IgesDF encerra 2025 com avanços decisivos na rede pública de saúde
O ano de 2025 foi marcado por entregas históricas e recordes de cirurgias na saúde pública do Distrito Federal. À frente de três hospitais e 13 unidades de pronto atendimento (UPAs), o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) encerra o período com investimentos robustos em tecnologia, obras estruturantes, avanços assistenciais e novas ações de acolhimento que colocam o usuário no centro do cuidado. O conjunto dessas iniciativas redesenhou fluxos assistenciais e ampliou o acesso dos pacientes a serviços especializados. No Hospital de Base (HBDF), por exemplo, foram registrados três recordes cirúrgicos consecutivos em 2025, chegando a 1.332 procedimentos em setembro, média de 44 cirurgias por dia. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o centro cirúrgico também alcançou o maior volume em dois anos, totalizando 502 cirurgias em outubro. A melhora nos fluxos é resultado direto do projeto Lean, que reorganizou o uso das 20 salas cirúrgicas sem ampliar a estrutura física. No Hospital de Base, foram registrados três recordes cirúrgicos em 2025 | Fotos Alberto Ruy/IgesDF A modernização também guiou o ano. No HBDF, foram instalados equipamentos inéditos e de alta precisão, como dois aparelhos de vídeo eletroencefalograma, entregues em dezembro. O vídeo EEG é um dos exames mais avançados para o diagnóstico de epilepsia e outras condições neurológicas. Esses equipamentos, assim como a ressonância magnética nuclear, são os únicos da rede pública do DF. Além disso, o novo angiógrafo do HBDF aumentou em 40% a capacidade de realização de procedimentos minimamente invasivos. Nas UPAs, os gasômetros de última geração — capazes de analisar, em poucos minutos, o estado respiratório e metabólico de pacientes em situação grave —, o reforço do videomonitoramento e as melhorias estruturais garantiram mais segurança e estabilidade assistencial. Dois aparelhos de eletroencefalograma agilizou e aperfeiçoou o atendimento no Hospital de Base Na atenção pré-hospitalar, 2025 consolidou a teleconsulta. Foram mais de 10 mil atendimentos nas UPAs, reduzindo o tempo de espera e aumentando a resolutividade. O projeto de retaguarda psiquiátrica também reduziu o tempo de permanência de pacientes em crise, de quatro dias para pouco mais de um. Ao mesmo tempo, o GDF iniciou a construção de sete novas UPAs de porte 3, ampliando a rede, que passará a contar com 20 unidades. [LEIA_TAMBEM]A humanização ganhou ainda mais força. No HRSM, o Espaço Humanizar TEA inaugurou o primeiro ambiente sensorial do Centro-Oeste para crianças com Transtorno do Espectro Autista. Nas UPAs, o Programa Humanizar ampliou acolhimento, escuta ativa e suporte em cuidados paliativos. No Hospital de Base, a Consulta com Hora Marcada organizou fluxos, eliminou aglomerações e garantiu previsibilidade ao usuário. “Este foi um ano de modernização profunda. Avançamos em tecnologia, ampliamos a rede e fortalecemos a humanização. Tudo isso só é possível porque temos equipes comprometidas e um governo que acredita em um SUS forte, eficiente e acessível”, comemora o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro. *Com informações do IgesDF
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IgesDF abre quatro editais para aquisição de equipamentos médico-hospitalares
Com o objetivo de fortalecer a rede pública de saúde do Distrito Federal e ampliar a capacidade diagnóstica e assistencial das unidades, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) lançou quatro editais para a seleção de fornecedores de equipamentos médico-hospitalares. A ação integra a política de modernização tecnológica do Instituto e busca aprimorar a qualidade dos serviços prestados nas unidades que administra. Empresas interessadas podem enviar propostas até 3 de novembro, às 23h55, por meio da plataforma Apoio Cotações. “Estamos avançando com responsabilidade na renovação tecnológica da nossa rede, assegurando suporte adequado aos profissionais e mais qualidade aos pacientes atendidos em nossas unidades. Reforçamos que todas as empresas do ramo estão convidadas a participar do processo de seleção”, destaca a superintendente de Contratos do IgesDF, Lorraynne Pinheiro. Empresas interessadas podem enviar propostas até 3 de novembro, às 23h55, por meio da plataforma Apoio Cotações | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Equipamentos