Hospital de Base será pioneiro no Centro-Oeste em monitorar, em tempo real, pacientes de diálise peritoneal
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) será a primeira unidade de saúde do Centro-Oeste a adotar um sistema capaz de acompanhar, em tempo real, pacientes em tratamento de diálise peritoneal. A iniciativa integra um projeto-piloto do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), em parceria com a plataforma ShareSource, e está entre os primeiros testes dessa tecnologia em toda a América Latina. Segundo o diretor de Atenção à Saúde do IgesDF, Rodolfo Lira, a implantação do sistema deve começar ainda neste ano em novos pacientes atendidos pelo setor de nefrologia. “É mais um passo para uma saúde pública moderna, conectada e centrada no paciente. O Hospital de Base, junto com o Hospital do Rim, em São Paulo, é um dos primeiros da América Latina a receber a plataforma”, destaca. Máquina de Diálise Peritonial permite que o tratamento seja realizado no conforto da casa do paciente | Foto: Alberto Ruy/IgesDF A diálise peritoneal é indicada para pacientes que perderam a função dos rins. Diferente da hemodiálise, que exige deslocamentos frequentes a unidades de saúde, o procedimento pode ser realizado em casa, pelo próprio paciente. No HBDF, 120 pessoas já utilizam esse método diariamente, com aparelhos cedidos em comodato. Tecnologia O uso da nova tecnologia permitirá que a equipe médica acompanhe, em tempo real, dados do tratamento domiciliar. O sistema envia informações como volume de saída, tempo de sessão, adesão e possíveis intercorrências diretamente aos profissionais de saúde. A diretora clínica do HBDF, Cristhiane Gico, afirma estar ansiosa para começar a usar o sistema nos pacientes do hospital. “A tecnologia possibilita ajustes rápidos na prescrição, acompanhamento mais próximo e redução de complicações, oferecendo ao paciente mais autonomia, conforto e segurança”. Cristhiane Gico foi responsável pela apresentação da plataforma | Foto: Divulgação/IgesDF A médica nefrologista complementa que com o novo sistema os retornos ao hospital vão diminuir. “Com esse monitoramento, o paciente só precisará voltar para consulta presencial caso seja necessário alguma modificação na prescrição do equipamento. No mais, ele fica sendo assistido à distância, de forma on-line pela plataforma”. Como funciona [LEIA_TAMBEM]No Hospital de Base, antes de iniciar o tratamento, o paciente passa por consulta de acolhimento, avaliação e treinamento. A diálise peritoneal utiliza a membrana natural do abdômen, chamada de peritônio, como filtro para remover toxinas e líquidos. O procedimento começa com a implantação de um cateter na região abdominal, de forma simples e indolor. Em casa, o tratamento é realizado com o auxílio de uma máquina de cerca de 70 cm, que faz a filtragem automaticamente durante a noite, por um período de oito a dez horas. Para garantir segurança, os pacientes recebem, em média, 15 aulas práticas ministradas pela equipe de enfermagem. A chefe do Serviço de Nefrologia e Transplante Renal do HBDF, Flávia Gonçalves, ressalta que a diálise peritoneal traz vantagens significativas em relação à hemodiálise. “Além de possibilitar que o tratamento seja feito em casa, com mais conforto e independência, reduz a exposição a ambientes hospitalares, diminuindo o risco de infecções, especialmente as associadas a cateteres. E com o novo sistema é ainda melhor, já que o monitoramento é integral”, explica. *Com informações do IgesDF
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Telemedicina garante segurança em atendimentos no Hospital Cidade do Sol
