Pediatria da Policlínica do Gama passa a contar com testes alérgicos
Poeira, pelos de animais, frutos do mar, metais e até picadas de insetos. Esses e outros elementos podem causar crises alérgicas em crianças, gerando desde coceiras e manchas na pele até dificuldades respiratórias. Para garantir diagnóstico preciso e tratamento adequado, a pediatria da Policlínica do Gama passou a oferecer dois exames: o Teste Cutâneo de Hipersensibilidade Imediata (prick test) e o Teste de Contato Padrão (patch test). Disponível desde agosto, o serviço atende a Região de Saúde Sul, que engloba Gama e Santa Maria. A unidade realiza, em média, 12 exames por dia. Entre os pacientes, está o pequeno Noah Noberto, de 1 ano e 2 meses, que passou pelo prick test. “O Noah tem pele sensível e já apresentou reações ao sabão em pó e à picada de mosquito. O teste é muito importante para entendermos melhor o que pode causar essas alergias”, conta a mãe, Wanderleia Noberto, 43. O pequeno Noah passou pelo prick test, que identifica a sensibilidade do paciente a diferentes alérgenos | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde DF Testes Os exames são realizados por enfermeiros da unidade. O prick test diagnostica hipersensibilidade imediata a determinados alérgenos e auxilia no tratamento de doenças como rinite, asma e dermatite atópica. O teste é feito no antebraço, com pequenas quantidades de alérgenos aplicados na pele. Embora seja indolor, pode gerar desconforto nos pontos com reação positiva, manifestada por inchaço, coceira ou vermelhidão. O resultado é disponibilizado em, aproximadamente, 20 minutos. Já o patch test avalia substâncias que entram em contato direto com a pele, como cosméticos, perfumes, metais e produtos químicos. O procedimento utiliza adesivos com 30 alérgenos diferentes fixados nas costas do paciente. É preciso comparecer três vezes à unidade: a primeira para aplicação, a segunda após 48 horas para leitura inicial e marcação dos pontos e a terceira entre 72 e 96 horas, de acordo com a programação das atividades do serviço, para o resultado final. Jeanne Alecrim: "Conseguimos definir estratégias individualizadas de cuidado, o que favorece o controle dos sintomas e proporciona mais qualidade de vida" Segundo a alergista e pneumopediatra da unidade, Jeanne Alecrim, os exames são fundamentais para o plano de tratamento. “Os testes permitem identificar quais substâncias estão associadas às alergias apresentadas pelo paciente. A partir desses resultados, conseguimos definir estratégias individualizadas de cuidado, o que favorece o controle dos sintomas e proporciona mais qualidade de vida”, ressalta. Cuidados Antes de realizar os exames, é necessário suspender o uso de antialérgicos e corticóides por até 10 dias. “Essa medida é essencial para que o exame seja realizado e para que as reações possam ser observadas de forma correta. Caso haja qualquer reação durante o exame, contamos com equipe e estrutura preparadas para agir de imediato”, explica a enfermeira da policlínica, Marilene Ribeiro. No patch test, a criança deve comparecer de banho tomado, pois não poderá molhar a região dos adesivos. Também é importante evitar sol, roupas apertadas, atividades físicas que provoquem suor intenso ou coçar o local, para que o material não se descole da pele. Acesso [LEIA_TAMBEM]O acesso aos exames começa na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, que encaminha o paciente para a alergista da Policlínica do Gama. Após avaliação, os testes são solicitados e agendados. O prick test é feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Já o patch test é aplicado às segundas, com retornos às quartas e sextas-feiras, nos mesmos horários. Além da policlínica do Gama, o serviço é realizado na Policlínica da Asa norte, localizada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), e no Hospital de Base (HBDF). O encaminhamento acontece por meio da regulação da SES-DF ou por outras especialidades das próprias unidades. *Com informações da Secretaria de Saúde
Ler mais...
