Congresso de Inovação, Ensino e Pesquisa destaca soluções reais para desafios da saúde pública no DF
O segundo dia do V Congresso de Inovação, Ensino e Pesquisa do IgesDF destacou os avanços tecnológicos que vêm redefinindo a área da saúde. Especialistas, pesquisadores e profissionais se reuniram para uma imersão em soluções que apontam novos caminhos para o cuidado em rede. Com o tema “Conectando saberes e tecnologias para o futuro da saúde”, a programação de terça-feira (18) apresentou pesquisas aplicadas, demonstrações práticas e iniciativas que evidenciam o potencial transformador da ciência no serviço público. O conteúdo reforçou como inovação e conhecimento caminham juntos para fortalecer a assistência e impulsionar melhorias no atendimento à população. Nesta terça (18), o V Congresso de Inovação, Ensino e Pesquisa do IgesDF destacou o papel dos avanços tecnológicos na área da saúde | Fotos: Divulgação/IgesDF Participando pela primeira vez do evento, o ortopedista e especialista em trauma do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Frederico Arruda, destacou o impacto positivo da iniciativa. “Eu não participei das edições anteriores, mas fiquei muito impressionado com a proposta. É uma oportunidade única de integração multiprofissional e troca de conhecimento em saúde”, conta. A residente em medicina preventiva e social Anamaria Macedo achou inspirador ver como a inovação pode tornar o cuidado mais fácil, mais efetivo e sempre centrado na pessoa. “A rotina da assistência é exaustiva, e muitas vezes encontramos profissionais cansados e desmotivados. Eventos como este nos dão um novo fôlego e reforçam a importância da pesquisa para melhorar o cuidado”, destaca. Frederico Arruda, ortopedista: "Eu não participei das edições anteriores, mas fiquei muito impressionado com a proposta. É uma oportunidade única de integração multiprofissional e troca de conhecimento em saúde" Tecnologia, gestão e soluções no atendimento Além de palestras e debates, o público pôde conferir de perto a Feira Tecnológica, que reúne instituições, empresas e equipes da linha de frente da saúde para apresentar produtos, serviços e tecnologias de última geração. Tudo é voltado ao cuidado ao paciente, à gestão hospitalar e ao aprimoramento dos processos internos. O Samu realizou demonstrações de equipamentos, simulações de treinamentos e atualização de protocolos, destacando avanços no atendimento pré-hospitalar e nas práticas de urgência. Anamaria Macedo, residente em medicina preventiva e social: "Eventos como este nos dão um novo fôlego e reforçam a importância da pesquisa para melhorar o cuidado" Inovações e pesquisa no DF O espaço da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) foi um dos mais visitados, reunindo projetos que ilustram o potencial da ciência aplicada à saúde pública. Entre as inovações apresentadas está o dispositivo de captura do mosquito da dengue, desenvolvido para monitoramento inteligente, equipado com sensores de temperatura e umidade. O sistema é capaz de capturar imagens de insetos e classificá-los com o apoio da inteligência artificial, auxiliando no mapeamento de áreas críticas e no direcionamento de políticas públicas de combate às arboviroses. O estande da FAPDF reuniu projetos que ilustram o potencial da ciência aplicada à saúde pública, como um dispositivo de captura do mosquito da dengue Produção científica A Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep) do IgesDF apresentou os 40 trabalhos científicos aprovados nesta edição do Ciep, que abordam temas alinhados à inovação e ao fortalecimento da saúde pública. Os estudos foram divididos nas categorias: • Relato de caso/série de casos; • Revisão sistemática; • Ensaios clínicos (controlado e randomizado); • Estudos observacionais. [LEIA_TAMBEM]No total, 32 trabalhos foram expostos em formato pôster digital, disponíveis em totens interativos que facilitaram a navegação e a apresentação dos dados. Outros oito trabalhos foram selecionados para apresentação oral, avaliados por uma banca especializada composta por profissionais com titulação de mestrado e doutorado, garantindo rigor técnico e metodológico. “Cada trabalho apresentado reafirma a trajetória que estamos construindo na pesquisa em saúde. Valorizamos o rigor científico que sempre orientou o serviço público, ao mesmo tempo em que impulsionamos novas soluções capazes de transformar o cuidado no DF”, afirma a diretora da Diep, Emanuela Dourado. A premiação, que contemplará primeiro, segundo e terceiro lugares em cada modalidade, será anunciada na cerimônia de encerramento, nesta quarta-feira (19), último dia do congresso. Confira a programação do último dia no site do V Congresso de Inovação, Ensino e Pesquisa. *Com informações do IgesDF
Ler mais...
