Unidade móvel do Hvep inicia atendimento em São Sebastião
A população de São Sebastião vai contar com atendimento gratuito para animais domésticos nos próximos três meses. A unidade móvel do Serviço Veterinário Público (Hvep) estacionou nesta segunda-feira (13) na região administrativa, e passa a prestar assistência no estacionamento da administração regional (Quadra 101, Conjunto 08), com entrega de dez senhas diárias, sempre a partir das 8h. A unidade móvel do Serviço Veterinário Público ficará no estacionamento da Administração Regional de São Sebastião pelos próximos três meses | Fotos: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília Cada tutor poderá levar até dois pets para a unidade, que faz o atendimento primário de cães e gatos oferecendo recepção, triagem, atendimento clínico e ambulatorial, coletas para exames de sangue (hemograma e bioquímicos) e também vacina antirrábica. É importante destacar que o serviço não oferece atendimento cirúrgico, castração, nem exames de imagem (raios X, ultrassom) no local. Havendo necessidade, esse tipo de exame pode ser agendado na unidade fixa do Hvep, que fica em Taguatinga, próximo ao Parque Lago do Cortado. De acordo com a subsecretária de Proteção Animal, Edilene Cerqueira, a expectativa é atender cerca de 210 animais por mês, com a demanda variando de acordo com a região. No Recanto das Emas, última região atendida pelo Hvep móvel, foram realizados mais de mil atendimentos durante os três meses de trabalho. “A gente seleciona regiões que têm uma população com menor poder aquisitivo e que normalmente não têm condições de levar o animal ao serviço veterinário. Então, o objetivo de trazer a unidade móvel para cá é fazer a prevenção, para que o animal tenha esse cuidado prévio e seja possível aumentar a saúde e o tempo de vida dele”, afirma a subsecretária. Mais acessível Os exames e triagens são realizados na parte da manhã, seguindo a ordem das senhas distribuídas. O retorno dos animais previamente agendados é efetuado na parte da tarde. O gatinho Fred Nicácio passou por exames e recebeu vacina na unidade móvel do Hvep, em São Sebastião A estudante de biologia Camila Maia, 19, trouxe o gatinho Fred Nicácio para receber atendimento na unidade móvel, para exames e vacina. Ela soube do serviço por meio das redes sociais do GDF e resolveu ir bem cedo para aproveitar a vaga disponível perto de casa. “Eu acho maravilhoso porque eu já queria levar meu gato ao veterinário, só que o hospital público lá em Taguatinga é muito concorrido. Aí apareceu a unidade aqui e eu nem sabia que existia o atendimento móvel, então eu fiquei muito feliz”, declara. A recepcionista Damiana Santos, 42, também foi uma das que chegou cedo para garantir o atendimento da cadela Maia e cuidar da tosse que ela vem apresentando há alguns dias. Ela destaca a importância da gratuidade do serviço. “Aproveitei e trouxe ela, porque eu não teria condições de pagar uma consulta particular agora. Eu acho um serviço muito importante porque, além dessa parte financeira, a gente não tem que se deslocar tanto para procurar um atendimento, já que é próximo de casa”, observa a moradora da região.