Cuidados com o pé diabético: Conheça serviço da Policlínica do Gama
Uma ferida no dedão, de difícil cicatrização, seguida de infecção levou à amputação do pé e, depois, de parte da perna de Luzineide da Silva, 56 anos. Diagnosticada há 15 anos com diabetes tipo 2, ela agradece o acompanhamento que recebe há três anos no Ambulatório do Pé Diabético da Policlínica do Gama. “Me sinto acolhida. As enfermeiras e os médicos são experientes e humanos. Que bom que temos um local como esse aqui para cuidar da gente. Fiz a primeira amputação em janeiro de 2023 e a segunda em abril agora”. Luzineide está aguardando a cicatrização para receber uma prótese. O pé diabético é uma complicação do diabetes mellitus não controlado e ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés se transforma em lesão. Trata-se de um dos problemas mais graves decorrentes da doença, podendo levar à amputação do membro afetado. Luzineide da Silva, paciente do Ambulatório do Pé Diabético da Policlínica do Gama: "Me sinto acolhida. As enfermeiras e os médicos são experientes e humanos" | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde DF A gerente da Atenção Secundária da Policlínica do Gama, Raquel Carneiro, destaca que o acompanhamento regular e o autocuidado são as medidas mais importantes para evitar feridas e manter a doença sob controle. “É necessária a limpeza diária e a secagem adequada dos pés após o banho, especialmente entre os dedos, além de verificar se há machucados. Com a enfermidade, a sensibilidade reduz e as feridas não são percebidas”, afirma. Somente na Policlínica do Gama, de janeiro a junho de 2025, foram realizados 2.457 atendimentos Entre os cuidados indicados estão: usar hidratantes para evitar o ressecamento da pele; optar por calçados adequados, confortáveis e firmes; cortar as unhas de forma reta; verificar a temperatura da água do banho e evitar escalda-pés. Para prevenir complicações, é essencial manter o curativo limpo, fazer trocas regulares, manter a dieta equilibrada e controlar a glicemia. Com diagnóstico de diabetes tipo 2 e doença arterial obstrutiva periférica, Francisco Belarmino de Souza, 73 anos, passou por angioplastia e desbridamento (remoção de tecido necrosado) após a piora de uma ferida no calcanhar do pé direito. Na Policlínica do Gama, ele realiza a troca semanal dos curativos. “O tratamento aqui é excelente, a equipe é muito atenciosa e profissional. Os curativos são muito bem limpos. Estou bem satisfeito”, relata. A enfermeira Cíntia Pelegrini ressalta que o plano de cuidado envolve avaliação da ferida, escolha da cobertura adequada, troca do curativo e fixação correta, e monitoramento da cicatrização, entre outros cuidados contínuos. “Nossos pacientes são pessoas com histórico recente de amputação de membros inferiores, infecções, lesões nos pés com exposição óssea ou de tendões. É preciso acompanhamento regular com o médico, controlar o diabetes, manter o autocuidado, uma alimentação equilibrada, evitar cigarro e álcool. Se recomendado, atividade física pensada para cada caso”, explica. Francisco Belarmino de Souza frequenta a Policlínica do Gama semanalmente, para troca dos curativos: “O tratamento aqui é excelente, a equipe é muito atenciosa e profissional. Os curativos são muito bem limpos. Estou bem satisfeito” Programa Pé Diabético O programa Pé Diabético conta com equipes de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que oferecem assistência aos pacientes. Somente na Policlínica do Gama, de janeiro a junho de 2025, foram realizados 2.457 atendimentos. Os sintomas mais frequentes do pé diabético incluem fraqueza nas pernas; sensação de formigamento constante; queimação nos pés e tornozelos; dormência; dor e sensação de agulhadas; e perda da sensibilidade. [LEIA_TAMBEM]O atendimento inicial do paciente geralmente é feito na Unidade Básica de Saúde (UBS). Caso seja necessário, ele é encaminhado para o serviço especializado. O programa também recebe pacientes em pós-operatório de procedimentos cirúrgicos, como amputações e desbridamentos. Além do Gama, a Secretaria de Saúde (SES-DF) oferece atendimento especializado nos Ambulatórios do Pé Diabético de Ceilândia, Taguatinga, Paranoá, Sobradinho, Planaltina, Guará e Plano Piloto, e no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh). Nos ambulatórios, são realizados curativos, avaliação da ferida, verificação dos pulsos em membros inferiores, orientações para o autocuidado e acompanhamento pela equipe da unidade de saúde.
Ler mais...
