Curta ‘O Futuro é Indígena’ celebra a força e sensibilidade da infância ancestral
O Memorial dos Povos Indígenas apresenta neste sábado (25), às 10h, o curta-metragem O Futuro é Indígena, obra que retrata a infância como força política e poética no contexto da luta dos povos originários. O filme acompanha Xiwariru, uma menina de sete anos da etnia javaé, durante o 20º Acampamento Terra Livre (ATL) de 2024 — o maior encontro de povos indígenas do país. O cotidiano de uma criança indígena em meio a rituais do Acampamento Terra Livre é o foco do filme | Foto: Divulgação Com narrativa sensível, o documentário revela o cotidiano da criança em meio às marchas, rituais e encontros que compõem o ATL. A partir de sua perspectiva, o curta apresenta uma nova forma de ver o mundo indígena, em que o futuro se desenha na continuidade das tradições e na presença ativa das novas gerações. Financiado pela Lei Paulo Gustavo, o filme apresenta uma equipe composta exclusivamente por mulheres — entre elas, mulheres indígenas, negras e com deficiência —, reafirmando o compromisso com a diversidade e a representatividade no audiovisual. Afetividade A diretora Julia Pá é conhecida por mergulhar nas comunidades que retrata, construindo relações de afeto e confiança com seus personagens. Em O Futuro é Indígena, ela amplia essas conexões para o público, promovendo empatia e reflexão sobre o papel das mulheres e das infâncias na resistência cultural. “Essa produção é um exemplo do poder transformador da cultura quando ela nasce do território e da vivência real”, avalia o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. “A Lei Paulo Gustavo tem possibilitado que vozes historicamente silenciadas encontrem espaço e reconhecimento. O Futuro é Indígena traduz isso com beleza e verdade, reafirmando o compromisso do Distrito Federal com a diversidade e o protagonismo dos povos originários.” A exibição integra a programação cultural do Memorial dos Povos Indígenas, espaço dedicado à valorização das culturas ancestrais e à promoção de diálogos entre diferentes tradições. A entrada é gratuita. Serviço O Futuro é Indígena → Sábado (25), às 10h, no Memorial dos Povos Indígenas, com com interpretação em Libras. Exibição gratuita e aberta ao público, mediada pelo Educativo do Memorial. → 25 a 31: Exibição mediada pelo Educativo do Memorial em horários exclusivos para estudantes. Agendamento de visitas de escolas: arandueducativo@gmail.com / 61 99882-7400. *Com informações da Secec-DF
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Cinema itinerante, capital da moto e festival de animes fazem parte das atrações deste fim de semana no DF
Do ronco dos motores a sessões de cinema sob as estrelas e apresentações culturais para toda a família, o fim de semana no Distrito Federal oferece experiências para todos os gostos. Com o tradicional Capital Moto Week, festivais geek, cinema inflável e outros eventos culturais, a cidade se transforma em um grande palco de lazer e diversidade, com boa parte da programação gratuita e integralmente incentivada pelas secretarias de Turismo (Setur), Esporte e Lazer (SEL) e Cultura e Economia Criativa (Secec). Os brasilienses contam, ainda, com os programas Lazer para Todos e Vai de Graça para facilitar o deslocamento e garantir o acesso gratuito às atrações. Neste final de semana, o Zoológico também está oferecendo entrada gratuita no sábado, além do domingo. Confira a agenda cultural e não fique de fora! Cinema O projeto Cinema Inflável exibirá filmes como Pantera Negra em Brazlândia | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Com uma tela de 10 m x 6 m, o cinema ao ar livre chega a Brazlândia nesta sexta-feira (25). No projeto Cinema Inflável, a exibição de filmes é gratuita e beneficia sete regiões administrativas do DF e cinco cidades de Goiás, com sessões, bate-papos, saraus e atividades recreativas. Com apoio institucional do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Governo (Segov), a iniciativa gratuita já recebeu aproximadamente 6 mil pessoas e conta com distribuição de pipoca, refrigerante e atividades promovidas por pontos de cultura locais. A programação é de sexta a domingo, sempre a partir das 18h, com término das atividades às 21h30. Entre as obras exibidas neste fim de semana estão Pantera Negra, na sexta-feira (25); Elementos, no sábado (26); e O Auto da Compadecida, no domingo (27). Mais informações podem ser encontradas no Instagram do projeto. Não é necessário retirar ingresso e a classificação indicativa é livre, mas é importante observar a orientação de cada filme. Os lugares não são marcados e podem ser ocupados por ordem de chegada. É permitido levar lanches para consumir no local, banheiros serão disponibilizados pela organização do evento e não é permitida a comercialização de alimentos e bebidas. A programação do Cine Brasília tem títulos para todos os gostos | Foto: Divulgação Há também a programação do Cine Brasília para preencher o fim de semana de quem curte a telona, exibindo o clássico Taxi Driver, de Martin Scorsese, e a estreia de F1 - O Filme, protagonizado por Brad Pitt. O espaço exibe, ainda, uma sessão inclusiva neste sábado (26), às 14h, com o filme Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar. A programação completa pode ser consultada pelo site do equipamento público. Capital do rock Entre os eventos de rock que ocuparão Brasília neste fim de semana, está um dos favoritos de quem curte um passeio em duas rodas: a 22ª edição do Capital Moto Week começa nesta quinta-feira (24) e transforma Brasília na maior Cidade da Moto da América Latina pelos próximos 10 dias, até 2 de agosto. O festival deve atrair cerca de 800 mil pessoas de 22 países e movimentar R$ 60 milhões na economia local, gerando 17 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Além de exposições, o Capital Moto Week terá shows de nomes como Samuel Rosa e Angra Mais de 1.800 motoclubes de todo o Brasil e do mundo já confirmaram presença no Parque de Exposições da Granja do Torto, onde o evento reúne 107 shows distribuídos em cinco palcos temáticos, com headliners como Paralamas do Sucesso, Biquíni, Capital Inicial, Samuel Rosa, Angra e a banda canadense Magic!. “O Capital Moto Week é fundamental para nossa cadeia produtiva de turismo, especialmente quando falamos do passeio motociclístico, que se tornou um dos nossos