A telemedicina é um recurso disponibilizado pelo IgesDF há quatro anos para que os médicos das unidades possam discutir quadros clínicos com especialistas e otimizar condutas, seja na alteração de um medicamento, na avaliação de resultado de exames ou na promoção de alta médica com segurança. De acordo com a coordenadora médica do HSol, Juliana Barros, o uso da telemedicina gera segurança para o colaborador e para o paciente, além de acelerar o processo de alta Para o médico cardiologista Elisson Furtado, chefe do Núcleo da Telemedicina, a busca pelo formato é, em geral, feita por profissionais que ainda não possuem especialidades. “A telemedicina é muitas vezes acionada por médicos generalistas que sentem a necessidade de um apoio na tomada de decisão”. Segundo a coordenadora médica do HSol, Juliana Barros, o uso da telemedicina gera segurança para o colaborador e para o paciente, além de acelerar o processo de alta. “Desde o início dos trabalhos aqui no HSol, o uso da telemedicina é incentivado entre os médicos da equipe e foi muito aceito pelos mesmos. Eles sentem mais segurança na hora de assinar uma alta sabendo que tiveram o suporte de um especialista e os pacientes sentem o mesmo sabendo que estão sendo bem assistidos”, lembra Juliana. “Todo esse processo ajuda a acelerar o tratamento do paciente que não precisa ficar saindo da unidade para receber um atendimento, facilmente resolvido por meio da plataforma de chamada de vídeo”, completa. Vinícius da Silva, médico plantonista do HSol, elogiou o sistema. “A telemedicina gerou uma eficiência no cuidado com os pacientes e agilidade no acompanhamento com o especialista porque conseguimos resolver no dia a dia questões que antes iam necessitar do transporte do paciente, que também ia precisar de uma vaga disponível para poder fazer esse atendimento, além de trazer segurança e maior conhecimento para quem está aqui na ponta”. Algumas das especialidades disponíveis para os médicos do IgesDF na telemedicina são cardiologia, clínica médica, pneumologia, neurologia, pediatria, psiquiatria e nefrologia. *Com informações do IgesDF
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Novas contratações vão reduzir tempo de espera para hemodiálise
Em busca de aprimorar o atendimento e reduzir o tempo de espera na realização de hemodiálise no sistema público, a Secretaria de Saúde do DF (SES) contratou 138 vagas para o serviço na rede complementar. O extrato do contrato com a empresa Clínica do Rim foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). “Com a contratação, o usuário ambulatorial que hoje ocupa uma vaga hospitalar poderá ir para a sua residência e ser atendido na rede complementar”, diz a diretora de Serviços de Internação substituta, Raquel Mesquita | Fotos Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF O objeto do documento é a prestação de serviços médicos complementares de nefrologia, especificamente de hemodiálise. O valor total do contrato é de mais de R$ 10 milhões, sendo o empenho inicial de quase R$ 6 milhões. A previsão é que mais vagas sejam contratadas em outras unidades da rede complementar ainda neste ano. Atualmente na rede pública são realizadas as hemodiálises hospitalar e ambulatorial, sendo a primeira destinada aos pacientes internados e agudos; e a segunda, aos crônicos, que retornam às próprias casas. “Com a contratação, o usuário ambulatorial que hoje ocupa uma vaga hospitalar poderá ir para a sua residência e ser atendido na rede complementar, desafogando as unidades públicas”, explica a diretora de Serviços de Internação substituta, Raquel Mesquita. Hemodiálise e diálise peritoneal A hemodiálise auxilia na remoção de impurezas do sangue e de excesso de líquido do paciente por meio de uma máquina. No procedimento, o indivíduo fica por horas ligado ao equipamento. A terapia é fundamental para pessoas com doença renal crônica e vítimas de enfermidades que comprometam a função renal. Já a diálise peritoneal consiste na conexão por um cateter implantado no abdômen do paciente. Diferentemente da hemodiálise, o procedimento pode ser realizado em casa, à noite, enquanto a pessoa dorme, bastando o equipamento estar ligado a uma tomada e a uma pia. A SES fornece o aparelho a cada paciente, além de bolsas com o líquido usado para a filtragem do sangue, assim como outros materiais necessários. Na rede pública do DF, o acolhimento inicial é feito nas unidades básicas de saúde (UBSs). Se houver indicação, a pessoa é encaminhada aos ambulatórios especializados. *Com informações da SES
