Oficina de crochê movimenta o Núcleo do Direito Delas no Itapoã
O projeto ‘Pelo Olhar Delas: Compartilhando experiências e somando oportunidades’ reuniu nesta terça-feira (2) mentoras e mulheres atendidas no programa para a 1ª Oficina de Crochê, das 14h às 17h, no Núcleo do Direito Delas do Itapoã. A iniciativa da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) é realizada em parceria com a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), mantenedora do Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura, ligada às associações comerciais, que atua em conjunto com lideranças femininas para debater e incentivar temas que impactam diretamente na autoestima e violência contra a mulher por meio do empreendedorismo. “As oficinas contribuem para fortalecer o empreendedorismo feminino porque as mulheres descobrem talentos que podem gerar renda. Essas ações promovem a autonomia financeira e aumentam a representatividade feminina no mercado, o que proporciona menos desigualdade de gênero” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania O material utilizado nas oficinas é proveniente da 1ª etapa da campanha ‘Enquanto o Frio não Vem’, que arrecadou 329 rolos de linha e lã de tricô e crochê para produção de agasalhos pelas mulheres em situação de vulnerabilidade social atendidas pela Sejus. Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, “as oficinas contribuem para fortalecer o empreendedorismo feminino porque as mulheres descobrem talentos que podem gerar renda. Essas ações promovem a autonomia financeira e aumentam a representatividade feminina no mercado, o que proporciona menos desigualdade de gênero”, enfatiza. O projeto Pelo Olhar Delas prevê oficinas de biojoias, crochê, tricô, customização de roupas, sachês perfumados, objetos em barro, bordado e macramê e visa à capacitação das mulheres atendidas no Programa Direito Delas promovido por meio da Subsecretaria de Apoio às Vítimas de Violência (Subav). As oficinas serão oferecidas até dezembro e serão visitados, além do Núcleo Direito Delas do Itapoã, os núcleos de Samambaia, Guará, Ceilândia, São Sebastião, Brasília, Estrutural, Recanto das Emas, Paranoá e o Instituto Maria do Barro, em Planaltina. O material utilizado nas oficinas é proveniente da 1ª etapa da campanha ‘Enquanto o Frio não Vem’ que arrecadou 329 rolos de linha e lã de tricô e crochê para produção de agasalhos pelas mulheres em situação de vulnerabilidade social atendidas pela Sejus | Foto: Divulgação/Ascom Sejus-DF Fortalecimento econômico O projeto Pelo Olhar Delas e a Feira de Talentos são iniciativas da Sejus que integram o projeto Banco de Talentos. A feira disponibiliza espaços gratuitos para a comercialização de serviços e produtos confeccionados pelas empreendedoras participantes. As artesãs e mentoras têm participado, em uma tenda específica, das edições do GDF Mais Perto do Cidadão, que ocorre periodicamente, nas regiões administrativas, expuseram peças no shopping CasaPark e, em uma ação recente, participaram de um estande na 31ª Expotchê, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. Interrompendo o ciclo de violência O programa Direito Delas foi criado pela Sejus-DF para atender mulheres em situação de violência e seus familiares; crianças e adolescentes de 7 a 14 anos vítimas de estupro e vítimas de crimes contra a pessoa idosa. A iniciativa oferece atendimentos social, psicológico e jurídico em nove núcleos existentes, sendo um em cada cidade: Ceilândia, Estrutural, Guará, Itapoã, Paranoá, Planaltina, Plano Piloto, Recanto das Emas e Samambaia. Confira o cronograma das próximas oficinas do projeto Pelo Olhar Delas Julho Dia 18/Quinta-feira – 1ª aula da Oficina de Tricô – Local: Núcleo Direito Delas de Samambaia – Horário: das 14h às 17h Agosto Dia 13/Terça-feira – 1ª aula da Oficina de Customização de roupas – Local: Núcleo Direito Delas do Guará – Horário: das 14h às 17h Dia 15/Quinta-feira – 1ª aula da Oficina de Sachês perfumados – Local: Núcleo Direito Delas da Ceilândia – Horário: das 14h às 17h Setembro Dia 3/Terça-feira – 1ª aula da Oficina de Crochê – Local: Núcleo Direito Delas de São Sebastião – Horário: das 14h às 17h Dia 19/Quinta-feira – 1ª aula da Oficina de Biojoias – Local: Núcleo Direito Delas de Brasília – Horário: das 14h às 17h Outubro Dia 2/Quarta-feira – 1ª aula da Oficina de Objetos em Barro – Local: Instituto Maria do Barro – Planaltina-DF – Horário: das 14h às 17h Dia 18/Sexta-feira – 1ª aula da Oficina de Customização de roupas – Local Núcleo Direito Delas da Estrutural – Horário: das 14h às 17h Novembro Dia 5/Terça-feira – 1ª aula da Oficina de Bordado – Local: Núcleo Direito Delas do Recanto das Emas – Horário: das 14h às 17h Dia 19/Terça-feira – 1ª aula da Oficina de Crochê – Local: Núcleo Direito Delas da Estrutural – Horário: das 14h às 17h Dezembro Dia 3/Terça-feira – 1ª aula da Oficina de Macramê – Local: Núcleo Direito Delas do Paranoá – Horário: das 14h às 17h Dia 12/Quinta-feira – 1ª aula da Oficina de Crochê – Local: Núcleo Direito Delas de Ceilândia – Horário: das 14h às 17h *Com informações da Sejus
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Núcleo do Direito Delas leva profissionalização às mulheres vítimas de violência
As mulheres assistidas pelo Núcleo do Direito Delas participaram de uma oficina de papel machê, nesta quarta-feira (15), como forma de ressocialização e reintegração no mercado de trabalho. O evento, fruto de uma parceria da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) com o Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura (Cmec), ocorreu em Samambaia e contou com a participação de 15 mulheres assistidas pelo núcleo. Mulheres assistidas pelo Núcleo do Direito Delas participaram de oficina de papel machê; iniciativa promove capacitação para contribuir para a independência financeira | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “O Governo do Distrito Federal está presente em todas as etapas desse ciclo, prevenindo, cuidando e denunciando. As parcerias que fazemos, como essa de hoje, buscam trazer autonomia financeira para essas mulheres. Estamos promovendo uma oficina de capacitação para que elas possam reconhecer a importância de ter essa liberdade e independência”, afirmou a secretária de Justiça de Cidadania, Marcela Passamani. Ao todo, há oito núcleos do Direito Delas espalhados pelo Distrito Federal. No mês de abril, somente a unidade de Samambaia realizou 99 atendimentos psicológicos, 11 sociais e três jurídicos. Por lá, cerca de 70 pessoas em vulnerabilidade são acompanhadas pela equipe multidisciplinar. A presidente do Cmec, Claudia Badra, participou do bate-papo que antecedeu a oficina de papel machê. Para ela, o objetivo da parceria é levar conhecimento para que as mulheres se tornem independentes. “Organizamos esses eventos para que a gente consiga repassar o lado empreendedor, com cursos, capacitações e créditos. Tudo o que fazemos é em cima da liberdade financeira para que entendam que sozinhas elas conseguem tudo o que quiserem”, afirmou. Para a psicóloga do núcleo de Samambaia, Ângela Maracaípe, há diversas estratégias para acolher a mulher vítima de violência. “Nós temos atendimentos semanais. São seis sessões individuais e quatro em grupo. É importante que a gente faça essa escuta qualificada. O nosso papel é acolhê-las nesse momento de dor. Elas começam a perceber que a violência não é algo individual e, sim, social”, disse. Direito Delas “As parcerias que fazemos, como essa de hoje, buscam trazer autonomia financeira para essas mulheres”, afirmou a secretária Marcela Passamani O programa, que nasce da reestruturação do Pró-Vítima (Decreto nº 39.557/2018), oferece atendimentos social, psicológico e jurídico às vítimas diretas de violência e seus familiares. O Direito Delas atende às famílias das vítimas diretas, que é composta pelo cônjuge ou companheira(o), pelos ascendentes e descendentes de primeiro grau e parentes colaterais em segundo grau, desde que não sejam autores da violência. O atendimento é oferecido às mulheres em situação de violência doméstica e familiar, às vítimas de crimes contra a pessoa idosa, às crianças e adolescentes de 7 a 14 anos vítimas de estupro de vulnerável e, ainda, às pessoas vítimas de crimes violentos. Rosa (nome fictício) é uma das assistidas pelo núcleo. Após a filha ser violentada, as duas foram acolhidas pelas equipes da unidade de Samambaia. Lá, elas contam com atendimento psicológico, além do apoio de assistentes sociais e advogados. “Todos nós precisamos desse tipo de ajuda. Eu sei que vou sair daqui uma pessoa muito melhor do que quando entrei. O programa faz com que eu me sinta mais segura, acolhida e com uma boa autoestima”, compartilhou. Cecília (nome fictício) também participou da iniciativa no Núcleo do Direito Delas. Empolgada com a oficina de papel machê, ela aproveitou para agradecer o apoio que recebe da equipe: “Eu estive aqui nos meus momentos mais difíceis, e todas as meninas me ajudaram muito. Eu procurei esse local para conversar com outras mulheres e ver que não estou sozinha nessa situação. O acolhimento que tenho aqui me ajuda a não desanimar nunca”.
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