Policlínica do Gama aplica mais de 100 doses de medicamento contra bronquiolite em crianças
Inaugurada em fevereiro deste ano, a nova sala de aplicação de palivizumabe na Policlínica do Gama já foi responsável pela administração de 110 doses. O medicamento, aplicado de forma intramuscular, previne o vírus sincicial respiratório (VSR), causador da bronquiolite e de outras infecções graves em bebês e crianças pequenas. Sala aplicação do palivizumabe na Policlínica do Gama foi responsável por administrar mais de 100 doses no público-alvo, desde fevereiro de 2025 | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF A dose é indicada para crianças menores de 2 anos com alto risco de desenvolver doenças causadas pelo VSR, como aquelas com malformações cardíacas, tanto congênitas quanto adquiridas, ou com displasia broncopulmonar (doença pulmonar crônica). Também estão elegíveis para a vacina crianças de até 1 ano nascidas com idade gestacional de até 28 semanas e seis dias. Antony Rafael Gomes, hoje com 3 meses, nasceu com menos de 28 semanas de gestação e passou 71 dias internado. Ele já recebeu três das cinco doses do palivizumabe. Sua mãe, Laiane Gomes, de 18 anos, elogiou o novo espaço: “É uma sala muito aconchegante. Na primeira dose, ele não chorou. Hoje, chorou um pouquinho”. Assistência ágil Para proporcionar um atendimento mais rápido, duas enfermeiras atuam na sala: uma é responsável pela documentação e a outra pela aplicação do anticorpo. Ao chegarem, os bebês passam por uma triagem que inclui a verificação do peso. Cleonice Queiroz, enfermeira responsável pela aplicação, explica: “O palivizumabe age instantaneamente e não causa reações adversas. A aplicação pode doer um pouco no momento, mas a dor passa rapidamente”. Apesar de não oferecer riscos, a sala é equipada para eventuais intercorrências. A equipe da unidade também realiza busca ativa pelas mães ou responsáveis que não comparecem aos agendamentos, entrando em contato por telefone para reagendar. Outras medidas de prevenção O palivizumabe é uma das formas de prevenção contra doenças respiratórias graves em crianças. Durante a sazonalidade, a pediatra da Policlínica do Gama, Jeanne Alecrim, orienta sobre cuidados adicionais: “O vírus se espalha com facilidade, por isso é recomendável evitar lugares com aglomeração, como shoppings lotados, festas e feiras”. Ela também destaca a importância das medidas básicas de higiene, como lavar as mãos e o nariz, especialmente para bebês que têm irmãos mais velhos na escola ou creche, que podem levar o vírus para casa. O pequeno Antony Rafael Gomes, de 3 meses, nasceu prematuro e já recebeu três das cinco doses do medicamento Policlínica do Gama Localizada no antigo Fórum do Gama, na Praça 02, Lote 14, Setor Central, a Policlínica foi revitalizada em dezembro de 2024, oferecendo melhor qualidade de atendimento, acesso facilitado e instalações modernas e bem equipadas. Na unidade, são disponibilizados atendimentos em diversas especialidades, como cardiologia, neurologia, pediatria, endocrinologia, dermatologia, geriatria, nefrologia, feridas complexas, pé diabético, otorrinolaringologia, ginecologia e reumatologia. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
Ler mais...
