Suspensório inova tratamento fisioterapêutico infantil na rede pública do DF
O Ambulatório de Saúde Funcional de Sobradinho recebeu um suspensório produzido por alunos do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos (Uniceplac) para tratamento fisioterapêutico pediátrico. O instrumento foi desenvolvido para trabalhar a locomoção e o equilíbrio em crianças que possuem algum desafio para os movimentos. Maitê Garcia foi uma das primeiras crianças a usar o suspensório e os resultados foram positivos: em poucos dias, conseguiu dar os primeiros passos sem apoio | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde DF A pequena Maitê Garcia, 2 anos, foi uma das primeiras crianças a utilizar o novo suspensório. Ela nasceu com a síndrome de Dandy-Walker, condição que causa má formação no cérebro e prejudica o sistema motor. Em acompanhamento fisioterapêutico na unidade desde o nascimento, a evolução foi expressiva após o teste com a ferramenta. “Ela andava com apoio, mas quando soltava as mãos para andar sozinha, tinha medo por conta das quedas. Então, testamos o suspensório com a Maitê, porque o instrumento dá maior segurança à criança. Dias depois, a mãe me mandou um vídeo em que a bebê conseguiu andar sozinha em casa, sem se apoiar”, explicou a fisioterapeuta pediátrica, Vanessa Fialho. Para Marcia Garcia, cada evolução da filha Maitê é uma grande vitória: “A gente pensava que ela nem ia engatinhar” Para a mãe de Maitê, Marcia Garcia, 40 anos, cada evolução no sistema motor na filha é uma grande vitória e todo o tratamento teve papel fundamental. “A fisioterapia foi um divisor de águas, porque foi o que a ajudou a se desenvolver. Ajudou a engatinhar, o que a gente pensava que ela nem chegaria a fazer. Ela tinha a mão esquerda fechada, não abria, aí conseguiu abrir, conseguiu se desenvolver”, contou. A integração com a faculdade foi realizada por outra fisioterapeuta da unidade, Thaís Gontijo. De acordo com a profissional, a iniciativa uniu as necessidades de ambas as instituições e, além disso, auxiliou no trabalho dos próprios profissionais no ambulatório. “Nós já usávamos o guincho com o suspensório para adultos. Então, a ideia surgiu de criar um suspensório para as crianças da comunidade. Tentamos sempre estimular a marcha, o mais multidirecional possível, e o suspensório promove isso”, detalhou a profissional. Trabalho desenvolvido por alunos O suspensório adaptado para crianças foi totalmente desenvolvido pelo grupo de alunos – Ana Clara Santos, Lilian Alves, Ana Luiza Lima, Vinicius Harrison, Paulo Eduardo Nunes e Carine Fonseca – na Uniceplac, que elaboraram o projeto e encomendaram a produção. “Os estudantes desenvolveram o dispositivo para ajudar as crianças a andarem. Qual criança não gosta de correr e de andar? Conseguiram um dispositivo que deu funcionalidade e autonomia, ainda promovendo uma alegria sem fim para a família”, explicou a professora da universidade, Diana Pacheco. Para a integrante do grupo de alunos, Lilian Alves, 30 anos, a sensação é de gratificação pelos resultados, especialmente após os desafios enfrentados: “Foi uma aventura achar uma costureira que conseguisse fazer um material tão específico, mas quando ouvimos hoje o relato de que a criança está funcional e consegue andar, é tudo muito gratificante”. Confira os serviços de Saúde Funcional oferecidos pela SES-DF. *Com informações da SES-DF
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Novos residentes e estagiários são recebidos em hospital da Santa Maria
A equipe do Serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital Regional de Santa Maria fez o acolhimento dos novos residentes e estagiários que passarão o semestre na unidade hospitalar. São 12 residentes da Fepecs e 12 estagiários do 8º semestre do curso de odontologia da Uniceplac. O coordenador de Compliance e Governança do IgesDF, Eduardo Corrêa, proferiu palestra para os novos residentes e estagiários sobre o combate e prevenção ao assédio | Fotos: Jurana Lopes/IgesDF “Recebê-los engrandece o serviço, porque são pessoas novas, que vêm repletas de curiosidade, vivacidade e expectativa de fazer acontecer. Então, isso energiza a gente e dá o estímulo constante para trabalhar, estudar e procurar melhores soluções, ajudar em pesquisas científicas. Eles trazem essa vivacidade toda para a equipe, por isso é tão importante a presença dos estagiários e, principalmente, dos residentes”, explica a chefe do Serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial, Érika Maurienn. Em contrapartida, ela destaca que a equipe possui profissionais experientes, o serviço é consolidado onde é realizado um trabalho de excelência dentro do SUS e começa a andar juntos em prol de uma assistência ao paciente cada vez melhor. Os residentes e estagiários foram recepcionados pela equipe, que falou sobre a estrutura do serviço prestado no HRSM. Depois, houve duas palestras, uma da equipe do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar do HRSM sobre prevenção de infecções, e outra com o coordenador de Compliance e Governança do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), Eduardo