Hospital de Santa Maria garante atendimento mais rápido em pacientes com sangramento grave
O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), deu um passo importante para ampliar a segurança e a agilidade no atendimento de pacientes. Agora, a unidade mantém em seu banco de sangue um estoque próprio de um derivado sanguíneo essencial em casos de hemorragia e acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico. Banco de sangue do HRSM ajudou a reduzir o tempo de espera por componentes importantes a serem utilizados em procedimentos especiais | Foto: Divulgação/IgesDF Esse componente é chamado de crioprecipitado. Antes, quando havia necessidade do produto, era preciso solicitar o envio ao Hemocentro de Brasília. O processo dependia de transporte e podia levar até dez horas. Com a mudança, o tempo de espera caiu para cerca de 15 minutos, período necessário apenas para o descongelamento do material. “Esta agilidade faz toda a diferença no desfecho clínico do paciente”, afirma Suelen Biao, chefe substituta do Banco de Sangue do HRSM. “Agora, conseguimos iniciar o tratamento em muito menos tempo, especialmente em emergências.” Como funciona Obtido a partir do plasma do sangue, o crioprecipitado é rico em uma proteína fundamental para a coagulação. Em emergências, quando há sangramento intenso, ele age como um reforço imediato para conter a hemorragia até que o organismo volte a produzir naturalmente os fatores de coagulação. Crioprecipitado, componente obtido a partir do plasma do sangue, deve ser aplicado em cirurgias de alta complexidade Ele é indispensável em situações de grande perda de sangue, em cirurgias de alta complexidade, complicações obstétricas e AVCs hemorrágicos. Nesses casos, sua aplicação deve ocorrer dentro da chamada “janela terapêutica”, de até seis horas após o início do quadro, sendo decisiva para salvar vidas. O processo tem início com a doação de sangue. “A bolsa coletada, geralmente com 500 ml, passa por centrifugação, que separa os componentes: concentrado de hemácias, plaquetas, plasma e, por fim, o crioprecipitado”, detalha Larissa Lopes, analista do setor no hospital. Estoque em Santa Maria [LEIA_TAMBEM]Mesmo com cada hospital mantendo seu próprio estoque, o Hemocentro de Brasília segue responsável pelo controle e pela distribuição dos hemoderivados para as 13 agências transfusionais do DF. No HRSM, são realizadas em média 500 a 600 transfusões por mês. As áreas que mais demandam o uso de sangue e derivados são as UTIs adulto e infantil, além do Centro Obstétrico (CO). Nesse contexto, histórias como a de Simone Paulista, 36 anos, reforçam a importância da doação. Diagnosticada com doença renal crônica, ela precisa passar por transfusões periódicas devido à anemia. “Assim como eu, muitas outras pessoas também precisam de sangue”, ressalta ela. “Temos diferentes tipos, e, quanto mais gente doar, maior será a chance de termos o estoque adequado para quem necessita. Ontem eu estava saudável; hoje, já não estou. Qualquer pessoa pode precisar de sangue de uma hora para outra.” *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Hemocentro alerta para necessidade de doações em mês com histórico de baixa
Neste mês de agosto, a Fundação Hemocentro de Brasília tem registrado, em média, 121 doações de sangue por dia — número 33% menor que o ideal de 180 bolsas diárias necessárias para manter os estoques estáveis. É, até o momento, a menor média de doações em 2025. A baixa umidade e o aumento de doenças respiratórias típicas da seca agravam uma queda que já é histórica neste período do ano. Atualmente, o tipo sanguíneo AB- está em nível crítico. Os tipos O+, B- e A+ estão com estoques baixos; O-, B+ e A- em nível regular; e apenas o AB+ apresenta quantidade adequada. Para tentar aumentar o número de doações, na próxima quinta-feira (14), haverá uma coleta externa no Assaí Atacadista, em frente ao Taguatinga Shopping, em Taguatinga. As vagas para agendamento já estão disponíveis no site Agenda DF. Atualmente, o tipo sanguíneo AB- está em nível crítico e apenas o AB+ apresenta quantidade adequada | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “A queda no número de doações coloca em risco pacientes que dependem de transfusão diariamente, como pessoas em tratamento de câncer, vítimas de acidentes e pacientes com doenças crônicas. Precisamos da colaboração de todos para reverter esse quadro”, alerta Kelly Barbi, gerente de Captação de Doadores do Hemocentro. O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede pública de saúde do Distrito Federal e hospitais conveniados, como o Hospital da Criança de Brasília José Alencar, o Hospital das Forças Armadas (HFA) e o Instituto do Coração do Distrito Federal. Doe sangue O agendamento para a doação de sangue pode ser feito pelo site Agenda DF ou pelo telefone 160 (opção 2). Também é possível realizar a doação por encaixe, conforme a capacidade diária de atendimento. O funcionamento é de segunda a sábado, das 7h15 às 18h, exceto feriados. Para doar, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem teve gripe, covid-19 ou dengue deve respeitar os prazos de inaptidão temporária antes de se candidatar à doação, conforme orientações disponíveis no site do Hemocentro. *Com informações da Fundação Hemocentro de Brasília
Ler mais...
