramento dos microrganismos que podem causar doenças e análise de suas características genéticas por técnicas, como o sequenciamento genômico, passou a ser prioridade de vários governos para garantir a saúde pública | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF A proposta inovadora foi apresentada nesta segunda-feira (27), na 6ª edição da Feira de Soluções para a Saúde, uma iniciativa da SES-DF e da Fiocruz Brasília. A servidora licenciada da pasta Olga Maíra Machado participa da pesquisa e escreve a tese de um doutorado sobre o tema em parceria com o Laboratório Central do DF (Lacen). “A ideia é testar o transporte de material biológico com drones [aeronaves não tripuladas]. Será avaliado a segurança do deslocamento, qualidade das amostras e a eficiência desse método”, detalha. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Realizada no Lacen, a pesquisa faz testes com o drone da Atlantis Technologies junto à H4nds, ensaiando como seria o transporte de uma amostra biológica de um ponto a outro. O coordenador de Integração Estratégica da Fiocruz DF, Wagner Martins, conta que o projeto elabora uma série de análises para garantir a segurança desse tipo de deslocamento e verificar se é possível adotar o método em todas as secretarias de saúde do país. “Precisamos ter certeza da segurança e desenvolver protocolos que assegurem a qualidade das amostras. Só assim poderemos saber se é viável. Vamos realizar testes por um ano e meio. É uma solução tecnológica inovadora. Estamos levando a saúde a outro estágio”, avalia. Feira de inovação em saúde A pesquisa de vigilância genômica no DF é apenas uma das quase 60 inovações cadastradas na 6ª edição da Feira de Soluções para a Saúde. Pela primeira vez, entre os dias 27 e 29 de novembro, a capital federal sedia o evento, patrocinado pela FAP-DF. O objetivo é disseminar e incentivar possibilidades que inspirem ou auxiliem no enfrentamento de crises sanitárias do século XXI. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Caps do Paranoá apresenta atividades de geração de renda à Fiocruz
O Centro de Atenção Psicossocial II (Caps) do Paranoá recebeu representantes da Fiocruz do Rio de Janeiro com interesse em conhecer atividades de economia solidária desenvolvidas na região. Representantes do laboratório de estudos e pesquisas em saúde mental e atenção psicossocial da instituição buscam propor parcerias com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) visando fomentar, entre outras coisas, programas de geração de renda desenvolvidos nos Caps. Em encontro realizado no dia 5 deste mês, os profissionais da Fiocruz tiveram a oportunidade de conhecer dois dos programas desenvolvidos no Caps: a ecolavagem e a horta. De acordo com Paulo Cândido, enfermeiro e um dos coordenadores do projeto de lavagem de carros, a iniciativa trabalha em cima de três eixos: terapia, geração de renda e sustentabilidade. “Entendemos que o serviço oferecido é uma forma de darmos protagonismo para essas pessoas e também uma oportunidade de incluí-las no mercado de trabalho”, explica o profissional. A lavagem é feita com produtos naturais à base de copaíba, com a utilização de três panos: um para remover a poeira, o segundo para aplicação do produto e o terceiro para finalização. “A água utilizada está apenas na diluição do produto. Por isso, a lavagem é ecológica. O desperdício é mínimo”, detalha Antonio Carlos Nunes, psicólogo e também responsável pela iniciativa. A renda obtida é distribuída entre seis usuários que se revezam na lavagem dos carros. A lavagem de carros é feita com produtos naturais à base de copaíba | Foto: Illa Balzi/Agência Saúde A equipe carioca também conheceu a horta terapêutica do Caps. O espaço já tem mais de um ano de funcionamento e vem crescendo a cada dia. Hortaliças, frutas e ervas são cultivadas e mantidas pelos pacientes do Caps supervisionados pela equipe do centro. O psicólogo Claudio Huguet atribui a convivência mais próxima da natureza como uma forma muito positiva de tratamento. “Além do trato com a terra, também sentamos em rodas de bate-papo em que tentamos extrapolar as experiências da horta para a vida. É enriquecedor observar essa interação”, avalia o profissional. A horta é agroecológica e conta com a parceria da Emater-DF e do Ceasa, com a doação de