Festival de Brasília do Cinema Brasileiro abre inscrições para a seleção de filmes
Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília. O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do festival até 9 de junho. Coletiva de imprensa realizada no hall do Cine Brasília, nesta terça (6), marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens para a seleção oficial do evento | Foto: Divulgação/Secec-DF A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar. Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes. [LEIA_TAMBEM]Para Sara Rocha, coordenadora-geral do festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”. Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília. Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira. Neste ano, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Mostra Brasília A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do festival. Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público. A programação completa do festival será divulgada em 20 de agosto. Cine Brasília A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas. “Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília. A estrutura do Cine Brasília será ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Mostra 60 Anos do Festival Como parte das comemorações pelos 60 anos do festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca. A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo. · Todas as Mulheres do Mundo (1966), de Domingos de Oliveira · Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles · Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat · Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis · É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert · Temporada (2018), de André Novais de Oliveira Inscrições para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro Período: desta terça (6) a 9 de junho Link: https://festcinebrasilia.com.br/inscricoes/ Data do festival: 12 a 20 de setembro Local: Cine Brasília – EQS 106/107. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)
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Festival do Cinema Brasileiro abre inscrições para seleção de filmes
Até 12 de novembro estão abertas as inscrições de filmes para o 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A iniciativa é da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), em parceria com a organização da sociedade civil (OSC) Amigos do Futuro. Referência entre os festivais brasileiros, o mais longevo festival de cinema do país ocupa mais uma vez o Cine Brasília, também com exibições da Mostra Competitiva Nacional e Mostra Brasília em Samambaia e Planaltina, entre 9 e 16 de dezembro, exibindo e destacando as mais recentes obras cinematográficas produzidas no país. Ao todo, serão selecionados seis longas-metragens e 12 curtas para a Mostra Competitiva Nacional, além de quatro longas e oito curtas para a Mostra Brasília, voltada para produções do DF. As inscrições serão realizadas somente no site do festival. [Olho texto=”“O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é motivo de muito orgulho para todos nós, até por ser o festival de mais tradição do país. O cinema é uma arte de muito estudo e diversidade, representando tudo o que buscamos diariamente, visando democratizar esse acesso à cultura”” assinatura=”Claudio Abrantes, secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”direita”] A 56ª edição promete uma programação diversificada, com uma escolha de filmes que busca incorporar a mais ampla diversidade narrativa de expressões brasileiras, equilibrando o volume de produções representantes das cinco regiões do país. Os filmes selecionados para as mostras competitivas nacionais serão premiados nos valores de R$ 30 mil para longas-metragens e R$ 10 mil para curtas. Já na Mostra Brasília, o audiovisual candango concorre a R$ 240 mil em prêmios concedidos pelo 25º Troféu Câmara Legislativa. Sob a direção artística de Anna Karina de Carvalho, a equipe de curadoria dispõe de três comissões compostas por profissionais renomados do audiovisual brasileiro, cujos nomes serão divulgados após os resultados. As comissões dividem-se entre a de longas e a de curtas da Mostra Competitiva Nacional, formadas pela direção do festival, e a da Mostra Brasília, formada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A seleção privilegia obras inéditas, finalizadas entre 2022 e 2023, excluindo filmes que já se inscreveram em edições anteriores. No site do Festival de Brasília é possível encontrar o regulamento da seleção de filmes, o edital do Troféu Câmara Legislativa e o formulário de inscrição. A seleção completa de filmes que compõem o 56º FBCB será divulgada até o início de dezembro. Ao todo, serão selecionados seis longas-metragens e 12 curtas para a Mostra Competitiva Nacional, além de quatro longas e oito curtas para a Mostra Brasília | Foto: Thais Mallon “O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro é motivo de muito orgulho para todos nós, até por ser o festival de mais tradição do país. O cinema é uma arte de muito estudo e diversidade, representando tudo o que buscamos diariamente, visando democratizar esse acesso à cultura”, destaca o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. Abrantes reforça: “Seguiremos dialogando com todos os profissionais de cinema e do audiovisual diuturnamente para que, cada vez mais, possamos aprimorar e consolidar a realização desse festival que movimenta as artes, a cultura e, sobretudo, a economia da nossa cidade”. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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O drama de um cabeleireiro do primeiro escalão
