Com apoio do GDF, Feira da Música Independente Internacional de Brasília retorna à capital após 17 anos
Após 17 anos, a Feira da Música Independente Internacional de Brasília (FMI) está de volta ao cenário cultural do Distrito Federal. A 4ª edição do evento, que conta com o apoio do Fundo de Apoio à Pesquisa (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec-DF), será realizada entre sexta-feira (27) e domingo (29), no Museu de Arte de Brasília. A programação reúne debates, shows e articulações voltadas ao fortalecimento do setor. A entrada é gratuita. “Celebramos não apenas o retorno de um evento histórico, mas também a força criativa de artistas, produtores e empreendedores que fazem do mercado independente um espaço de diversidade, inovação e resistência cultural”, afirma o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. Ele ainda destaca a importância de o GDF, por meio da Secretaria e com recursos do FAC, apoiar uma iniciativa que fortalece a cena musical e amplia o acesso à cultura. A FMI fortalece a cena musical e amplia o acesso à cultura | Foto: Divulgação/Secec-DF O retorno do evento, que oferece um ambiente dinâmico para expositores e visitantes, ocorre simultaneamente ao 8° Prêmio Profissionais da Música, iniciativa que amplia a projeção global, conecta talentos e impulsiona novas formas de fazer música. “A essência da Feira, que nasceu em 2005, é fomentar o intercâmbio de conhecimento e oportunidades de negócio da música, numa perspectiva ibero-americana e mundial”, explica o idealizador do evento, Gustavo Vasconcellos. Sobre o impacto da FMI, Gustavo destaca que Brasília tem uma grande fartura de criação e produção musical, mas dificuldades históricas para sustentar esse ecossistema profissionalmente. “Eventos como a feira são importantes porque trazem ao debate as ausências de informação, de espaços e de intercâmbio, para que possamos transformá-las em presenças. Eles possibilitam ao brasiliense acesso, movimento e, com isso, mais oportunidades de sustento para os artistas.” A banda BSB Ska Jazz Festival será um dos representantes da música brasiliense no evento | Foto: Divulgação/Felipe Jaguara A programação musical abre espaço para nomes da cena local, como Karla Testa, BSB Ska Jazz Festival e DJ Barata, e nacional, com DJ Lethal Breaks. O público poderá conferir o encontro entre Ná Ozzetti, Patrícia Bastos e Dante Ozzetti; a potência artística de Luana Flores; os grooves afro-brasileiros do Coletivo SuperJazz, com participação dos nigerianos 2BornKings; e a elegância do jazz ítalo-brasileiro com Susanna Stivalli e Christianne Neves, que recebem o cantor italiano Fábio Lepore. Os consagrados Patrícia Bastos, Dante Ozzetti e Ná Ozzetti vão se apresentar na feira | Foto: Divulgação [LEIA_TAMBEM]Já a programação formativa da feira traz uma série de painéis e palestras que reúnem representantes de plataformas digitais, gestores culturais, produtores independentes e instituições públicas. Os debates abordam desde políticas públicas e mercados latino-americanos até a difusão artística e o papel das grandes gravadoras diante da produção independente. As conversas, conduzidas por especialistas reconhecidos, convidam artistas, profissionais e entusiastas a refletirem juntos sobre os desafios e caminhos para o presente e o futuro da cadeia produtiva da música. Serviço 4ª Feira da Música Independente Internacional de Brasília e 8ª edição do Prêmio Profissionais da Música Data: 27 a 29 de junho Local: Museu de Arte de Brasília Horário: 9h Entrada gratuita mediante retirada de ingressos na plataforma parceira do evento. Classificação indicativa livre.
