Saiba como se proteger do HIV após exposição de risco durante o Carnaval
O Carnaval é um período de festividade e diversão, mas também requer atenção aos cuidados com a saúde, especialmente para quem teve uma relação sexual desprotegida e quer se prevenir contra o HIV. Neste caso, a profilaxia pós-exposição (PEP) é uma alternativa segura e eficaz. Disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), o tratamento precisa ser iniciado até, no máximo, 72 horas após a exposição. Além do autoteste, há medicamentos que, combinados, podem ser utilizados até três dias após a suspeita | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília “Como se trata de uma urgência, a gente alerta que o uso do medicamento só funciona se iniciado até três dias após a exposição à situação de risco; não adianta a pessoa esperar o mês passar para procurar a profilaxia” Sérgio d’Ávila, psicólogo da Secretaria de Saúde Sérgio d’Ávila, psicólogo das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) da Secretaria de Saúde (SES-DF), adverte: é imprescindível seguir o prazo para ampliar a efetividade do tratamento. “Como se trata de uma urgência, a gente alerta que o uso do medicamento só funciona se iniciado até três dias após a exposição à situação de risco; não adianta a pessoa esperar o mês passar para procurar a profilaxia”, ressalta. Combinação de medicamentos A PEP consiste em um tratamento combinado entre medicamentos antirretrovirais que devem ser tomados durante mais de três semanas seguidas. A adesão correta ao uso é essencial para reduzir significativamente as chances de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana. “A pessoa que de alguma forma foi exposta ao risco deve procurar de imediato a unidade básica de saúde mais próxima de sua residência e iniciar o tratamento”, indica o psicólogo. “Na oportunidade, esse paciente vai tomar, durante 28 dias, um remédio que reduz quase que por completo as chances de infecção.” Os remédios utilizados no tratamento são eficazes contra diferentes cepas do HIV. Entre os fármacos utilizados estão o fumarato de tenofovir 300 mg associado à lamivudina 300 mg, além do dolutegravir 50 mg. “A combinação desses medicamentos ajuda a impedir a replicação do vírus no organismo, reduzindo significativamente o risco de infecção”, explica o infectologista Marcos Davi Gomes, do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Quem pode fazer Depois de se medicar, é preciso fazer exames de acompanhamento A PEP é indicada para qualquer pessoa que tenha passado por uma situação de risco para infecção pelo HIV, como relação sexual sem preservativo ou que tenha sido rompido, contato direto com sangue ou outros fluidos corporais contaminados e acidente com material perfurocortante, principalmente no caso de profissionais da saúde. A profilaxia, contudo, não se restringe a um público específico, podendo ser procurada por qualquer cidadão que se encaixe em uma dessas situações. Após o período de medicação, a pessoa deve fazer exames de acompanhamento para verificar a condição de saúde. Marcos Gomes detalha: “O paciente precisa voltar para o acompanhamento, seguindo o cronograma estabelecido. O primeiro retorno é previsto para após os 28 dias do tratamento, quando será refeito o teste rápido de HIV; [o outro retorno se dá] três meses depois, quando o procedimento será repetido pela terceira vez”. O tratamento é disponibilizado gratuitamente pelo SUS e pode ser encontrado em prontos-socorros, unidades básicas de saúde (UBSs), unidades de pronto atendimento (UPAs) e centros especializados em infecções sexualmente transmissíveis. O atendimento é prestado por um profissional de saúde, que avalia a situação e prescreve a medicação quando necessário. Confira a relação completa das unidades de referência em PEP da Secretaria de Saúde.