Mergulho na Piscina Vazia é um documentário que traz à tona uma história de superação | Foto: Divulgação Em toda véspera de solenidade em que a então primeira-dama Ruth Cardoso seria destaque, o presidente Fernando Henrique se alarmava. Era só esbarrar com o cabeleireiro Derly Silva pelos corredores do Palácio do Planalto para avisar: “Derly, por favor, a Ruth hoje tem um evento, não quero ela com cara de ‘comunidade solidária’”. Derly é protagonista do documentário O Mergulho na Piscina Vazia, de Edson Fogaça, um dos filmes selecionados para a Mostra Brasília, na 53º edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), disponível on-line, a partir desta quinta (17), na plataforma dos canais Globo. Amplificado por Derly – que à época também era cabeleireiro de boa parte da alta sociedade brasiliense –, o bordão “cara de comunidade solidária” foi adotado, com muito bom humor e carinho, por todos que circulavam pelo Palácio, incluindo o casal presidencial. “Ficou gostoso, ela [Dona Ruth Cardoso] aceitou numa boa; até o final do nosso trabalho, tudo foi muito aceito”, conta ele. O título do filme é uma metáfora cara a Derly, uma estrela do ofício nos anos 1990 que foi da glória ao fundo do poço, depois de se envolver, de forma trágica, com um mal que faz parte da realidade de milhares de pessoas no Brasil e no mundo: as drogas. História de superação “O que me deixou impressionado, quando ouvi a história de Derly, foi seu desejo sincero em querer superar o vício”, conta o diretor, que bancou o projeto do próprio bolso. “Percebi o potencial que sua história continha, um apelo, quase um grito de socorro, para uma luta que não se vence sozinho e sim, com muita ajuda e compreensão.” Pungente, visceral, às vezes incômodo, o filme não deixa de ser um relevante trabalho de serviço social sobre o tema das drogas, do vício, da solidão, do abandono, da decadência, do desespero de quem quer dar a volta por cima e sobreviver. Tudo isso, amparado por montagem sóbria e bela direção de arte. Edson Fogaça participa da Mostra Brasília pela terceira vez e destaca o quão estimulante é o festival no ambiente presencial, que permite colher as impressões do público e interagir com ele. “Essa edição atípica traz a vantagem de permitir uma grande capilaridade, ao ser via on-line”, observa. “Mesmo com a falta do ambiente pulsante do festival, acredito que será uma excelente oportunidade para levar o filme a um público bem maior”. * Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec)
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Selecionados 30 filmes para o Festival de Cinema
Este ano, o festival será transmitido pelo Canal Brasil | Foto: Agência Brasília/Arquivo A edição 53ª do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) tem rosto e personalidade traçados. É fortemente documental, tem produções das cinco regiões brasileiras e marca presença equilibrada feminina e de criadores negros. O desenho dessa face nasceu do trabalho intenso dos 13 jurados da comissão de seleção, sob a orientação do curador e diretor artístico do festival, o cineasta Silvio Tendler. “Foram quase 700 filmes que se apresentaram às comissões de seleção do Festival de Brasília”, conta o cineasta. “Isso demostra uma produtividade intensa num momento de crise. O Brasil, por meio do cinema, quer mostrar sua verdadeira cara, e o Festival de Brasília será sua vitrine.” Após duas semanas de avaliações, as três comissões de seleção escolheram os 30 filmes dos 698 que foram inscritos no festival, a ser transmitido de 15 a 20 de dezembro pelo Canal Brasil e streaming Play Brasil. Divulgado nesta terça-feira (24) pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o resultado foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). É considerado provisório, pois cabe recurso em até cinco dias, a partir da data de publicação. [Numeralha titulo_grande=”698″ texto=”” esquerda_direita_centro=””] A força do real Dos seis filmes selecionados para a mostra oficial de longa-metragem, cinco são documentários, dando vazão a homenagens viscerais ao cinema nacional e ao diálogo com figuras emblemáticas da cultura nacional. Veja, abaixo, os longas selecionados para a mostra oficial. Espero que Esta te Encontre e que Esteja Bem – Natara Ney, documentário, PE/RJ/MS, 83 min. Um lote de 110 cartas de amor trocadas por dois amantes nos anos 1950, descobertos em Mato Grosso do Sul, é o ponto de partida para este filme. Por Onde Anda Makunaíma? – Rodrigo Séllos, documentário, RO, 84 min. Resgate histórico e cultural do célebre personagem imortalizado por Mário de Andrade na literatura modernista. A Luz de Mario Carneiro – Betse de Paula, documentário, RJ, 73 min. Um dos nomes mais respeitados do