Campanha Mulheres no Poder, Doando Sangue e Salvando Vidas sensibiliza para importância da doação
Neste Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado em 14 de junho, a Vice-Governadoria do Distrito Federal (VGDF) realizou a terceira edição da campanha Mulheres no Poder, Doando Sangue e Salvando Vidas, na Fundação Hemocentro de Brasília (FHB). A iniciativa tem como objetivo sensibilizar a população sobre a importância da doação de sangue, além de reafirmar o compromisso deste Governo do Distrito Federal com a promoção da saúde pública, a solidariedade e o protagonismo feminino. Neste sábado, a Vice-Governadoria do DF realizou a terceira edição da campanha Mulheres no Poder, Doando Sangue e Salvando Vidas, no Hemocentro de Brasília | Foto: Divulgação/VGDF A vice-governadora Celina Leão destacou a importância de aumentar o estoque do Hemocentro, que se encontra em níveis críticos e precisa do apoio da população para reverter esse quadro. “O DF não para de crescer. Nós estamos ampliando a nossa rede de saúde e precisamos aumentar também o número de doações de sangue”, disse. “Quando você faz algo para alguém que você não sabe sequer quem é, está exercendo o amor verdadeiramente”. A personal trainer Débora Araújo Melo, de 29 anos, lembra que desde a adolescência tinha vontade de doar, mas não tinha coragem. Com sangue tipo O+, ela percebeu a importância do seu gesto e, há dois anos, venceu o medo. “Eu sei que meu tipo sanguíneo vai para todos os tipos positivos e muitas pessoas precisam. De forma que eu decidi doar para poder ajudar não apenas uma pessoa, mas a todas que eu puder alcançar”, contou a moradora da Cidade Ocidental. Ao longo deste mês, o Hemocentro realiza a campanha Junho Vermelho para incentivar a população a doar, especialmente os tipos sanguíneos negativos O presidente do Hemocentro, Osnei Okumoto, lembra que a doação ajuda a salvar vidas de pacientes de toda a rede pública de saúde do Distrito Federal. “O sangue doado ao Hemocentro é disponibilizado nos hospitais públicos do DF e atende principalmente as emergências, as grandes cirurgias e os transplantes”, detalhou. “O número de mulheres tem crescido muito e, hoje, elas são 50% dos doadores. Queremos que cada vez mais campanhas como essa, motivada pela nossa vice-governadora Celina Leão, venham a se estabelecer todos os anos”. A secretária da Mulher, Gisele Ferreira, enfatizou o empenho das mulheres em tudo o que fazem: “As mulheres literalmente dão o sangue todos os dias e essa campanha é mais do que doar sangue, é doar amor. Por isso, nos unimos novamente para fazer o bem”. [LEIA_TAMBEM]A comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Ana Paula Barros Habka, destacou a importância da ação. “Estamos aqui hoje incentivando e conscientizando sobre a importância de um gesto que é simples, mas que salva vidas. A Polícia Militar protege a população diariamente e este também é um gesto de proteção da vida”, ressaltou. Durante todo este mês, o Hemocentro realiza a campanha Junho Vermelho para incentivar a população a doar, especialmente os tipos sanguíneos negativos, que estão em nível crítico. Até o dia 30 deste mês, pessoas com os tipos O-, A-, B- ou AB- recebem senha preferencial e não precisam de agendamento. O principal requisito para doar é estar se sentindo bem. Caso apresente sintomas como dor de cabeça, dor de garganta ou mal-estar, o ideal é aguardar. Também é necessário apresentar documento oficial com foto, pesar pelo menos 51 kg, estar bem-alimentado – preferencialmente evitando alimentos gordurosos e derivados de leite –, além de manter boa hidratação, especialmente agora, com a chegada da seca.
Ler mais...