GDF reduz fila de perícias médicas na Subsaúde, mas alerta para alto índice de não comparecimento
O tempo médio de espera para agendamento de perícias médicas no Governo do Distrito Federal (GDF) está atualmente em torno de 30 dias — um avanço significativo, resultado direto de uma série de medidas adotadas pela Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (Subsaúde), da Secretaria de Economia (Seec-DF). Para homologação do atestado, é fundamental que o servidor compareça à perícia médica | Foto: Vinicius de Melo/Seec-DF No entanto, um novo desafio tem comprometido a eficiência do serviço: o não comparecimento dos servidores agendados, situação que já representa 30% do total de atendimentos previstos. "Quando o servidor marca e não vem, tira a vez de outro servidor e compromete o trabalho de toda uma equipe, da recepcionista ao médico perito”, adverte a subsecretária de Saúde, Luiza Carolina Barreiros. “Precisamos contar com mais colaboração por parte dos servidores. Queremos oferecer serviços melhores e mais eficientes.” [LEIA_TAMBEM]Comparecer à perícia médica agendada para homologação do atestado é uma obrigação funcional. Sem essa validação, o atestado particular não tem valor legal, e a ausência ao trabalho pode ser considerada injustificada. O documento só é aceito após homologação feita pela equipe médica. A subsecretária reforça: “Essa ausência não prejudica só o servidor que perde o agendamento - ela atrasa o atendimento de outros colegas e desorganiza toda a dinâmica da equipe. O nosso objetivo é garantir um serviço rápido e eficiente para todos, mas isso só é possível com a colaboração de quem agenda a perícia”. Os agendamentos de perícias médicas são feitos às segundas, quartas e sextas-feiras a partir das 16h, neste site. *Com informações da Secretaria de Economia
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Programa de saúde vocal para docentes soma mais de 3,2 mil atendimentos em dois anos
A voz é o principal instrumento de trabalho dos professores. No entanto, o uso contínuo dela em sala de aula pode levar ao desgaste vocal e ao surgimento de distúrbios que comprometem a saúde e o desempenho profissional. Com o objetivo de prevenir esses problemas e promover a qualidade de vida dos docentes, o Governo do Distrito Federal (GDF) desenvolve, por meio da Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho da Secretaria de Economia (Subsaúde/Seec), o Programa de Saúde Vocal (PSV). Entre fevereiro e abril, 11 escolas públicas receberam oficinas para prevenção de problemas vocais | Foto: Divulgação/Seec-DF Desenvolvido há mais de 10 anos, o programa tem conquistado cada vez mais adeptos. Nos últimos dois anos, mais de 3,2 mil atendimentos foram realizados. Somente em 2023, foram 1.908 ações, incluindo palestras, triagens vocais, visitas às escolas, suporte individual e avaliações. Em 2024, levantamentos do Subsaúde apontam mais 1.354 atendimentos. “Nossa meta é alcançar 100% dos servidores que necessitam desse suporte vocal. Estamos, agora, concentrados nas escolas e nos professores porque observamos uma maior incidência de problemas vocais nessa categoria. Mas a ideia é estender para servidores de outras carreiras”, avalia a subsecretária do Subsaúde, dra Luiza Barreiros. Segundo ela, só nos primeiros meses do ano, entre fevereiro e abril, 11 escolas públicas já receberam oficinas vocais, voltadas à prevenção e ao controle de distúrbios vocais. “São palestras e orientações que se multiplicam entre os colegas. É importante para professores, mas chega também nos outros servidores envolvidos na comunidade escolar”, acrescenta. O secretário-executivo de Gestão Administrativa da Seec, Ângelo Roncalli, destaca a importância da iniciativa dentro da política de bem-estar profissional dos servidores, assim como na prestação de serviço à sociedade. "Entre os anos de 2023 e 2024, registramos o afastamento de 284 professores por distúrbios da voz. Esse programa é antes de tudo preventivo para que possamos evitar doenças, melhorando a qualidade de vida dos docentes. Mas também é uma forma de evitarmos prejuízos à comunidade escolar, que também sofre com o afastamento de um professor", avalia. Cuidado especializado Fonoaudióloga da Gerência de Promoção à Saúde do Servidor da Subsaúde, Quésia Santos Pires ressalta a importância da atuação preventiva. “O mau uso ou o abuso vocal pode causar alterações laríngeas que comprometem a qualidade da voz, afetando a inteligibilidade da fala e, consequentemente, a compreensão dos alunos”, explica. Quésia também oferece orientações práticas para o dia a dia dos docentes: “É fundamental manter a hidratação, ingerindo pequenos goles de água durante as aulas. Outra recomendação é a prática regular de aquecimento e desaquecimento vocal, além de manter uma alimentação equilibrada”, orienta. Servidores elogiam Os atendimentos do PSV chegam às escolas por meio do contato direto das fonoaudiólogas da Subsaúde com os gestores educacionais. Foi assim que a professora Daniela Tenório, do Centro de Ensino Fundamental 504 de Samambaia Sul, teve acesso ao programa em 2023. “Ao iniciar o tratamento, descobri um nódulo nas cordas vocais que desapareceu com os exercícios ensinados pela fonoaudióloga. Foi um alívio enorme”, relata. Antes de se aposentar, o ex-professor de ginástica olímpica Luis Roberto Gonzaga também recorreu ao programa. Ele lembra que o uso frequente da voz em ginásios resultou em desgaste vocal. “Sentia muita rouquidão. Me inscrevi no programa, fui muito bem-atendido e aprendi técnicas de respiração que uso até hoje. Consegui me recuperar de um calo nas cordas vocais”, conta. *Com informações da Seec-DF
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