adubo de frango e mudas, respectivamente. A produção é vendida e a renda é distribuída para os pacientes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para a diretora de serviços de saúde mental da SES, Vanessa Soublin, é importante fortalecer as parcerias entre instituições visando o bem-estar do usuário do sistema. “A presença dos parceiros da Fiocruz nos mostra que estamos caminhando juntos na melhoria dos serviços de saúde mental, com o fomento da economia solidária e geração de renda e qualificação de servidores e usuários para potencializar esses serviços”, comemora a profissional. O Caps II do Paranoá atende pacientes maiores de 18 anos, portadores de transtornos mentais. Ele fica localizado na área do Hospital da Região Leste e faz acolhimentos diários ou por indicação da equipe de Saúde da Família. *Com informações da Secretaria de Saúde
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GDF e Fiocruz lançam livro com receitas saudáveis de família
Sabor, cor, cheiro, saciedade e temperatura. Essas são algumas das sensações físicas que a comida provoca no nosso corpo. Porém, não podemos esquecer da experiência psicológica ou emotiva, como felicidade, resgate de memórias afetivas e sensação de prazer. Para ressaltar esse somatório de impressões sensoriais está disponível o e-book Receitas de Família. O livro traz 35 receitas, entre salgadas e doces | Foto: Divulgação Lançado nesta semana, o projeto é fruto de parceria entre as secretaria de Desenvolvimento Social e de Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). São 19 receitas salgadas e seis doces, coletadas junto a pacientes da Atenção Básica e, algumas delas, incorporadas ao cardápio dos restaurantes comunitários durante a semana do Dia Mundial da Alimentação do ano passado. O material foi divulgado pelo Programa de Alimentação, Nutrição e Cultura (Palin), da Fiocruz Brasília, durante o seminário Dia Mundial da Alimentação – O princípio de não deixar ninguém para trás. O encontro contou com a presença de representantes da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional do DF (Caisan) e refletiu acerca dos avanços, dos retrocessos e das estratégias para atingir os compromissos globais assumidos em 2015 para erradicar a fome, a pobreza, garantir a paz e permitir à população mundial uma vida digna e plena com sustentabilidade para o planeta. Com dicas simples e ingredientes comuns, Receitas de Família foi pensado numa perspectiva acolhedora das identidades tal qual a forma como foram apresentadas, sem julgamento de certo ou errado, nem tampouco modificações nas preparações. “São histórias de vidas das famílias dessas pessoas compartilhadas de forma muito generosa conosco”, destaca a secretária adjunta de Desenvolvimento Social, Renata Marinho O’Reilly Lima. [Olho texto=”“Além de ressaltar todas essas memórias afetivas e a sensação de prazer e satisfação que a boa alimentação nos remete, foi uma ação para fortalecer o consumo de frutas, legumes e verduras por meio de ações e receitas simples”” assinatura=”Vanderléa Cremonini, subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Entre as histórias está a carne suína com banana verde da baiana Áuria Valadão. De acordo com ela, preparar esse prato a leva direto à infância, em um tempo inesquecível em que sua família ficava reunida à mesa para saborear a refeição. “Até hoje fazemos isso e vai ser repassado de geração para geração”, conta. A receita de família da dona Áuria foi uma das mais elogiadas nos restaurantes comunitários na Semana do Dia Mundial da Alimentação, em outubro passado. “Além de ressaltar todas essas memórias afetivas e também a sensação de prazer e satisfação que a boa alimentação nos remete, foi uma ação para fortalecer o consumo de frutas, legumes e verduras por meio de ações e receitas simples”, enfatiza a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional, Vanderléa Cremonini. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “O projeto Receitas de Família teve como objetivo valorizar e incentivar o consumo de frutas, legumes e verduras, por meio do compartilhamento das receitas familiares coletadas dos usuários das unidades básicas de saúde (UBSs) do Distrito Federal e reproduzidas nos restaurantes comunitários”, afirma a gerente de Serviços de Nutrição da Secretaria de Saúde, Carolina Gama. “Constituiu uma atividade de educação alimentar e nutricional com metodologia participativa para contribuir com a promoção e proteção de ambientes alimentares saudáveis, valorização da memória afetiva relacionada à alimentação, cultura alimentar, autonomia decisória, habilidades alimentares, tradição e regionalismo”, acrescenta Carolina. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social
