Centro Especializado em Saúde da Mulher faz mais de 15 mil procedimentos no primeiro semestre
Com atendimento voltado às mulheres, o Centro Especializado em Saúde da Mulher (Cesmu), localizado na Asa Sul, é referência no acolhimento de mulheres com câncer, gestantes de risco intermediário e vítimas de violência que já tenham passado por atendimento de emergência. A unidade funciona com encaminhamentos realizados pelas unidades básicas de saúde (UBSs). Leila Angélica Soares, 40 anos, é moradora do Cruzeiro e foi encaminhada ao Cesmu devido a uma gestação de alto risco. “Eu estou achando maravilhoso o atendimento. Desde a portaria, recepção, todo mundo”, conta. Grávida do segundo filho, durante os atendimentos, Leila também descobriu um nódulo suspeito no colo do útero. “Agora, vou ser acompanhada pela oncologista. Aqui faço os exames, faço tudo”, relata. Leila Angélica Soares, 40, grávida do segundo filho, descobriu um nódulo suspeito no colo do útero | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF De acordo com dados do Portal de Informações e Transparência da Saúde do Distrito Federal (InfoSaúde-DF), em 2024, a unidade realizou mais de 45 mil procedimentos. Até o início de julho deste ano, foram mais de 15 mil. Entre as especialidades mais procuradas estão a ginecologia geral, com mais de 2 mil atendimentos realizados neste primeiro semestre, e a mastologia, com mais de 800. A gerente do Cesmu, Carla Camilo, explica que o centro atende em diversas frentes. “É um serviço 100% regulado e a porta de entrada vai ser a Unidade Básica de Saúde. A paciente vai procurar a UBS e conferir se se enquadra no perfil. Principalmente mulheres que têm ou tiveram câncer são encaminhadas para cá. Quando chegam aqui, são acolhidas pelo profissional de enfermagem, que vai identificar qual é a necessidade dessa paciente”, detalha. Serviços Unidade oferece atendimento multidisciplinar nas especialidades de ginecologia, mastologia, homeopatia, acupuntura, entre outras [LEIA_TAMBEM]A unidade oferece atendimento multidisciplinar nas especialidades de ginecologia, mastologia, homeopatia, acupuntura, dermatologia, endocrinologia, cardiologia, reumatologia, nutrição, psicologia, serviço social, fisioterapia e enfermagem. São 12 consultórios disponíveis, além de espaços para laudos, exames, acolhimento e procedimentos. O local funciona na entrequadra 514/515 Sul, de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h e das 13h às 18h, exceto em feriados. A farmácia da unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Educação sexual é tema em evento sobre gravidez na adolescência
A Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, entre os dias 1º e 8 de fevereiro, está disseminando informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência. A gestação precoce traz implicações para a vida das jovens mães, de suas famílias, para o desenvolvimento dos filhos e o sistema de saúde como um todo. Em 2023, 2.518 partos realizados na rede pública foram de mães com até 18 anos | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “Esta semana destaca a importância da educação sexual, acesso a métodos contraceptivos e suporte psicossocial para os adolescentes. Além disso, promove o diálogo aberto entre pais, educadores, profissionais de saúde e os próprios jovens, visando criar um ambiente propício para a compreensão dos riscos associados à gravidez precoce”, destaca a médica de Família e Comunidade, Fabiana Fonseca. A especialista explica que a gravidez na adolescência está relacionada a desafios socioeconômicos, interrompendo a educação formal das jovens mães e limitando suas oportunidades de carreira. Além disso, as consequências para a saúde tanto da mãe quanto do bebê são mais acentuadas nessa faixa etária. “O Governo do Distrito Federal vem criando políticas públicas voltadas à juventude, investindo em programas educativos, acesso facilitado a métodos contraceptivos e serviços de saúde adequados”, reforça. O crescimento da gestação na adolescência segue a tendência de aumento que permeia todas as faixas etárias no DF. Dados do InfoSaúde revelam que, em 2023, 2.518 partos realizados na rede pública foram de mães com até 18 anos. [Olho texto=”Taxa de mortalidade fetal (óbitos ocorridos após a 22ª semana de gestação), segundo o último levantamento da Codeplan, é superior entre adolescentes se comparado com mães de 20 a 34 