produtos turísticos mais atrativos”, destaca o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. "É um festival que valoriza a cultura, fomenta a economia e o turismo, gera emprego e renda. O Capital Moto Week é o coroamento dessa vocação natural de Brasília para o rock", observa o secretário. O festival oferece entrada gratuita para pessoas com deficiência (PCD), tradução simultânea em Libras, kits sensoriais para neurodivergentes e a Vila do Bem, que oferece atendimentos gratuitos de saúde e serviços profissionais. "O Capital Moto Week é fundamental para nossa cadeia produtiva de turismo, especialmente quando falamos do passeio motociclístico, que se tornou um dos nossos produtos turísticos mais atrativos" Cristiano Araújo, secretário de Turismo Os ingressos estão disponíveis na plataforma parceira do evento (bilheteriadigital.com/capital-moto-week). A programação deste final de semana e outras informações estão disponíveis no site oficial do evento. Mais uma opção para os fãs de rock estará em cartaz no Espaço Cultural Renato Russo, no domingo (27), com uma programação gratuita que mistura música, arte, inclusão e a história de Brasília. O Rock Cultural – 1ª Edição terá shows, exibição de documentários, exposições, feiras de artistas locais e bate-papos para a população, das 14h às 19h30. Entre as atrações está Philippe Seabra, da banda Plebe Rude, além da Banda Fuzo e DJ Maraskin. Moda e teatro O Espaço Cultural Renato Russo, localizado na 508 Sul, também recebe entre os dias 26 e 27 mais uma edição da Varanda It's Time Brechó, que une moda sustentável e consumo consciente. Com peças a partir de R$ 10, o evento reunirá diversos expositores oferecendo peças únicas e cheias de história em um ambiente acolhedor com música. Ressaltando a cultura indígena, o Memorial dos Povos Indígenas promove neste sábado (26), às 15h, a contação da história O Guerreiro Celeste. Inspirada na tradição oral do povo Tapuia, a história aborda temas como espiritualidade, resistência, natureza e renascimento. Ao final da contação, será realizada uma oficina de confecção de peças com sementes brasileiras (colares, pulseiras ou amuletos), simbolizando a continuidade dos saberes, a conexão com a terra e a força espiritual da natureza. O Memorial dos Povos Índigenas recebe a contação de história O Guerreiro Celeste | Foto: Divulgação E-sports e animes A segunda etapa do Cerrado Cup chega ao JK Shopping neste fim de semana. O circuito itinerante de e-sports do DF já teve mais de 300 inscrições e ocorre até 27 de julho, com classificatórias de sexta a domingo. O projeto oferece competições de alto nível, ações interativas e estrutura acessível para jogadores de todas as idades e perfis — incluindo crianças, amadores, profissionais e pessoas com deficiência (PCD). O circuito itinerante de e-sports do DF já teve mais de 300 inscrições | Foto: Divulgação As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo site oficial do evento, em que também estão disponíveis os regulamentos de cada jogo. Além das disputas, o público poderá participar das arenas livres, das 10h às 22h — como a Arena Just Dance, a Arena Corrida com simuladores realistas, a nostálgica Arena Fliperama e o Museu do Videogame Retrô, com consoles clássicos dos anos 1980 até os anos 2010. Já para os fãs da cultura pop japonesa, o Anime Summit 2025 reúne a maior convenção de animes no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade entre os dias 25 e 27 de julho. A programação é diversificada e inclui a final da segunda edição da Liga Brasileira de Cosplay (LBC). Os visitantes poderão desfrutar de atrações como o Artist’s Alley, concursos de Cosplay, uma praça de alimentação variada e a presença de artistas como Ayumi Miyazaki, Feh Dubs, JILUKA e Kaya. Além disso, diversas lojas e expositores estarão presentes, oferecendo produtos dessa expressiva cultura japonesa e experiências para os fãs. O evento oferece recursos de acessibilidade como audiodescrição, plataformas elevadas, rampas, intérpretes de Libras e fones abafadores, além de meia-entrada social mediante a doação de 1kg de alimento não perecível ou um mangá em bom estado. Os ingressos estão disponíveis na plataforma parceira do evento. Lazer Para Todos Os domingos e feriados ganharam um novo significado para as famílias brasilienses, com a implementação do programa Lazer Para Todos, do GDF. A iniciativa garante entrada gratuita ao Jardim Botânico de Brasília e ao Zoológico de Brasília, espaços importantes de entretenimento da capital. Neste final de semana, o Zoo também está oferecendo entrada gratuita no sábado, além do domingo. E, durante o mês de julho, que coincide com as férias escolares, o espaço também vai funcionar todas as segundas-feiras. Atualmente, a entrada para o Jardim Botânico de Brasília (JBB) custa R$ 5 por pessoa. O local funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. Já no Zoológico de Brasília, o ingresso varia entre R$ 5 (meia-entrada) e R$ 10 (inteira). O local fica aberto de terça-feira a domingo e nos feriados, das 8h30 às 17h. Vai de Graça Lançado no final de fevereiro, o benefício do GDF permite a gratuidade nos ônibus e no metrô aos domingos e feriados. Linhas que atendem o Jardim Botânico de Brasília aos domingos → 0.147: São Sebastião (Residencial do Bosque)/L2 Sul/Rodoviária do Plano Piloto; → 0.181: São Sebastião (Residencial do Bosque)/Paranoá/Itapoã/Lago Sul (QI 23); → 0.186: São Sebastião/Lago Sul (Ponte das Garças)/Rodoviária do Plano Piloto; → 181.2: São Sebastião (Residencial do Bosque)/Lago Sul (Gilberto Salomão); → 183.2: São Sebastião (Vila do Boa)/Condomínios (Esaf-Big Box); → 183.6: São Sebastião (Residencial do Bosque)/Morro da Cruz/São Francisco/Mangueiral; → 183.7: São Sebastião (Capão Comprido — João Cândido — Itaipu — Condomínio Estrada do Sol); → 197.3: São Sebastião (Bairro São Francisco Qd. 09 — QI 23)/Rodoviária do Plano Piloto (Ponte JK). Linhas que atendem o Zoológico de Brasília aos domingos → 0.089: Ceilândia (M2 Norte e Sul)/Taguatinga (Avenida Comercial Norte/Avenida Centro)/Guará/Faculdade Euroamericana/Samdu Norte → 0.160: Núcleo Bandeirante (Zoológico)/Rodoviária do Plano Piloto (Eixo) → 0.172: Riacho Fundo I (EPNB)/Rodoviária do Plano Piloto (Zoológico – Eixo) → 0.373: Samambaia Norte (2ª Avenida)/Rodoviária do Plano Piloto (EPNB-Eixo) → 0.809: Recanto das Emas/Rodoviária do Plano Piloto (Eixo) → 0.821: Samambaia Sul (1ª Avenida)/Rodoviária do Plano Piloto (EPNB) → 0.825: Samambaia Sul (2ª Avenida)/Rodoviária do Plano Piloto (EPNB) → 154.2: Guará e Guará II/Rodoviária do Plano Piloto → 336.1: Setor P Sul/Rodoviária do Plano Piloto → 373.2: Samambaia Norte (1ª Avenida)/Rodoviária do Plano Piloto (EPNB) → 813.2: Recanto das Emas (EPNB – Epia)/W3 Sul – Norte → 870.1: Riacho Fundo II (QS 18 — Caub II)/Rodoviária do Plano Piloto (Eixo) → 870.7: Recanto das Emas (Qd. 800)/Rodoviária do Plano Piloto – via Eixo
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Memorial dos Povos Indígenas promove contação da história 'O Guerreiro Celeste'
O Memorial dos Povos Indígenas, por meio do projeto Educativo Arandu: Ouvir o Tempo, realiza uma atividade de contação de história, seguida de oficina, com entrada gratuita e aberta a todos os públicos, em 26 de julho, às 15h. A narrativa escolhida é O Guerreiro Celeste, conduzida por MuritiTapuia, arte-educadora indígena que une oralidade, ancestralidade e práticas artísticas como ferramentas de fortalecimento cultural. Inspirada na tradição oral do povo Tapuia, a história aborda temas como espiritualidade, resistência, natureza e renascimento. Por meio da jornada do guerreiro Viatã, que enfrenta forças sombrias nos céus para libertar seu povo e permitir seu renascimento sob a luz de Kwarasy (o sol), a narrativa convida o público a refletir sobre os ciclos da vida e os saberes indígenas. Inspirada na tradição oral do povo Tapuia, a história aborda temas como espiritualidade, resistência, natureza e renascimento | Foto: Divulgação/Secec-DF Ao final da contação, será realizada uma oficina de confecção de peças com sementes brasileiras (colares, pulseiras ou amuletos), simbolizando a continuidade dos saberes, a conexão com a terra e a força espiritual da natureza. O projeto Arandu: Ouvir o Tempo é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC). Serviço Contação de história: “O Guerreiro Celeste” e oficina de confecção de peças com sementes brasileiras. Data: 26 de julho (sábado) Horário: 15h Local: Memorial dos Povos Indígenas Entrada gratuita Público-alvo: Crianças, jovens e adultos interessados em cultura indígena, oralidade e arte-educação *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF)
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Projeto propõe uma jornada pelos espaços de patrimônio do DF
No Dia Internacional dos Museus, comemorado neste 18 de maio, um projeto desenvolvido por professores e estudantes da Universidade Católica de Brasília (UCB) ganha destaque ao lançar luz sobre histórias pouco conhecidas e ampliar o acesso aos espaços de herança cultural do Distrito Federal. Intitulado Museus, Patrimônio e Direito à Memória, o trabalho é coordenado pelo professor Gustavo Menon e financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), por meio do edital de Demanda Espontânea 2022, com o fomento de R$ 177 mil. Alunos de diversos cursos da Universidade Católica participaram da visita guiada | Foto: Divulgação/FAPDF A iniciativa integra ensino, pesquisa e extensão, reunindo estudantes de diferentes cursos da UCB em visitas técnicas a museus e instituições culturais da capital. O objetivo é refletir criticamente sobre o papel dos acervos museológicos e sua relação com o direito à cidade, à cidadania e à memória coletiva. “Muitos dos nossos alunos, sobretudo os que moram em regiões como Ceilândia e Taguatinga, nunca haviam entrado no Congresso Nacional ou em museus centrais de Brasília”, afirma Menon. “O projeto rompe essas barreiras geográficas e simbólicas, tornando o acesso à cultura um direito real.” Patrimônio acessível e memória plural Os participantes visitaram espaços como o Museu Nacional da República, o Memorial dos Povos Indígenas, o Museu do Voto (TSE), o Palácio Itamaraty e o Memorial JK. Durante os percursos, acompanhados pelas equipes educativas, os estudantes participaram de dinâmicas de leitura crítica dos acervos e debateram temas como diversidade, democracia, relações étnico-raciais e direitos humanos. A análise documental envolveu fichas de exposição e questionários aplicados durante as visitas. A metodologia utilizada foi a pesquisa-ação, com os próprios pesquisadores atuando de forma participativa e reflexiva nos encontros. “Este projeto está profundamente alinhado à missão da FAPDF de promover a ciência como instrumento de transformação social. Ao incentivar a reflexão crítica sobre a memória e o patrimônio cultural, contribuímos para uma sociedade mais consciente, plural e democrática — em que o conhecimento gerado nas universidades chega efetivamente às pessoas e aos territórios”, enfatiza o presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior. Olhar para além do Plano Piloto Na segunda fase do projeto, os organizadores pretendem expandir o roteiro formativo para regiões fora do Plano Piloto, incluindo locais simbólicos como o Catetinho — primeira residência oficial do presidente Juscelino Kubitschek — e o Museu Vivo da Memória Candanga, que homenageia os trabalhadores que ergueram Brasília. Além disso, há planos para ampliar as parcerias com universidades como a UnB, a UnDF, e órgãos como o Iphan e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secom-DF), com foco na formulação de políticas públicas que valorizem o patrimônio cultural e promovam a inclusão. Contra o silêncio e a exclusão O projeto também assume uma postura crítica frente aos processos de patrimonialização que, historicamente, excluíram memórias de povos indígenas, comunidades negras, quilombolas e trabalhadores migrantes — como os candangos. “É preciso questionar a história oficial e abrir espaço para outras narrativas, muitas vezes silenciadas pelos discursos dominantes”, pontua Gustavo Menon. [LEIA_TAMBEM] A proposta está em sintonia com os princípios da nova museologia, que propõe práticas mais participativas, plurais e engajadas socialmente. “O museu não é apenas um lugar de conservação de objetos, mas um espaço vivo de debate, pertencimento e transformação social”, acrescenta Menon. Resultados e legado O projeto já resultou em um repositório digital, onde estão disponíveis os registros das visitas, reflexões e materiais didáticos produzidos. O site funciona como um espaço de memória coletiva e também como instrumento de ensino para futuras turmas. Acesse o projeto.
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Memorial dos Povos Indígenas recebe exposição Território da Diversidade
O Memorial dos Povos Indígenas, em parceria com a Aldeia Multiétnica, traz a Brasília, até o fim do ano, a exposição Território da Diversidade, um conjunto de objetos, artefatos, fotografias e painéis informativos sobre os povos Krahô, Mebengokre, Fulni-ô, Mehinako, Waurá, Kamaiurá, Yawalapiti, Mbya Guarani, Xavante e Kariri-Xocó. A mostra leva o público a explorar essa riqueza, oferecendo um olhar atento para a sociodiversidade dos povos indígenas que habitam nosso território muito antes da formação do Estado brasileiro. Cada um desses povos carrega uma história singular de resistência, conhecimento e relação com a terra, manifestadas em suas práticas culturais, línguas, rituais e modos de vida. Na exposição ‘Território da Diversidade’, o público poderá aprender mais sobre a cultura dos povos Krahô, Mebengokre, Fulni-ô, Mehinako, Waurá, Kamaiurá, Yawalapiti, Mbya Guarani, Xavante e Kariri-Xocó | Fotos: Divulgação/Secec Mais do que uma exposição de objetos e imagens, Território da Diversidade é um convite à reflexão. A mostra propõe um encontro com os saberes tradicionais e os desafios contemporâneos enfrentados pelos povos indígenas, destacando sua luta pelo reconhecimento de direitos, pela preservação de seus territórios e pelo respeito à sua autonomia. Ao percorrer o Memorial, o visitante é convidado a perceber a presença indígena para além do passado, compreendendo-a como parte fundamental da construção do presente e do futuro do Brasil. Entre cores, formas, sons e narrativas, a exposição celebra a diversidade linguística, os saberes e fazeres que enriquecem nossa identidade coletiva. “A exposição oferece à opinião pública uma verdade e uma referência para formarem suas conclusões” Davi Terena, gerente do Memorial dos Povos Indígenas Para Davi Terena, gerente do museu e indígena da etnia Terena do Mato Grosso do Sul, o principal objetivo da exposição é informar sobre a diversidade dos povos. “A exposição é para informar sobre a cultura e história, mostrando a realidade dos indígenas. Oferece à opinião pública uma verdade e uma referência para formarem suas conclusões, em que passado e presente são recursos para a melhor compreensão do momento atual, e mostrando uma grande quantidade de conjunto de bens que integram o patrimônio brasileiro e mundial”, explicou. [LEIA_TAMBEM] O subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón, destacou que “trazer essa mostra é uma forma de reconhecer que a diversidade cultural é um patrimônio vivo, essencial para a construção de uma sociedade mais justa e plural”. Serviço Exposição Território da Diversidade Memorial dos Povos Indígenas (em frente ao Memorial JK) Terça a domingo, das 9h às 17h Livre para todos os públicos Entrada gratuita *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Fim de semana em Brasília tem programação cultural gratuita e despedida do Carnaval
Brasilienses e turistas terão diversas opções de cultura e lazer neste fim de semana. Com programações que incluem exposições artísticas, sessões de cinema acessíveis e a famosa ressaca de Carnaval, o que não falta é atração para quem não quer ficar em casa. Espiritualidade e relação territorial são inspirações da mostra Sarã, ãbakoháy ~ug hãhãw: Raízes, Memórias e Território, no Memorial dos Povos Indígenas | Fotos: Divulgação No Memorial dos Povos Indígenas, a exposição Imenu: Arte Visual Kaxuyana e Tiriyó, idealizada pela artista indígena Bárbara Rehkayie Kaxuyana, traz 30 pinturas que retratam grafismos e desenhos tradicionais dos povos kaxuyana e tiriyó. As obras foram criadas em oficinas realizadas na aldeia Santo Antônio, onde jovens e anciãos compartilharam histórias e técnicas ancestrais. Pinturas da exposição Imenu: Arte Visual Kaxuyana e Tiriyó também integram a programação do Memorial dos Povos Indígenas Tendo como base as tintas sobre tecidos de algodão cru, as pinturas conectam passado e presente, ressaltando a cultura desses povos originários. A mostra fica em cartaz até o dia 23 deste mês, podendo ser visitada de terça a domingo, das 9h às 17h. Também no Memorial dos Povos Indígenas, a exposição Sarã, ãbakoháy ~ug hãhãw: Raízes, Memórias e Território, da artista Uakyrê Pankararu Braz, reúne 20 obras que exploram a espiritualidade e a relação dos povos pankararu e pataxó com seus territórios. Criadas com lápis de cor, giz de cera, canetinhas e tinta guache, as ilustrações destacam a importância das mulheres indígenas como guardiãs da tradição. Assim como Imenu, essa mostra faz parte do edital de incentivo às exposições temporárias do Memorial, com apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). Baby é a atração do Cine Brasília neste sábado, em sessão gratuita com audiodescrição e tradução para Libras Para os amantes da sétima arte, o Cine Brasília promove sessão acessível neste sábado (8), às 14h, com o filme Baby. A sessão contará com audiodescrição no sistema de som, tradução para Libras e legendas descritivas projetadas na tela, garantindo inclusão para pessoas com deficiência auditiva e visual. O longa-metragem narra a trajetória de Wellington, um jovem recém-saído de um centro de detenção juvenil que encontra novas formas de sobrevivência em São Paulo ao lado de Ronaldo, em uma história de amor e conflitos. A entrada é gratuita, por ordem de chegada. Para a criançada, o CarnaPati é diversão garantida em São Sebastião, no domingo E, para se despedir oficialmente das festividades carnavalescas, o bloco Carnapati organiza uma ressaca de Carnaval especial também no sábado, das 8h às 13h, no estacionamento do Eixo Cultural Ibero-americano, antiga Funarte. O evento gratuito contará com um espaço dedicado para receber e adotar animais de estimação. Na programação cultural, o destaque vai para o espetáculo Saltimbancos Músicos de Bremen, com sessões às 9h e 11h, e a apresentação do jovem DJ Rei, que animará o público infantil com um repertório especial. Outras atrações não deixarão o folião esquecer o Carnaval durante este final de semana. Veja abaixo aonde ir para aproveitar a saideira da festa. Sábado (8) ⇒ Bloco Vamos Fullgil: 15h às 22h, no estacionamento do Eixo Cultural Ibero-Americano, Plano Piloto ⇒ Vai com as Profanas: 14h às 22h, na Galeria dos Estados, Plano Piloto Domingo (9) ⇒ CarnaFamília: 16h às 23h, em São Sebastião (Rua 1, Quadra 7, Lote 20, Residencial do Bosque) ⇒ Bloco Carnaval Delas: 15h às 22h, na Praça São Sebastião, Setor Tradicional de Planaltina ⇒ Bloco Manga Botânica: 14h às 22h , no Parque Vivencial Jardim Botânico, Jardim Botânico.