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GDF e Fiocruz fecham parceria para melhorar atendimento em saúde mental
A Secretaria de Saúde (SES) e a Fiocruz Brasília assinaram convênio em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Juntos, os órgãos vão realizar supervisão clínico-institucional voltada à rede de saúde mental do Distrito Federal, para promover a melhoria dos serviços prestados e garantir a integralidade do cuidado aos usuários. A parceria foi selada na tarde na quarta-feira (19), durante evento que marcou o Dia de Luta Antimanicomial. Juntos, Secretaria de Saúde e Fiocruz vão realizar supervisão clínico-institucional voltada à rede de saúde mental do DF | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF A psicóloga da Diretoria da Saúde Mental (Dissam), da SES, Brenda Abreu, explicou que a ideia do convênio surgiu a partir de portaria do Ministério da Saúde que, no fim de 2020, destinou recurso aos Centros de Atenção Psicossociais (Caps) para qualificar a assistência no contexto da pandemia de covid-19. [Olho texto=”“Esse convênio representa o trabalho que vem sendo construído na atenção primária à saúde do DF”” assinatura=”Brenda Abreu, psicóloga da Diretoria da Saúde Mental da SES” esquerda_direita_centro=”direita”] “Buscamos pensar em como poderíamos atuar nesse sentido, já que a supervisão clínico-institucional é uma demanda antiga. Depois de muita articulação entre a secretaria e a Fiocruz, firmamos o acordo”, destacou Brenda. Ela salientou que o trabalho em conjunto com a Fiocruz “é um momento especial para toda nossa equipe”. A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, também enalteceu a parceria com a pasta. “Esse convênio representa o trabalho que vem sendo construído na atenção primária à saúde do DF”, disse. Palestra Após a assinatura do acordo, no contexto do Dia de Luta Antimanicomial, a professora Maria Aparecida Gussi, da Universidade de Brasília (UnB), ministrou palestra sobre saúde mental na perspectiva psicossocial. O secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, falou sobre o tema e lembrou que, neste momento, após a baixa de casos e óbitos por covid-19, “naturalmente haverá grande demanda no que diz respeito à saúde mental.” Luciana Claudino, que frequenta o Caps do Riacho Fundo há 19 anos, destacou o comprometimento do secretário de Saúde: “Me senti privilegiada” O gestor também citou as Conferências Regionais de Saúde Mental, ocorridas nas regiões de saúde do DF durante o mês de abril. Essas reuniões antecederam a Conferência Distrital, a ser realizada nos dias 22 e 23 de junho. “Queremos que o evento local esteja à altura do que nossos pacientes merecem, para representarmos de forma satisfatória o Distrito Federal na conferência nacional, que ocorrerá em novembro”, diz Maria Aparecida. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Luciana Claudino, que representa os usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), agradeceu o posicionamento do secretário. “É o primeiro secretário de Saúde que visita os Caps, que se compromete a ajudar e que realmente pensa na saúde mental. Eu me senti privilegiada”, disse Luciana. Ela, que há 19 anos frequenta o Caps do Riacho Fundo, celebrou ainda a realização das Conferências de Saúde Mental. “Também fiquei muito feliz em saber que o secretário vai na Conferência Distrital. Para nós, a presença dele é muito importante”, ressaltou. O evento contou com presenças do secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Pedro Zancanaro; do coordenador da Atenção Primária à Saúde, Fernando Erick Damasceno; do subsecretário de Atenção Integral à Saúde, Oronides Urbano Filho; da diretora-substituta de Serviços de Saúde Mental, Rúbia Marinari Siqueira; da coordenadora de Atenção Especializada à Saúde, Camila Gaspar, e do representante dos usuários do Caps, José Alves.