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Unidade móvel oferece atendimento veterinário no Recanto das Emas
Disponibilizada pelo Serviço Veterinário Público (Hvep), a unidade móvel que cuida dos pets ficará por cinco meses na Administração Regional do Recanto das Emas, prestando atendimento de baixa complexidade. Serão dez por dia, por ordem de chegada. Nataniele Rodrigues levou sua cadela Tina para um exame: “Esse serviço é de suma importância, porque é uma população carente que necessita, e são bichinhos que precisam também de todo cuidado necessário” | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília [Olho texto=” “É uma forma de a gente atender e estar mais perto dessa população, rodando nas cidades, além de tirar um pouco dessa sobrecarga do hospital” ” assinatura=”Rafaella Cabral, veterinária do Hvep” esquerda_direita_centro=”direita”] Às 7h30, quando começa a triagem, o tutor já precisa estar no local com o paciente. Os animais são avaliados, e aqueles que apresentarem sintomas de casos um pouco mais graves são encaminhados para a unidade fixa, localizada em Taguatinga Norte, próxima à Feira dos Goianos. Os demais pets que passarem pela triagem são atendidos na unidade móvel, onde são aplicados os primeiros procedimentos, e o retorno é marcado para o tutor pegar o resultado dos exames. Durante a tarde, serão aplicadas vacinas antirrábicas. “Acaba sendo um pouco mais tranquilo para eles conseguirem vagas, porque, como no hospital atendemos vários animais muito graves, às vezes as pessoas com pets que têm quadros menores, como problemas de pele ou otite, ficam postergando pela lotação”, explica a veterinária Rafaella Cabral. “Então, é uma forma de a gente atender e estar mais perto dessa população, rodando nas cidades, além de tirar um pouco dessa sobrecarga do hospital.” Equipe cuidadosa Atendimento na unidade móvel só não inclui procedimentos de castração A professora Nataniele Rodrigues, que mora perto do Recanto das Emas, levou sua cadelinha Tina para um exame depois que ela apresentou dores de barriga e desidratação. “Eles são muito atenciosos”, afirma. “Esse serviço é de suma importância, porque é uma população carente que necessita, e são bichinhos que precisam também de todo cuidado necessário”. Já Crislane Pereira dos Santos levou a gata Mel para tratar de um problema na orelha. A atendente de farmácia reforça que às vezes demora a conseguir vaga no Hospital Veterinário Público de Taguatinga, e o serviço móvel acaba sendo importante para esses casos. “O Hospital Veterinário de Taguatinga é bem cheio”, aponta ela. “Quando você vai olhar vaga, só tem para daqui uma semana e às vezes é com certa urgência que se precisa. O caso dela (Mel) não é tão sério, mas é incômodo, ela fica se coçando bastante, fico preocupada.” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Outra Mel também recebeu tratamento na unidade, desta vez uma cadela. A tutora Milena Gomes mora no Riacho Fundo e soube do serviço pelas redes sociais. “Eu acho importante, porque tem mais acessibilidade para o pessoal vir e também para quem não tem tanta condição de ir a um particular”, observa. Desde 2022, o Hvep móvel já passou pelas regiões administrativas de Samambaia, Riacho Fundo, Sobradinho e Sol Nascente, totalizando 3.330 atendimentos. Para conseguir o atendimento, é necessário trazer documento pessoal e ser maior de idade. Cada tutor tem direito a levar até dois pets e a unidade móvel não faz castrações.
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Março Amarelo alerta para os cuidados com as doenças renais em pets