cinema nacional, sempre lembrado por seus trabalhos como diretor de fotografia em clássicos do Cinema Novo, Mario Carneiro é homenageado neste filme. Longe do Paraíso – Orlando Senna, ficção, BA, 106 min. História do pistoleiro Kim (Ícaro Bittencourt), que, jurado de morte após cometer grave erro na organização em que trabalha, tem a chance de se redimir diante de missão quase impossível. Entre Nós Talvez Estejam Multidões – Aiano Bemfica e Pedro Maia de Brito, documentário, MG/PE, 92 min. Autores propõem uma jornada experimental na Comunidade Eliana Silva – assentamento urbano de Belo Horizonte (MG) – a partir da perspectiva dos moradores ao longo da campanha presidencial de 2018. Ivan, o TerríVel – Mario Abbade, documentário, RJ, 103min. A trajetória e obra de Ivan Cardoso, o inventor do subgênero brasileiro “terrir”, famoso pela mistura irreverente de comédia com traços de chanchada, terror e suspense. Retrato consistente Para a Mostra Oficial de Curta, foram escolhidas 12 produções de 463 inscritos. São filmes que formam o expressivo e guerreiro mosaico do atual audiovisual no Brasil. “Foi um trabalho árduo em função do volume de filmes inscritos e do curto período de tempo”, conta o curta-metragista e presidente da Comissão de Seleção de Curtas do FBCB, Clementino Junior. Diferentemente da Mostra Oficial de Longas, na seleção dos filmes de curtas, o gênero ficção se sobressaiu entre os filmes escolhidos pelos jurados. Foram seis produções, seguidas de quatro documentários, uma animação e um projeto experimental. Conheça os curtas selecionados. À Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente – Bruna Barros e Bruna Castro, documentário, BA, 13min18s. Distopia – Lilih Curi, ficção, BA, 10min38s. A Morte Branca do Feiticeiro Negro – Rodrigo Ribeiro, documentário, SC, 11min. Mãtãnãg, a Encantadora – Shawara Maxakali e Charles Bicalho, animação, MG, 14min. Ouro para o Bem do Brasil – Gregory Baltz, RJ, documentário, 17min24s. República – Grace Passô, ficção, SP, 15min30s. Vitória – Ricardo Alves Jr. ficção, MG, 14min. A Tradicional Família Brasileira KATU – Rodrigo Sena, documentário, RN, 25min. Pausa para o Café – Tamiris Tertuliano, ficção, PR, 5min. Quanto Pesa – Breno Nina, ficção, MA, 23min. Guardião dos Caminhos – Milena Manfredini, experimental, RJ, 3 min. Inabitável – Matheus Faria e Enock Carvalho, ficção, PE, 19min57s. “Buscamos apresentar, entre o que nos encheu os olhos ao longo dessa maratona, um retrato brasileiro consciente, diverso na estética, no olhar e na voz, no chão e lugar de fala”, avalia Clementino Junior. Mostra Brasília A Mostra Brasília, que ocorre desde 1996, teve 12 filmes selecionados. Ao todo, a Comissão de Seleção da Mostra Brasília avaliou 79 curtas-metragens e 23 longas. “Trabalhamos sempre em equipe”, explica a professora, atriz e cineasta Glória Teixeira, presidente dessa comissão. “Nenhuma decisão foi tomada sem amplo debate ou de forma individual. Não foi uma decisão fácil, vimos muitos filmes excelentes. Para além do lazer, estou convicta de que as obras selecionadas vão representar muito bem o DF.” Conheça os longas da Mostra Brasília. O Mergulho na Piscina Vazia – Edson Fogaça, documentário, 83min. Cadê Edson? – Dácia Ibiapina, documentário, 72 min. Candango: Memórias do Festival – Lino Meirelles, documentário, 119 min. Utopia e Distopia – Jorge Bodanzky, documentário, 74 min. Conheça os curtas da Mostra Brasília. Algoritmo – Thiago Foresti, ficção, 20min. Questão de Bom Senso – Péterson Paim, documentário, 29min53s. Do Outro Lado – David Murad, ficção, 15min36s. Rosas do Asfalto – Daiane Cortes, documentário, 19min57s. Eric – Letícia Castanheira, documentário, 13min50s. Brasília 60 + 60: Do Sonho ao Futuro – Raquel Piantino, animação, 13min. Delfini Brasília, Olhar Operário – Maria do Socorro Madeira, documentário, 22min58s. Curumins – Pablo Ravi, documentário, 17min14s. * Com informações da Secec
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Conheça a Comissão de Seleção da Mostra Brasília do 53º FBCB
O tamanho do carinho e respeito à Mostra Brasília se mede pela quantidade de projetos inscritos nesta 53º edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB). Foram 79 curtas e 23 longas. A Comissão de Seleção escolherá quatro longas e oito curtas. Espaço exclusivo para exibição e premiação de filmes realizados no Distrito Federal desde 1996 e uma das principais vitrines do cinema da cidade, a Mostra Brasília tem papel fundamental no fomento do audiovisual local e já mora, definitivamente, no coração do festival mais emblemático do país. “Tive a felicidade de todos os meus filmes terem participado da Mostra Brasília e de ter sido premiado duas vezes”, comenta o cineasta, Santiago Dellape referindo-se ao curta, “Ratão” (2010) e ao longa-metragem, “A Repartição do Tempo” (2016). Santiago Dellape conta que é importante o brasiliense acompanhar as sessões e conhecer os técnicos, filmes que são produzidos na cidade. “Diferente da Mostra oficial, que tem a coisa da competição muito mais forte, ali tem um clima bem mais leve e descontraído”, compara. Conheça abaixo a trinca de juradas da Comissão de Seleção responsável por escolher as 12 produções que farão