Policlínica do Gama funciona em novo endereço; veja serviços oferecidos
Com nova estrutura física e médica, a Policlínica do Gama está mais ampla e agora funciona no antigo prédio do Fórum, localizado na Praça 2, lote 14, do Setor Central da cidade. Quando estiver totalmente concluída, a unidade será a maior Policlínica do Distrito Federal, aprimorando os serviços prestados à população. O secretário de Saúde, Juracy Cavalcante, que esteve nesta terça-feira (25) no local, juntamente com o governador Ibaneis Rocha, destacou que além do novo espaço estar mais amplo, novas especialidades também serão contempladas na Policlínica. A unidade será a maior policlínica do Distrito Federal, aprimorando os serviços prestados à população | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF “São 24 consultórios e mais de 13 especialidades atendidas. Já estamos ofertando algumas subespecialidades na pediatria e no ambulatório de feridas, focado no tratamento do pé diabético”, aponta o secretário. “Até 10 de março, o ambulatório de dor crônica também estará funcionando”, complementa. Estrutura Ao todo, o edifício possui três pavimentos, com 2.717 metros quadrados de área construída. A cessão de uso gratuito do espaço foi concedida à Secretaria de Saúde (SES-DF) no final de dezembro de 2023, com validade de até 20 anos. A previsão de investimento total é de cerca de R$ 1,9 milhão, oriundo de verbas de manutenção predial e emendas parlamentares. A nova entrada principal conta com rampa de acessibilidade e os atendimentos ocorrem no primeiro andar, onde foram construídas divisórias, adequando os consultórios em quatro blocos: cada um com recepção e enfermagem, divididos entre especialidades como cardiologia, neurologia, pediatria (geral, reumatologia, pneumologia, alergia, endocrinologia, infectologia), endocrinologia, dermatologia, geriatria, neurologia, nefrologia, feridas complexas, pé diabético, otorrinolaringologia, ginecologia e reumatologia. Foram aprimorados ainda os banheiros adultos e infantil e um banheiro da família com fraldário. Todo o espaço passou por pintura, troca de piso, iluminação, cadeiras e placas de indicação novas. Outro diferencial é o espaço infantil com bonecas, carrinhos e peças pedagógicas onde as crianças brincam e se entretêm enquanto aguardam consulta. O secretário de Saúde, Juracy Cavalcante, que esteve nesta terça-feira (25) no local, juntamente com o governador Ibaneis Rocha, destacou que além do novo espaço estar mais amplo, novas especialidades também serão contempladas na Policlínica | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Foi a primeira vez que a dona de casa Letícia Xavier Lima, 28, levou o filho Theo, de 8 meses, à unidade para uma consulta pediátrica. “Achei o espaço muito bom, bem arrumado, ficou muito legal, tudo novinho. Está mais confortável”, elogia. Quem também esteve na Policlínica foi a dona de casa Juliete Souza, 35, que acompanhou a filha Thalia Souza ao alergologista. “Ela começou o acompanhamento no Hospital Regional do Gama [HRG] e veio para a Policlínica. Por ser próxima à rodoviária, facilita o acesso. Estou achando maravilhoso. Gostei das instalações”, conta Juliete. Atendimento Em 2024, a Policlínica realizou 104,7 mil atendimentos, ainda no antigo espaço. Em janeiro de 2025, já no novo prédio, foram 8,6 mil. A gerente de Serviços da Atenção Secundária da Policlínica e do Centro de Especialidades Odontológicas do Gama, Raquel Carneiro, ressalta que o local é um ganho para a população. “Nossa prioridade é garantir atendimento especializado e de qualidade, cada vez mais humanizado. Com a nova estrutura, isso é feito da melhor forma”, afirma. Na ala de neurologia, a professora de francês Thayse Gomes, 37, aguardava com o pai José Gomes, 58, a consulta de acompanhamento de Parkinson. “Achei que o local agora acomoda bem, principalmente na neurologia, onde as pessoas geralmente são mais debilitadas. Para quem aguarda o atendimento é mais confortável, higiênico. A infraestrutura também possibilita acessibilidade. Está bem melhor.” Expansão médica A expectativa é de que até o fim deste ano os três andares estejam em atividade, totalizando cerca de 46 consultórios para abranger especialidades como o ambulatório de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP), serviços de radiologia, salas de exames de distúrbios cardíacos e neurológicos, espirometria – exame que mede a quantidade de ar que uma pessoa é capaz de inspirar ou expirar a cada vez que respira -, fisioterapia (ortopédica e neurológica), terapia ocupacional, fonoaudiologia, o Centro de Doenças Crônicas, Farmácia do DIP e o Centro de Especialidades Odontológicas, além do Centro de Diabetes e Hipertensão. – Serviços ambulatoriais De segunda a sexta-feira, exceto feriados Horários: 7h às 12h – 13h às 18h – 19h às 23h – Marcação de consulta O encaminhamento é feito por meio das unidades básicas de saúde (UBSs) e atendimento via regulação. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
Ler mais...
