Saúde pública do DF adota protocolos especiais para combater sepse em pacientes
Nesta semana, é lembrado o Dia Mundial da Sepse (13 de setembro), data que busca sensibilizar a população, profissionais de saúde e autoridades sobre a necessidade urgente de ampliar o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz dessa condição. A sepse, chamada popularmente infecção generalizada, é uma resposta inflamatória grave do organismo a uma infecção. Quando não tratada de forma rápida, pode evoluir para a falência de múltiplos órgãos e levar à morte. Quadro elaborado pela Secretaria de Saúde resume o que é a doença | Arte: Agência Saúde-DF De acordo com dados internacionais publicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a sepse é responsável por 48,9 milhões de casos e 11 milhões de mortes por ano, o que representa cerca de 20% de todas as mortes no mundo. Quase metade desses casos ocorre em crianças menores de cinco anos. No Brasil, o cenário é ainda mais desafiador. Estima-se que a taxa de mortalidade por sepse chegue a 60%, número muito acima da média de países desenvolvidos, que gira em torno de 20%. O reconhecimento rápido dos sinais da sepse pode salvar vidas. Os primeiros cuidados devem ser iniciados ainda na primeira hora após a suspeita de infecção, período conhecido como “hora de ouro”, aponta a infectologista Clarisse Lisboa, da SES-DF. “No começo, achei que era só um machucado, mas em pouco tempo meu quadro piorou muito”, relata Michel Strogoph Horovits, internado no Hospital Regional de Samambaia (HRSam) em tratamento contra sepse. “Se não fosse a agilidade da equipe daqui, eu não estaria melhorando. Hoje entendo a importância de reconhecer os sinais cedo.” “Crianças precisam ter um cuidado especial, pois o sistema de defesa das crianças ainda não está totalmente maduro, o que as tornam mais vulneráveis às infecções” Clarisse Lisboa, infectologista Clarisse Lisboa alerta: “O diagnóstico e o tratamento ágil fazem toda a diferença para reduzir a mortalidade, por isso precisamos olhar para esse problema com mais atenção, e adotamos o uso de protocolos clínicos que comprovadamente salvam vidas, que seguem os pilares: prevenção, reconhecimento e diagnóstico precoces, tratamento correto e reabilitação”. Tratamento O tratamento geralmente exige internação em unidades de terapia intensiva (UTIs). A primeira medida é a administração de antibióticos de largo espectro, por via endovenosa, antes mesmo da identificação do agente infeccioso. Quando o paciente apresenta queda acentuada de pressão arterial, podem ser utilizados vasopressores para estabilizar a circulação. Em situações graves, pode ser necessário o uso de suporte avançado, como ventilação mecânica e hemodiálise. “Crianças precisam ter um cuidado especial, pois o sistema de defesa das crianças ainda não está totalmente maduro, o que as tornam mais vulneráveis às infecções”, pontua Clarisse Lisboa. “Além disso, os sinais e sintomas de infecção na criança podem ser mais difíceis de identificar pela dificuldade em comunicar o que ela sente.” Ela lembra que é fundamental manter o cartão de vacinas atualizado e não deixar de buscar auxílio médico quando houver suspeita de infecção, para que o tratamento adequado seja iniciado o mais rapidamente possível. Capacitação pediátrica [LEIA_TAMBEM]Para enfrentar esse desafio, o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), em parceria com a Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SPDF), vai ofertar uma capacitação voltada ao reconhecimento precoce da sepse pediátrica. O treinamento será realizado na quinta-feira(11), de forma presencial, no grande auditório do Hmib, e também virtualmente, pelo aplicativo Zoom. As vagas presenciais são limitadas a 150 pessoas. Com o lema “Reconhecer para Agir”, a capacitação reforça a importância da identificação rápida dos sinais clínicos de sepse para que a intervenção médica ocorra ainda na chamada “hora de ouro”, capaz de salvar vidas e evitar sequelas graves. Os participantes receberão certificado emitido pelo Núcleo de Educação Permanente em Saúde (Neps) do Hmib, além de certificado específico para o curso online fornecido pela SPDF. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Termina hoje o prazo para inscrição no I Simpósio de Saúde Funcional
Termina nesta segunda (8) o prazo para inscrição gratuita no I Simpósio de Saúde Funcional: da prática clínica à evidência científica. Promovido pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), o simpósio ocorrerá nesta terça (9) e na quarta-feira (10), das 8h às 18h, no auditório do Hospital Regional de Santa Maria – HRSM, em uma realização do Núcleo de Educação Permanente em Saúde (Nuepe) da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep). [Olho texto=”“O simpósio atualizará os profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional, mas outros profissionais da área da saúde e até mesmo estudantes podem participar”” assinatura=”Danielle Cristina Rodrigues Fontenele, chefe do Serviço de Saúde Funcional do HRSM” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O evento tem por objetivo refletir sobre temas atuais para a assistência fisioterapêutica e terapêutica ocupacional no âmbito hospitalar e ambulatorial, bem como ampliar o conhecimento das demais categorias profissionais acerca da atuação das duas áreas. “Todos os profissionais da saúde estão convidados para participar e se tornar protagonista na sua área de atuação”, ressaltou a chefe do Serviço de Saúde Funcional do HRSM, Danielle Cristina Rodrigues Fontenele. “O simpósio atualizará os profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional, mas outros profissionais da área da saúde e até mesmo estudantes podem participar.” Arte: IgesDF Para participar, clique aqui. [Olho texto=”“O instituto promove cursos de capacitação e simpósios rotineiramente, voltados para os profissionais e também para os estudantes da área da saúde. Sabemos o quanto a transmissão do conhecimento é eficaz nessas atividades”” assinatura=”Emanuella Ferraz, diretora de Ensino, Educação e Pesquisa do IgesDF” esquerda_direita_centro=”direita”] A diretora de Ensino, Educação e Pesquisa do IgesDF, Emanuella Ferraz, reforça a importância de ações como essa, que ensina aos estudantes e recicla o conhecimento dos profissionais: “O instituto promove cursos de capacitação e simpósios rotineiramente, voltados para os profissionais e também para os estudantes da área da saúde. Sabemos o quanto a transmissão do conhecimento é eficaz nessas atividades”, explicou. Confira a programação Terça-feira (9) 8h – Credenciamento e abertura 9h – IRpA e gasometria 10h – Ventilação não invasiva 11h – Ventilação mecânica básica e assincronia paciente-ventilador 12h – Almoço 13h30 – Ventilação mecânica protetora e avançada 14h30 – Atuação do fisioterapeuta na urgência e emergência 15h30 – Intervalo 16h – Extubação e desmame ventilatório 17h – Reabilitação funcional X ventilação mecânica Quarta-feira (10) 8h – Classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde: raciocínio clínico 9h – Prescrição de exercícios para pacientes cardiopatas 10h – Interpretação clínica das variáveis funcionais para prescrição de exercício terapêutico – Você sabe fazer? 11h – Estimulação e reabilitação cognitiva 12h – Almoço 13h30 – Atuação do fisioterapeuta intraparto – biomecânica e técnicas de analgesia não farmacológica 14h30 – Reabilitação paliativa 15h30 – Intervalo 16h – Reabilitação no pós-operatório do imediato ao tardio 17h – Reabilitação ambulatorial *Com informações do IgesDF
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