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Sessões de fisioterapia complementam a hemodiálise no HCB
O Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) é referência no tratamento de crianças com doença renal crônica no Distrito Federal. Um dos tratamentos indicados nesses casos é a hemodiálise, procedimento em que o paciente precisa ficar conectado a uma máquina responsável por filtrar o sangue. Em 2024, o HCB incrementou o atendimento com sessões de fisioterapia durante a hemodiálise. Inovação contempla um pedido feito pelas crianças que estão em tratamento; resultados têm sido positivos | Foto: Divulgação/HCB Segundo a responsável técnica pela fisioterapia do HCB, Glaciele Xavier, a iniciativa é uma resposta a pedidos das próprias crianças, que precisam passar quatro horas sentadas para receber o procedimento. Inicialmente, a equipe realiza uma sessão semanal de fisioterapia com cada grupo de pacientes da hemodiálise – mas há planos de ampliação nessa frequência, com duas sessões semanais por grupo. A estudante Maria Eduarda Fernandes,15 anos, aprovou a iniciativa, executando vários alongamentos e exercícios com o uso de bolas. “A sessão foi boa, gostei”, contou. “Deu para cansar um pouco e foi bom para passar o tempo”. Guilherme Kauan Oliveira, 16 anos, também ficou satisfeito. “A fisioterapia distrai e também ajuda na parte física”, disse. Benefícios “Essa atividade é muito benéfica, melhora a capacidade funcional, [levando] bem-estar e qualidade de vida às crianças”, afirma a fisioterapeuta Glaciele Xavier. Ela acompanha os exercícios conduzidos pelos estagiários de fisioterapia que atuam no hospital, orientando quanto ao atendimento oferecido na hemodiálise e verificando a disposição de cada criança. “Esse também é um momento de descontração, para distrair as crianças e trazer um reforço ao tratamento” Raquel Caixeta, fisioterapeuta do Hospital da Criança “Todos os pacientes foram avaliados em relação à capacidade funcional e pulmonar. Também monitoramos os sinais vitais antes, durante e depois das atividades, assim como a percepção do esforço de cada uma”, explica. Como as crianças não têm completa liberdade de movimentação durante a hemodiálise (não podem, por exemplo, ficar em pé na hora do procedimento), a equipe de fisioterapia sistematizou atividades que se adaptem à rotina do procedimento. “Começamos com um aquecimento, para preparar o corpo. Passamos a exercícios aeróbicos e resistidos, para trabalhar a força muscular, e finalizamos com um relaxamento”, esclarece Graciele. Interatividade Rodrigo de Oliveira é pai de Alice, 4, e ajudou a filha ao longo da sessão. Para ele, um ponto positivo da atividade é o incentivo à interação entre as crianças: “Quando elas chegam, algumas já dormem, outras ficam mexendo no tablet ou no celular. Com a fisioterapia, elas ficam estimuladas a conversar com as outras, a olhar como a criança do lado está fazendo o exercício”. A nefrologista do HCB Raquel Caixeta também acompanha a atividade. “O paciente em tratamento de hemodiálise geralmente evolui com perda de massa muscular e comprometimento ósseo, mas faz alguns anos que já foi visto um impacto efetivo da fisioterapia, em adultos, em questões como câimbra e dor”, relata. A médica ressalta que aliar a fisioterapia à hemodiálise é positivo: “Esse também é um momento de descontração, para distrair as crianças e trazer um reforço ao tratamento”. *Com informações do HCB
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Hospital Regional do Gama oferece 50 vagas para diálise peritoneal