anos, sobretudo entre mães de 10 a 14 anos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Apesar de o Distrito Federal ostentar a menor taxa de gestações na adolescência do país em 2023, com 7,9% de jovens grávidas até 18 anos, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) tem se empenhado ativamente na redução desses números. O esforço é direcionado de maneira focalizada, levando em consideração as disparidades entre as regiões de saúde da capital. Enquanto algumas áreas, como regiões Sudoeste e Lago Sul, registram incidências inferiores a 1%; outras, a exemplo de Estrutural e Itapoã, aproximam-se dos 17%. Segundo o último levantamento da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), a taxa de mortalidade fetal (óbitos ocorridos após a 22ª semana de gestação) é superior entre adolescentes se comparado com mães de 20 a 34 anos, sobretudo entre mães de 10 a 14 anos. Essas discrepâncias são meticulosamente consideradas no planejamento das ações, com o objetivo de canalizar esforços adicionais para onde a demanda é mais premente. A gravidez na adolescência está intimamente ligada à carência de informação sobre saúde sexual e reprodutiva. Portanto, intervenções educativas são implementadas diretamente nas unidades de saúde e em parcerias estratégicas, como o Programa Saúde na Escola, em colaboração com a Secretaria de Educação. O Distrito Federal tem a menor taxa de gestações na adolescência do país, com 7,9% das jovens grávidas até 18 anos em 2023 | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Impactos sociais, emocionais e econômicos A Secretaria de Saúde enfatiza o enfrentamento das repercussões da gravidez na adolescência, que podem abranger aspectos físicos, emocionais, socioeconômicos e educacionais. A situação torna-se ainda mais complexa quando a gestação é resultado de violência ou quando a gestante é menor de 14 anos, configurando um caso de estupro de vulnerável. Nesses casos, o acolhimento psicológico é essencial. No intuito de prevenir e orientar, a SES-DF disponibiliza instruções sobre saúde sexual e reprodutiva nas unidades básicas de saúde (UBSs). Além disso, oferece gratuitamente diversos métodos contraceptivos, como camisinhas masculinas e femininas, anticoncepcionais orais (pílulas) e injetáveis, além do dispositivo intrauterino (DIU). Importante destacar que as adolescentes podem buscar atendimento nessas unidades a partir dos 12 anos de idade, sem a necessidade de acompanhamento por um responsável. Adolescentro O Adolescentro atende usuários de 12 até 17 anos com transtornos mentais moderados ou uso eventual de substâncias psicoativas – atendimento não intensivo e casos de gravidez. Os atendimentos são controlados pelo Complexo Regulador do DF, por meio de solicitação das UBSs e outros serviços de saúde. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A gerente substituta do Adolescentro, Marineide Costa, destaca que as ações de prevenção à gravidez na adolescência são de suma importância. “A gestação nessa fase eleva a prevalência de complicações maternas, fetais e neonatais, além de agravar problemas sociais e econômicos. Diante disso, é importante o desenvolvimento de ações como educação sexual, para trabalhar as questões como gravidez, comportamento sexual responsável, prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, violência sexual e outras violências”, aponta. No decorrer dos atendimentos, de acordo com a necessidade de cada indivíduo, são feitos avaliação e encaminhamento para trabalhar as questões de prevenção. Ao ser detectada vulnerabilidade ou demanda espontânea, é marcada consulta com ginecologista para avaliação puberal, orientação e prescrição de métodos contraceptivos. O Adolescentro conta com um programa de atendimento às vítimas de violência, o Cepav Caliandra. Ele compõe as “flores em rede” de atendimento às vítimas de violência no DF. Atualmente, no Cepav Caliandra as adolescentes recebem tratamento psicossocial com equipe multidisciplinar. O foco do tratamento é a elaboração do trauma vivido para a redução do sofrimento. Os temas trabalhados envolvem a avaliação e mudanças no relacionamento familiar, ativação da rede de proteção, desenvolvimento de estratégias de proteção e prevenção de novas violências, engajamento para planos futuros. A equipe trabalha conjuntamente com os ginecologistas, para orientação, e o serviço social, para o levantamento das vulnerabilidades sociais e a ativação da rede de apoio institucional. *Com informações da SES-DF