O mundo pet se volta neste mês, durante a campanha Março Amarelo, para conscientizar tutores sobre possíveis doenças renais que podem acometer cães e gatos. Geralmente, o pet apresenta sintomas quando o distúrbio já está em estágio mais avançado, demonstrando que os rins estão com quase toda a capacidade de funcionamento comprometida. Por isso, os sinais iniciais de problemas nos rins devem ser observados atentamente para que o diagnóstico e tratamento sejam feitos o mais rápido possível. Wesley Lima dos Santos, com o gato Paçoca: “Aqui ele está sendo monitorado, com as medicações corretas, e tem obtido uma melhora progressiva no tratamento” | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Esse foi o caso do gatinho Paçoca, que começou a apresentar ainda em 2021 problemas renais, recebeu o devido tratamento e melhorou. O problema é que as doenças renais crônicas não têm cura em animais, e atualmente o animal se encontra internado com uma crise grave. “Ele é um gato grande e gordo e de repente começou a perder peso e não queria mais comer; com isso, foi se debilitando dia após dia e não urinava mais na caixa de área”, conta o tutor de Paçoca, Wesley Lima dos Santos. “Trouxe para atendimento no hospital, e aqui ele está sendo monitorado, com as medicações corretas, e tem obtido uma melhora progressiva no tratamento. Estou gostando muito do atendimento.” O gatinho está internado no Hospital Veterinário Público de Brasília (Hvep), em Taguatinga. Na unidade de saúde, ele tem recebido todo o tratamento recomendado para a doença, como acompanhamento clínico, exames laboratoriais e de imagens e internação monitorada. Atenção aos sintomas [Olho texto=” “Quando acometidos, os animais passam a beber mais água e urinar com mais frequência, e a urina se apresenta mais clara que o normal, o que já demonstra uma deficiência do rim em filtrar a água” ” assinatura=”Vinícius José de Carvalho, veterinário ” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Especialista em nefrologia do hospital, o veterinário Vinícius José de Carvalho explica que, apesar de a doença não ter cura, caso seja detectada em estágio inicial, o tratamento é menos invasivo. “Todos os animais, em especial cães e gatos, estão propensos a ter a doença, por isso devem passar por acompanhamento de rotina”, pontua. “Como qualquer outra enfermidade, quando identificada e tratada na fase inicial, a doença passa a ser controlada e pode propiciar uma melhora na qualidade de vida para os animais”. O hospital tem obtido êxito no tratamento das doenças renais, mas os tutores precisam ficar atentos para os primeiros sinais da patologia, alerta o médico. De acordo com o médico, após o exame clínico, são realizados exames de sangue e imagem para confirmação do diagnóstico. Consultas no Hospital Veterinário devem ser agendadas pela internet; desta forma, não há filas “Quando acometidos, os animais passam a beber mais água e urinar com mais frequência, e a urina se apresenta mais clara que o normal, o que já demonstra uma deficiência do rim em filtrar a água”, explica o veterinário. “Os sintomas são seguidos de vômitos, perda de peso e diminuição do apetite”. Não existe uma regra sobre a época em que a doença possa aparecer nos pets, mas a tendência é que problemas renais atinjam especialmente gatos e cães com idade mais avançada. Para prevenir, o ideal é fazer exames de rotina e estimular a ingestão de água. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Melhorias no serviço O Hvep faz 150 atendimentos diários. São oferecidos serviços gratuitos de consultas, medicações, exames laboratoriais e de imagem, cirurgias, internação e ambulatório, entre outros. O hospital também foi expandido e ganhou um novo prédio que possibilitou o atendimento a especialidades como dermatologia, oncologia, ortopedia e oftalmologia, passando a oferecer dez leitos para internação. Nos últimos quatro anos, a unidade hospitalar registrou 62 mil consultas, 46 mil retornos, 69 mil exames de imagem, 217 mil exames laboratoriais, 18 mil cirurgias e 214 mil administrações de medicamentos. Atualmente, com o agendamento on-line, não há mais filas, e o hospital passou a ter também consultas e cirurgias ortopédicas. “Estamos à disposição da população”, afirma a diretora do hospital, Lindiene Samayana. “Não precisa trazer o animal somente em estado grave; marque consultas por meio do agendamento com os especialistas. O serviço veio para facilitar ainda mais a vida da população e dos animais” . As consultas no hospital podem ser marcadas pelo site Agenda DF.