O Hospital Regional do Gama (HRG) conta agora com 50 vagas para acompanhar pacientes em diálise peritoneal. O tratamento é voltado para pessoas com doença renal crônica e apresenta vantagens frente à hemodiálise, como poder fazer o procedimento em casa, no período noturno, sem afetar a rotina de trabalho. Antes da ampliação eram 27 pacientes atendidos. Para haver a expansão do serviço, o setor de nefrologia do HRG foi reformado. O número de consultórios foi ampliado de um para dois e houve melhorias nas janelas, pisos, paredes, tetos e banheiros. Além disso, toda a rede elétrica passou por adequações, de forma a evitar qualquer problema nas máquinas utilizadas para o procedimento. Também houve a instalação de novos equipamentos e a troca de móveis. Setor de diálise peritoneal do Hospital Regional do Gama poderá atender até 50 pacientes | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF A equipe, composta por dez médicos nefrologistas, seis enfermeiros e 15 técnicos de enfermagem, comemora as melhorias. “Isso traz maior qualidade de vida para quem trabalha, para quem passa a maior parte do dia no trabalho. A equipe produz melhor e os pacientes são melhor atendidos”, afirma a supervisora de enfermagem da nefrologia do HRG, Denise Bolzan. O setor contará ainda com apoio de servidores das áreas de psicologia, nutrição e terapia ocupacional, dentre outras especialidades. A SES-DF fornece o aparelho a cada paciente, além das bolsas com líquido usado para filtragem do sangue e outros materiais necessários. Quem opta pelo tratamento, e não possui restrições como hérnias nem grande acúmulo de gordura abdominal, precisa também fazer o acompanhamento mensal em um dos ambulatórios de diálise peritoneal Para o médico nefrologista Luis Eduardo Espadim, a relação entre os profissionais de saúde e os pacientes é fundamental para quem precisa de serviço desse tipo, quando o estado de saúde é grave e é necessário manter um tratamento constante. “Acolher bem esse paciente é muito importante. Uma das características do nosso serviço é o carinho da equipe”, garante. O diretor do HRG, Ruber Gomes, ressalta que a reforma faz parte do esforço de gestão para habilitar o serviço de diálise peritoneal junto ao Ministério da Saúde. Quando habilitado, o hospital poderá receber recursos federais para custeio do serviço. “Isso vai garantir que esses recursos sejam enviados para a Secretaria de Saúde para manter todo esse processo”, explica. O HRG também conta com seis leitos para realização de hemodiálise para pacientes internados com insuficiência renal aguda. O que é a diálise peritoneal? Diferentemente da hemodiálise, em que o paciente precisa permanecer sentado por horas ligado à máquina que faz filtragem do sangue, no caso da diálise peritoneal, a conexão é feita por meio de um cateter implantado no abdômen. Uma diferença relevante é a hora do procedimento. A diálise peritoneal pode ser feita em casa, à noite, enquanto dorme, sendo necessário manter o equipamento ligado à tomada e a uma pia. A SES-DF fornece o aparelho a cada paciente, além das bolsas com líquido usado para filtragem do sangue e outros materiais necessários. Quem opta pelo tratamento, e não possui restrições como hérnias nem grande acúmulo de gordura abdominal, precisa também fazer o acompanhamento mensal em um dos ambulatórios de diálise peritoneal. Com a expansão do serviço no Gama, são cerca de 900 vagas ofertadas, incluindo clínicas conveniadas e os ambulatórios dos hospitais regionais de Taguatinga (HRT) e Sobradinho (HRS). Pacientes de todas as regiões administrativas podem ser atendidos nestas unidades, com acesso ao serviço via encaminhamento. O HRG também oferece um serviço único na SES-DF, que é a diálise peritoneal em internação hospitalar. O procedimento é indicado para pacientes que não possuem possibilidades de acesso vascular para hemodiálise, nem condições para a diálise peritoneal no domicílio. *Com informações da SES-DF
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Nefrologia do Hospital de Santa Maria reduz tempo de espera para tratamento
A unidade de nefrologia do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) conseguiu reduzir o tempo médio de espera dos pacientes internados por vaga ambulatorial para hemodiálise de 296 dias para 53 dias ao longo de 2023. A especialidade médica dedicada ao diagnóstico e tratamento clínico de doenças do sistema urinário oferece atendimento especializado no 3º andar do hospital e conta com ramificações em outros setores como, unidade de terapia intensiva (UTI), pronto-socorro e enfermarias. “A melhoria ocorreu por aprimoramento de processos internos relacionados a realização de exames laboratoriais e de imagem. Além da inserção dos pacientes no Sisreg (regulação de vagas), monitoramento da solicitação e acompanhamento do paciente até o momento do acolhimento na vaga externa” Núbia Moreira, chefe do Serviço de Nefrologia do HRSM A melhora só foi possível devido a mudanças no fluxo de trabalho do setor e ao aumento na disponibilidade de vagas para hemodiálise ambulatorial em toda a rede pública de saúde, principalmente no segundo semestre de 2023, após o cofinanciamento das sessões de diálise pelo GDF junto às clínicas conveniadas. “A melhoria ocorreu por aprimoramento de processos internos relacionados a realização de exames laboratoriais e de imagem. Além da inserção dos pacientes no Sisreg (regulação de vagas), monitoramento da solicitação e acompanhamento do paciente até o momento do acolhimento na vaga externa”, explica a chefe do serviço de nefrologia do HRSM, Núbia Moreira. Os pacientes que foram internados em janeiro de 2023 aguardaram uma média de 296 dias por uma vaga externa (vaga de diálise ambulatorial), enquanto os pacientes de novembro esperaram, em média, 53 dias. “É um resultado maravilhoso e que só é benéfico aos pacientes, além de melhorar sua qualidade de vida e seu tratamento”, destaca. A média do tempo de espera entre os pacientes que foram internados em janeiro de 2023 foi de 296 dias, enquanto os pacientes de novembro aguardaram em média 53 dias | Fotos: Davidyson Damasceno/IgesDF O trabalho da assistente administrativa do setor de nefrologia Juliana Roque foi essencial para dar celeridade ao processo. Segundo ela, muitas vezes a regulação é feita, volta e o setor não é comunicado. Então, pelo menos de duas a três vezes no mês ela verifica no sistema de regulação (SisregIII) como está o andamento de cada paciente, se permanece regulado, se foi devolvido ou se tem algo que possa atrasar a demanda. “Mantenho uma lista atualizada de todos os pacientes que seguem em tratamento e sempre envio por e-mail também para a Central de Regulação da Secretaria de Saúde, pois como há a demora na espera, tem casos de pacientes que melhoram durante o tratamento no hospital ou, infelizmente, alguns que agravam. Então, manter essa lista sempre atualizada colabora na manutenção da liberação em tempo”, explica a assistente. Conquistas Em 2023, o serviço de nefrologia do HRSM teve muitos avanços, dentre eles a modernização do parque tecnológico, com a aquisição de 26 novas máquinas de hemodiálise. Além disso, houve a contratação de mais médicos nefrologistas para o setor. Atualmente são 18 profissionais, antes eram apenas oito. Hoje, o HRSM atende as duas modalidades na nefrologia: internação e ambulatório. “Tivemos a adequação do corpo clínico com a contratação de novos médicos especialistas. A nefrologia do HRSM faz em média 43 atendimentos por dia, totalizando 7.109 sessões de hemodiálise em 2023, sendo a maioria nos pacientes da UTI adulto”, afirma a chefe do serviço de nefrologia. Retrospectiva Com a abertura do Ambulatório de Nefrologia no Hospital Regional de Santa Maria, em junho de 2022, o serviço já atendeu mais de 1.632 pacientes em regime ambulatorial, principalmente pacientes renais crônicos que têm a oportunidade de iniciar tratamento dialítico em regime ambulatorial, sem necessariamente passar por internação. *Com informações do IgesDF
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Caderneta de saúde do paciente renal auxilia no tratamento