que serão adquiridos Dez arcos cirúrgicos móveis convencionais, sendo 8 para o Hospital de Base (HBDF) e 2 para o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Os equipamentos ampliam a segurança e a precisão em cirurgias ortopédicas, vasculares, neurológicas, urológicas e gerais, permitindo técnicas minimamente invasivas e redução do tempo de recuperação dos pacientes. Edital nº 70/2025 Quatro sistemas de vídeoendoscopia flexível para o HBDF. A tecnologia, utilizada em gastroenterologia, pneumologia e otorrinolaringologia, possibilita diagnósticos precoces com imagens de alta resolução, além de procedimentos terapêuticos mais seguros e menos desconfortáveis para os pacientes. Edital nº 72/2025 Um aparelho de bioimpedância para o ambulatório de gastroenterologia e hepatologia do HBDF. O equipamento aprimora o acompanhamento clínico de pacientes, com análises detalhadas da composição corporal, fundamentais para tratamentos nutricionais, oncológicos e de reabilitação. Edital nº 73/2025 Seis poltronas reclináveis para acompanhantes destinadas ao HRSM. A ação reforça as políticas de humanização no atendimento hospitalar e oferece mais conforto às famílias durante o período de internação. Edital nº 74/2025 *Com informações do IgesDF
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Comunicação sem barreiras marca o Dia Nacional do Surdo
Quando chegou ao Hospital de Base (HBDF), José Borges Filho não sabia se conseguiria se comunicar com a equipe. Surdo, já havia enfrentado inúmeras barreiras em outros lugares. Desta vez, porém, foi diferente. “Me sinto bem e acolhido. São raros os lugares onde vou e sou recebido por alguém com capacidades para me atender”, disse. O simples gesto de ser compreendido trouxe não apenas alívio, mas dignidade ao seu tratamento. Se do lado de José está a experiência de quem busca cuidado, do outro está a história de quem oferece esse cuidado diariamente. Gilson Batista Sousa Junior, 28 anos, residente de ortopedia do HBDF, convive com deficiência auditiva desde os dois anos, consequência de uma meningite. O que poderia ter sido uma barreira, ele transformou em força para seguir na medicina. “Cada dificuldade pode se transformar em uma oportunidade de superar barreiras e mostrar que a inclusão é sim possível”, afirma. As histórias de José e Gilson se somam ao trabalho de quem torna o Hospital de Base mais acessível. James de Souza Batista, recepcionista da Hematologia desde 2018, é fluente em Libras e se tornou essencial no atendimento a pacientes surdos. Foi ele quem acolheu José, traduzindo sentimentos em gestos capazes de transformar a experiência hospitalar. As histórias de José e Gilson se somam ao trabalho de quem torna o Hospital de Base mais acessível | Foto: Divulgação/IgesDF James não nasceu dentro da comunidade surda, mas fez da Libras uma ponte para o cuidado. “Sinto-me privilegiado por saber que, ao chegar, o paciente tem alguém para auxiliá-lo. Coloco-me no lugar deles. Se eu chegasse em um lugar e não pudesse ser atendido, ficaria frustrado”, conta. Sua dedicação é tão reconhecida que outros setores o procuram com frequência para apoiar atendimentos. “James é sempre elogiado por todos os pacientes, sejam eles usuários de Libras ou não”, reforça Luiz Henrique Ramos, chefe do Serviço de Hematologia, Hemoterapia e Transplante de Medula Óssea. Para ele, James é mais que um profissional: é prova viva de como a inclusão transforma a saúde pública. O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), tem buscado unir inovação, humanização e inclusão em sua rotina. Em maio de 2025, o residente Gilson recebeu um presente que mudou sua rotina hospitalar: um par de óculos de realidade aumentada, doado pela Associação Amigos do Hospital de Base. O dispositivo projeta legendas em tempo real, permitindo acompanhar conversas, reuniões e até procedimentos com mais autonomia. “Essa tecnologia me proporcionou mais independência e abre caminho para que outros médicos e estudantes surdos possam enxergar a medicina como um espaço totalmente possível”, relata. Em maio de 2025, o residente Gilson recebeu um presente que mudou sua rotina hospitalar um par de óculos de realidade aumentada | Foto: Alberto Ruy/ IgesDF Desafios enfrentados Apesar dos avanços, Gilson lembra que ainda há barreiras. “A maior dificuldade continua sendo a comunicação em situações rápidas, como nas emergências. Um avanço importante seria a implementação de estratégias de equipe com treinamentos prévios para diferentes cenários. O preparo da equipe contribui para um hospital mais inclusivo e eficiente”. No Dia Nacional do Surdo, comemorado nesta sexta-feira (26), o IgesDF mostra que a inclusão é construída por muitas mãos: as que acolhem, as que salvam, as que traduzem e as que lutam por acessibilidade. Como resume Gilson: “Nunca permita que o medo dos obstáculos seja maior do que o desejo de realizar seus sonhos”. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Procuradores do DF conhecem funcionamento de duas unidades de saúde do DF
A Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) visitou, nesta quinta-feira (11), o Hospital de Base (HBDF) e o Hospital Regional de Taguatinga (HRT). O objetivo era conhecer a realidade do serviço prestado e observar as vitórias e os desafios no atendimento à população. “É sempre importante vir para conhecer in loco as atividades, conversar com os gestores, entender e estreitar laços”, afirmou o procurador-geral do DF, Márcio Wanderley de Azevedo, que esteve acompanhado de outros nove procuradores. Juracy Lacerda: "A visita de hoje foi extremamente importante porque, além de estabelecer um diálogo mais próximo, nos permitiu compreender melhor a realidade e as necessidades da Procuradoria" | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Os procuradores viram como é a rotina de atendimentos em locais como os prontos-socorros, Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e setores especializados, como nefrologia e oncologia. Destaque para a ala de internação oncológica do HRT, que passou por reforma para melhorar as condições de atendimento. [LEIA_TAMBEM]O secretário de Saúde do DF, Juracy Lacerda, acompanhou a atividade ao longo do dia. “Precisamos fortalecer ao máximo a sinergia com a Procuradoria do Distrito Federal. Essa integração é fundamental para que possamos avançar nos processos, reduzir entraves burocráticos e dar mais agilidade às entregas para a população. A visita de hoje foi extremamente importante porque, além de estabelecer um diálogo mais próximo, nos permitiu compreender melhor a realidade e as necessidades da Procuradoria, ao mesmo tempo em que mostramos de perto os desafios vividos em nossos hospitais. Esse entendimento mútuo é essencial para construirmos soluções conjuntas, mais céleres e eficazes.” O diretor vice-presidente do IgesDF, Rubens de Oliveira Pimentel, destacou o caráter de integração da ação. “Acho importante esses momentos porque permitem que os órgãos que nos acompanham possam entender um pouco do que o IgesDF tem realizado para aprimorar cada vez mais o Base”. No HRT, a visita também foi acompanhada pelo presidente do Conselho Regional de Saúde de Taguatinga, Ronaldo Seggiaro de Almeida. Representante dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), ele elogiou a sinergia entre a SES-DF e a PGDF. "Às vezes, há conflito entre os direitos dos usuários, dos servidores, dos administradores e é necessário fazer uma harmonização disso", disse. *Com informações da Secretaria de Saúde e do IgesDF
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Projeto voluntário dá suporte emocional a pacientes oncológicos do Hospital de Base
A cada mês, o Hospital de Base (HBDF) atende cerca de 2.600 pessoas com câncer, sendo 180 vagas exclusivas para pacientes de primeira consulta. De acordo com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), o atendimento conta com os tratamentos disponíveis na Secretaria de Saúde (SES-DF), como quimioterapia, imunoterapia para melanoma, terapias-alvo, anticorpos monoclonais e bloqueios hormonais, bem como acompanhamento multiprofissional com psicólogo, serviço social, nutrição oncológica, fisioterapia, odontologia e enfermagem especializada em oncologia. Grupo de voluntários do MAC: movimento foi criado há 31 anos para dar suporte a pacientes em situação de vulnerabilidade atendidos pelo Hospital de Base | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Além disso, os pacientes internados são beneficiados com uma iniciativa voluntária que os ajuda a enfrentar o momento desafiador: o Movimento de Apoio ao Paciente com Câncer (MAC). Fundado em junho de 1994, o projeto dá assistência material e emocional a pacientes oncológicos em situação de vulnerabilidade atendidos pelo HBDF. São 85 voluntários