parte do FBCB de 2020. Glória Teixeira (presidente) Diretora de cinema e teatro, roteirista e dramaturga, a mineira Glória Teixeira também tem experiência como socioterapeuta e terapeuta floral. Criadora e diretora do Ponto de Cultura, “Giz-No Teatro em Rede de Cultura” também está à frente da OSCIP, “Resgate da Vida”. No tablado, atuou e dirigiu mais de 20 espetáculos, dos quais se destacam “Woyzeck” (1996), “As Noivas de Salomão” (1998) e “A Morte da Arte” (2008). No audiovisual, se envolveu em diversos projetos como atriz, produtora e diretora. Destaque para a parceria com o realizador goiano, Lázaro Ribeiro, em três filmes sobre personalidades da cidade de Goiás Velho, “Hugo – O Filme” – sobre o poeta Hugo de Carvalho – “Caminhos de Pedras” – sobre a vida e obra de Cora Coralina e “Maria Macaca” – sobre carregadeira de água que matava a sede histórica cidade. Escreveu e roteirizou o curta-metragem “Romeu Imaginário”, em 2015. Com o longa-metragem, “Dulcina”, sobre a vida e obra da atriz e diretora de teatro Dulcina de Moraes, venceu quatro prêmios na Mostra Brasília 2019 (Filme Júri Oficial, Filme Júri Popular, Arte e Atriz para o elenco feminino do filme). Pela dedicação em ensinar artes cênicas na rede pública de ensino médio, recebeu o prêmio “Professora Cidadã do Mundo”, do Sinpro. Maria Gal Atriz, apresentadora, criadora de conteúdo, produtora e palestrante, a baiana Maria Gal também está à frente da Maria Produtora, empresa que elabora conteúdos audiovisuais em sintonia com temática racial e feminina para cinema, tevê e mídias digitais. Começou a carreira, jovem, vivendo diversas personagens na Rede Globo, Netflix, Canal Brasil e Record TV. Destaque para a novela, “As Aventuras de Poliana”(SBT/NETFLIX). Nos palcos, atuou em peças como, “Sonho de uma Noite de Verão” e “O Cravo e a Rosa”. No exterior, foi destaque em trabalhos como “Anjo Negro + A missão” e “Ensaio sobre Carolina”. O reconhecimento fora do país veio com o prêmio, “Madrid International Festival”. Figura ativa nas redes sociais, colunista da revista Vogue, Maria Gal, faz uso da popularidade no campo virtual no combate ao racismo, palestrando sobre o tema em eventos importantes, como o TEDXSP (programa de conferências) e o Women Will (Google). Participou do Fórum Igualdade Racial e ministrou palestra no Ministério Público de Trabalho. Carina Bini Realizadora audiovisual, especializada em direção e narrativas, Carina Bini tem experiência na curadoria e direção de dezenas de mostras de cinema. Fundadora da Atman Filmes, é diretora geral e cocuradora do Festival Internacional Cinema & Transcendência, que está na sua sétima edição. Da experiência dos cinco anos em que viveu na Índia, realizou os documentários “Devi Índia Divina”, “Magia da Música e Dança da Índia”, além da série, “Planeta Índia” e o curta-metragem “Índia, My Love Story” (seleção oficial New Delhi Film Festival – 2016). No Brasil, produziu e dirigiu o documentário, “O Brasil Visto por Dentro”. No momento, prepara-se para dirigir seu primeiro longa-metragem de ficção, “La Mamma”, co-produção com o cinema italiano e a série documental “As Pajés”, financiada pelo FAC – Fundo de Apoio a Cultura do DF. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa
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Festival de Brasília do Cinema Brasileiro espera recorde de inscrições
Abertas nesta quinta-feira (24), as inscrições para a 51ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro podem ser feitas até 24 de junho pelo site oficial do evento. O festival começa em 14 de setembro, e a divulgação dos vencedores está marcada para o dia 23. O calendário foi divulgado nesta quinta-feira (24) pelo secretário de Cultura, Guilherme Reis, em entrevista coletiva no Cine Brasília (106/107 Sul). Reis disse esperar repetir o êxito da edição anterior. “Conseguimos consolidar uma equipe, um conceito e os parceiros. Esperamos bater o recorde de inscrições e produzir um evento melhor do que o de 2017”, destacou. [Olho texto='”Conseguimos consolidar uma equipe, um conceito e os parceiros. Esperamos bater o recorde de inscrições e produzir um evento melhor do que o de 2017″‘ assinatura=”Guilherme Reis, secretário de Cultura” esquerda_direita_centro=”direita”] O formato deste ano preservou as inovações adotadas na edição passada, entre as quais a duração de dez dias de programação intensa, com dois fins de semana incluídos. A premiação total será mantida em R$ 340 mil, e haverá distribuição de cachê para todos os filmes exibidos. Sem dar detalhes, Guilherme Reis considerou a possibilidade de acrescentar uma mostra competitiva ainda nesta edição. Diferentemente do ano passado, as atividades formativas e de mercado do evento foram transferidas do Hotel Nacional para o Museu Nacional e para a Biblioteca Nacional, ambos no Conjunto Cultural da República. A direção artística continuará sob responsabilidade do cineasta Eduardo Valente. A premiação terá os mesmos valores de 2017: Longa-metragem — R$ 15 mil Sessão especial — R$ 10 mil Curta-metragem — R$ 5 mil Mostras paralelas — R$ 3 mil Os vencedores ganham, ainda, o Troféu Candango. As exibições dos filmes das mostras competitivas (longas e curtas) continuarão