Corrêa, que abordou o tema sobre o combate e prevenção ao assédio. A nova equipe do HRSM passa a contar com 12 novos residentes da Fepecs e 12 estagiários do 8º semestre do curso de odontologia da Uniceplac “É importante reforçar que o IgesDF possui uma Política de Combate e Prevenção ao Assédio, e todos os profissionais que atuam no Instituto precisam conhecer e aplicar o disposto na norma”, destaca. Corrêa focou na caracterização do assédio moral e sexual, apresentando medidas preventivas, discutindo atos de gestão, destacando o canal de denúncias disponíveis e ressaltando as normas institucionais vigentes. Ao término, todos os presentes participaram de um coffebreak que a equipe organizou. Expectativas As estagiárias Marcela Jordão, Gabriela Silva e Amanda Batista gostaram muito da recepção e estão ansiosas pelo estágio dentro de um hospital. As três estão decididas a se especializarem, após o término da faculdade, em odontologia hospitalar. “Quero muito seguir na área de bucomaxilofacial, pois acho um trabalho incrível, que transforma vidas”, avalia. Já Amanda quer seguir na área de UTI ou oncologia. “Estou louca pra conhecer e vivenciar a rotina hospitalar, dentro de UTI e centro cirúrgico, isso me fascina”, afirma Jordana. Já as residentes, Kelly Alencar e Érika Santos enxergam a odontologia hospitalar como uma maneira de fazer a diferença na vida das pessoas, desde o atendimento mais simples, até o mais complexo. “Quando eu estava estagiando dentro de hospital vi o quanto posso mudar a vida dos pacientes e, por isso, me apaixonei pela área e decidi fazer a residência na odontologia hospitalar”, relata Érika. Serviço no HRSM Atualmente, o Serviço de Odontologia e Cirurgia Bucomaxilofacial conta com sete especialidades ● Endodontia (tratamento de canal) ● Periodontia (trata as doenças gengivais) ● Radiologia (exames de imagem e laudos) ● Cirurgia bucomaxilofacial (tratamento dos casos mais complexos de tumores benignos, remoção de dentes inclusos) ● Estomatologia (atua no diagnóstico de lesões da cavidade bucal e prevenção do câncer de boca) ● Disfunção temporomandibular (trata os problemas das articulações da mandíbula) ● Atendimento PCD (atendimento à pessoa com deficiência que não consegue ser tratada no ambulatório, sendo o HRSM a maior referência no Distrito Federal para esse perfil) *Com informações do IgesDF
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Secretaria vai estabelecer parâmetros para que pais e escolas negociem
O secretário de Educação, João Pedro Ferraz, instalou, neste sábado, 11/4, uma mesa de mediação coletiva para estabelecer parâmetros que guiem as negociações entre pais e escolas de educação básica particulares, alunos e instituições de ensino superior da rede privada, durante a pandemia declarada da Covid-19. Com as parametrizações, as partes podem negociar individualmente, caso a caso, cada uma conforme a sua realidade. A mediação, ocorrida em uma reunião on-line, atendeu a um pedido feito pelas associações de defesa do consumidor (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Defesa do Consumidor), Associação de Pais de Alunos do Distrito Federal e por representantes do setor educacional privado. De um lado, pais e alunos expuseram que, entre os problemas mais comuns enfrentados, estão a falta de padrões para conteúdo a distância, a não compreensão dos descontos que estão sendo oferecidos e as dificuldades para negociação individual. Por outro lado, as escolas apresentaram as peculiaridades de cada estabelecimento como, por exemplo, as orientações que os sindicatos estão dando para a negociação com os pais de alunos, a busca de financiamentos para atravessarem este período e a preocupação de evitar demissões e não perder alunos. Foi unânime o entendimento de que não há como estabelecer um padrão único e linear de descontos e que todos os esforços devem ser empenhados para que essas situações não sejam judicializadas. Ficou acertado que as partes representadas, sob mediação da Secretaria de Educação, podem normatizar parâmetros para que escolas e pais, individualmente, possam negociar com mais segurança. Na ocasião, o Ministério Público, por meio da 2ª e 3ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon), explicitou que está atendendo reclamações individuais e coletivas e que, em uma eventual estruturação de uma câmara arbitral, poderá auxiliar para que as mãos diferentes espécies de negociações tenham um bom desfecho. Além dos secretário de Educação, participaram do encontro, entre outros, Juliana Oliveira, da Prodecon do MPDFT; Geraldo Tardim, do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec); Alexandre Veloso, da Associação de Pais e Alunos do DF; Álvaro Domingues, do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe DF); Francisco Cruz, da Uniceplac; Luiz França, do Sindicatos das entidades Mantenedoras de Estabelecimentos Particulares de Ensino Superior do Distrito Federal (Sindepes DF); Leonardo Bessa, procurador de Justiça; e Paulo Binicheski, promotor de Justiça. *Com informações da Secretaria de Educação
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