que prestam suporte como o fornecimento de cestas básicas e kits de higiene pessoal, entre outros itens de apoio ao tratamento, conforme as necessidades dos enfermos. O projeto é mantido por doações e também por um bazar de roupas usadas que funciona na sala cedida pelo hospital para sediar o projeto. O MAC também promove oficinas de bijuterias e crochê para os internos. Apoio emocional e desafios Voluntária há 26 anos, Lilian Silva atualmente preside o MAC: “Hoje em dia, graças a Deus, acho que o tratamento evoluiu e o atendimento ficou mais rápido no hospital” A dedicação não se resume à distribuição de itens materiais. Os voluntários prestam apoio emocional fazendo companhia e conversando com os pacientes. A equipe também promove eventos temáticos, para fortalecer o acolhimento. Além disso, de segunda a sexta-feira, são servidos lanches para os pacientes, de manhã e à tarde, durante as sessões de quimioterapia e radioterapia. Ao todo, são servidos 600 lanches diários. Lilian Rejane Silva, presidente do MAC, se tornou voluntária há 26 anos. Ela conta que teve câncer de mama há 32 anos, quando morava em São Paulo. Depois da remissão da doença, Lilian se mudou para Brasília acompanhando o marido, médico, que foi transferido para a capital federal. Ela nunca havia pensado em ser voluntária, mas, certo dia, viu um anúncio do MAC em um shopping da cidade e decidiu se juntar à iniciativa: “Meu marido me disse para não entrar no movimento porque isso me faria sofrer: ‘você já passou por isso, vai sofrer demais’. E não sofro nem um pouco. No início, lógico que a gente passa por um processo de reconhecimento, de tudo, mas não sofro nada. Adoro servir”. Maria de Lourdes do Nascimento resolveu participar do projeto quando enfrentou uma leucemia: “Ao vir aqui, você vai ver a luta das pessoas e ter mais força. Assim, você vai dar mais força para as pessoas, vai poder ajudar” Segundo Lilian, no fim da década de 1990, quando ela se voluntariou, a rotina no MAC era pesada: “Quando comecei aqui, a gente via muito paciente sem olho, sem nariz, sem boca. Era muito difícil. Então você tinha que olhar, mas você não podia enxergar. Hoje em dia, graças a Deus, acho que o tratamento evoluiu e o atendimento ficou mais rápido no hospital, e a gente não vê mais isso”. Acolhimento [LEIA_TAMBEM]A voluntária Maria de Lourdes Gomes do Nascimento aderiu ao projeto após enfrentar uma leucemia, em 2008. “Eu estava internada e, um dia, os voluntários passaram e eu vi o trabalho de acolhimento deles”, lembra. “Conversaram comigo, me entregaram uma sacolinha com produtos de higiene, e eu achei lindo o trabalho. Falei para as enfermeiras: ‘se eu for curada, quero ser voluntária’. A gente busca doação, visita paciente, atende aqui na sala, acolhe”. Maria de Lourdes, inclusive, faz um convite para que outras pessoas se voluntariem: “Venha! Ao vir aqui, você vai ver a luta das pessoas e ter mais força. Assim, você vai dar mais força para as pessoas, vai poder ajudar”. Ela explica que aqueles que não conseguirem se adaptar a alguma tarefa podem exercer outras funções, como cuidar do bazar, buscar doações, fazer companhia aos internados e servir lanches, entre outras. “Enquanto eu tiver condições, continuarei vindo”, conclui. André Luiz Oliveira já esteve hospitalizado e recebeu visitas de voluntários: “Isso me tocou muito. Eu disse: ‘tenho que retribuir’. Para mim, o voluntariado é uma transfusão de amor” Voluntário há oito anos, o aposentado André Luiz Góes Oliveira também convida as pessoas a participarem das ações sociais do projeto, como o bazar. “É aberto ao público e oferece produtos com preços módicos”, enfatiza. “Ao comprar, você adquire uma nova peça de roupa e ajuda o projeto”. Ele conta que entrou no projeto após ter um tumor na coluna: “Recebi visitas de voluntários quando estava no hospital. Isso me tocou muito. Eu disse: ‘tenho que retribuir’. Hoje sou voluntário do MAC. Para mim, o voluntariado é uma transfusão de amor. Às vezes, uma palavra de força ou apenas um sorriso pode fazer uma grande diferença para alguém”. Como doar O MAC aceita todos os tipos de doações, como roupas e itens diversos para o bazar. Alimentos para cestas básicas também são bem-vindos. Todos os itens podem ser entregues no próprio escritório do MAC, no estacionamento 2 do hospital. Para solicitar o recolhimento de doações em domicílio, basta ligar no telefone (61) 99219-3998.