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Não usou preservativo? Saúde conta com profilaxia pós-exposição
O preservativo e o gel lubrificante são considerados os principais métodos de proteção contra as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) durante a prática sexual. Ambos são disponibilizados gratuitamente nas unidades básicas de saúde (UBSs), administradas pela Secretaria de Saúde (SES). Também indicada nos casos em que o preservativo estourou, a PEP deve ser feita no máximo até 72 horas após a exposição e seguir com orientação médica por 28 dias | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde Apesar disso, a estratégia de prevenção na rede pública conta com outros métodos. É o caso da profilaxia pós-exposição (PEP), recomendada para pessoas que tiveram relação consentida desprotegida, sofreram violência sexual ou tiveram contato com o material biológico em acidente de trabalho. Medida de urgência, a PEP consiste no uso de medicamentos ou imunobiológicos para reduzir o risco de adquirir ISTs, principalmente o HIV. O tratamento pode ser iniciado de duas horas até 72 horas depois da exposição e deve seguir com orientação médica por 28 dias para impedir a infecção. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Se o preservativo estourou, foi mal colocado ou a pessoa não o usou, ela pode procurar uma unidade de saúde, onde vai passar por uma consulta na urgência”, explica a enfermeira responsável técnica por questões relacionadas à sífilis da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, Daniela Magalhães. A prevenção está disponível nos setores de urgência e de emergência das unidades de pronto atendimento (UPAs), nos hospitais e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento, que fica na Rodoviária do Plano Piloto. Pré-exposição Disponível também na rede pública de saúde, a profilaxia pré-exposição (PrEP) consiste no uso de antirretrovirais (ARV) para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. A PrEP faz parte das estratégias de prevenção combinada do vírus. Arte: Agência Brasília “Esse é um medicamento que a pessoa toma antes de se expor”, pontua Daniela Magalhães. “Significa que ela vai estar mais protegida caso venha a se expor ao vírus do HIV. Ela veio primeiro para grupos mais específicos e vulneráveis, mas qualquer pessoa que queira pode fazer o uso.” A enfermeira reforça o compromisso da saúde pública em orientar a população: “Temos que ofertar escolhas para as pessoas. Cada um deve escolher a forma de prevenção que mais combina consigo. Não estamos trocando um pelo outro, mas colocando mais uma camada de proteção”. A PrEP está disponível no Centro Especializado em Doenças Infectocontagiosas (Cedin) e na Policlínica de Taguatinga. A dispensação para quem for atendido na rede privada ou em outro serviço é na Policlínica do Lago Sul, Policlínica de Taguatinga, Policlínica de Ceilândia e Farmácia Escola do Hospital Universitário de Brasília (HUB).
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Profilaxia Pós-Exposição ao HIV está disponível na rede pública de saúde
A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV | Foto: Geovana Albuquerque / Agência Saúde A Secretaria de Saúde disponibiliza vários métodos de prevenção contra o HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como a distribuição de preservativos masculinos e femininos, gel lubrificante e testagem rápida para a detecção de HIV, sífilis, hepatites B e C que podem ser feita nas unidades básicas de saúde (UBSs) e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Rodoviária do Plano Piloto. A rede pública de saúde também disponibiliza a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), uma forma de prevenção da infecção pelo HIV usando medicamentos que fazem parte do coquetel utilizado no tratamento da Aids para pessoas que possam ter entrado em contato com o vírus recentemente. Esse contato pode ter ocorrido por meio da exposição ocupacional, no caso de profissionais de saúde, por exemplo, ou pela exposição sexual ocorrida em casos de sexo sem camisinha ou de violência sexual. De acordo com o infectologista e diretor científico da Sociedade de Infectologia do DF, José David Urbaez, esses medicamentos precisam ser tomados por 28 dias, sem parar, com o objetivo de impedir a infecção pelo vírus, sempre com orientação médica. “A medida clássica de proteção é o uso do preservativo, pois é uma barreira mecânica que impede que as secreções sexuais (sêmen ou secreções vaginais) da pessoa infectada entrem em contato com a da pessoa susceptível”, explica. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo o médico, a PEP é como a pílula do dia seguinte, ou seja, a pessoa teve uma relação sexual de risco, se expôs a sêmen ou secreções vaginais, – sendo que o sêmen é o mais importante vetor de infecção, e utiliza o medicamento posteriormente. “É uma medida biomédica que intervém após a exposição fornecendo ao indivíduo uma combinação de três medicamentos, que ele tomará por quatro semanas e que deve iniciar sempre o mais próximo do evento infectante, mas que pode ser de 2h após a exposição ou ao limite de 72h”, destaca o infectologista. Onde encontrar A Profilaxia Pós-Exposição está disponível em todos os serviços de urgência e emergência, Unidades de Pronto-Atendimento (UPAS) e no Hospital Dia. De acordo com a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Beatriz Maciel Luz, a PEP é indicada para pessoas que possam ter entrado em contato com o vírus recentemente (máximo 72 horas pós-exposição para início da profilaxia) por exposição ocupacional ou exposição sexual. A gerente também destaca que “a exposição ocupacional deve ter sido com perfuro cortantes em contato com sangue ou contato direto com material biológico (de pacientes com sorologia conhecida ou paciente fonte desconhecida). A exposição sexual por violência sexual ou relação sexual desprotegida, em situações excepcionais, pois não é indicado o uso da PEP rotineiramente, por conta dos efeitos colaterais”. *Com informações da Secretaria de Saúde
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