no Cine Brasília. Os interessados devem submeter a análise o formulário de inscrição, devidamente preenchido, por meio do site do evento. Devem ainda fazer upload de link do filme hospedado em plataforma audiovisual de livre acesso, protegido por senha, além de informar a classificação indicativa. Os nove longas e 12 curtas selecionados serão divulgados até 24 de julho. As produções deverão ser inéditas no Distrito Federal e, preferencialmente, no Brasil. Além dos cachês distribuídos, o melhor filme longa-metragem escolhido pelo júri popular receberá o Prêmio Petrobras de Cinema, no valor de R$ 200 mil em contratos de distribuição. Votação inovadora permanece nesta edição Para votar, o público continuará com acesso ao aplicativo mobile do festival. O instrumento teve grande adesão em 2017, não só pelo aspecto sustentável na economia de papel, mas pela facilidade de acesso à programação do evento e ao conteúdo exclusivo para os usuários da ferramenta. Os realizadores do DF que desejam participar da Mostra Brasília e concorrer ao Troféu Câmara terão modelo seletivo específico, coordenado pela Câmara Legislativa. Em 2018, o processo estará aberto no mesmo período de seleção das mostras competitivas, de 24 de maio a 24 de junho. O resultado da seleção será divulgado até 24 de julho. Os prêmios da Mostra Brasília somam R$ 240 mil, fora o Prêmio Petrobras de Cinema, no valor de R$ 100 mil em contratos de distribuição. [Olho texto=”A mostra Futuro Brasil é uma oportunidade de ter um termômetro técnico e estético sobre a obra, antes mesmo que ela seja lançada” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O festival seguirá organizado em parceria com o Instituto Alvorada Brasil, organização da sociedade civil selecionada por meio do edital de Chamamento Público n° 2, de 2017. O instituto manterá as mostras paralelas, como a Futuro Brasil. Novidade nos 50 anos do Festival, ela ganha a segunda edição. Vitrine para realizadores com filmes em finalização, os títulos serão exibidos para experts de grandes festivais internacionais. A mostra Futuro Brasil é uma oportunidade de ter um termômetro técnico e estético sobre a obra, antes mesmo que ela seja lançada. As inscrições ficarão abertas de 31 de maio a 1º de julho e também podem ser feitas pelo site do festival. O resultado da mostra será divulgado até 3 de agosto. As categorias O júri oficial avaliará os filmes concorrentes e indicará os vencedores de cada prêmio, mediante decisão fundamentada em critérios técnicos e artísticos, conforme as seguintes categorias do Troféu Candango: Categoria de longa-metragem Melhor filme de longa-metragem Melhor direção Melhor ator Melhor atriz Melhor ator coadjuvante Melhor atriz coadjuvante Melhor roteiro Melhor fotografia Melhor direção de arte Melhor trilha sonora Melhor som Melhor montagem Categoria de curta-metragem Melhor filme de curta-metragem Melhor direção Melhor ator Melhor atriz Melhor roteiro Melhor fotografia Melhor direção de arte Melhor trilha sonora Melhor som Melhor montagem Edição: Vannildo Mendes
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Festival chega ao 8º dia com destaque para filmes de Brasília
Filme brasiliense Era uma Vez Brasília encerrou, nesta sexta-feira, o 8º dia do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (22). O documentário fantasioso traz a narrativa de um agente intergaláctico que recebeu uma missão peculiar em 1959: matar o presidente Juscelino Kubitschek no dia da inauguração da capital. Rollemberg foi ao Cine Brasília nesta sexta-feira (22). Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília Perdido no espaço por anos, o protagonista acaba caindo em Ceilândia, em 2016. Desnorteado, agora ele se encarrega da tarefa de “acabar com os monstros que tomaram o poder no Brasil”, como define o diretor Adirley Queirós. Em cenários noturnos, com imagens documentadas das manifestações populares de 2016, o diretor apresenta uma construção que não segue uma narrativa temporal, mas com a realidade atual como base. Vindo de outro evento, o governador Rodrigo Rollemberg passou no Cine Brasília, ao final da programação da noite, para cumprimentar os organizadores do festival e se mostrou satisfeito com a qualidade da mostra. “As informações que tenho são de que o festival está fantástico. Muitas pessoas estão elogiando. Tem impulsionado Brasília. Agora temos a grande novidade com a criação do Parque Audiovisual, que vai ajudar o setor a crescer mais ainda no cenário”, comemorou. O governador estava acompanhado da esposa e colaboradora do governo, Márcia Rollemberg, e do secretário de Cultura, Guilherme Reis. [Olho texto=”Em Era uma Vez Brasília, agente intergaláctico aterrissa em Ceilândia e assume a missão de acabar com monstros que tomaram o poder no País” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Esta é a terceira vez que Adirley concorre. Em 2014, ele venceu na categoria principal do 47º Festival de Brasília com Branco Sai, Preto Fica. Já em 2005, o cineasta levou os prêmios principais dos júris oficial e popular com o curta-metragem Rap, o canto da Ceilândia. Outra produção brasiliense foi exibida na Mostra Brasília e na Competitiva. O documentário Carneiro de Ouro, de