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Uso seguro de patinetes elétricos ajuda a evitar acidentes e internações
O número de acidentes envolvendo patinetes elétricos no Distrito Federal levantou um alerta no Hospital de Base (HBDF). Levantamento do Centro de Trauma da unidade mostra que, apenas em abril deste ano, foram 11 atendimentos a vítimas de acidentes com patinetes. Em maio e junho, houve seis registros em cada mês, sete em julho e quatro até o dia 19 deste mês. Apesar de prático, o modal traz riscos. Por isso, a equipe médica do HBDF enfatiza a importância da utilização adequada dos patinetes. A regulamentação atual permite circulação com velocidade máxima de 40 km/h. Além disso, o uso de equipamentos de segurança é essencial – capacete, luvas e joelheiras podem evitar lesões graves e até salvar vidas. O uso do patinete elétrico é prático, mas requer responsabilidade para evitar acidentes | Fotos: Alberto Ruy/IgesDF Segundo o chefe da Ortopedia do HBDF, Rodrigo do Carmo, o uso irresponsável dos patinetes elétricos preocupa. “Ao alugar um carro, há seguro para cobrir acidentes. Já com o patinete, isso não acontece”, alerta. Além de fraturas graves, as ocorrências também envolvem atendimentos de menor intensidade, mas que demandam estrutura. “Contusões e torções exigem exames de imagem, consultas ambulatoriais e sessões de fisioterapia”, explica o ortopedista. “O número de casos tem impacto direto na rotina dos pacientes e das equipes médicas”. [LEIA_TAMBEM]Fratura exposta “Minha dica é: nunca dispense os itens de proteção”, sugere o professor Thiago Cesar, de 39 anos. No dia 7 deste mês, ele atravessava a W3 Norte quando sofreu um grave acidente de patinete elétrico. “Um carro jogou luz alta sobre mim, precisei desviar, e o patinete deu uma guinada muito forte. Fui arremessado direto contra o Brasília Shopping”, relembra. A gravidade das lesões levou Thiago ao Hospital de Base, unidade administrada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), onde ele já passou por mais de duas cirurgias para tratar uma fratura exposta na perna. “O atendimento está sendo muito bom, mas é um processo lento”, afirma o professor. A internação de Thiago envolveu procedimentos complexos: fixação externa da fratura, limpeza, antibióticos, avaliação de infecção e, posteriormente, colocação de placa, parafusos e haste intramedular. O Centro de Trauma do HBDF registrou 30 atendimentos a vítimas de acidentes com patinetes elétricos, entre abril e julho de 2025 Recuperação vai além do centro cirúrgico O fisioterapeuta André Luiz Maia, especialista em traumato-ortopedia do HBDF, lembra que a reabilitação é tão importante quanto a cirurgia: “O médico reconstrói a parte anatômica, mas é a fisioterapia que devolve a funcionalidade. Nosso papel é guiar o paciente no retorno à autonomia, para andar, tomar banho sozinho ou voltar ao trabalho”. O processo é gradual: primeiro, o controle da dor e do inchaço; depois, exercícios de mobilidade e fortalecimento e, por fim, atividades práticas, como subir escadas ou levantar-se de uma cadeira. “Nos acidentes de patinete, geralmente são jovens e ativos que, de repente, perdem a independência. Por isso, além da recuperação física, trabalhamos a confiança e a reinserção social”, explica. Outro ponto essencial é a prevenção de complicações futuras, como rigidez articular, perda de massa muscular e dificuldades de locomoção. “Orientamos sobre o uso correto de muletas, segurança nas atividades do dia a dia e retomada gradual dos esforços. O impacto não é só clínico, mas social: o paciente muitas vezes fica afastado do trabalho e perde qualidade de vida. Nosso papel é devolver autonomia e confiança”, reforça André. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Rede pública de saúde do DF reforça vigilância contra doenças causadas por mosquitos
Após enfrentar uma epidemia de dengue em 2024, o Distrito Federal intensificou as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e a outras espécies transmissoras de doenças virais. No Hospital de Base (HBDF), a equipe de Vigilância Epidemiológica do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) atua diariamente na busca ativa por casos suspeitos, analisando prontuários e resultados laboratoriais. Nesta quarta-feira (20), Dia Mundial de Combate aos Mosquitos, a instituição reforça o compromisso com a prevenção e o monitoramento constante, com o objetivo de evitar novos surtos e proteger a população. No Dia Mundial de Combate aos Mosquitos, a rede pública de saúde do DF intensifica as ações de combate ao Aedes aegypti e a outras espécies transmissoras de doenças virais | Foto: Divulgação/Agência Brasil Chefe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do HBDF, Thaynara Souza explica que uma força-tarefa foi montada para garantir identificação precoce dos casos, notificação imediata e resposta ágil. “Contamos com o apoio do Nulab [Núcleo de Laboratório], do Lacen [Laboratório Central de Saúde Pública] e do Cievs [Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde], que funciona 24 horas por dia. Isso garante rapidez tanto no diagnóstico quanto no registro das ocorrências”, afirma. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), a situação é semelhante. A chefe substituta do núcleo, Maria Elena, relata que a dengue foi a doença viral transmitida por mosquitos mais frequente, com 2.103 notificações em 2024 e 164 até agora. Para atender à demanda, a unidade montou tendas de acolhimento, criou um pronto-atendimento exclusivo para sintomas da doença e disponibilizou testagem rápida. “O protocolo é claro: triagem eficiente e encaminhamento adequado, seja para UBS [unidade básica de saúde], para UPA [unidade de pronto-atendimento] ou para internação”, pontua. Em março de 2024, o IgesDF lançou um painel de monitoramento da dengue que tem ajudado gestores a compreender melhor o perfil dos pacientes atendidos. De janeiro a agosto deste ano, mais de 57 mil exames foram realizados nas unidades do Instituto, principalmente no HRSM e nas UPAs de Ceilândia e do Recanto das Emas. A ferramenta tem facilitado o planejamento de ações, embora ainda não esteja integrada a todos os núcleos, como o do HBDF, que utiliza um sistema próprio de controle. No Hospital de Base, a equipe de Vigilância Epidemiológica do IgesDF atua diariamente na busca ativa por casos suspeitos de dengue | Foto: Alberto Ruy/IgesDF Imunização Um dos avanços mais significativos no combate à dengue foi a inclusão da vacina no SUS, inicialmente para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. No HBDF, já se observa queda nos atendimentos e nas internações graves em 2025, em comparação com o ano anterior. “A proteção oferecida pela vacina já apresenta resultados positivos”, afirma Thaynara. No HRSM, Maria Elena atribui parte da redução também às ações educativas promovidas em parceria com escolas, o Corpo de Bombeiros, equipes de limpeza urbana e outros órgãos. “O trabalho conjunto tem sido essencial para fortalecer a prevenção em toda a comunidade”, destaca. [LEIA_TAMBEM]Outras doenças, como chikungunya e febre amarela, também estão no radar das equipes. A vacina contra a febre amarela está disponível no SUS, e a expectativa é que novas imunizações contra essas infecções transmitidas por mosquitos sejam incorporadas ao calendário nacional nos próximos anos. “A ampliação depende tanto da adesão do público quanto da oferta de doses”, completa Maria Elena. Inovações Marlon Ygor, 29 anos, já teve dengue e precisou de atendimento público. Hoje vacinado, ele continua vigilante em casa. “Sempre verifico se há água parada ou algum foco que possa servir de criadouro para o mosquito”, relata. Entre as inovações que vêm sendo implementadas no Distrito Federal está o uso do Aedes aegypti infectado com a bactéria Wolbachia, que impede a transmissão dessas doenças. A técnica, validada cientificamente, já está em uso em algumas regiões e promete reduzir os índices de infecção. Neste 20 de agosto, o IgesDF reforça que o combate aos mosquitos exige vigilância constante, acesso a informação de qualidade, envolvimento da população e confiança na ciência. A prevenção começa com atitudes simples, como eliminar focos de água parada, e se fortalece com políticas públicas bem estruturadas e a participação de todos. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Inéditos no SUS do DF, equipamentos de alta tecnologia são adquiridos pelo Iges
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) assinou, na última quinta-feira (31/7), contrato de aquisição de dois aceleradores lineares de fótons. Os aparelhos, que devem chegar ainda este ano ao Hospital de Base (HBDF), serão responsáveis pela realização de radioterapia de alta tecnologia, tratamento inédito pelo SUS da capital. “Os equipamentos significam a introdução da Radioterapia de Alta Tecnologia, hoje disponível apenas em convênio com a rede privada”, destaca o chefe do Serviço de Radioterapia do HBDF, Rafael Spindola Camargo. Atualmente, são realizados em média 55 atendimentos por mês, totalizando cerca de 660 por ano. A expectativa é que a fila para tratamento de radioterapia seja reduzida de forma