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Epilepsia, uma doença que atinge 3 milhões de pessoas no Brasil
A data 26 de março foi instituída em 2008, no calendário da saúde, como o Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia, uma doença que provoca alterações transitórias no funcionamento do cérebro. A enfermidade manifesta-se por meio de crises epilépticas recorrentes, caracterizadas por alterações motoras, sensitivas e de consciência. O Hospital de Base, o maior conjunto hospitalar do Centro-Oeste do Brasil, realiza a maioria dos atendimentos da enfermidade que, só em janeiro, registrou 5.113 casos na assistência pública secundária do DF | Foto: Davidyson Damasceno / Iges-DF A epilepsia acomete todas as idades mas, principalmente, crianças e idosos. Apenas no Brasil, estima-se que 3 milhões de pacientes sofrem com os sintomas. “Em boa parte das vezes a causa pode ser lesão estrutural, genética ou malformação. Entretanto, cerca de 30% seguem como causa desconhecida”, esclarece a neurologista e referência técnica distrital de Neurologia da Secretaria de Saúde, Adriana Barros. [Olho texto=”Dados do InfoSaúde informam que, em 2021, a rede pública realizou, no nível secundário, 4.987 eletroencefalogramas. Em relação às ressonâncias cerebrais, o número foi de 4.831 exames no nível de alta complexidade, o maior índice dos últimos cinco anos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A neurologista explica que a recorrência das crises epilépticas pode levar à morte de neurônios e consequente comprometimento da parte cognitiva. “Além dos riscos inerentes da crise generalizada, que é a convulsão, há riscos de traumas e infecções ”, complementa. Rede de Assistência Na maioria das vezes, as crises epiléticas são passageiras e terminam espontaneamente com duração menor que dois minutos. “Caso persistam por mais de cinco minutos, é necessário chamar uma ambulância e levar a pessoa a um hospital”, orienta a médica. Se o usuário sofrer mais de duas crises epilépticas de curta duração, e sem causa definida, deve procurar a sua Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência para avaliação pelo Médico de Família e Comunidade. O profissional solicitará exames iniciais, como laboratoriais, eletroencefalograma e ressonância de crânio. Os exames são disponibilizados no DF mediante sistema de regulação de consultas e exames. Dados do InfoSaúde informam que, em 2021, a rede pública realizou, no nível secundário, 4.987 eletroencefalogramas. Em relação às ressonâncias cerebrais, o número foi de 4.831 exames no nível de alta complexidade, o maior índice dos últimos cinco anos. [Olho texto=”Inicialmente são usados medicamentos e, em casos específicos, pode haver outras recomendações terapêuticas. No começo são utilizadas as drogas de primeira linha, que são as de primeira geração e que proporcionam controle efetivo em até 60% dos casos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A servidora explica que, após atendimento na UBS, o paciente será encaminhado para um especialista em neurologia, pela Central de Regulação, no âmbito da Atenção Secundária, “O profissional fará o encaminhamento para um neurologista fechar o diagnóstico”, esclarece a médica. O DF conta com 55 neurologistas nas regiões de saúde Norte, Sul, Leste, Oeste, Central e Sudoeste. Apenas em janeiro deste ano, foram realizados 5.113 atendimentos dessa especialidade na assistência pública secundária, a maioria no Hospital de Base do DF (HBDF). O hospital, bem como a Policlínica de Sobradinho, também atende, em seu Ambulatório de Neurologia, os casos de epilepsia de difícil controle. Tratamento [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Inicialmente são usados medicamentos e, em casos específicos, pode haver outras recomendações terapêuticas. No começo são utilizadas as drogas de primeira linha, que são as de primeira geração e que proporcionam controle efetivo em até 60% dos casos. Nos 40% restantes, são usadas as de segunda e terceira linha. “Os fármacos de primeira geração estão disponíveis nas UBSs, enquanto os outros são encontrados nos componentes especializados de assistência farmacêutica”, finaliza a médica Adriana. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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