Recém-criada na residência multiprofissional em nefrologia do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), a caderneta de saúde do paciente renal reúne orientações e ferramentas para monitorar e auxiliar no tratamento nutricional. Voltado para pessoas com doença renal crônica tanto em tratamento conservador, com medicações e dieta, quanto dialítico (uso de máquinas), esse documento já beneficiou cerca de 50 usuários desde o início da distribuição, no segundo trimestre de 2023. A caderneta de saúde do paciente renal já beneficia cerca de 50 usuários | Foto: Divulgação/SES O documento foi inspirado na Caderneta de Saúde da Criança e baseado em evidências científicas. Há quadros e tabelas para o monitoramento de índices, como a pressão arterial e a glicemia, e espaço para os profissionais que assistem o paciente se comunicarem. Na última seção, uma série de receitas culinárias são recomendadas para cada tipo de tratamento. Internado há três meses no Hran, Renato Alves, 50 anos, é um dos pacientes acometidos por doença renal e já leu toda a caderneta. “É um material rico em informação, tem muitas ilustrações, o que facilita para quem não tem o domínio da leitura”, opina. Tendo como foco o sucesso do tratamento, ele garante que vai seguir todas as orientações à risca e levar o documento para todas as consultas, pois sabe que será um auxílio aos médicos em seu acompanhamento. As cadernetas são entregues antes da alta médica àqueles que possuem diagnóstico recente ou cujo quadro clínico exige grande volume de instruções. A nutricionista e preceptora da residência multiprofissional em nefrologia do Hran, Patrícia Matias de Souza, aponta que o material tem dupla serventia. Renato Alves é um dos pacientes acometidos por doença renal e já leu toda a caderneta | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde “O paciente com doença renal crônica costuma transitar por diversos serviços de saúde. A caderneta é um instrumento de comunicação entre os profissionais. Além disso, é uma forma de sugerir a responsabilização do paciente por seu tratamento”, afirma. A profissional idealizou a caderneta de saúde do paciente renal junto à ex-residente Gabriela Vespar. Comunicação Os dados de contato dos pacientes que recebem a caderneta são registrados para que seja possível manter a comunicação. A intenção da equipe é que, até o fim do ano, seja iniciado um canal de envio periódico de orientações e lembretes por meio de mensagens eletrônicas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A versão digital da caderneta de saúde do paciente renal está disponível a todos os usuários do serviço ambulatorial do Hran. O material pode ser acessado aqui. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES)
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Oito em cada dez casos de pacientes renais poderiam ser evitados
O Distrito Federal tem a quinta maior incidência de diálise do país, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia. A capital federal registra 2.280 pessoas que se submetem anualmente a esse procedimento. “Cerca de 150 mil pacientes fazem hemodiálise, consumindo cerca de 10% do orçamento do Ministério da Saúde”, aponta o nefrologista Fábio Ferraz, do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Para ele, esse quadro sinaliza que há uma epidemia no Brasil. “A chave é a prevenção”, alerta. Walisson Costa passou a fazer a diálise peritoneal: “Faço o tratamento enquanto estou dormindo, em casa, com a família” | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde No calendário de saúde, março é lembrado como o Mês do Rim. De acordo com o nefrologista, se forem controlados hipertensão e diabetes, além do uso abusivo de anti-inflamatórios, o número de pacientes renais tende a diminuir. “Oito em cada dez casos de doenças renais no DF e no país poderiam ser evitados com esses cuidados”, sinaliza. Acompanhamento [Olho texto=”“Diferentemente da hemodiálise tradicional, a versão peritoneal dá mais autonomia para o paciente”” assinatura=”Lizandra Barbosa Carvalho, referência técnica distrital em nefrologia” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Em 2022, a Secretaria de Saúde (SES) efetuou cerca de 50 mil consultas nefrológicas e 21.763 sessões de hemodiálise. Para evitar que essa lista aumente, a médica Lizandra Barbosa Carvalho, referência técnica distrital em nefrologia, lembra que os pacientes com diabetes e hipertensão devem fazer acompanhamento nas unidades básicas de saúde (UBSs), responsáveis pelo atendimento e tratamento do quadro clínico renal. “Alguns dos principais exames para a detecção precoce são a dosagem de creatinina no sangue e o exame de urina simples; de baixo custo, evitam os agravos da doença e, consequentemente, permitem melhor qualidade de vida ao paciente”, indica a nefrologista. Sintomas como náusea, vômito, baixo apetite, períodos de confusão mental e cãibras podem ser relacionados ao desequilíbrio da ureia. Além desses, a médica reforça que as pessoas devem prestar atenção à presença de espuma na urina. “Isso acontece porque o órgão, que atua como um filtro, está deixando passar proteína”, esclarece. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Diálise peritoneal Walisson Farias Costa, 20, morador de Planaltina, foi diagnosticado com infecção renal que evoluiu para a perda da função do órgão. Após oito meses de sessões de hemodiálise no Hran, ele passou para a diálise peritoneal. “Faço o tratamento enquanto estou dormindo, em casa, com a família”, conta. “É bem melhor, pois a hemodiálise deixa a gente muito enjoado e cansado”. Walisson quer continuar estudando e sonha em fazer um curso de farmácia até conseguir um transplante. Segundo a médica, o tratamento peritonial é uma opção estratégica, porém ainda subutilizada no país, mesmo estando disponível no SUS e tendo cobertura de planos de saúde. Atualmente, dos 145 mil pacientes em terapia renal substitutiva, apenas 6% fazem a diálise peritoneal. A SES possui contrato com sete clínicas de terapia renal, com 1.001 vagas para hemodiálise e 500 para diálise peritoneal – tratamento que, de acordo com Lizandra, é feito por 20% das pessoas do DF com problemas renais. “Diferentemente da hemodiálise tradicional, a versão peritoneal dá mais autonomia para o paciente”, resume. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Hospital de Base recebe 34 novas máquinas de hemodiálise
O Hospital de Base começou a receber, nesta semana, 34 novos aparelhos de hemodiálise para pacientes com doenças crônicas nos rins. No total, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), responsável pelo hospital, recebeu R$ 3.178.526 para aquisição de equipamentos especializados. [Olho texto=”Aquisição permitirá ao hospital aumentar a média de diálises mensais para 2.224″ assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Os equipamentos foram adquiridos com recursos de emenda parlamentar da senadora Leila do Vôlei, verba também utilizada para a compra de dois aparelhos de ultrassom e um endoscópio flexível. Equipamentos vão substituir máquinas que demandavam manutenção | Foto: Divulgação/Iges-DF “Os recursos empregados pelos parlamentares federais e distritais são imprescindíveis para que possamos comprar novos equipamentos e instrumentos que assegurem a assistência”, ressalta a presidente do Iges-DF, Mariela Souza de Jesus. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os aparelhos de hemodiálise estão sendo instalados para substituir máquinas já obsoletas, que demandavam manutenção, e aumentar a capacidade de atendimento do setor de nefrologia da unidade hospitalar. São 480 procedimentos de diálise por mês, incluindo pacientes de enfermaria e de UTI. O hospital tem a maior equipe de nefrologia do DF. “Com a ampliação e renovação das máquinas, realizaremos mensalmente 1.440 diálises de enfermaria e 800 diálises de UTI, totalizando 2.224 diálises mensais – um aumento de 1.744 diálises por mês”, contabiliza a chefe da Unidade de Nefrologia do Hospital de Base, Christiane Gico. Este investimento resulta em melhorias e resultados imediatos para a população do Distrito Federal.” *Com informações do Iges-DF
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Você sabe como está a saúde dos seus rins?