significativa. “Com a chegada dos equipamentos, em um futuro breve, a capacidade de atendimento poderá triplicar, já que cada acelerador tem potencial para tratar até mil pacientes anualmente”, lembra Elaine Araújo Rocha Silva, gerente de Apoio e Diagnóstico Terapêutico do Hospital de Base. Atualmente, são realizados em média 55 atendimentos por mês, totalizando cerca de 660 por ano; expectativa é que a fila para tratamento de radioterapia seja reduzida de forma significativa | Foto: Divulgação/IgesDF De acordo com o diretor de Atenção à Saúde do IgesDF, Rodolfo Lira, a radioterapia é uma etapa crucial no tratamento do câncer. “Os novos aceleradores são uma vitória da gestão pública comprometida com a vida, a inovação e a dignidade do paciente oncológico”, reforça. Para o pleno funcionamento dos dois aparelhos, será necessário reforçar a equipe atual em cerca de 50%, garantindo que a estrutura esteja adequada ao aumento da demanda. Garantindo a estrutura adequada As salas da radioterapia no ambulatório do HBDF vão precisar passar por uma adaptação estrutural, já que os novos aparelhos possuem tecnologia avançada e necessitam de um espaço adaptado e adequado. O equipamento atual seguirá em funcionamento enquanto a primeira das novas salas é preparada, para que não haja desassistência. A aquisição dos equipamentos foi possível graças à disponibilização de verbas de programa do Ministério da Saúde e de emenda parlamentar destinada pelo deputado distrital Eduardo Pedrosa. Ambas as verbas recebidas totalizam aproximadamente R$ 19 milhões. A compra segue regulamento próprio de compras e contratações do IgesDF e foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF) desta sexta-feira (1º). Os aparelhos, que devem chegar ainda este ano ao Hospital de Base (HBDF), serão responsáveis pela realização de radioterapia de alta tecnologia, tratamento inédito pelo SUS da capital | Foto: Divulgação/IgesDF Segundo o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro, o HBDF passa a contar com uma das estruturas mais completas de radioterapia da rede. “Este é um marco no tratamento oncológico, nivelando a radioterapia do Base aos melhores centros de radioterapia do país”, completa. Ampliação da capacidade de atendimento oncológico Com a aquisição de dois aceleradores lineares de fótons, o Hospital de Base se prepara para triplicar a capacidade de atendimento em radioterapia. A iniciativa marca a chegada da radioterapia de alta tecnologia ao SUS do Distrito Federal, com a previsão de atender até 2 mil pacientes por ano. A tecnologia permite tratamentos mais precisos, eficazes e seguros para diferentes tipos de câncer. A Gerência de Engenharia Clínica do IgesDF foi peça fundamental para viabilizar essa modernização, sendo responsável pela elaboração das especificações técnicas dos novos aparelhos e pela adequação dos bunkers de radioterapia, garantindo que as obras atendam às normas da Anvisa para o uso de radiação ionizante. “Participar da implantação dessa tecnologia no SUS representa um avanço significativo para a saúde pública. Nossa equipe técnica cuida de cada detalhe do projeto para garantir segurança, eficiência e continuidade dos atendimentos durante as obras”, afirma Tatiana Tostes, gerente geral de Engenharia do IgesDF. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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Aumento no número de transplantes de órgãos leva esperança a pacientes do DF
Quando o telefone tocou pela oitava vez, Ingrid do Carmo, 32 anos, ainda não tinha certeza, mas a sua vida mudaria a partir dali. Um novo fígado chegava. Era o órgão que diminuiria o mal-estar e as limitações, permitindo que o mundo voltasse a ser grande. “Foi um misto de alívio, medo e gratidão”, conta. “Hoje, vivo uma outra fase. Consigo pensar em fazer uma viagem, voltar a estudar, trabalhar”. Ingrid do Carmo (D) fez um transplante em dezembro do ano passado: “Depois do novo fígado, esses sintomas passaram. A equipe do ICTDF e a minha família fizeram toda a diferença. Sem eles, eu não seria nada” | Foto: Acervo pessoal Em 2021, Ingrid foi diagnosticada com hepatite autoimune e iniciou o tratamento no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Depois de dois anos, a terapia deixou de ser eficaz. “Passei a me sentir muito mal, não conseguia mais trabalhar, então fui encaminhada ao ICTDF [Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal]”, lembra. “Logo na primeira consulta, os médicos confirmaram que eu precisava de um transplante com urgência. Foi um choque”. O transplante veio no final de dezembro de 2024, e o passado foi virando o que deveria ser: memória e não presença. “Todos os dias eu vomitava”, relata Ingrid. “Vivia enjoada, sempre amarela, sempre mal. Depois do novo fígado, esses sintomas passaram. A equipe do ICTDF e a minha família fizeram toda a diferença. Sem eles, eu não seria nada. São pessoas iluminadas”. Transplantes no DF [LEIA_TAMBEM]De janeiro a junho deste ano, a Secretaria de Saúde (SES-DF) realizou 424 transplantes, um aumento de quase 4% em relação ao mesmo período do ano passado. Os procedimentos envolvem órgãos e tecidos - rim, fígado, coração, córneas, pele e medula óssea -, sendo executados em unidades como o Hospital de Base (HBDF), Hospital Universitário de Brasília (HUB) e o ICTDF - este por meio de contrato com a pasta. A rede pública de saúde da capital vem se destacando - e com exclusividades no DF. O transplante de pele, por exemplo, é feito apenas no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Já o de medula óssea pediátrico autólogo - no qual são utilizadas células-tronco do próprio paciente - é disponibilizado no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). Doação No âmbito do DF, a coordenação dessas atividades é feita pela Central Estadual de Transplantes (CET-DF). Sua atuação abrange tanto a rede pública quanto a particular. Entre as responsabilidades do setor, estão gerenciamento do cadastro de potenciais receptores, recebimento das notificações de morte encefálica, promoção da organização logística da doação e captação estadual e/ou interestadual, bem como a distribuição dos órgãos e/ou tecidos removidos na capital federal. “Falta cultura de doação. A gente precisa falar mais sobre o assunto, em casa, com amigos, como quem defende o amor à vida” Isabela Rodrigues, chefe do Banco de Órgãos do DF Nesse lado do processo, há um intenso e sensível trabalho, principalmente das equipes responsáveis pela captação dos órgãos. “O momento mais difícil é a entrevista com a família que perdeu alguém”, explica a chefe do Banco de Órgãos do DF, Isabela Rodrigues. “É um instante de luto, de dor profunda. É preciso equilibrar o que deve ser feito, que é esclarecer a importância da doação, e a sensibilidade para não desrespeitar quem está sofrendo”. Apesar da distância ética que impede o contato direto com os receptores, alguns pacientes transplantados procuram a equipe para agradecer. “De vez em quando aparece alguém dizendo que só teve uma chance de viver melhor por causa daquela doação - é emocionante”, conta Isabela. Especialistas e pacientes, contudo, defendem que o sistema de transplantes precisa de consciência coletiva. “Falta cultura de doação”, lembra a gestora. “Às vezes, a pessoa queria doar, mas a família não autoriza porque nunca conversou a respeito. A gente precisa falar mais sobre o assunto, em casa, com amigos, como quem defende o amor à vida”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Simulado de incêndio no Centro de Infusão do Hospital de Base capacita profissionais para casos de risco real
Correria, fumaça e até vítimas machucadas fizeram parte de uma simulação de incêndio no Centro de Infusão Verinha no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), nesta quinta-feira (24). O objetivo da ação foi avaliar a efetividade dos protocolos de resposta a emergências e fortalecer a preparação das equipes para situações de risco real. A simulação foi organizada pelo Núcleo de Segurança no Trabalho, em conjunto com a brigada de incêndio da unidade, como parte das iniciativas de melhoria contínua promovidas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), voltadas à garantia da segurança de pacientes, colaboradores e visitantes. A atividade contou com a participação do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e seguiu protocolos estabelecidos. Os simulados são ferramenta essencial para fortalecer a cultura de prevenção e segurança | Foto: Alberto Ruy/IgesDF [LEIA_TAMBEM]O gerente de Saúde e Segurança no Trabalho do IgesDF, Lúcio Flávio de Marins, destacou a relevância dos simulados como ferramenta essencial para fortalecer a cultura de prevenção e segurança nas unidades de saúde. “Exercícios como esse são fundamentais para testar na prática os procedimentos de resposta a emergências, identificar oportunidades de melhoria e garantir que todos saibam como agir diante de situações críticas. Mais do que uma exigência normativa, o simulado representa nosso compromisso com a integridade física de pacientes, profissionais e visitantes”, ressalta. *Com informações do IgesDF
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