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Brasília vai ganhar Museu da Arte, Ciência e Tecnologia
O Museu Interativo da Arte, Ciência e Tecnologia será instalado no prédio do antigo Touring Club, no Setor Cultural Sul | Foto: Lucio Bernardo Jr Inaugurado em 1967, o prédio do Touring Club, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, faz parte da história e da paisagem de Brasília. Localizada no Setor Cultural Sul, próximo à Rodoviária do Plano Piloto, a edificação de propriedade particular foi tombada em 2017 e agora se prepara para um novo capítulo: abrigar o Museu Interativo da Arte, Ciência e Tecnologia. A iniciativa dos atuais proprietários do Touring, o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), foi apreciada pelo Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan) em reunião on-line nesta quinta-feira (29). Os conselheiros aprovaram o projeto arquitetônico a partir do parecer conjunto dos relatores Heloísa Melo Moura, do Instituto dos Arquitetos do Brasil-DF (IAB-DF) e Pedro Grilo, do Conselho de Arquitetura do DF (CAU). No relato, eles elogiaram o projeto do Museu , elaborado pelo arquiteto Gustavo Penna, com a recomendação de que seja feito um ajuste de acesso mais direto do túnel que liga a praça do Setor de Diversões Sul ao Museu. “O projeto é lindíssimo, é importantíssimo para a cidade, ressaltamos somente a questão da conectividade urbana” ressaltou Pedro Grillo “Temos a intenção de trazer um novo uso para este túnel, trazendo vida e ações culturais para este local, que estava completamente degradado até assumirmos o prédio;” explicou a arquiteta Fernanda Meirelles, da equipe do Sesi/Senai. Antes de ser submetido ao Conplan, o projeto foi aprovado pelos técnicos das Secretarias de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e Cultura e Economia Criativa (Secec) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A previsão é que o espaço seja inaugurado em 21 de abril de 2022. Para isso, além do restauro e adaptação do edifício para a atividade, será feita uma grande reforma interna nas instalações e recuperação das estruturas. O projeto prevê a criação de um café na varanda superior, como propôs Lucio Costa no Relatório do Plano Piloto. Na justificativa do processo encaminhado à Seduh, a escolha do Touring para abrigar o espaço interativo se baseou em fatores como a importância histórica e arquitetônica do prédio tombado, que faz parte do conjunto cultural de Brasília composto pelo Teatro Nacional, a Catedral de Brasília, o Museu Nacional e a Biblioteca Nacional e a localização central que facilita o fluxo de visitantes. Com a instalação do Museu se pretende democratizar o acesso às informações relacionadas à inovação, à ciência e à tecnologia por meio da arte, incentivando a capacidade criativa e o potencial investigativo do visitante por meio de experiências elaboradas com os princípios básicos da física, da química, da matemática e da biologia. [Olho texto=”O projeto é muito bem vindo não só porque vai preservar uma edificação muito importante no Eixo Monumental , mas principalmente porque vai dar uma função cultural para este equipamento, oferecendo uma oportunidade de conhecimento para população do Distrito Federal e de todo Brasil, em especial os estudantes” assinatura=”Mateus Oliveira, secretário de Desenvolvimento Urbano” esquerda_direita_centro=”centro”] Cara nova para o Setor Cultural Sul O Conplan aprovou também o projeto de requalificação dos espaços públicos do Setor Cultural Sul, elaborado pelos técnicos da Seduh, situados entre o Touring e a Biblioteca Nacional. Os conselheiros acompanharam o voto favorável da relatora Gabriela Tenório, da Faculdade de Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU-UnB), que trouxe dados sobre a intensa utilização pre área por pedestres. As obras serão custeadas pelo Sesi/Senai, dentro do Programa Adote Uma Praça. Estão previstas mudanças no sistema viário, com foco na ligação entre o Eixo Monumental e a Via S2, criando áreas de pedestres entre o Touring e a Biblioteca Nacional, criação de 274 vagas para carros, ônibus escolares, paraciclos e bicicletas, além de paisagismo e mobiliário urbano. De acordo com a secretária Executiva da Seduh , Giselle Moll, “os projetos de arquitetura e de requalificação urbana aprovados hoje consolidam em definitivo a verdadeira função do Setor Cultural Sul para Brasília. Será um dos espaços mais importantes da cidade.”
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