Resultados da pesquisa

adolescente

Thumbnail

Crianças e adolescentes recebem informações sobre trabalho infantil

Em alusão ao Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, comemorado em 12 de junho, os Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecons) vêm realizando durante o mês de junho atividades de sensibilização e prevenção com crianças e adolescentes atendidos nas unidades. O objetivo é esclarecer, incentivar a reflexão, mostrar a eles o que é trabalho infantil, quais os limites e as consequências dessa prática para o futuro. Objetivo das ações é esclarecer crianças e jovens sobre que é trabalho infantil e as consequências dessa prática no futuro | Foto: Ascom Sedes-DF “É importante que eles saibam qual o limite, a diferença, por exemplo, entre ajudar e assumir uma pequena responsabilidade no cuidado com a casa, que é saudável, e deixar de ir à escola para cuidar de um irmão menor ou trabalhar no bar à noite com os pais, pedir dinheiro no sinal. O trabalho infantil já se caracteriza quando os pais colocam para a criança uma responsabilidade que atrapalha o cotidiano dela”, explica a chefe do Cecon Ceilândia Norte, Maria Ledinalva de Sousa Silva. O Cecon Ceilândia Norte, gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), atende, atualmente, 114 pessoas – entre crianças, adolescentes e os grupos de adultos e idosos – e foi uma dessas unidades que reforçaram a conscientização contra o trabalho infantil. A unidade promoveu neste mês encontros semanais com os grupos de crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos de idade para falar sobre as características do trabalho infantil, assistir vídeos educativos, além de fazer desenhos, cartazes, caça-palavras e trabalhos manuais sobre essa temática. [Olho texto=”“É importante que eles entendam os tipos de trabalho infantil para que eles mesmos possam reconhecer essa prática e se tornem agentes multiplicadores na família, na escola”” assinatura=”Maria Ledinalva de Sousa, chefe do Cecon Ceilândia Norte” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No total, 35 crianças e adolescentes participam desse percurso, como são chamadas essas atividades específicas no âmbito do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Uma das atividades, segundo Maria Ledinalva, foi a confecção de um cata-vento, símbolo da mobilização mundial pela erradicação do trabalho infantil. “Durante a atividade, abordamos esse tema de forma lúdica e alegre. O cata-vento significa movimento e articulação de ações permanentes contra essa prática. Tivemos um retorno bastante positivo. Percebemos que eles sabem que o mais importante é a educação, sabem que a criança não tem essa responsabilidade”, destaca. Uma das educadoras sociais responsáveis pelo percurso, Paola Talita de Oliveira Barbosa, reitera que o foco dessas atividades é ensinar crianças e adolescentes a identificar o trabalho infantil. “É importante que eles entendam os tipos de trabalho infantil para que eles mesmos possam reconhecer essa prática e se tornem agentes multiplicadores na família, na escola. É uma forma de prevenir o trabalho infantil e denunciar eventuais casos”, reforça a servidora. [Olho texto=”“O combate ao trabalho infantil é difícil porque está enraizado na nossa sociedade, especialmente entre a população mais vulnerável. Muitas famílias consideram natural a criança e o adolescente fazerem pequenos serviços para contribuir no sustento da casa”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com ela, quando recebe a informação de que há indícios de trabalho infantil, a unidade faz um acompanhamento junto à família para avaliar o que eles precisam, os benefícios, e articula com a rede de proteção, se necessário. “O trabalho infantil é uma das caraterísticas do território. Em Ceilândia, há muitas famílias em vulnerabilidade social e é comum, por exemplo, os pais colocarem criança para vender produtos na rua. Por isso, esse