Durante congresso em Brasília, infectologista norte-americano reforça importância da desinfecção do ambiente hospitalar
O infectologista norte-americano John Boyce defendeu, durante palestra nesta terça-feira (18), a manutenção do investimento em protocolos de desinfecção e o desenvolvimento de novas tecnologias para melhorar o combate a microrganismos. O profissional foi um dos convidados do V Congresso de Inovação, Ensino e Pesquisa (Ciep 2025) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF). O norte-americano John Boyce foi um dos convidados do V Congresso de Inovação, Ensino e Pesquisa, do IgesDF | Foto: Divulgação/Ciep 2025 Segundo o infectologista, os protocolos atuais de desinfecção hospitalar podem e precisam ser aperfeiçoados. Ele explica que, na maioria dos locais, a equipe de limpeza realiza a higienização uma vez por dia, mas os espaços podem possuir bactérias resistentes e fungos ou serem infectados novamente com frequência. Além disso, a falta de higienização sistemática das mãos por funcionários da saúde ajuda a disseminar bactérias. "Precisamos garantir que os profissionais da limpeza conheçam bem os protocolos, para que saibam quais produtos usar em quais superfícies, a frequência necessária de limpeza em cada ambiente e até a quantidade correta de produto que precisa ser usada", esclarece. [LEIA_TAMBEM]Para um melhor cenário, o especialista recomenda mais investimento de hospitais em controle de infecção, inclusive em pesquisas para aperfeiçoar o processo. "No futuro, até a inteligência artificial pode nos ajudar a monitorar a higiene das mãos. E com a limpeza rotineira, pode até ajudar a detectar um surto de infecção de forma precoce, contribuindo para uma resposta mais rápida", completa. O médico pontua, ainda, que há espaço para que a indústria contribua com o desenvolvimento de produtos de limpeza mais eficientes, visto que ainda não existe um desinfetante que seja capaz de eliminar todas as bactérias. Para ele, essas melhorias precisam ser atreladas às medidas preventivas já utilizadas atualmente, como o uso de máscaras e luvas, além de colocar pacientes com organismos resistentes em isolamento para prevenir a disseminação. Apesar das dificuldades, Boyce se mantém otimista de que hospitais ao redor do mundo se tornem um ambiente mais seguro. "Não será fácil e não vai acontecer de um dia para o outro, mas eu acho que, com o tempo, nós seremos capazes de trazer melhorias", declara. John Boyce: "Precisamos garantir que os profissionais da limpeza conheçam bem os protocolos, para que saibam quais produtos usar em quais superfícies, a frequência necessária de limpeza e até a quantidade correta de produto que precisa ser usada" | Foto: Divulgação/IgesDF Ciep 2025 O Congresso segue até quarta-feira (19), e teve as palestras desta manhã de terça-feira voltadas para temas de infectologia e gestão hospitalar. Outros temas abordados envolvem protocolos do trauma, novos procedimentos em cardiologia, tratamentos em oncologia, entre outras discussões. "Espaços como este, que reúnem profissionais da saúde para aprender sobre novas tecnologias e os entraves nos processos atuais, são muito promissores", elogia Boyce. O tema “Conectando Saberes e Tecnologias para o Futuro da Saúde” tem reunido autoridades, especialistas, gestores, profissionais de saúde e estudantes para debater soluções que impulsionam a modernização do SUS. Com uma programação dedicada à ciência, tecnologia e políticas públicas em saúde, a edição deste ano atingiu seu maior público: mais de 1.800 inscritos, superando o número do ano anterior. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
Ler mais...