Dácia Ibiapi, narra a história de Dedé Rodrigues, que produz filmes com meios precários no Sertão do Piauí. Dedé Rodrigues agradeceu a oportunidade de ter sua saga retratada na obra de Dácia. “Estou realizando um sonho. Fazer cinema não é fácil, ainda mais no interior do Piauí com poucos recursos.” Entres os títulos mais conhecidos de Rodrigues está a triologia Cangaceiros Fora de Tempo. Alguns trechos da produção do cineasta piauiense foram exibidos no curta Carneiro de Ouro. “Eu tenho muitos filmes, não são nenhuma Hollywood, mas a gente tenta”, conta. As duas obras do DF foram antecedidas pelo curta Chico, de Irmãos Carvalho, do Rio de Janeiro. Os filmes da mostra competitiva também passaram nos seguintes locais: Teatro da Praça (Setor Central de Taguatinga) Espaço Semente (Setor Central do Gama) Teatro de Sobradinho Riacho Fundo I (em frente à administração regional) Os interessados podem assistir à reprise gratuita dessas produções neste sábado (23), às 15 horas, no Auditório 1 do Museu Nacional (Conjunto Cultural da República, próximo à Rodoviária do Plano Piloto). Último dia da Mostra Brasília também retrata cenário político O longa-metragem Um domingo de 53 horas, de Cristiano Vieira, narra os episódios do dia 17 de abril de 2016, quando a Câmara dos Deputados aceitou o processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Com 93 minutos de duração, o documentário traz entrevistas e imagens da cobertura de dentro do Plenário e de ambos os lados da Esplanada dos Ministérios, que foi dividida por uma barricada para evitar confronto entre grupos pró e contra o impeachment. O filme expõe o ponto de vista tanto de pessoas comuns, que estiveram no protesto trabalhando ou protestando, quanto de jornalistas, políticos, juristas e pesquisadores de todos os polos de opinião, a fim de obter um retrato do paradoxal embate ideológico e político brasileiro. “É um filme que tenta entender esse momento conturbado que vive nosso país desde abril de 2016. Foi um filme difícil de fazer, ainda mais sem recursos, mas a nossa ideia é trazer uma reflexão do que estamos vivendo hoje e para onde isso vai”, comentou o diretor. Edição: Vannildo Mendes
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Documentário no 50º Festival de Brasília retrata a polícia pernambucana
Operações de rotina e treinamentos policiais foram levados à telona do Cine Brasília na noite desta quinta-feira (21) com Por Trás da Linha de Escudos. O longa pernambucano encerrou o sétimo dia do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O longa pernambucano Por Trás da Linha de Escudos. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília Com 124 minutos de duração, o documentário trata do Batalhão de Choque da Polícia Militar daquele estado, unidade especializada em lidar com multidões, como em protestos e manifestações. “Foi um filme difícil, em que nos colocamos em risco a todo momento”, contou o diretor e roteirista Marcelo Pedroso. Acompanhado da equipe no palco, ele agradeceu a oportunidade de participar da edição histórica do festival. Antes, o curta-metragem Torre, de Nadia Mangolini, apresentou a história de quatro irmãos que tiveram de lidar com o sumiço do pai, Virgílio Gomes da Silva, o primeiro desaparecido político do regime militar brasileiro. Representante de São Paulo, a animação traz relatos da infância dos protagonistas na época. “Nesse momento em que vivemos o País, esperamos que as histórias e as memórias desse filme possam ser armas de luta para que as histórias nunca mais se repitam”, disse a diretora. Baunilha, de Leo Tabosa, foi o outro exemplar da produção pernambucana exibido nesta noite. O curta-metragem, que narra a história de um mestre de fetiches, integra uma trilogia de ficções documentais. “Essa sessão é para aqueles que são movidos pelos desejos”, dedicou o cineasta do Recife. Os filmes da mostra competitiva também passaram no Teatro da Praça (Setor Central de Taguatinga); no Espaço Semente (Setor Central do Gama); no Teatro de Sobradinho; e no Riacho Fundo I (em frente à administração regional). Interessados podem assistir à reprise gratuita dessas produções nesta sexta-feira (22), às 15 horas, no Auditório 1 do Museu Nacional (Conjunto Cultural da República, próximo à Rodoviária do Plano Piloto). Penúltimo dia da Mostra Brasília conta a história da Oficina Camber Na competição voltada para o cinema local, foram exibidos dois curtas e um longa-metragem nesta quinta-feira (21). Abriu a sessão da noite o documentário indigenista Damrõze Akwe — amor e resistência, de Guilherme Cavalli. Cena do documentário indigenista Damrõze Akwe — amor e resistência, de Guilherme Cavalli. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília De acordo com o diretor, o filme nasceu para presentear um jovem casal indígena e resgatar a memória. “Nosso filme repete o incansável grito dos povos indígenas por demarcação e respeito à pluralidade”, destacou Cavalli. “Sem nós, não há ontem, hoje ou amanhã. Estamos aqui para proteger o que nos mantém vivos, que é a mãe natureza”, acrescentou o protagonista Durkwa Xakriabá, representante do povo xakriabá, de Minas Gerais. Ele estava acompanhado da esposa, Juvana Sawidi. Deu sequência à programação a obra A margem do universo, de Tiago Esmeraldo, ficção científica gravada no Cerrado. “Estamos extremamente felizes de estarmos aqui hoje”, agradeceu o cineasta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Fechou a mostra brasiliense o documentário O fantástico patinho feio, de Denilson Félix. O filme conta a história da lendária Oficina Camber, fundada nos anos 1960. “Acredito que estou colocando uma pedrinha no pavimento da história de Brasília”, definiu o diretor. A oficina surgiu da criatividade de quatro jovens brasilienses que resolveram competir na segunda maior prova do Brasil — os 500 quilômetros de Brasília — com outros 33 carros. O documentário O fantástico patinho feio, de Denilson Félix. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília Os concorrentes da Mostra Brasília disputam o 22º Troféu Câmara Legislativa e R$ 240 mil em prêmios, distribuídos pelo Legislativo local. A programação vai até amanhã (22). Filmes do DF na mostra competitiva serão exibidos nesta sexta-feira (22) Na disputa pelo Troféu Candango, o diretor Adirley Queirós apresenta o terceiro longa da carreira, Era uma vez Brasília. Gravado em Ceilândia, o filme terá sua estreia nacional nesta sexta-feira (22), às 21 horas, no Festival de Brasília. A primeira exibição mundial ocorreu no Festival Internacional de Cinema de Locarno, na Suíça, onde recebeu menção especial do júri. Será a terceira vez que Adirley concorre em casa. Em 2005, o cineasta levou os prêmios principais dos júris oficial e popular com o curta Rap, o canto da Ceilândia. Em 2014, ele venceu na categoria principal do 47º Festival de Brasília com Branco Sai, Preto Fica (2014). No mesmo dia, será exibido outro representante do DF na telona pela competitiva, na categoria curta-metragem: Carneiro de Ouro, de Dácia Ibiapina. As duas obras do DF serão antecedidas pelo curta Chico, de Irmãos Carvalho, do Rio de Janeiro. Os ingressos no Cine Brasília custam R$ 12 (inteira). A programação completa do 50º Festival de Brasília inclui ainda mostras paralelas, sessões especiais e rodada de negócios entre o setor produtivo. Edição: Raquel Flores
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Relações abusivas e escravidão são temas do 6º dia de mostra competitiva do 50º Festival de Brasília
Os discursos dos realizadores dos filmes da mostra competitiva do sexto dia do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, nesta quarta-feira (20), foram recebidos com aplausos sempre que levantavam questões de representatividade. Entre os temas das produções em cartaz nesta noite estavam relacionamentos abusivos e escravidão. Adaptado de uma série de TV, o longa-metragem O Nó do Diabo é formado por cinco curtas que se passam em uma fazenda na época da escravidão no Brasil. “Quero chamar todo mundo para debate, sobretudo homens e mulheres negros, porque temos que chegar e mostrar quem somos”, disse a atriz Cíntia Lima, aclamada pela plateia que lotou o Cine Brasília. Antes do filme, foi exibido o curta-metragem Tentei, de Lais Melo. A produção, de um coletivo de mulheres, acompanha a personagem Glória, que sofre violência doméstica diariamente e tem dificuldade para sair do relacionamento abusivo. O curta Afronte, do diretor Bruno Victor, abriu a noite desta quarta-feira (20) do Festival de Brasília. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília Segundo a diretora, a discussão ainda é intimidadora para mulheres. “Por encontrarmos outros homens e mulheres dispostos a falar sobre isso, criamos coragem para ocupar esse espaço com essas questões.” Mostra Brasília tem variedade de gêneros Com três curtas e um longa-metragem, o terceiro dia da Mostra Brasília variou nos gêneros ao apresentar comédias, um drama e um documentário. Os filmes, exclusivamente da capital do País, concorrem ao 22º Troféu Câmara Legislativa. O diretor Bruno Victor, do curta que abriu a noite, Afronte, ficou animado com a recepção. “Pessoas de todas as idades vêm falar comigo depois da sessão. Sinto que o filme tem a representatividade que eu queria.” Mistura de cenas documentais com ficção, a obra fala sobre racismo e homofobia. “São discussões que precisam chegar para todos, até para os héteros e os brancos”, disse Victor. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O curta Habilitado para Morrer satiriza o estilo de filmes policiais para fazer um comentário sobre a corrupção. Já o A Inviolável Leveza do Ser, com apenas 2 minutos, retrata a superação de uma garota que teve o coração partido. Fechou a sessão a comédia de longa-metragem Jeitosinha, sobre uma garota que, aos 18 anos, descobre ser um homem, apesar de ter sido criada como mulher. A programação começou pouco antes da competitiva, às 18h30 no Cine Brasília, que ficou lotado. A Mostra Brasília segue até sexta-feira (22), sempre nesse horário. Ao todo, serão 13 curtas e quatro longas, que disputarão R$ 240 mil em prêmios, distribuídos pelo Legislativo local. Festival tem programação descentralizada Ainda nesta quarta, às 20 horas, os filmes da mostra competitiva foram exibidos gratuitamente em quatro regiões administrativas: Teatro da Praça (Setor Central de Taguatinga); Espaço Semente (Setor Central