é um tema que trabalhamos todo ano aqui no Cecon, inclusive com os adultos, já que há essa cultura de que é normal a criança trabalhar, principalmente entre os mais velhos”, pontua a educadora social “O combate ao trabalho infantil é difícil porque está enraizado na nossa sociedade, especialmente entre a população mais vulnerável. Muitas famílias consideram natural a criança e o adolescente fazerem pequenos serviços para contribuir no sustento da casa, ajudar os pais a cuidarem dos irmãos menores, pedir dinheiro na rua. É complicado sensibilizar essas pessoas de que há um limite, de que os filhos não podem deixar de estudar para trabalhar”, enfatiza a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. O Cecon da Estrutural aposta em bate-papos e dinâmicas coletivas sobre a prevenção do trabalho infantil Consequências Na Estrutural, o Cecon da região aposta em bate-papos e dinâmicas coletivas sobre a prevenção do trabalho infantil. “A ideia é mostrar a eles como o trabalho infantil pode prejudicar a vida adulta, a inserção deles futuramente no mercado de trabalho”, explica Kenneth Mizusaki, um dos responsáveis pelo percurso no Cecon Estrutural. “Queremos sensibilizar sobre a importância de ter relações de trabalho mais justas e menos exploratórias. E isso a criança e o adolescente têm tendo a infância respeitada, com tempo de brincar, de estudar, desenvolver habilidades como pessoa. É dar àquele jovem a oportunidade de se qualificar”, pontua o educador social. A unidade tem, atualmente, tem 162 pessoas inscritas. Desses, 125 são adolescentes com idades entre 15 e 17 anos. “Na região, temos relatos e denúncias de crianças e adolescentes que fazem coleta e seleção de lixo, de trabalho doméstico para cuidado de crianças menores e de aliciamento para o tráfico. As situações de vulnerabilidade do território e a falta de atividades e de espaços de lazer deixam os jovens expostos ao trabalho infantil”, relata Mizusaki. [Numeralha titulo_grande=”125″ texto=”adolescentes com idades entre 15 e 17 anos são atendidos atualmente no Cecon Estrutural” esquerda_direita_centro=”direita”] Além do Cecon Estrutural, a organização da sociedade civil (OSC) Coletivo da Cidade, parceira da Sedes, trabalha a conscientização de crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos sobre os prejuízos da evasão escolar, com atividades lúdicas e manuais que reforçam a importância do combater o trabalho infantil. Nesta quinta-feira (30), a instituição vai promover o evento Parada Coletiva: Trabalho infantil não é brincadeira. A intenção é expor os trabalhos realizados neste mês pelas crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos atendidos pela entidade e, ao mesmo tempo, envolver a comunidade. “É uma maneira de trazer esse tema para o território. É a conscientização e sensibilização da comunidade a partir dessa produção do saber. Vamos entregar folders informativos para a comunidade, que serão produzidos pelos grupos, além de cata-ventos, que simbolizam a data, e foram feitos pelas crianças”, ressalta a coordenadora do Coletivo da Cidade, Denyse Furuhashi. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segundo o diretor de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Sedes, Clayton Andreoni Batista, além dos 16 Cecons, atualmente, o serviço é ofertado no DF por meio de 16 termos de colaboração firmados entre a Sedes e as OSCs. “Tendo em vista o caráter preventivo e proativo inerente ao SCFV, datas alusivas, como o dia 12 de junho, são frequentemente utilizadas pelas equipes dos Cecons e OSCs parceiras como estratégias para o alcance dos objetivos planejados, por possibilitarem uma discussão mais ampla e atuação conjunta com as redes de proteção locais dentro de uma perspectiva de defesa e afirmação de diretos, contribuindo, desta forma, para o enfrentamento das situações de vulnerabilidade social”, finaliza. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF

Ler mais...

Thumbnail

Centros de convivência combatem a exploração sexual de crianças

O 18 de maio é conhecido como Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data reforça a campanha de sensibilização à prevenção desse crime. Neste mês, as unidades socioassistenciais trabalham acerca dessa temática com o público atendido. Entre elas, os Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecon), que reforçam o debate sobre o tema no contexto da proteção social. São diversas atividades com foco na prevenção e no cuidado. [Olho texto=”“Precisamos alertar nossas crianças e adolescentes, pois elas precisam identificar um abuso, saber como denunciar e se proteger. Trata-se de um trabalho contínuo”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”] “A prevenção desse tipo de crime é complicada, porque é uma prática que, muitas vezes, ocorre dentro de casa. Precisamos alertar nossas crianças e adolescentes, pois elas precisam identificar um abuso e saber como denunciar, para que possam se proteger. Trata-se de um trabalho contínuo”, pontua a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. No Cecon Divineia, no Núcleo Bandeirante, os educadores utilizaram trabalhos manuais para falar sobre o tema. Cerca de 50 crianças e adolescentes entre seis e 15 anos de idade atendidos na unidade fizeram pinturas em telas, cartazes, teatro de fantoches, assistiram vídeos educativos, além das rodas de conversa, estratégia adotada na maioria das unidades para esclarecer os jovens sobre o que é um abuso sexual e como denunciar. O Cecon Sobradinho orientou jovens sobre a legislação que protege crianças e adolescentes | Fotos: Divulgação/Sedes-DF “Pensamos em atividades lúdicas porque esse é um tema muito delicado. O foco do bate-papo é mostrar que o Cecon é um espaço de acolhimento para eles, onde têm abertura para conversar. Muitas vezes, a família que deveria proteger representa um risco. Então, a ideia foi fortalecer o vínculo para mostrar que eles não estão sozinhos”, destaca a chefe do Cecon Divineia, Adiléia da Silva Carvalho. Em 1º de junho, a unidade vai concluir o percurso, como são chamados esses projetos específicos, com a apresentação dos trabalhos feitos ao longo do mês e uma palestra com uma especialista do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Núcleo Bandeirante. Além das crianças e adolescentes, pais e responsáveis também foram convidados. “Um dos objetivos desse percurso foi apresentar um espaço de orientação, esclarecimento de dúvidas e acolhimento para situações de violações de direitos relacionadas ao abuso sexual”, reitera Adiléia Carvalho. [Olho texto=”“O foco do bate-papo é mostrar que o Cecon é um espaço de acolhimento para eles, onde têm abertura para conversar. Muitas vezes, a família que deveria proteger representa um risco”” assinatura=”Adiléia da Silva Carvalho, chefe do Cecon Divineia” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Cecon Sobradinho Já o Cecon Sobradinho aproveitou a data para esclarecer aos jovens sobre a legislação que protege crianças e adolescentes, e reforçar os cuidados com a exposição nas redes sociais e a pornografia infantil. “Quando falamos sobre direitos, explicamos os conceitos e a diferença entre abuso e exploração sexual, mostrando que isso é uma forma de violência”, explica a educadora social Tereza Lana, que está como chefe substituta do Cecon Sobradinho. “Muitos nem sabem identificar se estão sendo vítimas de um abuso e não conseguem falar sobre sexualidade em casa”, emenda. A conscientização dos adultos e idosos, potencializando o caráter preventivo e proativo do serviço, é o foco do Cecon Riacho Fundo “Aqui na unidade, temos um grupo que atua na inclusão sociodigital dos adolescentes atendidos, o Coletivo Juvenil PowerPontes. Nele, nós também alertamos sobre pornografia infantil na internet e os riscos de se expor, enviar fotos íntimas em relacionamentos”, complementa. O Cecon Sobradinho atende, atualmente, 56 adolescentes na faixa etária de 15 a 17 anos de idade. A unidade trabalha com quatro coletivos de adolescentes. Durante toda esta semana, os educadores sociais da unidade trabalharam o tema com vídeos educativos e rodas de conversa. [Olho texto=”“Não é assunto que eles se sentem confortáveis de falar, alguns vieram encaminhados pelos Creas, ou seja, já vivenciaram uma situação de violação