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‘Temos 20% de abstenções nas cirurgias de castração’
O Serviço Veterinário Público vem se preparando para, em 2022, dar um salto no atendimento, tanto em números quanto na prestação de serviços. Uma das metas é acabar com a evasão na procura por cirurgias. Atualmente, 20% das pessoas que marcam a castração gratuita para cães e gatos não comparecem e acabam tirando a oportunidade de outros interessados. O Governo do Distrito Federal (GDF) faz os últimos ajustes para tornar o serviço constante, sendo incluído no Agenda DF, sistema de marcação do governo, que pode ser acessado neste link. O propósito de cada vez mais expandir as ações em prol do bem-estar animal tem como porta-voz o secretário-executivo do Instituto Brasília Ambiental, Thúlio Moraes. Em entrevista à Agência Brasília, ele explica o que será aperfeiçoado nos serviços prestados, destaca os riscos que cães e gatos abandonados oferecem à fauna silvestre das reservas ambientais e anuncia as novas especialidades a serem oferecidas pela unidade de saúde de animais domésticos. Em 2019, o Hospital Veterinário Público (Hvep), em Taguatinga, atendia 50 animais por dia. Esse número saltou para 100 em março de 2021, e, este ano, a meta é ultrapassar as 150 senhas de consultas diárias. Com um corpo clínico de 73 profissionais, dos quais 41 são médicos-veterinários, o espaço vai ser ampliado para outras cirurgias com profissionais especializados em oftalmologia e oncologia. Confira, abaixo, mais detalhes nos principais trechos da entrevista. Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Qual a atuação do Hospital Veterinário e quais serviços são oferecidos? O Hospital Veterinário funciona por meio de uma parceria, um termo de colaboração, e realiza 50 atendimentos por dia. São atendimentos de clínica médica, cirurgias de pequena complexidade e exames laboratoriais. Em 2019, o Governo do Distrito Federal entendeu que essa era uma política pública importante e que deveria ser ampliada. Em março de 2021, conseguimos dobrar a quantidade de atendimentos para 100. Em dezembro do mesmo ano, aumentamos a previsão para 150 senhas diárias, passando a fazer também cirurgias ortopédicas. E esse atendimento se reflete em boas avaliações. Uma das metas com as quais trabalhamos é o índice de satisfação do público. Hoje, temos uma aprovação de mais de 95% da população que faz uso do hospital. Isso, inclusive, é uma das condições para que o parceiro continue prestando o serviço. O que está sendo planejado para este ano? [Olho texto=”“Às vezes o tutor tem uma medicação em casa e não sabe bem como aplicar. É para prestar esse suporte e colher informações da demanda de atendimento naquela região administrativa que funcionam as unidades”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Planejamos um novo hospital com mais atendimentos, ou seja, além dos 150 atuais, pretendemos oferecer de 200 a 220 atendimentos diários. Isso não está fechado ainda, porque depende de uma ampliação da estrutura física do hospital, da construção de um novo edifício que vai abrigar novas salas de atendimento, novos centros cirúrgicos, para justamente dar conta do aumento dessa capacidade. Uma outra novidade são as novas especialidades que hoje a gente entende serem necessárias. A nossa atuação é mais voltada para clínica médica, atendimentos de baixa complexidade. O que pretendemos fazer é expandir o rol dessas especialidades, como oftalmologia e oncologia para tratar animais com câncer. Esse novo termo de colaboração prevê essa implantação ao longo de cinco anos a partir de 1º de dezembro de 2021. Quando começa essa ampliação física? A obra começa em breve, com prazo de seis meses, em média, para ser concluída. Então, a gente estima que no segundo semestre, a gente já tenha a capacidade de ampliação estabelecida. Como funcionam as unidades móveis que começaram a rodar este ano? Essa é a outra novidade desse novo termo de colaboração. Ela serve para descentralizar o atendimento do hospital e atende casos de baixíssima complexidade. São orientações, consultas de retorno, aplicação de medicamentos. Às vezes o tutor tem uma medicação em casa e não sabe bem como aplicar. É para prestar esse suporte e colher informações da demanda de atendimento naquela região administrativa que funcionam as unidades. Estabelecemos um cronograma mínimo de três meses em cada região