‘Doenças oportunistas’: todo cuidado é pouco em tempo de frio e seca
Clima seco e frio acentua complicações respiratórias nesta época do ano em todo o DF | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê muito frio para os próximos dias no Distrito Federal. A temperatura deve oscilar na faixa dos 10 graus – nas áreas rurais, ainda menos do que isso. Apesar dos ventos gelados, a umidade relativa do ar segue ladeira abaixo, chegando à casa dos 25%. Quadro que deve piorar em setembro, quando o frio for embora e apenas a seca tomar conta do pedaço. Tanto em um cenário quanto no outro é que surgem as chamadas “doenças oportunistas”. Como as complicações respiratórias, que se proliferam com maior incidência pela população brasiliense nesta época do ano. [Olho texto=”“Estamos no inverno e vamos ter um aumento da frequência de infecções virais, como gripes, resfriados e, agora, a Covid-19”” assinatura=”Fátima Guidacci, especialista da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”centro”] As mais comuns são infecções virais, tipo gripe (exemplo da H1N1), resfriados e, agora, a Covid-19. Mas, nesta época do ano, ocorrem ainda infecções bacterianas que causam, por exemplo, sinusite, pneumonias, otite e amigdalite. Também são comuns crises de asma e rinite alérgica. O grupo de pessoas mais suscetíveis às doenças respiratórias são as crianças de até cinco anos e quem já passou dos 60, grupos que podem ter as complicações mais greves nesta época do ano. Pacientes que apresentam deficiência no sistema imunológico e doenças crônicas, como asma, também são vulneráveis. O pequeno Aleksander Maximus, de apenas 4 anos, é um exemplo de risco. Segundo a mãe dele, Luziene Moreira, 30 anos, o menino tem dificuldade de respirar normalmente. Mas, nesta época do ano, a crise aumenta. “Vim tratar a garganta dele, que está inchada”, afirmou Luziene à reportagem da Agência Brasília, enquanto esperava atendimento na Policlínica do Gama. Baixa procura À exceção da Covid-19, a maioria das doenças respiratórias tem vacina desenvolvida e já testada. Mas Maria de Fátima Rodrigues da Cunha Guidacci, especialista em Alergia e Imunologia da Secretaria de Saúde, expõe um dado preocupante: a procura por essas imunizações diminuiu consideravelmente depois que a pandemia de Covid-19 se instalou no Distrito Federal. Para Fátima Guidacci, a baixa procura de vacinas na rede pública se deve ao medo que as pessoas têm em buscar as doses nos hospitais e centros de saúde do DF, locais mais expostos ao novo coronavírus. “Infelizmente as pessoas estão com medo de sair de casa por causa do risco de contaminação”, lamentou. Mesmo assombrado com a Covid-19, reforça Fátima, o brasiliense não pode tirar os olhos e a atenção dessas outras doenças. O problema acendeu a luz vermelha na Secretaria de Saúde. Se as pessoas não se imunizarem com as vacinas para casos mais simples, como uma gripe, o número de casos de doenças respiratórias pode aumentar. Elas podem resultar em situações extremas caso não sejam cuidadas, adverte a especialista. “A gente tem medo de aumentar o número de pessoas com essas doenças respiratórias, que podem levar o paciente até a óbito”, afirma a médica, que faz um apelo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Gostaria de ressaltar a importância de tomar a vacina, principalmente com relação ao [vírus] influenza. Mas também de outras vacinas, como a de pneumonia e a de meningite. Estamos no inverno e vamos ter um aumento da frequência de infecções virais, como gripes, resfriados e, agora, a Covid-19”, acrescenta. A especialista aconselha que pacientes alérgicos tenham ainda mais cuidado no controle ambiental. “No inverno há pico da proliferação de ácaros e fungos, que são os principais fatores desencadeantes das alergias. Então, não se deve varrer a casa, só passar pano úmidos nos móveis. Aspirar é melhor. Evitar produtos de limpeza com cheiro forte”, enumera. A aposentada Eliene Maria Oliveira de Almeida, 66 anos, reconhece o perigo e diz se prevenir com a devida frequência. “Tomo vacina todos os anos. A H1N1 eu já tomei. Eu me preocupo com a Covid-19, mas não ignoro as outras doenças”, garante.
Ler mais...