de direitos”” assinatura=”Tereza Lana, educadora social do Cecon Sobradinho” esquerda_direita_centro=”direita”] “Nos bate-papos, o educador social apresentou aos jovens o que é o 18 de maio, o símbolo da flor amarela, a origem da data e a base legal na perspectiva da proteção social. Após a apresentação dos conceitos, foi realizada uma roda de conversa, um momento de escuta coletiva onde eles puderam se expressar, fazer perguntas”, conta a chefe do Cecon Sobradinho. “Não é assunto que eles se sentem confortáveis de falar, alguns vieram encaminhados pelos Creas, ou seja, já vivenciaram uma situação de violação de direitos. O nosso retorno foi positivo, eles conversaram, contaram histórias, casos da família, foi um momento interessante”, relata Tereza Lana. “Nós reforçamos a nossa disponibilidade para uma conversa individual e reservada, caso algum jovem sinta a necessidade desse momento de escuta ou queira relatar alguma vivência pessoal de violência, em conformidade com a Lei da Escuta Protegida”. Cecon Riacho Fundo As unidades adotam estratégias para trabalhar a temática do combate à exploração sexual de crianças e adolescentes de acordo com o público atendido. No Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Riacho Fundo, a maior parte dos usuários são adultos e idosos, 95 no total. Além das atividades específicas para, aproximadamente, 18 crianças e adolescentes atendidos na unidade, na faixa etária entre 6 e 14 anos, o foco é a conscientização dos adultos e idosos, potencializando o caráter preventivo e proativo do serviço. [Olho texto=”“A ideia foi trabalhar com os adultos e idosos para que eles protejam seus familiares, saibam reconhecer mudanças no comportamento da criança, fiquem atentos a possíveis sinais de abuso na vizinhança também”” assinatura=”Juventino Mondadori, chefe do Cecon Riacho Fundo” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “A ideia foi trabalhar com os adultos e idosos para que eles protejam seus familiares, saibam reconhecer mudanças no comportamento da criança, fiquem atentos a possíveis sinais de abuso na vizinhança também”, reforça o chefe do Cecon Riacho Fundo, Juventino Luciano Mondadori de Oliveira. “Trabalhamos a proteção ampliada, que abrange não só a família, mas o fortalecimento do vínculo com toda a comunidade. Queremos mostrar que o Cecon é um espaço de convivência, mas não é o único. O principal é a comunidade onde eles estão inseridos”, ressalta. Segundo o chefe do Cecon Riacho Fundo, as atividades foram realizadas por meio de vídeos educativos e conversas. “Esse é um tema pesado, por isso, trabalhamos de forma fragmentada, para deixar a discussão mais leve. Apresentamos dados estatísticos para mostrar quem são os principais agressores. Oitenta por cento dos casos têm envolvimento de pessoas ligadas à família”, explica. “Explicamos sobre as mudanças no comportamento, vestimentas, autoflagelação, perda de apetite, isolamento social sem motivo aparente, mudanças que, geralmente, ocorrem após o crime. E reforçamos também a importância de sempre acreditar na criança e denunciar, por meio do Disque 100, Ligue 180, ou na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente”, enfatiza Mondadori. Na próxima sexta (27), a unidade vai realizar oficinas sobre o tema para encerramento do percurso elaborado para o mês de maio, no Centro Olímpico do Riacho Fundo, a partir das 14h. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Distrito Federal tem 16 Cecons gerenciados diretamente pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), além do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), que é executado nas instituições parceiras e em quatro Centros de Referência de Assistência Social (Cras). “Temáticas como essa, que intensificam a necessidade de combate a possíveis situações de violação de direitos, devem permear o planejamento de todos os percursos desenvolvidos ao longo do ano nos centros de convivência”, frisa o diretor de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Sedes, Clayton Andreoni Batista. “As datas alusivas, como o dia 18 de maio, devem ser utilizadas como estratégias para maximizar o alcance dos objetivos almejados e ampliar as possibilidades de enfrentamento das situações de vulnerabilidade vivenciadas por essas pessoas”, completa. *Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador