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Patrimônio cultural do df

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Palco do primeiro show da Legião Urbana no DF, Teatro de Arena do Cave é reformado

Foi no Guará, no Teatro de Arena do Centro Administrativo Vivencial e Esporte (Cave), que a Legião Urbana se apresentou pela primeira vez no Distrito Federal, em 23 de outubro de 1982. Agora, atendendo a uma demanda antiga da população, o espaço — que integra a Rota do Rock de Brasília — está reformado e pronto para seguir exercendo sua vocação de patrimônio histórico da cultura do DF. Patrimônio cultural do DF, o Teatro de Arena do Cave foi reformado e já está se preparando para sediar novos eventos | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília A primeira etapa da reforma começou em novembro de 2024 e foi concluída no fim do ano. “São 20 anos de espera. Depois que foi construído, esse belíssimo espaço não teve [uma grande] reforma, então, era uma reivindicação. O Guará sem cultura não existe”, apontou o administrador regional da cidade, Artur Nogueira. Segundo ele, em uma pesquisa da administração, os moradores da região colocaram a cultura, o esporte e o lazer como prioridades. Nesta primeira fase, houve a troca de toda a iluminação por lâmpadas de LED, reforma dos banheiros, manutenção da rede elétrica e hidráulica e pintura das arquibancadas — que comportam 5 mil pessoas sentadas e 10 mil em pé, fazendo do local um dos maiores teatros de arena da América Latina. O investimento foi de cerca de R$ 600 mil. “É um espaço que está pronto para grandes eventos”, ressaltou David Vieira, engenheiro responsável pela obra. “O Guará já tem essa vocação cultural muito aflorada e ainda mais com uma área central igual a essa”, celebra o produtor cultural Rafael Souza E esses eventos já estão agendados. A previsão é que o espaço abrigue festas de Carnaval, em março, e seja usado também nas comemorações do aniversário da região, em 5 de maio. Posteriormente, está prevista uma segunda etapa da reforma, que contemplará obras de acessibilidade, de manutenção do alambrado e da Casa da Cultura do Guará — que fica em frente ao Teatro de Arena. Os agentes culturais da cidade comemoram a reforma. “Vamos conseguir voltar a ter atividade aqui. A gente tem a vantagem geográfica do Guará, que está no meio [do DF]. O metrô está aqui do lado; Plano Piloto, Taguatinga, Ceilândia, a gente recebe muita gente de todo canto, então o Guará já tem essa vocação cultural muito aflorada e ainda mais com uma área central igual a essa”, destacou o produtor cultural Rafael Souza. “Estamos muito felizes e entusiasmados com essa vitória da comunidade, que conquistou esse teatro de volta”, emendou o maestro Rênio Quintas, morador do Guará há 25 anos, e que elegeu o concerto que fez no Teatro de Arena do Cave, ao lado da Orquestra Filarmônica e da cantora Célia Porto, como um dos maiores momentos de seus quase 50 anos de carreira. “É um patrimônio da cidade, não é só do Guará.”

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Alunos da rede pública aprendem sobre valorização do patrimônio cultural do DF

Para que a sociedade cuide de seu patrimônio cultural é preciso que ela o conheça. A partir deste princípio, cerca de 500 alunos de escolas da rede de ensino pública do Distrito Federal estão participando de uma oficina que tem como objetivo ensinar a importância da preservação do patrimônio material e imaterial de Brasília. Cerca de 500 alunos de escolas da rede de ensino pública do Distrito Federal estão participando de uma oficina que tem como objetivo ensinar a importância da preservação do patrimônio material e imaterial de Brasília | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Em parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Educação (SEEDF), e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), os estudantes também aprendem técnicas avançadas de recuperação de obras danificadas, além de curiosidades sobre descoloração, desgaste e perda de pigmentos, que comprometem a aparência e a integridade dos materiais. “Todo esse esforço faz com que as pessoas se preocupem em cuidar do que é nosso, porque elas não vão cuidar daquilo que elas não conhecem, daquilo que elas não entendem” Hamilton Cavalcante, gerente de Educação Ambiental, Patrimonial, de Línguas Estrangeiras e Arte-Educação da SEEDF Para o gerente de Educação Ambiental, Patrimonial, de Línguas Estrangeiras e Arte-Educação da Secretaria de Educação, Hamilton Cavalcante, a iniciativa de ensinar educação patrimonial para alunos da rede pública vai muito além da preservação do ambiente escolar. “Quando a gente traz o conceito da educação patrimonial, a nossa meta é fazer o estudante entender o que é patrimônio material, o que é patrimônio imaterial e como isso impacta na vida dele e como isso também influencia nas suas aprendizagens. A ideia é trazer a ideia do pertencimento e da identidade”, reforça. “Todo esse esforço faz com que as pessoas se preocupem em cuidar do que é nosso, porque elas não vão cuidar daquilo que elas não conhecem, daquilo que elas não entendem”, completa. Três escolas participam do projeto: Centro Educacional Stella dos Cherubins Guimarães Trois, em Planaltina, Centro de Ensino Fundamental Caseb, na Asa Sul, e Centro de Ensino Fundamental 18 de Ceilândia, no Setor P. Coordenadora das atividades de Educação Patrimonial da Universidade de Pelotas, Liza Bilhalva Martins explica que a oficina é dividida em três atos: o pedagógico – onde é explicado o que os restauradores de obras fazem e o que é patrimônio; o expositório – no qual os alunos participam de uma mostra de obras que foram danificadas e o trabalho que foi feito para recuperá-las; e, por fim, as atividades artísticas e práticas – quando os estudantes têm a oportunidade de colocar em prática todo o aprendizado colhido. Davi dos Santos, 13, disse que se sentiu o próprio Van Gogh ao pintar sua obra de arte “Dentro do projeto tem um historiador da arte que faz uma pesquisa debruçada em cima de algumas obras para os alunos terem a dimensão do que estamos falando. Tem que compreender, tem que entender aquela obra para poder restaurá-la. Quando a gente fala que uma ânfora foi danificada e fraturada em 180 pedaços, eles ficam muito impressionados e perguntam como foi o processo de restauração. Eles gostam muito de aprender essas curiosidades. E quando se aprende nessa fase da vida, não se esquece mais. Por isso é importante você trabalhar com a educação básica e, sobretudo, com a educação pública”, pontua. ‌Estudante do 8º ano do CEF 18 de Ceilândia, Bia Pereira de Oliveira, de 13 anos, conta que jamais imaginava viver essa experiência dentro de sala de aula. “Cara, eu amei muito ter isso aqui na escola. Melhorou muito o nosso ensino, porque é uma coisa que você consegue livrar a gente de toda a pressão em cima dos estudos, sabe? Claro que nós temos que estudar todos os dias, mas são experiências como essa que fazem a gente gostar ainda mais de vir para a escola e perceber que o estudo proporciona muitos momentos bons”, ressalta a aluna. Durante a oficina prática, Bia restaurou uma ânfora danificada. “Ficou a coisa mais linda do mundo. Cara, eu me senti muito artista. Uma experiência que eu nunca senti na minha vida. E eu vi quantas pessoas fizeram com o sorriso no rosto. Foi uma coisa muito gostosa de fazer e muito importante para mostrar como a gente tem que preservar as coisas; como é difícil construir uma arte bonita e moderna”, complementa. Em tom descontraído e brincalhão, Davi dos Santos, 13, confessa que se sentiu o próprio Van Gogh ao pintar sua obra de arte. Com o desenho de um Yin e Yang – dois princípios da filosofia chinesa que representam forças opostas e complementares –, ele relata que aprendeu técnicas avançadas para a mistura de cores, como a sobreposição de camadas, a utilização de cores complementares ou análogas, e a triangulação. “Eu gostei muito, é uma experiência nova para todos. Foi uma vivência muito boa para se ter no ambiente escolar. Eu reconstruí e pintei uma ânfora, desenhei um Yin e Yang. Rapaz, eu me senti o próprio Van Gogh ali. Foi uma experiência que me marcou e vou levar para a vida toda”, afirma. A diretora do CEF 18 de Ceilândia, Elaine Rodrigues Amorim, relata que, por meio do projeto, os alunos têm a oportunidade de entender e de se apropriar da cultura, da diversidade e do patrimônio do país. “Quando a gente democratiza esse conhecimento a alunos de regiões periféricas, a gente faz com que eles tenham a consciência que fazem parte da história e do processo de conservação desse patrimônio que não precisa ser elitizado e ser acessado apenas pela região central do Plano Piloto, por exemplo. Ceilândia também é patrimônio e tem esse direito. Foi uma experiência fantástica”, diz.

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As pagadoras de promessa de Planaltina

Osimar Martins Nascimento paga promessas no Morro da Capelinha há 46 anos e, hoje, até ajuda na Via Sacra. Foto: Vinícius de Mello/Agência Brasília O mistério da fé não tem limite. Nem o tamanho da devoção dos fiéis que, para ter seus pedidos atendidos, são capazes de fazer qualquer tipo de sacrifício. E as penitências cristãs são inúmeras. Vão desde andar longas distâncias com os pés descalços, passando pela dificuldade de subir ladeiras íngremes com enormes pedras na cabeça, até o doloroso ritual de autoflagelação. Mas, mediante qualquer graça alcançada, toda dor desse martírio pessoal é esquecida como num passe de mágica ou nuvens passageiras. “Tenho muita fé porque tudo eu consigo. É a benção de Deus”, garante Osimar Martins Nascimento, uma das clássicas pagadoras de promessa do Morro da Capelinha, palco de uma das maiores celebrações religiosa do Distrito Federal. Nascida em Natal (RN), mas desde os seis anos vivendo em Brasília, há tempos que ela acalentava o sonho de um dia participar da via sacra de Planaltina, evento tombado como Patrimônio Cultural Imaterial do DF. Devido a compromissos pessoais e profissionais, Osimar, porém, nunca arranjava disponibilidade para tanto, até um dia selar seu destino com um pacto divino que mudaria para sempre sua vida. “Eu não tinha tempo porque trabalhava no comércio. Então, fiz a promessa de não cortar o cabelo enquanto não conseguisse frequentar a via sacra. Foram dois anos sem cortá-lo. Meu cabelo ficou enorme, mas consegui”, festeja ela, sobretudo porque, agora, como gosta de dizer, está só envolvida com as “coisas de Deus”. “É o que eu mais gosto. Antes só vivia na farra, era namoradeira”, revela Osimar, há nove anos uma das mais ativas participantes da encenação. O resultado desse voto de devoção rendeu fruto e se multiplicou. Isso porque, de mera participante, Osimar Martins passou a figurante, atuando seis anos como uma das piedosas da peregrinação de Cristo. Aquelas mulheres de preto que, em dado momento da narrativa, lamentam, copiosamente, a triste jornada do Salvador rumo à crucificação. Hoje, ela é responsável pelo monitoramento de 23 idosas da Estação Nossa Senhora das Dores. “Fui ‘promovida’”, ri, sem esconder a felicidade. “Recebo essa missão com muita gratidão porque Deus tem me apoiado em tudo. Tudo que peço a Ele, recebo”, garante. Contexto emocional Tradição antiga que remonta aos tempos medievais, as promessas e todo o rito cristão que envolve essa dívida firmada com o Divino estão ligadas a um contexto religioso essencialmente emocional. Por isso, são bastante comuns périplos de fiéis pagando juramentos entre lágrimas de contrição e lamúrias de fervor. Uma cena que já virou rotina na via sacra de Planaltina. A paraibana Rita Viera de Sousa, 72 anos, que o diga. Só de lembrar dos votos que já fez nesses anos todos vivendo na cidade, embarga a voz. “Ah, meu filho, já recebi muitas graças”, confidencia à reportagem da Agência Brasília. E são muitas mesmas porque, devota de Santa Rita, desde a primeira edição oficial da via sacra de Planaltina que ela bate cartão como pagadora de promessa no evento. Ou seja, há exatos 46 anos. Nem lembra mais qual foi o primeiro voto que fez, mas não esquece a dificuldade que sofreu para andar os 6 km da sua casa até o Morro da Capelinha. “Meus pés encheram de bolhas”, conta ela, que confessa, não se envolve muito com a encenação em si. “Vou lá, pago a minha promessa e vou embora”, admite. [Olho texto=”A fé de dona Rita é tanta e tão inabalável que, volta e meia, ela é solicitada para fazer caridade até para quem não é da família.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A fé de dona Rita é tanta e tão inabalável que, volta e meia, ela é solicitada para fazer caridade até para quem não é da família. O que demonstra também o tamanho do seu espírito de solidariedade. Certa vez, o amigo de uma conhecida se machucou gravemente num acidente de trabalho. A situação era dramática, feia. Estava no caso, segundo diagnóstico médico, de a vítima perder o braço depois que um ferro ficou fincado em seu ombro.  “Minha colega me contou a história dizendo que ele estava muito mal. Eu falei que ele não ia ter o braço cortado porque Deus ia ajudar. Se ele ficasse bom eu ia pagar minha promessa no Morro da Capelinha”, lembra a religiosa. “Fiz a promessa numa segunda-feira e na quinta ele já tinha recebido alta sem nenhum problema no braço. No sábado, às 6h da manhã lá fui em pagar minha dívida com Deus”, diz orgulhosa.  