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Saúde mental e violência racial contra jovens negros são tema de seminário
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realiza nesta segunda-feira (16) o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental, que inaugura o projeto de fortalecimento da rede de proteção e cuidado a jovens negros em conflito com a lei. [Olho texto=”“O evento abordará a responsabilização protetiva, o enfrentamento ao racismo estrutural e violência racial contra jovens negros em conflito com a lei e debaterá sobre as redes protetivas e de cuidado em saúde mental dessa população”” assinatura=”Jaime Santana, secretário de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”direita”] O seminário – gratuito e aberto ao público em geral – terá como tema “A saúde mental e enfrentamento à violência racial no Sistema Socioeducativo”, e será executado pela Articulação Nacional de Psicólogas (os) Negras (os) e Pesquisadoras (es). O evento ocorrerá no auditório externo da Fiocruz Brasília (L3 Norte, campus da UnB), das 9h às 18h. Dados da Fiocruz revelam que os problemas de saúde mental atingem de 12% a 24,6% das crianças e dos adolescentes brasileiros. Entre os adolescentes em conflito com a lei, são recorrentes os diagnósticos de transtorno, podendo chegar em alguns estudos a quase 100% entre internados. “O evento abordará a responsabilização protetiva, o enfrentamento ao racismo estrutural e violência racial contra jovens negros em conflito com a lei e debaterá sobre as redes protetivas e de cuidado em saúde mental dessa população”, explica o secretário de Justiça e Cidadania, Jaime Santana. Arte: Sejus-DF “O encontro tem diversas importâncias, a temática em si, a questão do negro no espaço socioeducativo e a questão do negro frente à lei. O debate vai ser transmitido online para ampliar a discussão com a sociedade”, diz o pesquisador André Guerrero, coordenador do Núcleo de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas (Nusmad) da Fiocruz Brasília. [Olho texto=”“A realização do seminário significa mais um avanço na política de socioeducação no Distrito Federal e o fortalecimento da política de saúde no Sistema Socioeducativo”” assinatura=”Demontiê Alves, subsecretário do Sistema Socioeducativo” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “A segunda importância”, ele acrescenta, “é a junção das diversas instituições que promovem o encontro: estreitar os laços, unir os esforços de instituições que se preocupam com a temática e podem trabalhar juntas, discutir e tirar posicionamentos com um impacto maior na sociedade.” A Lei nº 12594/2012 institui que o atendimento a adolescentes que cometeram ato infracional é regulamentado pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). A partir desse sistema, o/a adolescente passa a ser compreendido/a e acompanhado/a pelo poder público na integralidade de seus direitos durante o cumprimento das medidas socioeducativas. Entre eles, o direito de acesso à saúde, em especial, à saúde mental. O subsecretário do Sistema Socioeducativo, Demontiê Alves, ressalta que “a realização do seminário significa mais um avanço na política de socioeducação no Distrito Federal e o fortalecimento da política de saúde no Sistema Socioeducativo.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A Sejus coordena o Sistema Socioeducativo do Distrito Federal, sendo responsável pela execução das medidas referentes à prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação. São 30 unidades socioeducativas que atendem, aproximadamente, 3 mil jovens entre 12 e 21 anos. As inscrições para participação presencial no seminário estão encerradas. Mas todas as atividades serão transmitidas pelo canal oficial da Fiocruz no Youtube. Serviço Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental Data: segunda-feira (16) Horário: das 9h às 18h Local: Auditório externo da Fiocruz Brasília Transmissão online: canal da Fiocruz no YouTube *Com informações da Sejus-DF
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