Diferentemente dos demais órgãos do corpo humano, os rins geralmente não apresentam sintomas e sinais evidentes de que estão doentes. A dor somente se manifesta em alguns casos. No entanto, é importante ficar de olhos abertos em dicas para cuidar dos seus rins, já que eles são fundamentais para o funcionamento do corpo, auxiliando na filtragem do sangue. São os rins que retiram as impurezas e toxinas do corpo. Eles também regulam a pressão arterial, produzem hormônios e ativam vitaminas. Para sanar as principais dúvidas dos pacientes, a chefe do Serviço de Transplante e Nefrologia do Hospital de Base do DF, Cristhiane Gico, explica como se prevenir de possíveis complicações renais. Confira abaixo: Urino normalmente, então não possuo problema renal? É importante entender a função normal dos nossos rins. Quando o paciente fala que urina normalmente, então, em razão disso, não possui problema renal, isso não é verdade. O rim possui uma capacidade extraordinária de manter a urina, porém, as outras funções de desintoxicação, de limpeza, de hormônio, podem estar comprometidas. Então, o fato de urinar não significa que os rins estão funcionando plenamente. É possível viver com apenas um rim? É possível nascer com um rim só e não apresentar nenhum sintoma. Isso ocorre por causa da grande capacidade que o rim possui de manter as suas funções. Mas o fato de possuir um rim apenas requer o cuidado redobrado. É necessário ter rotina saudável, alimentação que não gere inflamações no corpo, fazer atividade física, evitar alimentos gordurosos, processados, industrializados, controlar o peso corporal, a pressão arterial e o diabetes. Tudo isso vai fazer com que esse único rim funcione de forma excelente. Como eu perdi minha função se eu não estou sentindo nada? Quando o rim vai perdendo a função, o corpo vai se adaptando. Por exemplo, pode ocorrer um pouco de inchaço na perna e no olho. Também é possível sentir cansaço, ter náusea, não conseguir se alimentar com carne ou até apresentar soluço. Esses sintomas ocorrem de uma forma lenta. Por isso, você acha que está tudo normal, mas já está perdendo sua função normal. Qual exame devo fazer para saber se meus rins estão funcionando normalmente? É necessário fazer o exame chamado creatinina. Com esse exame, você vai saber como esse rim está depurando e funcionando. Quando o rim não está funcionando sentimos dor? Em linhas gerais, o paciente não apresenta dor. Os rins ficam embaixo das duas últimas costelas e, às vezes, é possível confundir dor lombar com dor renal. O rim não possui enervação (nervos) suficiente para doer. As exceções que geram dor são quando há pedra nos rins (cálculo renal), infecção e inflamação. Não se trata de um órgão que quando está parando de funcionar causa dor. O importante é sempre observar se aparecer algum sintoma diferente como perda de apetite, soluço com frequência, pressão arterial difícil de controlar, náusea, perda de sangue e inchaço no corpo. Mas pode ocorrer de você chegar a uma consulta, não estar sentindo nada e ter perdido a função renal. Então, não espere ficar doente, não espere perder toda a função renal para procurar saber como está a sua saúde. O que fazer para ter uma rotina que favoreça a saúde renal? Alimentar-se com comidas saudáveis, fazer atividades físicas, cuidar da mente, do corpo e do espírito. Tenha uma vida saudável como um todo. Se você fizer isso, com certeza a saúde dos seus rins estará preservada. Quais os tratamentos realizados no Hospital de Base para pacientes da nefrologia? No Hospital de Base, temos um serviço de excelência. Realizamos tratamento para insuficiência renal crônica, pacientes com doenças glomerulares, transplantes, hemodiálise peritoneal e diversas outros tratamentos. Porém, o mais importante não é o tratamento, mas prevenir essas doenças. Então, cuide do seu rim. Nefrologia O Hospital de Base do DF conta com o maior serviço de nefrologia do DF, e é responsável pelo tratamento de todos os pacientes dialíticos graves. Atualmente, opera com 14 máquinas de hemodiálise. Dessas, sete são destinadas aos pacientes da unidade de terapia intensiva (UTI) e pronto-socorro. Espera-se ampliar o atendimento com a criação de um terceiro turno, a partir da aquisição de 34 novas máquinas que deverão ser compradas por meio de emenda parlamentar, uma vez que o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) não conta com orçamento para compras. *Com informações do Iges-DF
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