administrativa. Iniciamos este mês em Samambaia, e a ação deve ficar por lá até maio testando esses atendimentos. São dez por dia, e não atendemos emergência nem urgência, já que a unidade móvel não está paramentada para isso. Além de prestar esse atendimento, ela vai colhendo essas informações para planejarmos futuramente qual RA terá a uma segunda unidade do Hospital Veterinário. Como a população faz para ser atendida na unidade móvel? Fazemos o atendimento espontâneo, que é quando o tutor busca a unidade móvel, e ali o animal passa por uma triagem para saber se aquele procedimento é coberto pela unidade móvel. A triagem começa às 8 horas da manhã, e ali mesmo o cidadão é informado se há vaga disponível para o que ele precisa. É um atendimento eletivo. Se for um caso simples, resolve-se ali mesmo. Se for complexo, já se faz o encaminhamento para a unidade física do Hospital Veterinário, em Taguatinga. O atendimento no hospital é só por agendamento? Como funciona? [Olho texto=”“O programa de castração surgiu a partir da constatação de que a invasão da fauna doméstica nas unidades de conservação representa a terceira maior causa de extinção da fauna silvestre”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Tem duas formas: a primeira é a que a gente inaugurou, também em 2021, a por agendamento pelo Agenda DF. Fazemos uma disponibilização das vagas no sistema que corresponde a 50% dos 150 atendimentos diários. No momento da marcação, há as opções de clínica médica, que é qualquer problema de saúde do animal, ou cirurgia ortopédica, que é quando o animal se acidentou e ficou machucado. A segunda é o atendimento espontâneo que entra a urgência e emergência. O cão que foi submetido a maus-tratos precisa de atendimento imediato – e aí o próprio hospital veterinário faz, porque tem leito de semi-internação. E ali o animal passa por uma triagem para saber se a unidade atende aquele caso ou não. O hospital veterinário funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Ainda não temos internação, e isso é algo que a ampliação vai prover. Temos a semi-internação, em que o animal chega pela manhã e até as 16h precisa deixar o hospital. Dependendo da gravidade, o tutor é orientado a encaminhá-lo a um serviço particular. Como funciona o programa de castração de animais? O programa de castração surgiu a partir da constatação de que a invasão da fauna doméstica nas unidades de conservação representa a terceira maior causa de extinção da fauna silvestre. É uma forma de reduzir o número de animais abandonados, de crias indesejadas, de controle de doenças – essa com a função de equilíbrio ecológico. Já houve casos, por exemplo, de lobo- guará ser diagnosticado com toxoplasmose, que é uma doença de cães e gatos. Esse controle de vetores fez com que adotássemos essa política de castração. De janeiro de 2019 a 31 de dezembro de 2021, foram realizadas 22.863 castrações gratuitas de cães e gatos no Distrito Federal – 10.330, só no último ano. Como é feita a distribuição das vagas para castração? [Olho texto=”“A gente sabe que a demanda é muito grande, mas esta gestão tem se esforçado e já provou que é possível fazer investimentos. Eu acho que isso é transformar o Distrito Federal em uma capital de referência de saúde animal”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] As vagas acabam muito rápido porque há alta procura. Este ano, especificamente, eu atribuo isso o a dois fatores. O primeiro é que há uma crescente conscientização da população. Há cinco anos, pouco se falava de castração. Nessa política pública de forma permanente, evidenciando os benefícios da castração para o animal de estimação e para o meio ambiente, a gente nota, inclusive por meio das redes sociais, o quanto cresceu a procura por esse assunto. E o segundo: a gente teve uma demanda reprimida em 2020 por causa da pandemia. Em 2021, percebe-se que a procura bateu o recorde de todos os anos; e em 2022, na primeira campanha, a gente lançou 3,2 mil vagas, e em sete minutos cada formulário desses foi preenchido. Não há custos? O custo da castração, em si, o tutor não vai ter que arcar. Muitas vezes ele já precisa levar um exame laboratorial – que é o que a gente chama de risco cirúrgico – e exames de sangue. A idade e o gênero influenciam também no valor pago pelo GDF. Determinadas raças de cães não suportam a anestesia intravenosa, então precisa ser uma anestesia