Julho Amarelo é o mês de luta contra as hepatites virais
As hepatites virais B, C e D são doenças infecciosas que atacam principalmente o fígado e, embora nem sempre apresentem sinais e sintomas, quando não diagnosticadas, podem acarretar complicações das formas agudas e crônicas, muitas vezes levando à cirrose ou ao câncer de fígado. Entre 2016 e 2020, foram notificados 2.290 casos confirmados de hepatites virais no Distrito Federal. Vacinas para as hepatites dos tipos A e B são oferecidas pelo SUS | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde Desse total, foram 877 (38,3%) de hepatite B, 1.410 (61,6%) de hepatite C e 3 (0,1%) de hepatite D. Nos quatro últimos anos, foi observado um crescimento nos números das notificações das hepatites B e C, chamando a atenção o aumento de 110,1% da hepatite C em 2020 em relação a 2019. Neste ano, assim como em 2016, foram inseridas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) fichas das pessoas tratadas em anos anteriores na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e que estavam sem registro de notificação no ano de diagnóstico. Também durante o período de 2016 a 2020, segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), ocorreram no DF 110 óbitos que tiveram como causa básica as hepatites virais, sendo 75 por hepatite C e 22 por hepatite B. [Olho texto=”Todas as hepatites virais podem ser evitadas com alguns cuidados” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os dados estão disponíveis no mais recente Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais no Distrito Federal, divulgado pela Secretaria de Saúde. Transmissão A principal via de transmissão das hepatites B, C e D é por contato com sangue e hemoderivados, além de contato sexual e da transmissão de mãe infectada para o recém-nascido (durante o parto ou no período perinatal). A transmissão pode ocorrer ainda pelo compartilhamento de objetos contaminados, bem como em acidentes com exposição a material biológico, procedimentos cirúrgicos, odontológicos e endoscopia, entre outros, quando as normas de biossegurança não são respeitadas. “As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde, seja em âmbito público, seja no privado. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no Distrito Federal e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas que levem à redução do número de casos da doença”, ressalta a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde, Beatriz Maciel. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Prevenção Todas as hepatites virais podem ser evitadas com alguns cuidados. Para a do tipo A, o recomendado é lavar as mãos com água e sabão após ir ao banheiro ou trocar fraldas e antes de cozinhar ou comer. Também é indicado o uso de água tratada e higienização adequada dos alimentos. Já a prevenção das hepatites B e C passa por evitar o contato com o sangue contaminado, razão pela qual é recomendado usar preservativos nas relações sexuais; sempre exigir materiais esterilizados ou descartáveis e não compartilhar itens, equipamentos ou utensílios de uso pessoal. A rede pública de saúde dispõe de preservativos para distribuir. Além disso, as hepatites A e B podem ser prevenidas por meio de vacinação, e ambas estão previstas no calendário nacional de imunização. A hepatite C não possui vacina. [Olho texto=”“Todas as pessoas com infecção pelo vírus da hepatite B ou C podem receber o tratamento gratuito pelo SUS” assinatura=”Beatriz Maciel, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Diagnóstico e tratamento A rede pública de saúde do DF disponibiliza os meios para se diagnosticar as hepatites virais, como exames de sangue e testes rápidos ou laboratoriais, em qualquer unidade básica de saúde (UBS) e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado no mezanino da Rodoviária do Plano Piloto. Os testes rápidos para a detecção da infecção pelos vírus B ou C estão disponíveis para toda a população na rede do SUS no Distrito Federal (DF). O tratamento da hepatite A se resume a repouso e cuidados com a dieta do paciente. Já em caso de hepatite C, a intervenção terapêutica é feita com os chamados antivirais de ação direta (DAA), que apresentam taxas de cura de mais 95% e são administrados, geralmente, por 8 ou 12 semanas. A hepatite B não possui cura, mas seu tratamento com medicamentos específicos (alfapeginterferona, tenofovir e entecavir) tem por objetivo reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações, especialmente a cirrose e o câncer de fígado. Tanto o tratamento para a hepatite B quanto para hepatite C estão disponíveis na rede pública de saúde. “Todas as pessoas com infecção pelo vírus da hepatite B ou C podem receber o tratamento gratuito pelo SUS. O médico, tanto da rede pública quanto suplementar, poderá prescrever o tratamento seguindo as orientações dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e B (PCDT Hepatite C e PCDT Hepatite B) do Ministério da Saúde”, esclarece Beatriz Maciel. *Com informações da Secretaria de Saúde