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Cine Drive-in celebra título de patrimônio cultural

O Cine Drive-in celebrou, na noite desta sexta (2), o título de patrimônio cultural do Distrito Federal, concedido em dezembro. Na cerimônia, o governador Rodrigo Rollemberg foi homenageado pelo apoio dado ao cinema a céu aberto. O governador Rollemberg durante a comemoração da concessão do título de patrimônio cultural do Distrito Federal ao Cine Drive-in. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília “Declarar o cinema patrimônio cultural é apenas um ato natural, para a garantia da população de que a memória da cidade será preservada”, pronunciou-se o governador. A denominação está publicada no Diário Oficial do DF de 26 de dezembro de 2017. A Lei nº 6.055, de autoria da deputada distrital Luzia de Paula (PSB), foi sancionada pelo chefe do Executivo. Luzia de Paula demonstrou satisfação por participar da conquista. “Somamos à história de Brasília. Fui só um ponto nas linhas deste cinema e desta cidade.” Frequentador assíduo do cinema desde os 12 anos de idade, José Hermínio Vilarinho, hoje com 56 anos, foi à cerimônia com a filha, a recepcionista Yara, de 23 anos. [Olho texto=”Declarar o cinema patrimônio cultural é apenas um ato natural, para a garantia da população de que a memória da cidade será preservada” assinatura=”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Onde tem o kartódromo agora, havia uns morrinhos gramados, onde eu e meus amigos, todos moleques, assistíamos aos filmes escondidos”, contou o técnico em eletrônica e projetista de máquinas. Mais velho, quando o cinema conseguiu permissão para criar um sistema de som por rádio FM, foi ele quem projetou a transmissão local. “Hoje estamos no terceiro sistema. Todos foram projetados por mim.” Proprietária do cinema, Marta Fagundes disse que a conquista do título chegou como um presente de Natal. “Foi uma grande surpresa a sanção da lei, porque a gente já vinha lutando muito para mostrar que o Drive-in é um cinema diferente”, comentou. Na cerimônia, Marta deu uma placa em agradecimento ao governador e à deputada. “Vocês fazem parte da história deste cinema e serão sempre bem vindos aqui.” O evento desta noite também contou com a exibição de dois filmes brasilienses que rememoram a história do local. O documentário Cine Drive-in: Cinema sob o Céu, de Cláudio Moraes, e o longa-metragem O Último Cine Drive-in, de Iberê Carvalho. Apelo popular em prol do Cine Drive-in Em 2014, os frequentadores e apreciadores do Cine Drive-in tiveram um susto com a possibilidade de o espaço fechar. A reforma do Autódromo Internacional Nelson Piquet para sediar a Fórmula Indy provocou rumores de que o cinema a céu aberto seria demolido. Pouco tempo depois, o governo do DF desmentiu a informação. [Numeralha titulo_grande=”6 mil” texto=”Média mensal de espectadores” esquerda_direita_centro=”direita”] No entanto, com a hipótese do fechamento, o grupo Urbanistas por Brasília movimentou-se para um apelo popular em prol do cinema. Com quase 20 mil assinaturas, o abaixo-assinado serviu de impulso para a aprovação do projeto de lei na Câmara Legislativa que reconhece o lugar como patrimônio cultural. Brasília tem o único cine drive-in da América Latina Inaugurado em 25 de agosto de 1973, o Cine Drive-in Brasília é o último dessa categoria na América Latina. O espaço resiste à concorrência das salas de exibição em shoppings e se mantém como um local nostálgico. Na década de 1970, era comum ver cines drive-in em algumas cidades brasileiras. Com o passar dos anos, a moda cessou, e os espaços foram fechando. Apenas o de Brasília, que fica na área do Autódromo Nelson Piquet, continuou em funcionamento. [Olho texto=”O Cine Drive-in tem capacidade para 380 carros e a maior tela de projeção cinematográfica do Brasil, com 312 m²” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A capacidade é para 380 carros, e a tela de projeção é a maior do País, com 312 metros quadrados. Além do tamanho da tela, o lugar se diferencia por oferecer ao espectador uma vivência diferente. “É uma experiência diferenciada, seja com a família, com as crianças no porta-malas do carro, com edredom, com cadeira de praia, assistindo a um filme e vendo as estrelas.” Com uma média de 6 mil pessoas por mês, o Cine Drive-in tem se mantido apenas com o faturamento de bilheteria e da lanchonete.

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