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Mostra de cinema japonês, exposição indígena e tour em vinícola agitam o final de semana
O Distrito Federal terá um fim de semana repleto de atrações culturais. Mostras de cinema, exposições, visitas guiadas a vinícolas e oficinas prometem movimentar o sábado e o domingo no Quadradinho. A Agência Brasília destaca eventos promovidos pelo Governo do DF (GDF) e atividades em equipamentos públicos da capital. Cinema O cinema japonês é tema de mostra no Cine Brasília | Foto: Divulgação Uma das dicas para este final de semana é a Mostra de Cinema Japonês Contemporâneo, em cartaz no Cine Brasília até domingo (9). O cinema mais tradicional de Brasília prepara uma seleção de filmes do Japão, com ingressos a apenas R$ 5. A mostra é promovida pela Embaixada do Japão no Brasil e pela Fundação Japão, com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) e da Box Cultural. A programação reúne quatro títulos exibidos no idioma original, com legendas em português: I Am What I Am (2022); What Did You Eat Yesterday? (2021); The Nighthawk’s First Love (2022); e Hit Me Anyone One More Time (2019). Exposição O Memorial dos Povos Indígenas é um dos locais que oferecem programação cultural neste fim de semana | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília A cultura oriental também é destaque da exposição Luzes da Coreia – Festival de Lanternas Coreanas, que ocupará o primeiro piso do Shopping Pátio Brasil até 24 de abril. Sucesso de público no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, a mostra apresenta uma das mais tradicionais celebrações culturais da Coreia, com 1.200 lanternas de seda vindas da cidade de Jinju. Túneis iluminados, uma lua em 3D e instalações interativas levam os visitantes a uma imersão na cultura coreana, unindo tradição e modernidade. Além das lanternas, o público poderá experimentar os hanboks, trajes típicos coreanos, e conhecer a lontra Hamo, mascote de Jinju, em uma escultura de três metros. A visitação é de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos e feriados, das 12h às 20h. Os ingressos custam R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia), disponíveis no local e no Sympla. A exposição As Mulheres Cabaças mostra a força das indígenas, passada de geração para geração | Foto: Divulgação/Denize Potyguara Outra pedida é visitar a exposição As Mulheres Cabaças, que celebra a força feminina indígena, no Memorial dos Povos Indígenas. Essa é a primeira mostra temporária deste ano, cuja idealização é da artista indígena Kessia Daline Krahô. A mostra faz parte do edital de incentivo às exposições temporárias do memorial, promovido pela gestão do projeto educativo da ONG Amigos da Vida, que conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secec. O acesso é gratuito e o espaço está aberto de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. Na ocasião, os visitantes poderão ver de perto um conjunto de 30 cabaças que narram histórias fundamentais para a formação e a identidade de seu povo, homenageando a luta e a força das mulheres indígenas. As peças destacam a força matriarcal e a sabedoria ancestral que atravessa gerações. Além disso, a mostra resgata a simbologia das cabaças como representação do feminino, da fertilidade e da conexão com a terra. Visitas guiadas O passeio tem duração de 1h30 e percorre as principais áreas da Vinícola Brasília, incluindo a sala de tanques e barricas de carvalho | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Para os enófilos de plantão, a recomendação é a visita guiada à Vinícola Brasília. O tour oferece uma oportunidade de explorar todo o processo de produção de vinhos e conhecer de perto a tradição vinícola da região do Quadradinho. A Vinícola Brasília surgiu a partir da união de dez vinhedos de famílias que chegaram ao DF no final da década de 1970 e início da de 1980. Vindos da Região Sul e com tradição agrícola, os empresários decidiram se unir em torno de algo que sempre tiveram em comum: a paixão por vinhos. O passeio tem duração de 1h30 e percorre as principais áreas da vinícola, incluindo a sala de tanques e barricas de carvalho, oferecendo uma imersão completa no universo dos vinhos. Além disso, a visita inclui degustação de 4 vinhos, acompanhados de pães, azeite, queijo e salame artesanal, além de uma taça personalizada da vinícola de presente. As visitas guiadas são às sextas-feiras (10h, 14h e 16h30); aos sábados (10h, 14h e 16h30); e aos domingos (10h e 14h).