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DF tem oito unidades públicas para tratar HIV/Aids
As unidades são centros de tratamento exclusivo para casos de HIV/Aids| Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde O Distrito Federal possui oito unidades públicas para tratamento de pessoas portadoras do vírus HIV ou diagnosticadas com Aids, doença causada pelo vírus. São as unidades do Serviço de Atendimento Especializado em HIV/Aids (SAE). “Nesses serviços são realizados exames complementares para averiguar a situação de saúde e o estágio da infecção da doença para estabelecer o tratamento adequado com os antirretrovirais e outros medicamentos indicados, quando necessário”, explica a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz. No SAE HIV/Aids, o paciente passa por consulta com médico especialista, que faz a prescrição do esquema terapêutico adequado a cada caso, de acordo com os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas do Ministério da Saúde para manejo da infecção pelo HIV em adultos ou em crianças e adolescentes. Em todos postos do SAE HIV/Aids há uma unidade dispensadora de medicamentos antirretrovirais. Pacientes identificados com a doença podem fazer o tratamento gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS) independentemente de sua classe social. Alguns postos do SAE HIV/Aids possuem equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, odontólogos, terapeuta ocupacional, farmacêuticos e psicólogos. Quando procurar Será encaminhado a um SAE em HIV/Aids o usuário que se submete ao teste para HIV nas unidades básicas de saúde (UBSs) ou no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Rodoviária do Plano Piloto e que tem um exame positivo e diagnóstico confirmado. “No Hospital Dia atendemos pessoas que já têm o diagnóstico da infecção pelo HIV, ou seja, foram diagnosticadas em outro serviço, geralmente na Atenção Primária e CTA”, explica a gerente do Hospital Dia, Denise Arakaki-Sanchez. “Cada unidade de referência para HIV cobre determinada região de saúde”. O Hospital Dia é um serviço de referência. “Não temos pronto atendimento”, complementa a gestora. “Atendemos de forma multidisciplinar pacientes com HIV, hepatites virais crônicas, tuberculose, hanseníase, entre outras doenças infecciosas. Os atendimentos são com hora marcada. Cada paciente tem seu próprio médico.” Confira, abaixo, os endereços das unidades do SAE. * Com informações da Secretaria de Saúde (SES)
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Contra sífilis, prevenção é o melhor remédio
Arte: Érick Alves/SES O Outubro Verde é o mês de alerta de prevenção à sífilis – doença infecciosa causada por uma bactéria e que pode ser prevenida com uso de preservativo. Os casos da doença vêm aumentando no Distrito Federal, e, no Dia Nacional de Combate à Sífilis, instituído em 17 de outubro, a Secretaria de Saúde (SES) alerta para a prevenção e lembra que, durante todo o ano, oferece atendimento e orientações, como a distribuição de preservativos em todas as 172 unidades básicas de saúde (UBSs) do DF. É nas UBSs que testes rápidos para diagnóstico são disponibilizados, além do Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), na Rodoviária do Plano Piloto. O teste sai em 30 minutos após a coleta do material. Caso o resultado seja positivo, a amostra é encaminhada para comprovação laboratorial. Após a confirmação, o tratamento é iniciado imediatamente. Transmissão e tratamento A transmissão pode ocorrer por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou da mãe para a criança durante a gestação ou parto. O tratamento é feito com uso de medicamento ofertado na rede pública de saúde. O melhor remédio, porém, ainda é a prevenção, pontua a técnica da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) da SES, Daniela Magalhães. “Apesar de ser uma doença tratável e curável, ela não gera imunidade”, explica. “Portanto, a pessoa pode se reinfectar caso tenha relações sexuais desprotegidas com pessoa infectada”. Segundo a Vigilância Epidemiológica, foram registrados no DF, entre 2014 e 2019, 15.225 casos, sendo 9.179 de sífilis adquirida, 3.082 de sífilis em gestantes e 2.964 de sífilis congênita – quando a doença é transmitida de mãe para filho. [Numeralha titulo_grande=”2.162 ” texto=”Número de casos de sífilis adquirida registrados no DF em 2019″ esquerda_direita_centro=”centro”] Comparando 2018 e 2019, houve um aumento de 14,8% nos casos de sífilis adquirida. Foram 1.841 registros em 2018 e 2.162 em 2019. “O aumento mais expressivo é entre a população masculina de 20 a 39 anos, com 1.025 casos em 2019, correspondendo a quase metade de todos os registros do ano passado”, informa Daniela Magalhães. * Com informações da SES
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