especial, que é a inalatória – e o tutor quem custeia. Até 2020 tínhamos só uma clínica contratada para fazer esse serviço. Em 2021, ampliamos para quatro contratos, o que aumentou muito a capacidade operacional. Então, hoje nós temos clínicas em Samambaia, no Gama, em Ceilândia e no Paranoá. Estamos geograficamente bem-distribuídos no Distrito Federal. Temos na nossa página o passo a passo do rito do procedimento de cada uma dessas clínica: quais os exames necessários, o tipo de anestesia, entre outras coisas. A gente sabe que a demanda é muito grande, mas esta gestão tem se esforçado e já provou que é possível fazer investimentos. Eu acho que isso é transformar o Distrito Federal em uma capital de referência de saúde animal. Na campanha de castração, já aumentamos os números de contratos, diversificando as áreas do Distrito Federal e do Hospital Veterinário também. Um problema que enfrentamos é um número muito alto de abstenções de quem faz o cadastro para a cirurgia, mas não comparece na data marcada: 20%. São vagas perdidas que poderiam ser aproveitadas por outras pessoas que não conseguiram. Algo já foi pensado para mudar essa dinâmica de distribuição das vagas? Foi pensada uma dinâmica de sorteio semelhante à do CIL [Centro Interescolar de Línguas] em que se abre um prazo maior para o cadastro e se evita o acesso simultâneo de várias pessoas, fazendo com que a plataforma caia. A primeira ideia seria investir em uma ferramenta de sorteio, abrir um prazo maior de cadastro. Por exemplo: abriu um prazo para o cadastro e gerou 100 mil cadastros para 3 mil vagas. Depois o sistema faz esse sorteio automático. Essa seria uma alternativa. Mas aí avaliamos os custos, e estamos pensando para o segundo semestre em não mais lançar campanhas de castração e deixar como um serviço contínuo, mas dentro do Agenda DF. Daí, em vez de em uma mesma campanha a gente lançar 3 mil vagas, a gente vai soltando aos poucos na agenda semanal. Eu vejo que a campanha estimula essa corrida [para conseguir a vaga], e muitas vezes o tutor que a consegue não faz uso dela.
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Unidade móvel do Serviço Veterinário está em Samambaia
“Muito importante poder contar com esse tipo de atendimento aqui. Nem sempre temos condições de pagar uma consulta, mas queremos o melhor para os nossos bichinhos”. O relato de Maria Deusuite, tutora do cãozinho Rex, traduz a satisfação pelo atendimento oferecido na unidade móvel do Serviço Veterinário Público (Hvep) em Samambaia. O pequeno pinscher foi um dos primeiros pacientes atendidos, nesta segunda-feira (7). Instalada no Parque Ecológico Três Meninas, sob administração do Instituto Brasília Ambiental, a unidade tem feito sucesso. Elaine de Oliveira, que já tem dois cães em casa, levou ao local um gato resgatado na rua, para ser examinado antes de ser encaminhado à adoção. “Estou bastante satisfeita com o serviço oferecido de forma gratuita”, disse. Maria Deusuite levou seu pinscher, Rex, para ser atendido: “Nem sempre temos condições de pagar uma consulta, mas queremos o melhor para os nossos bichinhos” | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental Funcionamento Diariamente são distribuídas dez senhas, a partir das 8h, para o atendimento. Triagens, consultas e coletas para exames de sangue ocorrem de segunda a sexta-feira, até 13h, enquanto para o turno vespertino estão previstos os retornos agendados. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Nosso objetivo é ampliar o número de senhas em breve e levar a unidade para diferentes regiões administrativas a cada três meses”, ressalta o secretário executivo do Brasília Ambiental, Thúlio Moraes. Formada por veterinários, enfermeira, recepcionista e auxiliar de serviços gerais, a equipe do serviço itinerante faz curativos simples e aplicação de medicações, a depender da situação, além de orientar os tutores sobre cuidados com os pets. Para atendimento emergencial, a orientação é procurar diretamente a sede do Serviço Veterinário Público – Parque Ecológico Lago do Cortado, em Taguatinga –, das 7h30 às 15h. Em 2021, o Hvep registrou 210.225 atendimentos, dos quais foram 54.662 administrações de medicamentos, 2.834 cirurgias, 19.460 consultas, 14.030 retornos, 23.393 exames de imagem e 95.846 exames laboratoriais. *Com informações do Brasília Ambiental
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