do Gama); Teatro de Sobradinho; e Riacho Fundo I (em frente à administração regional). A reprise gratuita dessas produções será nesta quinta-feira (21), às 15 horas, no Auditório 1 do Museu Nacional (Conjunto Cultural da República, próximo à Rodoviária do Plano Piloto). Os moradores das regiões em que haverá projeções da mostra competitiva também poderão aproveitar o Festivalzinho, voltado ao público infantil, que teve início na segunda (19) e vai até sexta-feira (22). Os filmes foram exibidos em sessão única na segunda e se repetem no Cine Brasília, até 22 de setembro, às 9 horas. Até a sexta-feira, sempre às 14h30, também passarão no Gama, no Riacho Fundo I, em Sobradinho e em Taguatinga. A programação completa do 50º Festival de Brasília inclui ainda mostras paralelas, sessões especiais e o 3º Festival de Filmes Curta-Metragem das Escolas Públicas de Brasília. Os ingressos no Cine Brasília são vendidos 30 minutos antes de cada sessão e custam R$ 12 (inteira). Edição: Raquel Flores
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Longa paranaense foca na crise política do País no 5º dia do Festival de Brasília
O conturbado momento político do País, que divide a sociedade e dissemina a discórdia até entre familiares, foi o tema do documentário que marcou a mostra competitiva desta terça-feira (19), no quinto dia do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O longa paranaense Construindo Pontes, de Heloísa Passos. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília O longa Construindo Pontes, de Heloísa Passos, do Paraná, trouxe à tela o calor da discussão entre um pai e a filha, alimentada por fortes divergências políticas em torno da construção de uma grande obra no período do chamado milagre brasileiro, durante o regime militar. Para a diretora, o filme, que só tem dois personagens (filha e pai), é um exercício democrático e dialético. “São duas pessoas que pensam diferente dialogando, mostrando-se disponíveis para falar do Brasil do passado e dos dias de hoje”, explicou Heloísa. Durante as filmagens, em 2016, aconteceu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, usado como pano de fundo do longa e também fonte de discórdia. Com sessões lotadas, o Cine Brasília exibiu dois curtas e dois longas na noite de hoje, quase todos permeados com teor político. A Bahia foi novamente representada na mostra competitiva com a exibição de Mamata, curta-metragem de Marcus Curvelo. A produção traz um personagem emblemático (o autor) que deixa o País por causa da crise. “É um filme existencialista dentro de um contexto político”, resumiu o diretor. Temática infanto-juvenil na Mostra Brasília O curta e o longa-metragem do segundo dia da Mostra Brasília, dentro da programação do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, privilegiaram temáticas infanto-juvenis. [Olho texto=”Menina de Barro combate o bullying, agressões repetitivas e intencionais contra crianças e adolescentes na sociedade e no ambiente escolar” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O curta Menino Leão e a Menina Coruja, de Renan Montenegro, é uma fábula que aborda ensinamentos sobre diferenças interpessoais. O longa Menina de Barro, do cineasta Vinícius Machado, busca combater o bullying — agressões intencionais e repetitivas, físicas, verbais ou psicológicas entre crianças e adolescentes. O cineasta Renan Montenegro falou da emoção de fazer parte da programação do festival, que comemora 50 anos. “Todo realizador de Brasília deseja passar o filme nesse festival, num cinema que é super especial pra gente.” Exclusiva para cineastas locais, a Mostra Brasília teve início na segunda-feira (18). A programação começou pouco antes da competitiva, às 18h30, e o público lotou a sala do Cine Brasília para assistir aos concorrentes do 22º Troféu Câmara Legislativa. A mostra segue até sexta-feira (22) sempre às 18h30. Ao todo, serão exibidos 13 curtas e quatro longas, que disputarão R$ 240 mil em prêmios, distribuídos pelo Legislativo local. Festival tem programação descentralizada Ainda nesta terça, às 20 horas, os filmes da mostra competitiva foram exibidos gratuitamente em quatro regiões administrativas: Teatro da Praça (Setor Central de Taguatinga) Espaço Semente (Setor Central do Gama) Teatro de Sobradinho Riacho Fundo I (em frente à administração regional) A reprise gratuita dessas produções será nesta quarta-feira (20), às 15 horas, no Auditório 1 do Museu Nacional. Os moradores das regiões em que será exibida a mostra competitiva também poderão aproveitar o Festivalzinho, voltado ao público infantil, que teve início hoje e vai até sexta-feira (22). As exibições de hoje (19), às 9h30, no Museu Nacional, se repetirão no Cine Brasília de 20 a 22 de setembro. Até 22 de setembro, sempre às 14h30, também passarão no Gama, no Riacho Fundo I, em Sobradinho e em Taguatinga. Os ingressos são distribuídos 30 minutos antes de cada sessão no Cine Brasília e custam R$ 12 (inteira). A programação completa do 50º Festival de Brasília inclui ainda mostras paralelas, sessões especiais e o 3º Festival de Filmes Curta-Metragem das Escolas Públicas de Brasília. Edição: Vannildo Mendes
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