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Políticas públicas do GDF visam proteção dos direitos da população indígena
Mais de 5,8 mil indígenas vivem no Distrito Federal, o equivalente a 0,21% do total de residentes. A população é considerada a segunda menor do país, conforme o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e está incluída no leque de políticas públicas governamentais. Além disso, são desenvolvidas ações específicas para valorizar os originários, no âmbito de saúde, assistência social, cultura e mais. ?Nesta quarta-feira (9), é celebrado o Dia Internacional dos Povos Indígenas, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1994. Nacionalmente, há também o Dia do Indígena, em 19 de abril, que visa contribuir com a preservação da cultura e da história das etnias brasileiras. A homenagem surgiu em 1943 com o nome de Dia do Índio e, em 2020, trocou de nomenclatura. A SES-DF dispõe de quatro equipes de referência para a saúde indígena, instaladas nas UBS 2 da Asa Norte, na UBS 1 e na UBS 3 do Morro Azul, ambas em São Sebastião e na UBS Cariru, na área rural do Paranoá | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil ?Conforme o censo do IBGE, os indígenas do DF são classificados como residentes fora de terras indígenas, tendo em vista a inexistência de terra indígena declarada ou legalmente instituída. De acordo com a professora do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB) e coordenadora do programa de pós-graduação em Sustentabilidade junto a Povos e Territórios Tradicionais, Cristiane Portela, grande parte da população originária que reside na capital federal é oriunda do Nordeste. ?“O DF, historicamente, é um lugar de passagem de diversos povos. Tivemos populações que ocuparam o Planalto muito antes de nós”, explica. “Durante a construção de Brasília, trabalhadores de todo o país vieram para a capital e indígenas também atenderam a esse chamado, vindos principalmente do Nordeste. Hoje, temos uma população estimada em seis mil indígenas que vivem principalmente nas periferias”, afirma. ?O GDF está atento às demandas da população. A Secretaria de Saúde (SES-DF) dispõe de quatro equipes de referência para a saúde indígena, instaladas na Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 da Asa Norte, na UBS 1 de São Sebastião, na UBS Cariru da região do Café Sem Troco, na área rural do Paranoá, e na UBS 3 do Morro Azul, em São Sebastião. As equipes atendem regularmente 230 indígenas Warao, 50 Kariri-Xokó e 130 Guajajara. ?A SES-DF observa que as populações “são muito itinerantes e nem sempre há esse contingente nas comunidades”. Além disso, cabe ressaltar que o número é inferior ao total de indígenas mapeados pelo censo do IBGE, tendo em vista que a maioria da população não reside em aldeias. ?As equipes promovem a assistência à saúde respeitando as especificidades culturais da população indígena, o rastreio e acompanhamento de doenças infectocontagiosas, a análise da situação vacinal, a atualização do calendário vacinal, entre outros pontos. Os serviços são oferecidos a outras etnias, caso haja solicitação. ?Além disso, a Gerência de Atenção à Saúde de Populações em Situação Vulnerável e Programas Especiais (GASPVP) faz visitas regulares a essas comunidades com o intuito de realizar diagnóstico situacional para minimizar os riscos de saúde a que são submetidas as populações indígenas. Há ainda programas e linha de cuidados regulares, como saúde da criança, idoso, adolescente, mulher, homem, rastreio de hipertensão e diabetes, saúde bucal, vacina, conforme a carteira de serviços da atenção primária. ?Cuidado A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) também estabelece medidas afirmativas para os cidadãos originários. O Centro de Referência Especializado de Assistência Social Diversidade (Creas) Diversidade, na Asa Sul, é específico para públicos indígenas, quilombolas, membros da comunidade LGBTQIA+ e afins. O atendimento é voltado a situações de discriminação, por orientação sexual, identidade de gênero, raça, etnia ou religiosidade. ?Por sua vez, a Equipe Imigrantes faz a oferta dos serviços, benefícios, programas e projetos socioassistenciais a pessoas vindas de outros países, por exemplo os membros da etnia Warao, indígenas provenientes da Venezuela. O Cras Móvel também atua junto às etnias no DF, levando atendimento socioassistencial a comunidades mais afastadas em ações concentradas. ?No âmbito da geração de emprego e renda, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet) oferece vagas para indígenas refugiados e migrantes venezuelanos nos programas de qualificação profissional. O 1º Ciclo de 2023 do RenovaDF, por exemplo, tem a participação de 33 indígenas Warao. ?Abrigo da ancestralidade ?”O memorial é considerado uma instituição educacional, intelectual, científica e política indígena”, afirma o gerente do Memorial dos Povos Indígenas, David Terena | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O Memorial dos Povos Indígenas é considerado um reduto da ancestralidade originária. Criado em 1987, o equipamento público é mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e fica no Eixo Monumental, próximo ao Memorial JK. O visitante pode conhecer uma série de artefatos valiosos de etnias de todo o Brasil em uma exposição permanente. ?“O memorial é considerado uma instituição educacional, intelectual, científica e política indígena. É o lugar de discutir os problemas indígenas, em que podem apresentar a sua cultura”, afirma o gerente do equipamento público, David Terena. ?Neste ano, a Secec abriu linhas de investimentos em projetos sobre a cultura indígena dentro do Edital FAC (Fundo de Apoio à Cultura) Multicultural 2, cujas inscrições chegaram ao fim no dia 10 do mês passado. O destaque é uma vaga para projeto educativo no Memorial dos Povos Indígenas com aporte de R$ 350 mil, dentro da categoria Cultura de Todo Jeito. O proponente precisa garantir a realização de atividades educativas com o público geral e escolas públicas e privadas, além de cumprir uma série de critérios, para ser selecionado. ?Além disso, neste ano, foi criada uma linha específica para ações de formação para a Cultura Indígena e/ou Afrobrasileira. São duas vagas, sendo que cada uma oferece aporte de R$ 60 mil. O resultado do edital será divulgado em meados de dezembro. Aqueles que conseguirem os recursos terão até 12 meses para informar o período de execução e mais 24 meses para pôr a ideia em prática. ?Comemoração Os organizadores do Dia Internacional dos Povos Indígenas: Aptsi Juruna Xavante e Mirim Ju Yan Guarani | Foto: Arquivo Pessoal Uma celebração do Dia Internacional dos Povos Indígenas está marcada para este sábado (12). O evento foi organizado por três voluntários – os indígenas Aptsi Juruna Xavante, Jehn Karipuna e Mirim Ju Yan Guarani -, junto à administração do memorial. A partir das 14h30, haverá a contação de histórias para crianças, com contos e brincadeiras tradicionais. Às 15h30, ocorrerá um bate-papo com adultos, em que serão tratados momentos importantes para a cultura. ?O indígena Mirim Ju Yan Guarani, um dos organizadores, afirma que a ideia é honrar a sabedoria e resistência que permanecem vivas nos povos indígenas. “Para nós, esse espaço é muito sagrado”, afirma. Em abril, considerado um mês importante para a cultura, o grupo de voluntários também organizou uma série de eventos. ?“Queremos mostrar um pouco da diversidade das culturas, com vídeos sobre os nossos povos e atividades culturais, ao mesmo tempo em que falamos sobre as nossas diferenças e sobre o cuidado que temos com a natureza, um trabalho superimportante para o equilíbrio da vida”, ressalta. Arte: Secec ?Serviço Celebração do Dia Internacional dos Povos Indígenas Horário: a partir das 14h30 Programação: contação de histórias e bate-papo Endereço: Eixo Monumental Oeste, Zona Cívico-Administrativa, Praça do Buriti – em frente ao Memorial JK ? Memorial dos Povos Indígenas Horário de funcionamento: de terça a domingo e feriados, das 9h às 17h Telefones: (61) 3344-1155 e 3344-1154, para dúvidas gerais, solicitação de visita guiada ou pauta espontânea E-mail: mpi@cultura.df.gov.br Agendamento de visitas escolares: educativo.mpi@cultura.df.gov.br
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Eventos celebram as culturas indígena e afrodescendente
Dois eventos no Memorial dos Povos Indígenas (MPI) desta sexta-feira (27) a sábado próximo colocam os temas “memória, história e ancestralidade” no topo da agenda do patrimônio material e imaterial do Distrito Federal. O espaço da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) abriga nesses três dias o Festival Agô – Música e Ancestralidade e o Seminário Fealha, que receberam aporte do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Os eventos combinam apresentações musicais, debates e feiras, reverenciam a presença indígena no DF e prestam homenagens à cultura de comunidades quilombolas e práticas de terreiro ligadas ao Candomblé e à Umbanda. A entrada é gratuita. Os recursos do FAC, de editais de 2021, somam R$ 160 mil, gerando 135 empregos diretos e 370 indiretos. Os eventos combinam apresentações musicais, debates e feiras |Foto: Fred Jordão/Divulgação “A presença indígena no Distrito Federal é negligenciada. Porém, hoje sabemos que é parte fundamental do processo construtivo da identidade do nosso quadradinho. Não somos apenas o centro do poder político, onde os indígenas vêm pleitear seus direitos, somos a morada ancestral de diversas populações”, afirma o subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón. O gerente do MPI, David de Oliveira Terena, que traz no nome a etnia do seu povo, festeja a realização: “Essa iniciativa mostra que, além de memória, o MPI se movimenta para discutir as heranças indígenas como coisas vivas. É também um local de pesquisa e ciência”. O Memorial recebe média de 4 mil visitantes por mês. Outras Brasílias Os eventos no MPI darão ao público a oportunidade de pensar a história de Brasília fora da narrativa hegemônica construída em torno de grandes personagens e grandes efeitos, um dos problemas da historiografia oficial, que imprime em livros didáticos simplificações e apagamentos. A professora de História da Universidade de Brasília (UnB) Cristiane Portela coordena o projeto Outras Brasílias, em cooperação com a Faculdade de Educação. A pesquisa busca jogar luz sobre aspectos da história da capital que foram negligenciados no esforço de construção da cidade. Ela vai falar nesta sexta-feira (28) sobre a pesquisa que encabeça. “Minha fala contemplará a necessidade de pensar narrativas sobre o DF a partir da noção de sujeitos coletivos, que nos indicam outras maneiras de pensar a história do capital”, explica ela. A docente trabalha conceitos como “território luta” e “território útero”, que operam na contramão da historiografia hegemônica, buscando outros sentidos para a ideia de ocupações, sejam as originais, sejam as que se formaram a partir de processos históricos. A indígena Potyra Terena, de etnia presente no Mato Grosso, é professora da Secretaria de Educação do DF e representante dos povos originários em vários coletivos. Ela destaca que o Festival Agô (“licença”, em Yorubá) serve para levar música e promover o debate sobre ancestralidade e presença indígena em Brasília. Explica que Fealha, título do seminário, significa “terra sagrada” no idioma do povo Fulni-ô, de Pernambuco. Os povos indígenas estarão presentes no Festival Agô por meio do canto do povo Fulni-ô e das mulheres indígenas do Alto Xingu | Foto: Secec/Divulgação “Para os indígenas, as memórias ancestrais têm muita importância, pois toda a existência é a resistência feita por memórias de lutas territoriais. Conhecer ‘Outras Brasílias’ é reconhecer que esse território sempre teve a presença indígena em trajetórias de lutas e conquistas”, afirma. “As músicas cantadas pelas comunidades tradicionais são vividas de forma muito completa e complexa. A música vem com a língua, a dança e carrega a identidade de cada povo. Nosso compromisso é mostrar esse conjunto complexo que a música carrega”, ressalta a diretora do Festival Agô, Tâmara Jacinto. Destaques Entre as atrações do Festival Agô, está o coletivo Ponto Br, que traz alguns dos chamados guardiões de culturas tradicionais brasileiras: Mestre Walter (Raízes da África – PE), Mestra Zezé de Iemanjá (Casa Fanti Ashanti – MA) e Ribinha de Maracanã (Bumba Boi de São Luís – MA). Eles dialogam com artistas conhecidos da cena contemporânea, como a paulistana Renata Amaral, o pernambucano Eder O Rocha, o suíço Thomas Rohrer e o maranhense Henrique Menezes. O grupo Orí (cabeça, em Yorubá), de Pernambuco, apresenta músicas tradicionais de religiões de matrizes africanas e afro-brasileiras das nações Xambá e Nagô. Por meio de instrumentos melódicos, harmônicos e componentes eletrônicos, os músicos revelam a ancestralidade dos cantos e toques sagrados do Xangô Pernambucano, realizados principalmente para equilibrar e alimentar o Orí. Apadrinhado pelo maestro Letieres Leite (educador, compositor e arranjador baiano, falecido em 2021), o grupo é formado por Beto da Xambá (violão), Memé da Xambá (voz), Thulio Xambá (cavaquinho), Nino da Xambá (flauta) e Tayna Hirlley (piano). No palco do Festival Agô, eles recebem a cantora Cris Pereira, uma potente voz do samba de Brasília. Os povos indígenas estarão presentes no Festival Agô por meio do canto do povo Fulni-ô e das mulheres indígenas do Alto Xingu. A principal aldeia Fulni-ô do Brasil fica pro?xima à cidade de A?guas Belas (PE) e ha? tambe?m um territo?rio no noroeste de Brasi?lia (DF): a Terra Indi?gena Santua?rio dos Paje?s, um símbolo da luta contra a especulação imobiliária na capital federal. Os recursos do FAC, de editais de 2021, somam R$ 160 mil, gerando 135 empregos diretos e 370 indiretos | Foto: Renan Peixe/Divulgação As mulheres indígenas do Alto Xingu vêm do Mato Grosso para compartilhar parte do que é a Yamurikuma?, uma festa ritual realizada por mulheres indígenas pertencentes às nove etnias do Alto Xingu. Durante todo o período da festa, as mulheres dominam o poder da aldeia, se adornam, cantam versos de canções tradicionais, lutam Huka Huka e realizam atividades que, em outros contextos, seriam permitidas apenas aos homens. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Serviço Festival Agô – Música e Ancestralidade / Seminário Fealha – Presença Indígena no DF De 27 a 29 de julho (quinta a sábado) Memorial dos Povos Indígenas Mais informações, clique aqui. Ingressos para o show Festival Agô (entrada gratuita) aqui. Inscrição para o seminário Fealha aqui. Programação Geral – Festival Agô + Fealha Quinta – 27/07 18h15: Cantos com povo Fulni-ô e mulheres do Alto Xingu 18h30: Seminário Fealha: Memórias do Memorial dos Povos Indígenas 19h30: Seminário Fealha: Viver o presente, olhar o futuro Sexta – 28/07 14h30: Seminário Fealha: Ancestralidade cerratense 16h30: Seminário Fealha: Trajetórias, povos e territórios 19h: Roda aberta de Capoeira Angola com Mestra Elma (MA) e grupo nZambi 20h30: Ori (PE) part. Cris Pereira (DF) 21h30: Cantos das Mulheres do Alto Xingu (MT) 22h: Cafurnas Fulni-ô (PE/DF) 22h30: Ponto BR (MA/PE/SP) Sábado – 29/07 10h às 12h: Oficina de Capoeira Angola com Mestra Elma (nZambi) 15h às 16h: Seminário Fealha: Histórias e conquistas do Acampamento Terra Livre (ATL) *Com informações de Secretaria da Cultura e Economia Criativa (Secec)
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Plantio de árvores no DF será tema de encontro no Guará neste sábado (17)
?Aumentar o índice de arborização das regiões administrativas (RAs) e construir uma cultura de regeneração ambiental na população. Esses são alguns dos temas que serão debatidos no 2º Encontro dos Comitês de Plantio e Associações dos Parques Ecológicos do Distrito Federal, marcado para este sábado (17). O evento é aberto ao público e será realizado das 9h às 12h, no salão da Administração Regional do Guará, na QE 5. Entre as metas para o DF, este ano deverão ser plantadas um milhão de árvores, prioritariamente espécies do Cerrado | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília ?Estarão presentes representantes do Instituto Brasília Ambiental, Secretaria de Meio Ambiente (Sema), do Instituto Regenerativo Tempo de Plantar e dos 27 comitês de plantio das RAs – que são geridos por uma rede de voluntários. O primeiro encontro sobre o tema ocorreu em 2019, no Memorial dos Povos Indígenas. ?“Estimular a população a plantar árvores, especialmente as nativas da região, é um dos caminhos para fortalecer a importância do bioma Cerrado e toda sua biodiversidade, afinal sua vegetação é atrativa para diferentes animais silvestres típicos”, salienta o secretário de Meio Ambiente e Proteção Animal, Gutenberg Gomes. “A sociedade se beneficia de muitas formas quando a população participa de ações de plantio e de manutenção da vegetação do cerrado”. ?Em maio deste ano, o governador Ibaneis Rocha instituiu o primeiro domingo do mês de dezembro como o Dia Oficial de Plantio de Mudas de Árvores. Por ser o início do período chuvoso, a data é considerada uma das melhores para se plantar diversas espécies. ?O presidente do Instituto Regenerativo Tempo de Plantar, Paulo César Araújo, afirma que, neste ano, a meta é plantar um milhão de árvores. Segundo ele, o plantio será regulado pelo Ibram a partir de um grupo de trabalho e vai priorizar espécies nativas do cerrado. A ação deve ocorrer, principalmente, nos parques ecológicos. “Queremos aumentar o índice de arborização nas regiões, para levar mais qualidade de vida aos moradores”, completa ele. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ?“Ao longo de toda nossa vida, sempre estivemos voltados a experiências de consumo da terra. A gente não vive para recuperar o que já foi destruído”, pontua. “Queremos criar a cultura de regeneração no DF, estimulando a população a plantar árvores, estar atento a áreas degradadas.” ?O administrador regional do Guará, Artur Nogueira, afirma que a cidade está animada em receber o evento e destaca que o cuidado com a natureza é uma prioridade. “O Guará é referência em cuidado com o meio ambiente e apoio ao desenvolvimento sustentável. O plantio de mudas pelos parques, quadras e praças tem sido um diferencial da nossa cidade. A administração está de portas abertas para receber e incentivar encontros como esse”, diz.
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